Dracula Vs Jason: Terra Sangrenta escrita por fosforosmalone


Capítulo 16
Capítulo Final


Notas iniciais do capítulo

Chegamos ao capitulo final. Por ser o final, esta um pouco maior do que de costume. Espero que não se importem.

Boa leitura!



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FLORESTA

  Lucy chora abraçada a Van Helsing. As ultimas horas foram as mais estranhas e terríveis da vida dela. Seus melhores amigos estavam todos mortos. O assassino das historias de terror que ela ouvia quando menina matou Edward.

  Mas uma praga ainda pior caiu sobre sua cidade, vampiros. Sua melhor amiga foi transformada em uma destas criaturas. Lucy teve que matá-la. Apesar do sofrimento, Lucy sabe que fez o certo. Ela viu no que foram transformados as outras vitimas de Drácula e seus asseclas. Mas isso não tornou mais fácil atirar em Vince para evitar que ele matasse Peter. Embora ela soubesse que Vince não era mais o rapaz que amou, parte dela tinha esperança que ainda restasse algo do Vince que conheceu.

  Vince morreu se sentindo traído, e ela não tinha certeza se ele não estava certo. Lá estava ela, chorando nos braços de Peter, um rapaz que conhecia há praticamente um dia, o estranho que a fazia se sentir segura diante daquele pesadelo. O estrangeiro que ela beijara algumas horas atrás, e que agora a ajudara a destruir o namorado. Depois de minutos que pareceram horas, Van Helsing a ajuda a se levantar.

VAN HELSING

- Saia daqui. Corra o maximo que puder naquela direção (Diz apontando para o caminho de onde viera) vai dar na estrada. Talvez você encontre o Xerife Mathews no caminho.
                                                            LUCY

- O Xerife esta aqui?

VAN HELSING

- Esta. É uma longa historia (responde diante do olhar confuso dela). Se encontrar o Xerife, teste-o com a cruz. Fora isso, não pare por nada. leve isto (Diz entregando uma das estacas a ela). Boa sorte, Lucy.

   Ele a abraça rapidamente, e começa a andar na direção oposta à indicada. A garota vira-se com indignação no olhar.

LUCY

- Espere ai, acha que pode aparecer pra me dizer o que fazer, e depois sair andando? Você tem que voltar comigo, vai morrer se continuar!

VAN HELSING

- Tomara que não.

LUCY

- “Tomara que não?”, é tudo o que você tem pra me dizer depois do que aconteceu aqui?  (grita ela andando na direção de Peter).

VAN HELSING

- Eu sinto muito pelo que houve aqui, mas aconteceu. O que você espera que eu diga, Lucy? O que você quer de mim? (Diz elevando a voz).

LUCY

- Eu quero que você pare de agir como se não sentisse nada! (Ela lhe dá um empurrão) . Quero que pare de agir como se não estivesse nem ai pra matar ou morrer ! (Ela lhe dá outro empurrão)

VAN HELSING

- E eu quero que você pare de tornar as coisas mais difíceis! Simplesmente vá embora!

Ela olha para ele com raiva.

LUCY

- Tudo bem. Mas você me roubou uma coisa, e eu quero de volta!

Lucy se aproxima de Peter, e antes que ele possa dizer qualquer coisa, ela o envolve em um beijo. Nos segundos em que seus lábios se tocam, o rapaz parece esquecer a terrível missão que tem pela frente, nada mais existe a não ser Lucy. Mas então, ela o afasta. Os dois se encaram levemente ofegantes.

LUCY

- Pronto (Diz ela virando-se de costas para ele, enquanto contêm as lagrimas que surgem em seus olhos). Pode ir morrer se quiser.

Ela começa a correr na direção que lhe fora indicada, na esperança que ele a seguisse e a detivesse, dizendo que iria com ela. Mas Van Helsing não a seguiu.

                          ALGUNS MINUTOS DEPOIS

Jeannie e o Xerife Mathews andam lado a lado, com suas armas em punho. Embora o clima ainda esteja úmido, e gotas d’água ainda despenquem das arvores, a chuva enfim havia cessado, e sido substituída por uma brisa gelada.

JEANNIE

- Xerife, se por acaso... Se por acaso uma dessas coisas me transformar...

XERIFE MATHEWS

- Silencio (Diz em voz baixa, erguendo o revolver).

  Com um olhar assustado, Jeannie ergue a escopeta, apontando para o lugar indicado por Mathews, mas o Xerife a detêm com um gesto. O Policial dá um tiro para cima, e volta a falar baixinho para a parceira.

XERIFE MATHEWS

- Agora fique atenta, e ao primeiro sinal de perigo, atire.

 Antes que qualquer um dos dois efetue qualquer disparo, alguém grita.

LUCY

- Não atirem, por favor, não atirem!

XERIFE MATHEWS

- Lucy? Lucy, é você? Venha até onde eu possa te ver.

  Do meio da mata, surge Lucy Farmer, parecendo estar muito cansada.

JEANNIE

- Parada ai! (Diz a garota apontando a escopeta para Lucy). Como vamos saber que ela não se transformou em um deles?

LUCY

- Eu posso provar. (Ela mostra o crucifixo de prata pendurado no pescoço).

XERIFE MATHEWS

- O que é isso? Não consigo ver daqui.

LUCY

- É um crucifixo. Eles não podem tocá-lo, e sentem medo dele. Podem confiar em mim. Peter me disse que estariam aqui.

JEANNIE

- O que o senhor acha?

XERIFE MATHEWS

- Acho que da pra confiar nela.

  O Xerife abaixa a sua arma, sendo imitado por Jeannie. Lucy se aproxima, mal podendo esconder a expressão de alivio no rosto.

LUCY

- Peter me disse que eu devia testar o senhor com a cruz, mas acho que não será preciso.

XERIFE MATHEWS

- Onde ele esta?

LUCY

- Ele foi atrás do Drácula. Eu tentei convencê-lo a voltar, mas...

XERIFE MATHEWS

- O cabeça dura se recusou, é claro. Jeannie, talvez você queira levar Lucy até...

JEANNIE

- Já conversamos sobre isto, Xerife. Viemos nós três e vamos embora nós três. Mas e você... Lucy né?

LUCY

- Isso.

JEANNIE

- Se quiser voltar, talvez possa ficar com uma das armas.

LUCY

- Não. Vou voltar com vocês. A verdade é que... Eu nem devia ter saído de lá (Diz em tom arrependido).

ACAMPAMENTO CRISTAL LAKE

  Peter Van Helsing anda com a pistola automática em mãos. O caçador de vampiros passa agora por um grupo de três cabanas de madeira, que no passado já serviram como dormitório para as crianças e monitores que freqüentavam o acampamento. Há uma pilha de toras de madeira encostada em uma das cabanas. Ele começa a sentir as dores oriundas das lutas que teve que enfrentar nas ultimas horas. Teve sorte de não ter quebrado uma perna ou um braço, mas não tem tanta certeza se as costelas estão intactas. Além disso, o novo beijo com Lucy não sai de sua cabeça. “Aquela garota filha da mãe tornou as coisas muito mais difíceis”, pensa ele.

