O Olho da Tempestade escrita por Eye Steampunk


Capítulo 27
Guerra


Notas iniciais do capítulo

Layer e as virtudes tentam convencer a população da Ilha Nemo para o combate, do lado de fora da Estufa, há uma guerra, de um lado Élpis e os conservadores, de outro Filágeros e os revolucionários.



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Quando conclui minha história, perguntas surgiram.

— Espere, você teve delírios, como assim nossas virtudes são personificação? Isso é fisicamente impulsivo! — disse um morador.

— Eu pensei que você nos traria uma solução, não mais problemas! — exclamou outro.

— Quem é Élpis, e por que ela faríamos isto? — perguntou outro.

Tentei pedi silêncio, mas o Caos se formou, moradores começavam a discutir, então veio à mente as palavras de Élpis: “o Caos sempre acontece na humanidade”. Gaudium, Tristitia e Ira foram minha salvação, elas brilharam e revelaram sua forma a todos.

— Este livro contém os segredos da Ilha Nemo!

— E como sabe disto?

— Bom, além de ele possui uma linguagem um pouco complicada, o que associa ele a este local é o símbolo de nossa comunidade na folha de rosto.

— Boa parte dos livros contêm o símbolo de nossa ilha na folha de rosto, por que isso não é simplesmente um livro comum? — questionou um pai de Anne.

— Não este. — disse o abrindo em algumas páginas marcadas, neles exibiam gravuras da vinda dos primeiros anarquista-cientistas a Júpiter, equações, gráfico e um mapa mais complexo da Ilha Nemo — Este livro foi tomado de nós pelas virtudes, eu o encontre e ele possui segredos sobre a artilharia da estufa! Infelizmente, ele possui uma linguagem um tanto “rupestre”, mas se ainda tivermos tempo de traduzi e...

Então uma mão se levantou em meio à multidão, era o Sr. Celsius.

— Você disse uma linguagem mais antiga com termos que não são mais rebuscadas, meu avô me ensinou algumas palavras, eu sou o morador mais velho da estufa, talvez eu possa ajudar! — disse o Sr. Celsius.

Entreguei-lhe o livro, Sr. Celsius começou ao ler e exibir algumas expressões de terror.

— O que diz o livro? — perguntou o Sr. Júlio ao Sr. Celsius.

— Temos muito que fazer! — exclamou o Sr. Celsius. — Procura as salas de artilharia.

Simplesmente não acreditei que os habitantes da ilha Nemo acreditaram em minha história, mas agradeci por compreenderem e escutaram minhas palavras, esperava que aquilo não fosse influência das virtudes que me acompanhavam, mas o desejo de todos por coloca uma basta a estes sacrifícios, uma revolução.

Sr. Celsius traduziu todo o livro e arquivos, descobriu que os segredos se esconde nos hangares da Ilha de Nemo em cada canto. Operários, engenheiros, cientistas, Júlio Verne, seu filho se dividiram pelos quatros cantos da vila, antes de partir, tive uma conversa com Anne, Spencer e minha mãe.

— Spencer, leve minha mãe, Anne e sua família ao bunker do governador! — ordenei.

— Meu filho... — disse minha mãe — Eu não posso deixa-lo de novo.

— Mãe, por favor! Eu preciso fazer o que é necessário.

Então ela beijou minha testa e me abraçou enquanto chorava, sussurrou em meus ouvidos.

— Eu acreditei que você voltasse de sua jornada, agora acredito que você salvará a Ilha. — minha mãe me soltou e junto com Anne e sua família caminharão ao edifício do Governador.

Spencer continuou me encarando.

— Ande, cara. Vá com elas!

— Sem chances! — disse confiante — Você precisa de ajuda, e conte comigo.

— Obrigado!

Seguimos juntos ao grupo de Júlio aos hangares, adentramos um dos hangares velhos, Sr. Celsius nos conduzia pelo seu interior do hangar, seguidos pelos operários, quando ouvimos a primeira explosão. Um operário gritou entre os outros e trouxe notícias.

— A simulação foi danificada, os sistemas elétricos também, algo atingiu a cabine de energia que se localiza do lado de fora da cabine.

