Dracula Vs Jason: Terra Sangrenta escrita por fosforosmalone


Capítulo 6
Capítulo 6




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/62921/chapter/6

CLUBE FOREST GREEN

 

O Conde Drácula segura com as duas mãos espalmadas, a lamina que quase atingiu sua cabeça. O mascarado, olha com curiosidade para Drácula, surpreso por seu ataque ter sido bloqueado. Jason puxa o facão de volta para si, abrindo dois cortes profundos nas mãos do vampiro. O assassino brande sua arma novamente em direção á seu adversário, Que se abaixa, evitando ser atingido no pescoço. O Conde revela suas presas, e rapidamente chuta o peito de seu agressor, que recua para trás com o impacto. Drácula pega uma cadeira, e a joga contra Jason, que a repele com um golpe de facão.

 

O vampiro avança correndo contra seu oponente, emitindo um silvo. O mascarado mais uma vez tenta golpear o homem de sobretudo com seu facão, dessa vez mirando sua cintura. Mas Drácula desliza pelo chão, e pega uma pesada mesa de pedra, erguendo-a como se não pesasse nada. Ele se vira rapidamente, e atinge Jason nas costas com a mesa. O assassino perde o equilíbrio, e um novo golpe com o porrete improvisado o leva ao chão. Quando o Conde ergue a mesa para um novo golpe, o mascarado consegue esticar o braço, e cravar seu facão no estomago de seu inimigo.

 

 O ataque inesperado faz com que Drácula erre o golpe, acertando o braço de Jason. Ambos soltam suas respectivas armas. O Conde recua dando vacilantes passos para trás. Ele olha para o facão cravado em seu estomago. A lâmina atravessou o seu corpo. Jason ergue-se, quando o homem de sobretudo sorri. Ele puxa o facão cravado em seu estomago, fazendo uma careta ao mesmo tempo em que se ouve o som do metal raspando a carne. O vampiro segura o facão com as duas mãos. A ferida na barriga do Conde desapareceu, como se nada tivesse acontecido.

 

DRÁCULA

 

- Você não esperava por essa, não é mesmo? (Diz sorrindo, lançando um olhar de desafio ao mascarado).

 

 

 LADO DE FORA

 

 Os jovens correm desesperados pela neblina. Alguns tentam achar seus carros, enquanto outros simplesmente tentam correr para o mais longe possível Dalí. Van Helsing corre ao lado de Lucy e Vince.

 

VINCE

 

- Ali, achei meu carro! (Diz o garoto apontando para um carro vermelho).

 

Vince abre a porta de seu carro, colocando Lucy sentada no banco do carona. A garota esta transtornada.

 

LUCY

 

- Ele matou o Edward. Ele.. Ele matou. (Diz Lucy ofegante, como se não acreditasse nas próprias palavras.)

 

  VAN HELSING

 

- Eu sinto muito.

 

LUCY

 

- Meu deus, a culpa é minha, eu disse pra ele vir aqui, fui eu!

 

VINCE

 

- Não fala besteira, Lucy! (Diz o rapaz sentando ao lado dela no banco do motorista e abraçando a moça. Ele também parece visivelmente abalado). Você não teve nada com isso! Edward, ele... Ele não ia querer te ouvir falando isso. (Os olhos do rapaz estão marejados). Mas agora a gente tem que sair daqui! (Ele fecha a porta do carro).

 

LUCY

 

- Não podemos ir sem a Amanda!

 

VINCE

 

- Ela esta com o namorado. Vai ficar bem!

 

Antes que Lucy possa responder, ouve-se varias vozes gritando na nevoa

 

- Acabaram com os pneus do meu carro!

 

- Não dá pra sair!

 

O pânico se espalha rapidamente. Somente alguns carros conseguem sair. Poucos são os que param para dar carona para outros. O nevoeiro é extremamente denso, e Lucy só consegue ver pessoas surgindo e desaparecendo, correndo por suas vidas na nevoa branca que tomou conta do lugar. Van Helsing tocou um dos pneus do carro de Vince, mas seus dedos não tocaram a borracha, e sim o metal. Algo havia destroçado os dois pneus frontais do carro.