  O rapaz subitamente sai de seus devaneios, e vira-se para trás, erguendo a arma, e então o vê. A poucos metros de distancia, o encarando por trás da mascara manchada de sangue, esta o monstro de Cristal Lake, Jason Voorhees, já com seu facão em mãos.

VAN HELSING

- Ai esta você, Jason.

Jason começa a andar em direção a Peter, que surpreendentemente abaixa a arma.

VAN HELSING

- Você matou uma ótima pessoa hoje. Sei por que fez isso. Sei por que faz o que faz. Você só quer paz (Diz em voz alta).

Jason não se detém com as palavras de Peter.

VAN HELSING

- Eu estou aqui por que temos um inimigo em comum (Diz ele dando alguns passos para trás). Eu quero destruí-lo tanto quanto você. Depois, eu vou embora, e você vai ter a paz que procura.

O assassino para em frente a Van Helsing, e brande seu facão contra o pescoço do rapaz, que se abaixa evitando ser decapitado. Com um novo golpe, o assassino tenta partir o rapaz dos pés a cabeça, mas ele salta para o lado, evitando o golpe, embora as costelas reclamem com uma rápida onda de dor.

VAN HELSING

- Você sabe que ele não é como outros invasores. Se me deixar ir, talvez eu possa te ajudar!

  O mascarado investe mais uma vez com a ponta do facão contra seu adversário, mirando seu peito. O golpe é rápido, mas graças a seu treinamento, Van Helsing consegue desviar, e tudo que a lamina atinge é sua jaqueta. O rapaz perde o equilíbrio e cai sobre a pilha de toras, derrubando algumas no chão. Jason olha para sua vitima subjugada no chão, e ergue seu facão, pronto para dar o golpe de misericórdia.

 Mas quando a lamina desce sobre o caçador de vampiros, ele agarra uma das toras caídas, e a usa como escudo. A lamina do facão se enterra na madeira, não partindo a tora por pouco. Com um movimento do facão, o assassino joga a tora longe, e antes que Peter possa se levantar, o gigante o agarra pelo pescoço, o erguendo do chão. Van Helsing sente a mão dura como aço fechar-se sobre sua garganta, sendo absolutamente impossível livrar-se daquele aperto.

  Peter pensa em como foi idiota em tentar dialogar com Jason ao invés de fugir. E ao ver o gigante erguer o facão, pronto para cravá-lo em seu rosto, o rapaz sabe que esta prestes a pagar caro por este erro.

  Van Helsing fecha os olhos, mas ao invés de um golpe no rosto, o que o rapaz sente é seu corpo batendo contra o chão. Peter levanta a cabeça sem entender. Jason ainda esta ali, mas lhe deu as costas. O rapaz se coloca de pé, enquanto o mascarado dá alguns passos e pára.

  Van Helsing olha para a direção em que Jason esta olhando, e vê cinco figuras usando togas saírem das sombras das arvores. Dois deles carregam tacos de beisebol de metal, e um deles uma picareta. Peter instintivamente se vira para a direção oposta, e vê um grupo de mais quatro vampiros emergirem da floresta. O rapaz reconhece a única que não usa toga como a vampira que o atacou no hotel. Andando um pouco a frente do seu grupo, Debra diz em tom zombeteiro e pausado.
                                                           
DEBRA

- Como se dizia naquele filme antigo: Sejam bem vindos... À hora do espanto.

  Os dois grupos vão se aproximando em semi circulo, cercando Jason e Van Helsing. O caçador de vampiros recua alguns passos, enquanto o mascarado permanece estático, encarando os vampiros.

DEBRA

- Os dois que o mestre estava procurando. Ele vai ficar muito contente. (O circulo se fecha cada vez mais)

  Van Helsing, sentindo a adrenalina se espalhar pelo seu corpo, anestesiando qualquer dor que pudesse estar sentindo, saca a arma, e começa a atirar em direção aos vampiros, enquanto todo o grupo ataca ao mesmo tempo. Uma das criaturas salta sobre Jason, que com um golpe certeiro do facão, decapita seu atacante. A cabeça do vampiro rola no chão, enquanto outro rapaz de toga salta sobre Peter Van Helsing. O caçador de vampiros agarra o rapaz pela toga ainda no ar, e usa o peso deste para jogá-lo sobre outro vampiro que tentava atacá-lo por trás.

  Peter volta-se para frente, e derruba uma vampira com um tiro na testa. Van Helsing livra-se da já esfarrapada jaqueta, e joga a peça de roupa sobre um vampiro que o ataca. Antes que o jovem vampiro consiga se livrar da jaqueta, Peter avança sobre ele, e enterra a estaca em seu coração, o transformando em cinzas.

  Enquanto isto, um vampiro armado com um taco de Beisebol bloqueia um golpe de facão desferido por Jason, e revida o ataque acertando a panturrilha do mascarado com o taco, fazendo-o cambalear. Outro vampiro acerta o ombro de Jason, fazendo-o cair de joelhos. Aproveitando a vulnerabilidade do gigante, Andréia crava-lhe a picareta nas costas, fazendo-o cair de bruços.

  Peter Van Helsing vira-se a tempo de ver Andréia arrancar a picareta das costas de Jason e ergue-la novamente, pronta para decapitar o inimigo. O rapaz ergue a pistola, e dispara dois tiros contra o peito de Andréia, derrubando-a. Antes que possa atirar no vampiro armado com um taco, Van Helsing sente alguém se aproximando por trás, e se abaixa bem a tempo de evitar um abraço de urso que um vampiro tenta lhe dar. Entretanto, Peter acaba perdendo o equilíbrio, e cai no chão.

  Ao ver Van Helsing se desviar do ataque do colega, um dos vampiros armados com taco volta-se para Jason, e tenta acertar-lhe a nuca. Mas ao desferir o golpe, é surpreendido quando o mascarado agarra o taco, e o arranca de suas mãos, cravando o objeto metálico na perna de seu parceiro, que cai no chão. Antes que o vampiro que foi roubado tenha a chance de se recuperar da surpresa, Jason rapidamente arranca a sua cabeça com o facão ao cortar-lhe o pescoço.

  O vampiro que derrubou Peter se atira sobre ele. Van Helsing tenta erguer a arma, mas o vampiro agarra o seu pulso, forçando-o a apontar a pistola para o outro lado. O rapaz não tem tempo de pegar a estaca na cintura, então coloca a mão livre no rosto do vampiro, que tenta morder sua vitima. Peter tenta empurrar o vampiro para longe com toda força, seu indicador chega a afundar em uma das orbitas do monstro, fazendo com que um filete de sangue desça pela face do vampiro.

  Van Helsing sente uma gota de saliva pingar sobre seu pescoço. É quando Jason surge atrás do vampiro, e o agarra pelo pescoço com uma gravata. Peter se levanta rapidamente e se afasta, enquanto o vampiro se debate. Com o braço livre, o mascarado ergue o punho, e desfere um poderoso golpe contra as costas de sua vitima, varando-lhe ossos e carne. Golfadas de sangue jorram da boca do vampiro enquanto Jason esmaga seu coração. Por fim, o vampiro se desintegra.

