Querido Diário... escrita por Thaciane


Capítulo 3
Capitulo 3: Brigadeiro e um beijo


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novoooo!! Haha como estão?
Entrei na minha conta hoje cedo, e vi um review. (Obg Tratie amoore!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/628785/chapter/3

Dormi cedo naquela noite. Chorei até tarde, e só consegui me levantar e lavar o rosto quando meus olhos começaram a arder. Lavei o rosto, tirei os fones de ouvido e peguei meu diário. Coloquei a data, e comecei a escrever.

"Pensei que quando falasse, tudo ficaria bem. Tinha imaginado essa cena umas mil vezes, e imaginava Calebe me abraçando e dizendo que sentia o mesmo.

Mas isso não aconteceu. Chorei até agora, e estou me sentindo sonolenta. Vou tomar um remédio e tentar dormir um pouco. Não quero mais saber de Calebe. Irei esquece-lo, de um jeito ou de outro."

Fechei o diário, guardei na gaveta, e me deitei. Apaguei a luz do abajur, e mais tarde, quando Calebe entrou no meu quarto e se ajoelhou ao lado de minha cama, fingi que já estava dormindo.

Ouvi ele respirar, e senti ele colocar uma mecha do meu cabelo par trás.

–Meu Deus. O que eu fiz com você? Chorou ate agora linda? - disse. Acho que ele reparou em meus olhos ainda inchados. - Imaginei esse dia desde quando te conheci sabia? - ele continuou. - Você dizendo que sentia o mesmo, eu te pegando e te abraçando, te enchendo de beijos e... - suspirou. - Sinto muito, linda.

Segurei um suspiro. Segurei mais lagrimas. Segurei a minha vontade de me jogar em seus braços e pedir pra que fique do meu lado pra sempre, porque ainda sentia que isso tudo era ele querendo me fazer acreditar.

Então simplesmente fiquei ali, parada, ouvindo o seu silêncio por um tempo. Calebe nunca iria conseguir fazer uma ideia de como eu o amava, e nunca iria conseguir fazer com que esse sentimento fosse embora.

Depois do que calculei ser um ou dois minutos, ele soltou um suspiro e me deu um beijo na bochecha.

–Boa noite linda. Sinto muito.

Não consegui segurar as lágrimas quando ele se foi. Sua voz quando disse aquilo, seu toque... tudo tão familiar mas tão distante ao mesmo tempo.

Quando acordei no dia seguinte, não sentia vontade de ver Calebe, ouvir Calebe, conversar com Calebe, nem respirar o mesmo ar que Calebe. Ele havia me machucado, e a única coisa que consegui dizer quando o vi, setado na mesa naquela manhã de terça, foi:

–Bom dia.

Ele me encarou por uns momentos. Olhou a mesa de café da manhã que ele havia posto, e me olhou com um olhar interrogativo.

–Não vou comer, se é isso que quer saber. - disse, irritada.

Ele bufou.

–Ally, precisa comer. Estou preocupado com você.... E, sobre ontem, eu... - o interrompi.

–Olha só eu não estou afim de conversar sobre isso. - disse, irritada. - Se quiser manter um minimo de amizade entre nós, sugiro que faça o mesmo.

Ele abriu a boca pra dizer alguma coisa, mas depois a fechou. Assentiu, pegou a mochila, e fomos pra escola.

Aquela terça, a quarta, a quinta, a sexta e o sábado passaram rapidamente. Nós não estávamos nos falando, e eu realmente não fazia questão disso. Ainda estava magoada. Ele me machucou muito e não tinha esse direito.

Mas eu sentia saudade. Saudade de falar com ele, de seus abraços, de sua voz me chamando de linda. Se ele tinha medo de me perder, ele infelizmente tinha conseguido.

Acabamos não nos falando durante aqueles dias, até a manhã de sábado quando ele entrou no meu quarto, ainda cuidadoso, mas com um brilho no olhar. Ainda estava com a roupa de dormir, e descalço. O cabelo molhado e seu halito fresco chegou até mim quando ele começou a falar.