 

VAN HELSING

 

- Não dá pra ir embora de carro. Seus pneus já eram. (Diz ele sombriamente para Vince).

 

VINCE

 

- Como assim meus pneus já eram? Espera ai, quem é você afinal de contas?

 

 LUCY

 

- Ele é o Peter, Vince. (Diz ela parecendo acordar de um transe). Danem-se os pneus, não podemos ficar parados aqui!

 

 

 

 

                                            CLUBE FOREST GREEN

 

Drácula segura o facão manchado com seu próprio sangue com as duas mãos. Ele encara o homem da mascara de Hockey, e parte o facão em dois, como se este fosse um graveto. Ele joga a metade com o cabo no chão, ficando com a outra metade na mão.

 

        DRÁCULA

 

- Como pode ver, não sou o tipo com que está acostumado a lidar. (Diz o vampiro lançando um olhar de desdém para os cadáveres no chão). Mas a recíproca é verdadeira. Quem diabos é você?

 

                                 O Conde olha para os olhos de Jason, e de repente uma sucessão de imagens rápidas atingem a mente do vampiro.  Ele vê um par de braços embaixo da água, tentando desesperadamente chegar á superfície. Uma nova imagem mostra um garoto careca segurando um facão, e brandindo a arma contra alguém no chão, enquanto grita: “Morre! Morre!”.

 

                                 Drácula rompe a conexão mental com um sobressalto. Seu nariz começa a pingar sangue. O vampiro cobre a narina com a mão. Ele olha espantado para Jason, e assume sua forma vampiresca uma vez mais. Drácula corre em direção ao mascarado, que dá alguns passos em direção ao seu atacante. Jason tenta atingi-lo com um soco, mas o Conde se abaixa, e crava a lamina que tinha na mão repetidas vezes no peito do gigante, que recua a cada nova punhalada. Quando o vampiro ergue a mão para desferir um novo golpe, Voorhees agarra o seu pulso, e colocando a mão em sua barriga, o ergue no ar, atirando-o contra o bar. O homem atinge varias garrafas, e cai no chão. O som de vidros quebrando enche o ambiente

 

                  Jason anda lentamente até o bar, mas quando vai olhar atrás do balcão, o vampiro salta do chão, lhe dando um chute gancho. O Conde dá uma rasteira em seu oponente, o derrubando, mas antes que possa se afastar para pegar uma nova arma, é puxado pelo pé, e jogado contra a parede de trás do balcão. Jason ergue-se com uma garrafa quebrada na mão, mas Drácula é mais rápido, e enterra a lamina partida no peito de Voorhees , que lhe retribui, atingindo-lhe com a garrafa no rosto. Antes de ser atingido novamente, Drácula salta para o outro lado do balcão, caindo bem longe do mascarado.

 

 Jason vira-se para seu inimigo, e atravessa o balcão com o corpo, enquanto arranca a lamina do peito e a joga no chão. Um corte extremamente profundo começa a se fechar no rosto do vampiro.

 

                                          DRÁCULA

 

                  - Isso pode demorar um pouco. (Murmura o vampiro, enquanto Jason começa a correr na sua direção).

 

 

                                         LADO DE FORA

 

Van Helsing anda cautelosamente pelo nevoeiro. Os três haviam abandonado o carro, e por sugestão do Europeu, formaram uma fila. Peter segura a mão de Lucy, que por sua vez segura à mão de Vince.

 

 

 VINCE

 

- Estou me sentindo meio ridículo

 

VAN HELSING

 

- Pode ser, mas assim nós três não nos separamos. É fácil nos perdermos com essa neblina. Olha, eu realmente sinto muito pelo que aconteceu com o amigo de vocês, mas agora temos que pensar em nós. Existe algum lugar aqui perto pra onde podemos ir?