  Ainda restam cinco vampiros vivos. Uma vampira continua caída no chão, incapacitada pelo tiro que recebeu na testa. Andréia se levanta com um filete de sangue escorrendo pelo canto da boca. Ao lado dela, o vampiro que teve a perna ferida pelo próprio taco já esta de pé, com o objeto metálico nas mãos. Debra juntamente com outro vampiro se põe do lado dos três vampiros ainda operantes.

DEBRA

-  Vocês se saíram bem até agora, caçador de vampiros (Diz ela com raiva). Mas a sorte de vocês acabou.

  Jason Voorhees olha para o céu, enquanto Van Helsing começa a ouvir um estranho som que toma conta da noite, uma espécie de farfalhar. Os vampiros se afastam da dupla, enquanto o som fica mais alto. Peter olha para o céu, e vê a fonte daquele horrível ruído. Uma grande nuvem negra se desloca no ar, avançando velozmente na direção do grupo. Uma gigantesca nuvem de morcegos, que cai impiedosamente sobre Jason e Van Helsing.

  Enquanto tenta proteger o rosto, Peter tem a sensação de que todas as luzes do mundo foram apagadas. O rapaz é obrigado a se jogar no chão com o rosto contra o solo, enquanto sente os animais alados se chocarem contra seu corpo, e eventualmente morderem a sua carne.

  Ao mesmo tempo, Jason tenta inutilmente afastar os morcegos brandindo o seu facão no ar. Os morcegos mordem e arranham inclementemente os braços e pernas do morto vivo. Um novo som junta-se ao barulho produzido pela nuvem de morcegos, um ronco que vai se tornando cada vem mais forte.
Do meio da escuridão formada pelos morcegos, surgem dois faróis apontados diretamente para Jason. Uma limusine preta abre caminho entre a nuvem de morcegos, acertando o gigante em cheio.

  Enquanto os morcegos se dispersam, o carro arrasta o mascarado preso ao para choque. O veiculo atravessa uma das velhas cabanas de madeira, fazendo com que a cabeça de Jason se choque fortemente contra o para brisa, trincando o vidro.

  Uma freada brusca joga Jason no chão, fazendo-o rolar alguns metros até a beira do rio. A porta de trás da limusine se abre, e o Conde Drácula desce do veiculo, olhando friamente para o inimigo caído. Ao passar pela janela do motorista, o Conde dá duas batidinhas nela, e ela se abre, revelando um ofegante Neame.

DRÁCULA

- Bom trabalho, Neame. Quando se recuperar, certifique-se que não reste ninguém vivo, caso nossos jovens vampiros não dêem conta.

NEAME

- Sim mestre (Responde ele com voz trêmula).
Drácula anda em direção a Jason, que tenta se levantar com dificuldade.

DRÁCULA

- De pé, Voorhees. Você e eu temos assuntos pra terminar.
Lançando um olhar de ódio para o Conde, Jason se põe de pé.

PERTO DALÍ

 Os morcegos se dissipam. Antes que Van Helsing possa se levantar, alguém agarra o rapaz pelos braços e o põe de pé, só para jogá-lo violentamente no chão. Debra se ajoelha sobre os braços de Peter, imobilizando-os. Ela revela suas presas, lançando um olhar sádico para sua vitima.

DEBRA

- Desta vez você não escapa.

  Ouve-se um tiro, e parte da cabeça de Debra explode, espirrando um pouco de sangue no rosto de Van Helsing. Peter sente a pressão sobre seus braços diminuir, e joga o corpo da vampira para o lado, cravando a estaca em seu coração.

  Jeannie, com Lucy e Mathews ao seu lado, engatilha a escopeta, enquanto os dois vampiros ainda presentes e conscientes voltam-se para o trio. O vampiro armado com um taco dá um salto em direção ao grupo, e ao aterrissar, empurra Jeannie com o braço contra uma arvore, fazendo-a errar o disparo. O Xerife também não tem tempo de atirar, pois é atingido no braço pelo taco no momento em que o vampiro caiu entre ele e Jeannie. O som do osso se partindo se mistura com o grito do policial.

  O Xerife Mathews cai de joelhos segurando o braço. O vampiro segura o taco com as duas mãos, pronto para arrancar a cabeça do policial com um golpe, mas de repente sente um horrível mal estar. Ao olhar para o lado, a criatura vê Lucy segurando a cruz, apontando-a para ele.

LUCY

- Pra trás, desgraçado.

  O monstro recua, enquanto Lucy permanece apontando a cruz para ele. A garota não vê o outro vampiro cair sem barulho algum as suas costas. Antes que ela perceba, o vampiro lhe dá um potente tapa nas costas, derrubando-a violentamente no chão.

  Lucy fica desacordada, e ao perceber isso, o vampiro que a derrubou avança em direção a garota, ansioso por seu sangue. Mas antes que chegue a sua presa, a cabeça do monstro é totalmente destruída por um tiro disparado por Jeannie, fazendo com que o monstro transforme-se em cinzas. A garota tenta apontar a arma para a criatura sobrevivente, mas não é rápida o bastante, pois o monstro agarra a escopeta, jogando-a no chão, para depois agarrar Jeannie pelo pescoço, e ergue-la no ar

  O vampiro se prepara para morder sua vitima, mas repentinamente, o Xerife Mathews agarra a criatura por trás, coloca seu revolver embaixo do queixo do inimigo, e atira. O vampiro larga Jeannie, e se desvencilha de Mathews. Fumaça e sangue saem de sua boca. Antes que a criatura possa se recuperar, o Xerife salta sobre seu inimigo, e coloca o revolver sobre seu peito, efetuando vários disparos. Uma das balas penetra o coração do vampiro, dando fim a sua vida.

  O policial esta no chão, segurando o braço que dói terrivelmente, enquanto Jeannie corre na sua direção.

JEANNIE

- O senhor esta bem?

XERIFE MATHEWS

- Não (Diz com a respiração pesada). Mas vou viver.

JEANNIE

- Tente não mexer muito.

XERIFE MATHEWS

- De uma olhada em Lucy. O desgraçado a acertou.

  Jeannie corre até onde Lucy esta caída, e toma seu pulso. Depois delicadamente toca no seu pescoço. Ela volta para onde o Xerife esta.

JEANNIE

- A principio não parece nada grave. Ela deve acordar logo.

XERIFE MATHEWS

- Ei, cadê o Van Helsing?

                          PERTO DO LAGO
  Jason anda em direção á Drácula, que se mantem no lugar. Mas antes que Jason possa confrontar seu oponente, ouve-se um grito de ódio, e Andréia surge correndo com a picareta em mãos, e com um salto, crava a picareta no peito do gigante, que recua com o objeto preso ao corpo.

ANDRÉIA

- Você vai morrer, filho da puta!

  A vampira corre em direção ao gigante, e arranca a picareta de seu peito. Jason tenta acertá-la com um soco, mas ela desvia, e faz um novo corte no peito do assassino, para em seguida atingi-lo no rosto com um golpe lateral da picareta. Um pequeno pedaço da mascara se parte na altura da testa, revelando a pele cinza escondida atrás do disfarce.