— Mas ainda temos luz! — disse.

— Geradores! — disse Júlio — Cada hangar possui o próprio que funciona por pelo menos 12 horas!

— Eles seriam capazes de alimentar canhões? — perguntou Célsius.

— O que? — perguntou Sr. Júlio e eu em uníssono.

Então Sr. Celsius nos mostrou algumas páginas, nele havia desenhos de catapultas, canhões, lança chama. Gostaria de ter mais tempo para estudar os desenhos, mas era muita informação, e mais uma vez a estufa foi atingida, se levássemos mais tiros, talvez a redoma quebre e este seja nosso fim.

— Sr. Júlio! — exclamei — Eu vou retarda-los, você deve continuar aqui e prepara as armas da Ilha Nemo.

— Espere Layer, aonde você vai?

— Tenho contas a acerta!

Com estas palavras, deixei os operários nos hangares para que eles descobrissem a localização das salas de artilharia. Quando voltei para a entrada do hangar, encontrei alguns civis reunidos olhando ao céu, outro ataque, outra explosão. A simulação celeste da estufa danificou, a vila estava à escuridão, as únicas luzes provinham das luas de Júpiter ao céu estrelado.

A Grande Tempestade ao fundo se aproximava da ilha, finalmente pude vê-la mais de perto, era um vórtice negro-esverdeado com luz brilhante ao centro, se aproximava da estufa, seus braços de ventos lançavam rajadas de ventos fortes que abalavam as estruturas da ilha.

Na tempestade surgiu corpo e estruturas em duelo, duas grandes frotas de caravelas, de um lago, comandada por Élpis enfurecida, renovada e elétrica; estava Dynami e seus lacaios em sua embarcação, Prosochí e Sapiens em carruagem voadora, Ékatrea comandando seus filhos sobre grandes mariposas do Jardim de Éden e Justa em um trono voador comandando um exército de peças de xadrez.

No outro lado, uma embarcação grega com Filágeros e suas virtudes dos amores, algumas outras virtudes que nunca tinha visto e as esferas de luzes, totalmente desproporcional, um exército contra um grupo.

— Droga! — corri para a Vitória II.

— Espere! — gritou Spencer correndo logo ao meu lado.

— O que está fazendo, lá fora você não pode me acompanhar, você não conseguiria respirar!

— Nem você! Eu notei que a sua embarcação não tinha revestimento, como conseguiu respirar?

— É uma longa história, eu beijei uma garota e...

— Santo vapor! Você beijou outra garota, assim que gosto! — exclamou.

— É, mas esta garota agora deseja minha morte. — disse.

— Trágico!

Subi pela escada de degrau da Vitória II, encontrei Tristitia em meio caminho carregando uma mochila de tanque de oxigênio acoplado a um tanque. Ela jogou a Spencer embaixo.

— Não! — exclamei, mas ela apenas balançou a cabeça positivamente — Que droga!

Spencer começava a subir na embarcação, mas foi surpreendido por Tsur-U que o abocanhou pela as roupa e o lançou para cima, Spencer caiu sentado sobre as costas do dragão apavorado.

— Acho que ele quer que você monte ele! — disse.

— Ok! — gaguejou Spencer.

Levantamos voo em direção aos portões de transição, em alta velocidade, a magia telecinética das garotas abriu os portões e fechou logo após nossa saída, Tsur-U e Spencer cobriram o perímetro da ilha, ateando fogo a qualquer ser que tentasse aproximar. As garotas e eu estabilizamos nossa nave ao lado da embarcação de Filágeros, vesti os óculos de soldador, os sapatos com rodinhas, mochila propulsora e martelo gigante.

— Ira, você consegue transmiti minha voz a todos? — perguntei. Ela apenas acenou com a cabeça. — Ok! Virtudes manipuladas e Élpis, não resistam e tomem queda o seu poder, Élpis, entregue o direito de todas as virtudes e retorne aos padrões antigos de relacionamento com os humanos! — ordenei.

— Nunca! — gritou Élpis. — E devolva a Esperança.