 

VINCE

 

- Não tem nada daqui até a cidade. Talvez um boteco, ou dois.

 

  LUCY

 

- Não fomos os únicos a ficar presos aqui. Pelo jeito varias pessoas tiveram seus carros quebrados. Se os encontrarmos, podemos...

 

Ouve-se vários gritos e pedidos de socorro não muito longe Dalí.

 

VAN HELSING

 

- Alguém os achou primeiro. Corram!

 

O trio corre pela bruma, correndo para o lado oposto da direção dos gritos.

 

 

                                              PERTO DALÍ

 

William agarra uma garota que tenta fugir, e crava suas presas no pescoço dela. Enquanto isso, um rapaz tenta fugir de Debra, que salta á sua frente com as presas á mostra. Ele tenta acertar um soco nela, mas a vampira segura o punho do jovem, e começa a torcer-lhe o braço, enquanto ele grita de dor

 

    DEBRA

 

- Isso não foi muito delicado, seu idiota!

 

Debra quebra o braço do jovem, que caí no chão, chorando. Ela o agarra pelo pescoço, o erguendo no ar, e o joga perto de Willian. O vampiro solta a garota que estava mordendo, que cai inerte no chão. Willian segura a cabeça do rapaz com as duas mãos. Debra se aproxima.

 

       WILLIAN

 

- Tentou bater na minha garota, seu veadinho? Isso não foi muito legal.

 

Debra se aproxima sorrindo, enquanto o rapaz chora desesperado. Willian começa a puxar a cabeça de sua vitima, que grita de agonia. A pele do jovem começa a rasgar, e sangue começa a escorrer. Ouve-se o som de ossos quebrados. Com um som horrível, a cabeça do rapaz se separa do pescoço. Uma grande rajada de sangue jorra do lugar onde antes estava a cabeça do rapaz. Debra e William são atingidos pelo jorro, e lambem os lábios. Enquanto o corpo decapitado cai no chão. O vampiro larga a cabeça de sua vitima no chão, e beija a parceira.

 

 

                                         CLUBE FOREST GREEN

 

A porta da cozinha do clube é feita em pedaços, por dois homens que entram engalfinhados no recinto. Eles batem contra a mesa da cozinha, localizada no centro do local. O homem menor é prensado na mesa pelo outro, que agarra a sua cabeça, e começa á apertá-la. Drácula urra de dor, suas presas voltam a surgir. Ele segura os pulsos de Jason, tentando impedir que este esmague a sua cabeça. Usando todas as suas forças, o vampiro consegue afastar as mãos de seu adversário. O ódio esta estampado nos olhos atrás da mascara, e ele tenta mais uma vez alcançar a cabeça de seu inimigo.

 

Drácula chuta o peito do mascarado, que devido á força que estava fazendo, se desequilibra e recua alguns passos, recuperando o equilíbrio antes de cair no chão. Jason anda rapidamente até o Conde, e tenta lhe dar um soco cruzado, mas o vampiro se abaixa, e com um giro, se coloca atrás de seu oponente, empurrando a sua cabeça contra a mesa varias vezes. Drácula então lhe chuta o estomago, e o joga contra a parede. Antes que Jason possa se recuperar, o vampiro já esta atrás dele, e bate a cabeça do gigante contra a parede, quebrando o azulejo.

 

O Conde o puxa, e lhe dá três socos cruzados, para em seguida o atingir com um novo e potente chute no peito. Jason rola por cima da mesa, batendo com força em uma prateleira. Pacotes de ingredientes, e apetrechos de cozinha caem das gavetas da prateleira. Jason pega um cutelo, e se ergue do chão, como se nada tivesse acontecido. Drácula recua alguns passos, com medo no olhar. Mas não foi o fato do mascarado ter se armado o que causou pavor no vampiro, e sim o cheiro que sentiu. Aos pés de Voorhees, varias cabeças de alho estão espalhadas pelo chão. Jason dá um passo á frente, esmagando algumas cabeças de alho, e liberando ainda mais o cheiro. O vampiro cambaleia por um instante, e anda cautelosamente até uma porta, ficando de costas para ela, enquanto o outro homem dá a volta na mesa.