–Bom dia. Posso falar com você? - questionou, parado na porta. Assenti.

–Tá. Então, amanhã é seu aniversário e... - claro. Me lembrei do que ele tinha dito na segunda: ele iria me dar uma festa. - Queria passar o dia com você, em vez de te dar a festa. Só nós, por ai... Pra ajeitar um pouco as coias. O que... o que acha? - ele me encarou.

–Parece perfeito. Pode ser. - sorri.

–Ainda precisamos ter aquela conversa e esclarecer algumas coisas Ally. - ele disse, suspirando.

–Eu sei. quando quiser falar, estarei aqui. - O que? O que eu estava fazendo? Eu deveria esquece-lo, não sair com ele. Idiota, idiota, idiota Ally Grey.

–Tudo bem. Até amanha então. - suspirou e saiu. Porém o clima estava menos tenso. Melhor.

Dormi o resto do dia, e a noite, quando desci pra comer alguma coisa, me deparei com ele na cozinha. O fogo estava ligado, e Calebe mexia alguma coisa na panela.

–Oi. - ele falou.

–Oi. O que esta aprontando? - perguntei.

–Ah, brigadeiro. - Desligou o fogo, e se virou de frente pra mim. - Achei que ia querer alguma coisa antes de dormir de novo. - Admitiu, sem graça. Sorri.

–Obrigada.

Peguei duas colheres e ele levou a panela ate a sala. Nos sentamos no chão, e ele pegou o celular.

–Quer uma música enquanto a gente come?

–Pode ser. - deixei a seu critério.

–A nossa musica, pode ser? - disse. Suspirei e olhei ele nos olhos. Acabei sorrindo e ele retribuiu.

–Pode. Pode ser essa.

Ele colocou a música pra tocar, e começamos a comer.

Quando Hey There Delilah chegou no refrão, ele começou a cantar, brincando.

Dei risada.

–Você é um bobo. - Disse, e ele riu.

–Eu poderia ser pior.

Dei uma risada, peguei um pouco de brigadeiro com os dedos e lambuzei sua bochecha.

–Tem razão. Você poderia ser pior!

Eu morria de rir, mas ele deu o troco e sujou meu nariz com chocolate.

Essa guerrinha de criança continuou com a nossa canção de fundo musical. Eu não conseguia parar. Só conseguia estar ali: ouvindo nossa música, lambuzando ele e deixando ele me lambuzar de brigadeiro, sentindo o cheiro de chocolate... Naquela hora eu só conseguia estar ali. Existindo ao lado dele.

Fiquei séria quando, não sei como, eu cai deitada no chão, e ele parou em cima de mim. Ficamos sérios por quase um minuto.

–Sempre foi linda desse jeito? - ele falou, enfim.

Empurrei ele e me levantei. Tudo estava tão bem... Por que ele tinha que estragar? Por que tinha que começar a fingir que sentia alguma coisa de novo por, sei lá, pena de mim.

Estava andando de volta até meu quarto, quando ele levantou num movimento rápido e me pegou pelo braço, me virando pra que ficássemos de frente um pro outro. Colocou a mão em meu rosto, e foi se aproximando mais e mais, até me beijar.

Um beijo doce, sereno, calmo. Mas forte e intenso. Com grande significado pra mim, e com certeza, pra ele.

Quando ele se afastou, me puxou pela cintura e encostou nossas testas.

–Ainda acha que eu não sinto o mesmo por você?

Sorri. Meu Deus! Ele me amava! Calebe Hale me amava, do mesmo jeito que eu o amava. Queria sair correndo e pulando, mas simplesmente fiquei ali, com a mão na nuca dele.

–Hummm... - fingi pensar. - Estou começando a acreditar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ai está: o capitulo três.
Ando com muitas ideias pra esse casal, kkk se tiverem sugestões, críticas, tiverem ideia pra uma nova fic... me deixem reviews.
Capitulo 4 chega em breve.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Querido Diário..." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.