ANDRÉIA

- Essa é por você, Juli.

   Andréia ergue a picareta com as duas mãos, pronta para enterrar a lâmina no cérebro de Jason, mas quando a vampira desfere o golpe, o mascarado agarra o cabo. Andréia tenta empurrar a picareta na direção de seu inimigo, mas não obtêm sucesso. Subitamente, Jason agarra as mãos da vampira, e empurra os braços dela contra o próprio corpo. Andréia solta um grito de dor, e deixa a picareta cair. Com horror, ela percebe que os ossos de seus braços saltaram para fora, rompendo carne e pele.

   O mascarado agarra os pulsos de Andréia, e empurra os braços da moça contra o peito desta. O osso saltado crava no peito da moça, atingindo o coração. Ela lança um ultimo olhar surpreso para Jason, e se transforma em cinzas. O gigante olha para as cinzas no chão, e vira as costas, andando em direção ao seu facão caído no chão. Ouve-se o som de palmas, e Jason em um rápido movimento recolhe sua arma e encara seu inimigo.

DRACULA

- Muito bem Voorhees. Você é mesmo impressionante. Um adversário admirável. Teria dado um grande lacaio. Mas agora, somos só você e eu.

  Drácula mostra as suas presas, e Jason corre furiosamente em sua direção.

PERTO DALI

  Jeannie e o Xerife Mathews olham para o terreno onde Jason e Van Helsing anteriormente estiveram cercados pelos vampiros, mas não há ninguém lá.

JEANNIE

- Ele sumiu. Peter sumiu!

XERIFE MATHEWS

- Acha que foi tentar alguma besteira?

JEANNIE

- Ele veio até aqui, não veio? Cuide da garota, Xerife. Como eu disse, ela não deve demorar a acordar. Vou atrás do Peter.

XERIFE MATHEWS

- Não Jeannie. Você não... (Ele geme de dor ao tentar se levantar).

JEANNIE
- Tente não se mexer muito Xerife. Eu volto logo.

  Antes que o policial possa fazer qualquer coisa para impedi-la, ela sai correndo com a escopeta em mãos.

PERTO DO LAGO

  Jason corre furiosamente em direção a Drácula, brandindo seu facão contra seu adversário. O vampiro desvia com agilidade de dois golpes desferidos pelo inimigo, o que aumenta ainda mais a raiva do mascarado. O gigante tenta cravar a ponta do facão no peito do Conde, mas este se abaixa, e rapidamente agarra o braço do agressor com uma mão, e sua camisa com a outra, jogando-o para trás.
 
DRÁCULA

- Você esta mais lento, Voorhees. Parece que o terror de Cristal Lake não é incansável no fim das contas (Diz com um sorriso).

  O mascarado volta a atacar o vampiro, tentando atingi-lo com seu facão. Um dos golpes atinge o rosto do Conde de raspão, abrindo um corte superficial. O Rei Dos Vampiros reage atingindo Jason com um chute, que o joga para trás. Drácula salta contra seu inimigo, acertando-lhe a cabeça com um chute, mas Jason consegue cravar o facão no canto do abdômen do Conde, abrindo-lhe um grande ferimento na região afetada quando o facão sai pelo lado. Drácula cai no chão, levando a mão ao ferimento.

DRÁCULA
- Este sim é o temido Jason Voorhees (Diz tirando o sobretudo, seu ferimento já começa a se fechar).

  O gigante investe contra o oponente mais uma vez, tentando atingir a cabeça deste com um golpe de cima para baixo. Drácula, entretanto, consegue agarrar o pulso de seu agressor, não tendo a testa atingida pela ponta da arma por poucos centímetros. O mascarado começa a forçar o facão em direção a cabeça do Conde, enquanto este faz força na direção oposta. Com a mão livre, Jason agarra o pescoço do vampiro, e começa a apertá-lo. Em um movimento rápido com a outra mão, Drácula agarra o pulso de Jason, e força o facão contra a barriga do mesmo.

  O facão entra na barriga do mascarado, que arregala os olhos surpreso, enquanto sangue negro escorre do ferimento. O vampiro segura o cabo do facão, e chuta seu inimigo para longe, ficando com a arma na mão. Com as presas a mostra, o Conde parte para cima de seu adversário, brandindo o facão de modo a causar vários cortes no peito do gigante, que recua a cada golpe. O mascarado tenta socar o vampiro, que bloqueia o golpe com uma mão, e projeta seu corpo para frente, enterrando o facão no peito de Jason. O rosto de Drácula esta a centímetros da mascara.

DRÁCULA

- No coração sempre dói mais, não é mesmo? (Diz quase num sussurro)

  Drácula desce o facão até a altura do estomago de Jason, partindo o coração do mascarado. As pernas do gigante vacilam. O conde sai do caminho quando seu inimigo cai de quatro no chão, enquanto sangue negro jorra debaixo da mascara e dos ferimentos na barriga e no peito. Drácula sorri com o facão pingando sangue em mãos, e com um rápido movimento, atinge o peito de Jason de cima para baixo, atravessando-lhe o corpo, para depois ergue-lo como carne no espeto.

DRÁCULA

- Acabou Voorhees. Esta cidade é minha agora. Quanto a você, pode enfim voltar para o lugar de onde veio. Para o lugar de onde nunca deveria ter saído!

  Com uma força descomunal, Drácula arremessa Jason com o facão preso no corpo. Ele cai no lago há uma grande distancia da margem, e rapidamente afunda, enquanto é observado pelo Conde. Subitamente, uma serie de disparos atingem o vampiro. Um tiro atinge a parte de trás de sua cabeça, dois atingem as suas costas, e dois as suas pernas. Ele cai no chão, somente para cinco segundos depois virar-se e se levantar flutuando, enquanto as balas são expelidas de seu corpo e os ferimentos se fecham. Drácula encara com raiva o atirador.

DRÁCULA

- Balas ungidas na água benta. É um bom truque contra vampiros novatos, mas comigo isso não funciona há um bom tempo, meu rapaz.

      Van Helsing deixa o pente vazio cair no chão, colocando o ultimo pente que possui na pistola.

VAN HELSING

- Então vou ter que me esforçar um pouco mais.

  PERTO DALI

  Lucy acorda sentindo dores na cabeça e no pescoço. Por um momento, um pensamento terrível passa na cabeça da garota, e ela rapidamente leva a mão ao pescoço, procurando pequenos ferimentos.

     XERIFE MATHEWS

- Pode ficar tranquila, Lucy. Nenhum vampiro chegou perto do seu pescoço.
                    
    LUCY

- Cadê o Peter e a garota? (Pergunta pondo-se de pé)
Ouve-se passos, e som de folhagem.

    NEAME

- Há esta hora já devem estar mortos (Diz Patrick Neame surgindo com um revolver em mãos). Nem pense nisso Xerife. (Diz ao ver Mathews esticar a mão em direção a seu próprio revolver no chão). Pegue bem devagar e jogue pra cá. E lembre-se, qualquer burrice, e é a garota quem paga.

  Lentamente, Mathews pega sua arma pelo cano, e a joga aos pés de Neame.