 

 

DRÁCULA

 

- Ainda voltaremos a medir forças, rapaz. (Diz dando alguns passos de costas em direção á porta). Mas fique sabendo, Voorhees, o seu tempo neste mundo acabou. Essa cidade é minha agora, e não vou permitir que fique no meu caminho!

 

Drácula chuta á porta, e a bruma o envolve. Jason anda em um passo apressado até a porta, e adentra o nevoeiro. Ele olha para todos os lados, sempre com o cutelo firme na mão, mas não vê sinal de seu inimigo. Do alto do telhado, o Conde, ainda arfando por causa do efeito do alho, observa o enorme assassino desaparecer na nevoa.

 

 

                              FLORESTA: LADO DE FORA

 

Amanda e Mark correm pela floresta. Eles param ofegantes.

 

MARK

 

- Acho que já estamos longe o bastante.

 

AMANDA

 

- Tenta ligar pra polícia de novo! (Diz a garota aflita).

 

MARK

 

- Você já não me viu tentar?! O celular não tá pegando! Mas talvez daqui á pouco pegue. Essa neblina tá começando á diminuir. Até lá, temos que dar um jeito de sair daqui.

 

 AMANDA

 

- Mas a Lucy e o Vince ainda estão por aí.

 

MARK

 

- Eles que se virem. Se é que ainda continuam vivos.

 

AMANDA

 

- Cala essa boca! Eles ainda estão vivos!

 

MARK

 

- E quem garante? Não ouviu aqueles gritos lá atrás, no meio da neblina? Você não viu o que aquele maluco de mascara fez na festa? Fatiou todo mundo que nem salame. (Amanda o esbofeteia).

 

AMANDA

 

- Um dos meus melhores amigos foi assassinado, seu escroto, e você nem liga! Lucy tinha razão sobre você o tempo todo. (Mark á olha com raiva, e lhe devolve a bofetada).

 

MARK

 

- Quer saber? Não ligo mesmo! Fica procurando teus amiguinhos, sua puta, mas eu vou dar o fora daqui.

 

Mark dá as costas a ela, e sai andando pela floresta, deixando Amanda atônita, com os olhos marejados.

 

 

                                    CLUBE FOREST GREEN: TELHADO

 

O Conde Drácula esta de pé no telhado do clube, observando com as mãos nos bolsos do sobretudo, o nevoeiro que ele mesmo criou começar a se dissipar. Debra e Willian surgem atrás dele, com as roupas manchadas de sangue.

 

WILLIAN

 

- Viemos assim que ouvimos o seu chamado em nossas cabeças, mestre. (Drácula não se vira para responder).

 

DRÁCULA

 

- Ótimo. Pelo jeito vocês dois andaram se divertindo.

 

WILLIAN

 

- A gente tava do lado de fora, quando todo aquele pessoal saiu correndo da festa. Pelo jeito alguém ferrou com alguns dos carros. Então, a gente achou que era uma boa oportunidade pra...

 

Drácula se vira rapidamente agarrando o pescoço de Willian e o apertando. O jovem vampiro cai de joelhos.

 

DRÁCULA

 

- Eu disse que podiam se alimentar, mas mandei vocês dois serem discretos, o que pelo seu estado, não foi o que aconteceu.

 

DEBRA

 

- Nos perdoe, mestre! (Diz ela com uma expressão aflita no rosto.)

 

O Conde olha para ela com raiva, e depois volta seu olhar para o subjugado Willian.

 

DRÁCULA

 

- Voltem a contrariar minhas ordens, e faço os dois sofrerem como nunca imaginaram.