— Do que está falando, você é a Esperança. — gritei. Filágeros a embarcação ao lado me olhou, eu apenas confirmei com a cabeça as suas suspeita. — O tempo todo você manipulou as outras virtudes, fazendo as pensar que você era a virtude da Consciência, mas você é Élpis, a Esperança, e seu desejo é apenas de vingança.

— Traição! — disse Élpis. — Ataquem!

Então tudo ocorreu tão rápido, Sapiens que estava em seu lado do exército, surgiu logo atrás de Élpis e a feriu com uma espada feita de peças sobressalentes e ligas metálicas na região abdominal.

— Seu idiota! Agora você nunca terá a Consciência, em meu poder máximo, eu não posso morrer, apenas ser contida! — Élpis retirou a espada de Sapiens do abdômen, aproximou do mesmo e enfiou sua mão em sua caixa torácica, retirando um relógio em forma de coração, Sapiens foi o primeiro a cair em batalha. — Se assim desejam, questionar sua rainha, então que assim seja.

Correntes negras surgiram de Élpis e se prenderam em cada uma das quatro virtudes principais (Justa, Ékatrea e Prosochí e Dynami), os seus olhos brilharam e juntas comandaram o ataque a nossa frota.

— Morram! — disse Élpis.

— Ataquem! — gritou Filágeros em nosso lado.

A guerra iniciou, os querubins e anjos de Filágeros atacaram com arco e flecha a embarcação de Dynami que possuía mais virtude ao seu lado; Ékatrea e seus seguidores contra-atacaram as esferas de luz e Tsuru com Spencer, que trazia uma balestra a mão, talvez presente de Omnimus ou Azaria que o acompanhava. Justa e seus guerreiros xadrez atacavam outras esferas de luzes com Mendacius e Veritatis que estavam de nosso lado. Filágeros enfrentava Prosochí.

Quanto a mim, propulsei ao ar para a embarcação de Dynami, para confronto com Élpis, lança contra martelo.

— Olá, Layer! — disse ela invocando raios — A tempestade se aproxima, mas não conseguirá detê-la, não venceu todas as Sete. Devolva a Consciência.

— Não estou com a Consciência! — gritei atacando com o martelo.

Élpis recuou e usou o martelo com propulsor a saltar e chuta em meu rosto.

— Mentira, seu réptil gigante engoliu quando me atacou.

Espera um momento, então Consciência estava na barriga de Tsur-U, e eu não sabia desta informação. Um erro, Élpis notou meu rosto de espanto, logo calculou que eu não sabia, ela riu e levitou em direção a Tsur-U com Spencer.

— Não! — gritei, lancei o martelo a ela a derrubando ao chão. Levantei e propulsei com a mochila.

— Layer, está mochila é ridícula — disse Élpis as minha costa, olhei para trás e a vi levantando a lança ao ar, um raio cruzou a haste e direcionou a mim, atingindo-me em cheio, sinto o sabor de ozônio e começo a entra em queda.

— Ah! — gritei. Duas virtudes vieram ao meu socorro, aliás, dois senhores de idade com asas de anjo.

— Prazer! — disseram as virtudes senhores, deviam ser um casal. — Somos Eilikríneia, a Sinceridade e Empistosýni, a Confiança.

— Olá e prazer, mas preciso que me levem ao réptil gigante, por favor. — pedi educadamente.

Tarde demais, Élpis se aproximava de Tsur-U e Spencer, ela dizimava qualquer esfera ou virtude que tentasse lhe impedir, por fim ficou frente ao dragão, que atiçou fogo nela, mas ela apenas desviou as chamas. Élpis lançou uma descarga elétrica em Tsur-U, o mesmo contorce e vomitou a caixa, mas derrubou Spencer de suas costas que caía sem o tanque de respiração.

— Spencer! — gritei.


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Notas finais do capítulo

Sentiu dúvida em alguma palavra ou sobre algum cunho cientifico no livro, pesquise, busque resposta, ou deixe seus comentários abaixo. Espero que tenha gostado do início desta aventura... Nos vemos nos próximos capítulos *-* By: Eye Steampunk



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