XERIFE MATHEWS

- Não se preocupe. Eu já não tenho mais balas. Seja quem for você, deixe a garota ir, e pode ficar comigo como refém.

  NEAME

- Não tenho intenção de fazer reféns, Xerife. Você e a senhorita vão morrer aqui e agora.

    LUCY

- Você só pode ser o tal de Neame. A culpa de tudo que esta acontecendo é sua! (Diz ela dando um passo a frente)

NEAME

- Exatamente moça. Mas isso não importa mais. Não pra vocês (ele engatilha o revolver).

  Subitamente, Lucy dá alguns passos para trás, olhando apavorada para alem de Neame.

LUCY

- Meu deus. Jason!

NEAME

- O que?!

  O homem se vira, e em uma atitude desesperada, Lucy se joga sobre ele, agarrando seus pulsos. Neame tenta se livrar da garota, enquanto briga pela arma, que dispara um tiro para o alto. Lucy tambem tenta puxar o revolver para si, e tenta ignorar o som de um segundo tiro que atinge o chão. Lucy dá uma cabeçada no rosto de Neame, o que quebra o nariz do homem. O revolver cai no chão, mas antes que a moça possa pega-lo, Neame se joga em cima dela, e ambos caem no chão. O servo de Drácula rasteja em direção a arma, mas Lucy rasteja atrás dele, e agarra seus ombros, tentando afastá-lo do revolver. Com um chute que atinge o braço da garota, ele consegue repeli-la, e enfim pega seu revolver, pondo-se rapidamente de pé, enquanto sangue escorre de seu nariz.

NEAME

- Eu disse pra não fazer nenhuma burrice, garotinha!

LUCY

- Atrás de você! (Diz ela com medo no olhar).

NEAME

- Você é mesmo muito estúpida, sua...

  Antes que o homem termine a frase, uma vampira com uma cicatriz circular na testa o agarra por trás, cravando suas presas no nariz dele, para arrancá-lo em seguida. Neame grita de dor, enquanto o revolver dispara uma ultima vez. A bala passa a centímetros da cabeça de Lucy, atingindo o chão. Neame se afasta aos tropeços da vampira, que avança sobre ele, e lhe morde furiosamente o pescoço. Ela gospe o naco de carne arrancada, e começa a beber avidamente o sangue que jorra, sob os olhares estupefados de Lucy e Mathews.

  A vampira larga o corpo de Neame no chão, e com o rosto ensangüentado, volta-se para Lucy. A criatura dá alguns passos em direção a garota. Os olhos da vampira demonstram que sua fome ainda persiste. Lucy imediatamente ergue o crucifixo, fazendo com que a vampira cubra o rosto com as mãos, emitindo um silvo de medo. Sem perda de tempo, Lucy tira a faca que usou pra matar Amanda de dentro da bolsa, e avança em direção a vampira, cravando a lamina em seu coração. Segundos depois, a criatura se transforma em cinzas. Lucy se afasta ofegante, e ao olhar para a faca manchada de sangue em suas mãos, a atira longe.

XERIFE MATHEWS

- Você fez o que foi preciso, Lucy.

LUCY

- Eu sei (Diz ela ainda ofegante). Jeannie e Peter podem precisar de ajuda.

XERIFE MATHEWS

- Eu já não tenho mais forças para discutir (Diz com voz cansada). Ajude-me a ficar de pé.

PERTO DO LAGO

  Conde Drácula e Peter Van Helsing encaram-se por um instante. Quando o Conde sorri revelando suas presas, o caçador de vampiros corre em direção a ele, sacando sua pistola e efetuando uma serie de disparos. Dois deles atingem exatamente os olhos do vampiro, cegando-o. Van Helsing joga a arma descarregada fora, e salta em direção a Drácula, com a estaca em mãos. Mesmo cego, Drácula segura o pulso de seu adversário, impedindo que a estaca atinja seu coração. Drácula segura o braço de Peter, e agarrando sua camisa, o joga para trás.

  Van Helsing cai de pé, e corre novamente contra seu inimigo, tentando chutar-lhe a cabeça, mas Drácula habilmente desvia. O jovem reage investindo com a estaca contra o pescoço do oponente. Mais uma vez, o Conde desvia, e segurando-lhe o braço, joga Peter no chão, que rola, mais rapidamente se põe de pé. O vampiro parte para a ofensiva, acerta um chute no ombro do rapaz, para em seguida lhe dá um cruzado no rosto, que o joga a alguns metros de distancia, fazendo com que se choque com força em uma arvore.

DRÁCULA

- Você, assim como seus antepassados, não passa de um grande hipócrita, meu rapaz (Diz com os olhos já curados, andando lentamente até onde Peter esta caído). Caça a mim e aos meus por sermos predadores desumanos, mas é inegável que não sentiu nada ao matar minhas crianças lá atrás.

  Drácula agarra Van Helsing pelo pescoço, o erguendo no ar.

DRÁCULA

- Mas o que me irrita é que eu te dei o que muitos não tiveram, escolha. (O vampiro encosta com força o corpo do caçador de vampiros na arvore). Mas você tinha que fazer a escolha errada.

VAN HELSING

- Acho que é a lei de Murphy (diz com voz fraca).

DRÁCULA

- Espirituoso até o fim (Diz sorrindo).

  O Conde solta o pescoço de Peter para em seguida lhe atingir com uma bofetada, que o faz rolar no chão. O vampiro voa até onde ele esta caído, pronto para aterrissar com os dois pés nas costas de seu adversário, mas o jovem consegue evitar o golpe com uma cambalhota no chão. Antes que o rapaz consiga se erguer, Drácula o agarra pela gola, e o joga para frente.

 DRÁCULA

- Você podia ter se salvado pela boa ação de um Van Helsing. Agora, vai sofrer pelos pecados de todos.

  Drácula corre com incrível agilidade até Van Helsing, que acaba de se levantar. O vampiro atinge o jovem com um soco no estomago, para depois lhe aplicar um gancho. Uma vez mais, Peter é atirado no ar como um boneco de trapos, e ao cair no chão, quica três vezes até parar na beira do lago. Peter vira a cabeça, e tosse sangue.

DRÁCULA

- Mas eu devo admitir. Você é mesmo determinado. (Drácula agarra Peter pela gola, e o ergue no ar). Uma pena que toda esta determinação só sirva para matar, pois convenhamos, quem você realmente conseguiu salvar nesta cidade? (O Conde puxa a estaca de Van Helsing de sua cintura, e a joga na água).

VAN HELSING

- Vai pro inferno.

DRÁCULA

- Ele não me quer (Diz em tom de deboche).

  O Conde ergue o punho, e desfere um soco no estomago do caçador de vampiros, que arfa em busca de ar. Um novo soco faz com que o jovem guspa sangue no rosto de seu algoz. Peter tira o isqueiro do bolso, e o acende no olho de Drácula, que ainda esta sensível após a regeneração. O vampiro o solta, levando a mão ao olho, mas depois gargalha, enquanto Van Helsing tenta rastejar para longe.

DRÁCULA

- Criativo, mas inútil. Está acabado, meu rapaz.

  Drácula caminha em direção a picareta que Andréia deixara cair, e vai até onde Van Helsing esta.