 

Drácula larga Willian, que se levanta massageando o pescoço. Debra se aproxima do conde, acariciando-lhe o peito, e colocando o braço em volta do pescoço dele, quando nota um rasgo no sobretudo do vampiro.

 

DEBRA

 

- O que houve, mestre? (Pergunta ela indicando o rasgo).

 

DRÁCULA

 

- Jason Voorhees.

 

DEBRA

 

- Jason? Ele não é só uma lenda da cidade ou coisa parecida? (Drácula a empurra, desvencilhando-se dela)

 

DRÁCULA

 

- E quem você acha que deve ter sabotado os carros, sua tola? Eu acho que os cadáveres espalhados no salão lá embaixo acharam Jason Voorhees bem real! Uma ameaça! (Drácula dá as costas novamente para os dois, contemplando a floresta). Estão livres para caçar agora, minhas crianças. Se quiserem, podem transformar alguns, mas não muitos.

 

Debra e Willian trocam um sorriso, e dirigem-se para a saída do telhado.

 

DRÁCULA

 

- Talvez vocês encontrem um rapaz, chamado Peter Van Helsing. Não toquem nele.

 

WILLIAN

 

- Como saberemos quem ele é?

 

DRÁCULA

 

- Simples, é o único que saberá se defender de vocês.

 

William passa pela porta que leva as escadas. Debra vira-se para o Conde.

 

DEBRA

 

- E o senhor, o que vai fazer? (Drácula sorri).

 

  DRÁCULA

 

- Vou terminar um assunto inacabado. (Drácula salta do alto do telhado).

 

 

                                                        FLORESTA

 

Lucy, Vince e Van Helsing estão escorados em uma arvore no meio da floresta. Os três ofegam bastante. A neblina esta quase totalmente dissipada.

 

VAN HELSING

 

- Acho que estamos seguros, por hora.

 

 LUCY

 

- Aquelas pessoas todas lá atrás...

 

VAN HELSING

 

- Estão mortas.

 

LUCY

 

- Será que a Amanda... (Vince a abraça).

 

  VINCE

 

- Não pensa no pior, Lucy. (Van Helsing levanta-se, incomodado com a aproximação dos namorados, o que é percebido por Vince).

 

VAN HELSING

 

- O cara com o facão na festa, era Jason Voorhees, não era?

 

LUCY

 

- Era o que parecia. (Diz Lucy levantando-se também). Jason usava uma mascara de Hockey pra esconder o rosto. Mas eu não entendo como ele pode ter aparecido, estava desaparecido há mais de dez anos.

 

VINCE

 

- Talvez não fosse ele. (diz Vince, o ultimo a se levantar). Qualquer maluco pode colocar uma mascara, e sair matando pessoas.

 

VAN HELSING

 

- Pode ser. Mas oficialmente, Jason morreu há 25 anos. E continuou aparecendo na cidade, mesmo depois disso. Não acho que tenha tantos malucos assim com fetiches de Hockey. (Diz Peter em tom zombeteiro).

 

VINCE

 

- Você conhece bastante da historia local pra alguém de fora (Diz agressivamente). De onde você é mesmo?

 

VAN HELSING

 

- Inglaterra.

 

VINCE

 

- Você tá bem longe de casa. Não sabia que a lenda do Jason ia tão longe assim (Diz sarcasticamente).

 

VAN HELSING

 

- Escuta... Vince, certo? Eu tô ficando louco, ou você tá insinuando alguma coisa?

 

VINCE

 

- Não sei, eu tenho algum motivo pra isso?

 

 LUCY

 

- Vocês dois querem parar com isso?! (Diz Lucy dando um pequeno empurrão em cada um). Eu não sei vê vocês perceberam, mas Jason, ou seja quem for aquele filho da mãe, é bem rápido. Ele conseguiu sair do clube no meio daquele nevoeiro, e matar aquele pessoal. Então, se quisermos viver, é bom a gente se mexer!

 

VAN HELSING

 

- Não acho que tenha sido o Jason, lá no nevoeiro.

 

  LUCY

 

- E quem mais seria?

 

 VINCE

 

- Esse cara sabe mais do que tá falando!

 

  LUCY

 

- Vince, chega.

 

VAN HELSING

 

- Não Lucy,ele tem razão. (Lucy olha espantada para Peter).

 

LUCY

 

- Mas o que... O que você veio fazer aqui? Quem é você?

 

VAN HELSING

 

- Aviso que vai ser um pouco difícil de acreditar.

 

LUCY

 

- Fala logo. (Van Helsing suspira).

 

VAN HELSING

 

- Minha família, tem um... Como explicar... Uma espécie de missão auto imposta, há bastante tempo. De uma forma resumida, havia um certo conde na Transilvânia, Drácula era o nome dele. Ele enfrentou um ancestral meu no fim do século 19, Abraham Van Helsing. O problema é que Drácula não era um homem comum, ele era um vampiro. E não qualquer um, mas o mais poderoso vampiro de que se tem noticia. Abraham conseguiu matá-lo o expondo á luz do sol, mas de alguma forma ele sempre volta. Duas gerações da minha família o enfrentaram desde então. Como eu disse, os Van Helsing são preparados para enfrentar Drácula, caso ele retorne, com conhecimentos passados de pai pra filho.

 

LUCY

 

- Isso é uma espécie de mito familiar?

 

VAN HELSING

 

- por um tempo eu achei que fosse. (Peter conta os acontecimentos dos últimos dias, desde a visita do Padre Keir na universidade, até a assustadora conversa com Drácula tida naquela noite).

 

LUCY

 

- Então aquele sujeito dançando com a Amanda, era um vampiro?

 

  VINCE

 

- Lucy, você não acreditou nessa baboseira, né?!

 

VAN HELSING

 

- Eu sei que é difícil de acreditar, mas é a verdade. E não acho que Jason aparecer lá seja mero acaso. É coincidência demais pro meu gosto. (Vince se aproxima de Van Helsing).

 

VINCE

 

- É da morte do meu melhor amigo que nós estamos falando, seu lunático do cassete! (Diz Vince agarrando Peter pela gola).

 

VAN HELSING

 

- Eu já disse que sinto muito, mas não muda o fato de ter vampiros á solta nessa cidade.

 

Vince dá um cruzado em Van Helsing, que cambaleia alguns passos para trás.

 

LUCY

 

- Vince, o que você tá fazendo?! (Lucy vai em direção á Peter). Você tá legal?

 

VINCE

 

- Esse cara fica inventando historia com a morte do Edward, e você vai ficar do lado dele?

 

LUCY

 

- A historia dele é meio louca, mas nossa cidade nunca foi muito normal. Alem do mais, aquele cara dançando com a Amanda era muito estranho.

 

VINCE

 

- E esse tal de Peter ai não é?

 

VAN HELSING

 

- Esse soco fica de graça, por que sei que você perdeu um amigo. (Diz Van Helsing massageando o lado do olho, onde foi atingido).

 

VINCE

 

        - Cala essa boca!

 

Vince desfere um novo soco contra o Europeu, mas desta vez Van Helsing bloqueia o golpe com uma mão, e desfere um soco em Vincent, que cai no chão.

 

VAN HELSING

 

- Eu disse aquele soco, nenhum outro. (Diz Peter sacudindo o punho.)

 

Vince se levanta irado, mas Lucy se coloca entre os dois.

 

LUCY

 

- Os dois querem parar com a criancice? (Diz Lucy com raiva). Me escutem, agora eu só quero achar minha amiga e ir pra casa. No momento, não me importa se existem vampiros, ou se você é louco. (Diz olhando para Van Helsing). Eu vou tentar chegar á estrada. Quem quiser vir comigo, ok. Senão, podem ficar aqui se matando.

 

Lucy sai andando. Vince e Peter olham com raiva um para o outro, e vão atrás dela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo. Em breve, o capitulo 7. E se puderem, deixem reviews. Até!