DRÁCULA

- Você teve a sua chance, Van Helsing.

  O Conde ergue a picareta, pronto para decapitar seu inimigo, mas antes que possa descer a lamina sobre seu alvo, um tiro despedaça o cabo da picareta. Drácula olha para o lado para encarar o autor do disparo.

JEANNIE

- Fica longe dele, agora! (Diz engatilhando a arma mais uma vez).

DRÁCULA

- Olhe o que temos aqui (Diz virando-se para a garota e começando a andar em sua direção).

VAN HELSING

- Jeannie, não olha pra ele! Foge! (Van Helsing tenta se levantar, mas as dores no corpo são fortes demais).

JEANNIE

- Morre desgraçado! (Ela aponta a arma pra cabeça do vampiro, mas quando tenta atirar, descobre que seu dedo não se mexe).

DRÁCULA

- O que foi, minha querida? Problemas em se controlar?

  Jeannie não consegue parar de olhar para os olhos de Drácula. A um gesto de mão dele, ela deixa a arma cair. Ela ouve uma voz baixa e atraente que diz que ela deve ficar parada, esperando o belo homem que anda em sua direção.

VAN HELSING

- Jeannie, acorda! Acorda e foge! Jeannie!

DRÁCULA

- Poupe seu fôlego, ela não pode ouvi-lo. (O Conde chega até onde Jeannie esta parada, e a contorna, passando a acariciar seus ombros).

VAN HELSING

- Solte-a! Ela não tem nada com isso, deixe-a ir!

DRÁCULA

- Sabe rapaz, combater Voorhees e você, me deixou com sede. (Drácula delicadamente segura o queixo de Jeannie, e faz com que ela deixe o pescoço a mostra).

VAN HELSING

- Não faz isso! (Drácula olha para Peter).

DRÁCULA

- Olhe só você caído ai no chão. Conseguiu se levantar para tentar me matar. Não consegue se levantar para salva-la? Não que isso faria alguma diferença.

  Drácula abraça o corpo de Jeannie, e revela suas presas, mordendo vorazmente o pescoço dela.

VAN HELSING

- Não!

  Jeannie acorda do transe, e começa a gritar, enquanto Drácula para de morder seu pescoço por um momento para lamber os lábios, e dá uma nova mordida em sua vitima. Jeannie se debate inutilmente enquanto tem seu sangue drenado. Os olhos da garota olham para o céu em busca de alguma salvação que não vem. Sua visão fica nublada e então escurece para sempre.

DRÁCULA

- Me sinto bem melhor. E você? (Diz ele soltando o corpo inerte de Jeannie no chão).

VAN HELSING

- Seu desgraçado filho da mãe!

  Drácula agarra o rapaz pela gola, e começa a levitar.

DRÁCULA

- Este lago é lindo. É no fundo dele que repousarão os ossos de meus inimigos. (Drácula levita mais alto, e para, flutuando no ar).

   No chão, Lucy e o Xerife Mathews chegam ao local, olhando estupefados a cena que se desenrola no ar.

DRÁCULA

- Adeus, Van Helsing.

  Drácula arreganha as presas, e joga Peter no lago. Ele ouve o ar zunir em seus ouvidos enquanto cai, até que atinge a água. Van Helsing sente todos os sons ao seu redor sumirem, enquanto afunda na água. O jovem sente um frio quase reconfortante tomar seu corpo, enquanto tudo escurece ao seu redor. Peter sabe que falhou com todos. Falhou com seu pai, com o Padre Keir, com Jeannie, consigo mesmo. Seus ossos jazeriam no fundo daquele lago para sempre. Drácula venceu.

   Não! Não pode acabar assim, pensou Peter.

 Van Helsing abre os olhos, e começa a bater braços e pernas freneticamente, nadando em direção a superfície. Peter irrompe na superfície do lago, inspirando o maximo de ar que consegue. Seu corpo continua a doer, enquanto ele olha ao redor, a procura da margem. É quando ouve uma voz que vêm de cima.

DRÁCULA

- Pensei ter dito adeus, Van Helsing!

  O Conde esta flutuando atrás do caçador de vampiros, ele desce lentamente, seus pés quase tocando a água. Antes que Peter possa tentar nadar para longe, o vampiro desce alguns centímetros, e agarra a cabeça do rapaz, a empurrando para debaixo d’água. Van Helsing se debate com todas as forças que ainda lhe restam para se livrar, mas a mão que o afoga parece feita de pedra. Somente os braços do rapaz estão fora da água, mexendo-se freneticamente. As batidas dos braços na água do lago começam a ficar cada vez mais lentas, enquanto Drácula sorri.

  Subitamente, o vampiro solta o rapaz, e se afasta flutuando alguns centímetros. Lucy esta boiando na água, com seu crucifixo em mãos. Ela estica o braço, puxando o corpo de Peter para junto de si. Ela tira a cabeça dele da água. O rapaz aspira o ar, e começa a tossir muito. Lucy volta a apontar o crucifixo para o vampiro.
 
DRÁCULA

- Ola de novo, Lucy.

VAN HELSING

- Foge (Diz a beira da inconsciência).

DRÁCULA

- Não vá, Lucy. Fique. Vamos nos conhecer melhor.

  Lucy fecha os olhos. Ela envolve o pescoço de Peter com um braço, tentando mante-lo fora da água, e com a outra mão, ergue a cruz ainda mais alto.

DRÁCULA

- Não feche os olhos,Lucy. Olhe pra mim.

   Os olhos da garota abrem-se automaticamente, enquanto o Conde lentamente flutua em direção a seu alvo.

DRÁCULA

- Você não precisa disto, minha querida.

  A mão que segura o crucifixo treme loucamente. Lucy ouve a voz sedutora do Conde ecoar em sua mente. O vampiro esta parado no ar agora.

DRÁCULA

- Você não pode resistir a mim, minha querida.

  Lucy sente a pressão sobre sua cabeça aumentar, e de repente, percebe que soltou o crucifixo. Ela já não consegue mais parar de olhar para os olhos de Drácula, que volta a se aproximar flutuando, seus pés deslizando na água.

DRÁCULA

- Muito bem, Lucy. Agora deixe Van Helsing ir, e venha comigo.

  Drácula agora esta a centímetros de Lucy. Ele estica o braço, oferecendo sua mão. Lucy começa a esticar a mão em resposta, mas para no meio do caminho. Sua mão treme muito.
 
LUCY

- Não (Diz com voz firme, afastando sua mão trêmula do vampiro).

DRÁCULA

- Não?(Diz com uma ponta de raiva na voz). Você disse não?

  Lucy sente a pressão na cabeça aumentar ainda mais. Seu braço começa a esticar em direção ao Conde, como movido por uma corda invisível. Mas antes que as mãos se toquem, ouve-se um grande barulho de algo emergindo da água.

  Jason agarra a perna de Drácula e o puxa para o lago. Antes que o vampiro possa reagir, o mascarado crava o facão em suas costas. A lamina atravessa o coração, e irrompe no peito do Conde, parando a centímetros do rosto de Lucy. Com o braço livre, Jason envolve o pescoço do vampiro.Enquanto golfadas de sangue saem da boca de Drácula, a mão esticada de Lucy agarra o crucifixo, e o arranca. Com um rápido movimento de Lucy, a corrente do crucifixo se enrola no facão do assassino.

  Drácula olha estupefado para o crucifixo enrolado no facão. Desta vez, Lucy faz questão de olhar nos olhos do Conde, que começam a verter sangue. Jason puxa o facão de volta para si. O Conde vê com pavor o crucifixo entrar em seu corpo, e se alojar em seu coração quando a lamina do facão o abandona. Jason joga-se em cima de Drácula, cravando o facão na barriga do inimigo. A investida faz co que os dois afundem.

  Embaixo d’água, Jason solta o facão, e começa a apertar o pescoço de Drácula. O vampiro se debate loucamente, enquanto um brilho prateado começa a emanar de sua boca e de seus olhos. Drácula tenta socar Jason, mas o mascarado bloqueia o golpe segurando o punho de seu inimigo. Drácula grita, enquanto sua pele parece estar sendo rachada de dento pra fora pelo brilho prateado. O punho de Drácula se desintegra na mão de Jason, que tira o facão da barriga do Conde. O vampiro grita de dor, mas tudo que sai de sua boca brilhante são bolhas avermelhadas.

  Jason segura o facão com firmeza, e segurando Drácula pelo pescoço, o puxa para lâmina. O facão penetra o peito do Conde, destroçando seu coração. A luz prateada rompe a pele de Drácula, e seu corpo explode em sangue e cinzas.

  Jason solta o facão, enquanto um crucifixo prateado passa fantasmagoricamente diante de seus olhos. O mascarado vira a cabeça, e com olhos cansados, vê a figura de uma mulher idosa flutuando diante dele.

PAMELA

- Muito bem, meu menino. Você conseguiu. Jason! Você pode descansar agora, filho.

   Os olhos de Jason se fecham lentamente, enquanto seu corpo afunda para a escuridão do lago.

                         BEIRA DO LAGO

  Lucy arrasta Peter até a beira do lago. Mathews mesmo ferido, ajuda a levar o rapaz até terra seca. Eles o deitam com cuidado no chão.
                                                         LUCY

- Peter, acabou. Nós vencemos.

  Van Helsing mexe levemente a cabeça, e entreabre os olhos.
                                                           
VAN HELSING

- É, vencemos.

  O rapaz vira a cabeça, e tosse. Mathews percebe que o que ele tossiu foi sangue.
                                                           
XERIFE MATHEWS

- Ele precisa de um médico, e rápido.

LUCY

- Você não vai morrer! (Grita ela). Você eu não vou perder, entendeu, Peter? Você não vai fazer isso comigo!

  O céu parece enfim limpo da tempestade, revelando uma lua brilhante.

                      HOSPITAL DE CRISTAL LAKE

  Peter Van Helsing abre lentamente os olhos.A ultima coisa que se lembra é de Lucy dizendo que não ia perdê-lo. Ele tenta se levantar, mas tem a sensação que seu corpo pesa uma tonelada. De repente, uma voz chama a sua atenção.

XERIFE MATHEWS

- Olha só quem voltou ao mundo dos vivos.

  Mathews esta sentado em uma cadeira, com um jornal aberto no colo. Ele segura uma xícara de café na mão, enquanto o outro braço esta em uma tipóia.

VAN HELSING

- O que aconteceu? (Pergunta ele tentando se colocar em uma posição melhor para olhar para o Xerife).

XERIFE MATHEWS

- Não se esforce rapaz, fique como esta. (Diz o Xerife largando o café e indo até a cama). Quer que eu chame uma enfermeira?

VAN HELSING

- Não precisa.

  Peter olha pra si mesmo. Seu peito está todo enfaixado, e ele sente algo apertado na região das costelas, que parece impedir os ossos de se mexerem.

XERIFE MATHEWS

- Não se esforce. Você sofreu varias fraturas, cortes e lacerações. Isso sem falar na hemorragia interna. Teve que tomar vacina pra raiva por causa das mordidas de morcego. Pelo amor de deus, eles tiveram que drenar sangue do seu pulmão! É uma sorte você estar vivo. Você perdeu muito sangue. Quase não conseguiram sangue compatível, mas por sorte, tínhamos uma doadora.

VAN HELSING

- Lucy...

XERIFE MATHEWS

- Salvou sua vida de novo. (Diz o Xerife vendo um leve sorriso surgir no rosto do rapaz, mas que rapidamente se apaga).

VAN HELSING

- Jeannie esta morta.

XERIFE MATHEWS

- Esta sim (Diz o policial tambem se abatendo).

VAN HELSING

- Eu mal sabia quem ela era. Quer dizer, ela deve ter família, alguma coisa assim.

XERIFE MATHEWS

- Eu já verifiquei isso. A família dela é de Illinois. Devem chegar hoje pra buscar o corpo.

VAN HELSING

- Precisamos confirmar se ela não foi contaminada! (Diz se agitando). Eu acho que não, mas...

XERIFE MATHEWS

- Relaxe rapaz, ela não foi. Fiquei de olho no corpo quando anoiteceu. Ela esta descansando em paz.

VAN HELSING

- Quando anoiteceu? Mas...

XERIFE MATHEWS

- Você passou sessenta horas desacordado. (Peter olha impressionado para Mathews)

VAN HELSING

- É bastante tempo (Os dois se olham em silencio). Eu não pude salva-la Mathews. Ela me salvou, e não consegui devolver o favor.

XERIFE MATHEWS

- Nenhum de nós dois, Van Helsing. Eu a deixei ir lá. Eu deveria te-la protegido. Por outro lado, ela parecia uma garota corajosa. Ela sabia o que podia acontecer. Mas isso não justifica. Você e eu teremos que conviver com isso.

VAN HELSING

- Que escolha nós temos, não é? (Diz cabisbaixo). E então, o que estão dizendo que aconteceu naquela floresta?

XERIFE MATHEWS

- Isso é curioso. Oficialmente, foi Patrick Neame o autor do massacre. Descobrimos na floresta o caminhão que Neame usou pra roubar os corpos do necrotério. Encontramos alguns homens perto do veiculo, mutilados. Encontramos tambem o corpo do mordomo de Neame com a cabeça estourada.

VAN HELSING

- Esse ai não é novidade (Diz Peter ).

XERIFE MATHEWS

- Decidimos culpar Neame por tudo, inclusive se passar por Jason. Eu achei que a historia não ia se sustentar, mas no sábado de manhã, apareceu um cara da CIA e um bispo, dizendo que eu só precisava repetir a minha historia e eles cuidavam do resto. E é impressionante, não saiu praticamente nada na imprensa. O pouco que saiu dizia que uma seita satânica tinha cometido alguns crimes, roubado alguns cadáveres só para destruí-los, e que mataram uns aos outros em seguida. Mas nada de detalhes.

VAN HELSING

- E o povo da cidade? Não fala nada?

XERIFE MATHEWS

- O povo de Cristal Lake vai fazer o que sempre fez, garoto. Chorar seus mortos, e seguir em frente. Temos sorte do governo querer abafar o caso envolvendo Jason. Esta cidade já sofreu demais pra ganhar mais atenção indesejada.

VAN HELSING

- Entendo. Xerife... E a Lucy? Como ela esta?

XERIFE MATHEWS

- Ela esta lidando bem com isso, tendo em vista a situação. No primeiro dia em que você esteve aqui, ela praticamente não saiu daqui. Depois eu a mandei pra casa dormir um pouco. A cidade esta realizando uma missa para as vitimas hoje. Ela foi prestar homenagem aos amigos dela.

                      APARTAMENTO DE LUCY

  Lucy entra em seu quarto, se sentando na cama. Ela esta usando um vestido preto de luto. A missa fora horrível. Ver os parentes de todos os seus amigos ali, chorando, a destruiu. Olhar para os olhos da mãe de Amanda, que ainda tinha esperanças de encontrar a filha viva, quando Lucy sabia mais do que ninguém que isso jamais iria acontecer foi de partir o coração. A garota pega um porta retrato na cabeceira da sua cama. Lá esta ela, feliz com todos os seus amigos, Edward, Vince e Amanda.

Uma lagrima solitária cai no retrato. Lucy é arrancada de suas lembranças pelo toque de seu celular.

LUCY

- Alo? Oi Xerife.
                                                      HOSPITAL DE CRISTAL LAKE: QUARTO

Lucy entra no quarto do hospital, e vê Peter sentado em uma cadeira de frente pra janela, lendo um livro. Ele se vira ao ouvi-la entrar.

LUCY

- Oi. (Diz timidamente)

VAN HELSING

- Oi. (Diz ele tambem um pouco constrangido). Tá usando um novo? (Diz apontando para um novo crucifixo dourado no pescoço de Lucy).

LUCY

- Não consigo mais dormir sem usar (Diz com um sorriso triste).

Lucy fecha a porta do quarto, enquanto Peter se põe de pé com a ajuda de uma bengala. A garota percebe que o rapaz esta usando um colete ortopédico.

VAN HELSING

- Essas coisas não melhoram minha aparência (Diz olhando para bengala).

LUCY

- Como você esta, Peter?

VAN HELSING

- Bem, na medida do possível.
Os dois jovens se encaram por um instante. Lucy então vai até ele, e delicadamente o abraça. Os dois ficam ali em silencio, por alguns segundos.

LUCY

- Eu achei que você fosse morrer.

VAN HELSING

- Eu teria morrido se não fosse por você.

O casal se senta no sofá do quarto.

LUCY

- Muita coisa aconteceu Peter, em muito pouco tempo. Eu acho que devemos conversar.

VAN HELSING

- Lucy, eu sinto muito pelo que aconteceu com Vince. Eu tive que...

LUCY

- Eu não quero falar do Vince, Peter. Quero falar da gente. Não dá pra dizer que não tem alguma coisa entre a gente.

VAN HELSING

- Eu sei. (Van Helsing faz uma pausa).vou falar tudo de uma vez, se não começo a enrolar e não paro mais. Na cozinha, quando nos beijamos, eu disse que foi só isso, um beijo. Mas não foi. Eu nunca me senti daquele jeito antes. Você é uma garota incrível, Lucy. E eu... Eu não sei o que dizer.

LUCY

- Eu sei que é clichê, mas o que aconteceu naquela cozinha foi mágico, Peter. Eu soube que você era especial quando te vi entrando na loja naquela manha no posto.  (Eles se aproximam um do outro). Passamos momentos terriveis juntos, mas os poucos momentos bons que tive com você... Eu queria muito ficar com você e reviver estes bons momentos, do jeito certo desta vez.

 Seus rostos se aproximam, e os dois trocam um longo beijo, mas quando se separam, Lucy o olha melancolicamente.

LUCY
- Mas junto com o cara maravilhoso da cozinha veio outras coisas. Com você vieram momentos que...

VAN HELSING

- Os piores da sua vida (diz com leve amargura na sua voz). Eu lembro a você os momentos em que você perdeu seus amigos. Uma época de monstros terríveis, não é?

LUCY

- Peter, eu... Eu não consigo lidar com isso agora.

Van Helsing acaricia o rosto dela.

VAN HELSING

- Quem sabe um dia, não é mesmo?

         RODOVIARIA DE CRISTAL LAKE- UMA SEMANA DEPOIS

O Xerife Mathews com o braço saudavel, ajuda o motorista a colocar as malas de Peter no bagageiro do ônibus. O veiculo está vazio.

VAN HELSING

- Você tinha que se certificar que eu ia mesmo embora, não é?

XERIFE MATHEWS

- Sou um homem precavido, forasteiro. (Peter ri do comentário). Quanto tempo vai ter que usar isto? (Pergunta apontando para bengala).

VAN HELSING

- Uns dois ou três meses, eu acho.

XERIFE MATHEWS

- Lucy não vem mesmo?

VAN HELSING

- Não. Pedi a ela que não viesse. Concordamos que seria melhor assim.

XERIFE MATHEWS

 - Eu quero que saiba Van Helsing, que apesar das coisas terríveis que tivemos que fazer, as coisas teriam sido muito piores se você não tivesse vindo. Não esqueça nunca, que você ajudou a salvar esta cidade de um destino terrível.

VAN HELSING

- Vou tentar me lembrar disto.

XERIFE MATHEWS

- Bem, até a vista, Europeu. (Diz Mathews esticando a mão em comprimento, que é aceita por Peter). Se um dia nos encontrarmos de novo, que seja em circunstancias melhores.

VAN HELSING

- Assim espero, Xerife. (Ele se vira para entrar no ônibus, quando Mathews o chama uma ultima vez).

XERIFE MATHEWS

- Acha que eles se foram pra sempre?

VAN HELSING

- Drácula e Jason? Eu queria muito acreditar Xerife, mas sinceramente, eu duvido muito.

  Peter Van Helsing entra no ônibus, e logo em seguida, o motorista tambem entra no veiculo e dá a partida.

                       LAGO CRISTAL LAKE

Vê-se as águas do Lago Cristal Lake brilhando a luz do sol. Ouvimos a voz de Van Helsing

VAN HELSING

- Queria ter a certeza de que tudo acabou. Eu perdi um grande amigo, e estou deixando uma garota muito especial para trás. Queria saber mesmo se tudo valeu à pena. Mas Drácula e Jason já enganaram a morte vezes demais pra eu poder ter certeza.

Ve-se o fundo do lago.

VAN HELSING

- Por outro lado, talvez ainda haja esperança. Jason Voorhees fez uma boa ação no final das contas, talvez possa descansar finalmente. Quanto ao Conde Drácula, só posso rezar que enfim a missão da minha família tenha terminado, e que o maldito esteja em um lugar do qual não consiga mais sair.

Vemos o corpo de Jason caído no fundo do lago. Preso em sua mão, esta o anel de Drácula.
                           
FIM


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Notas finais do capítulo

Ageadeço a todos que acompanharam a historia até aqui. Espero que tenham gostado, pois a escrevi não só para os fãs de Drácula e Jason, mas para qualquer um que goste de historias de terror e aventura.

Um Grande abraço!