O Olho da Tempestade escrita por Eye Steampunk


Capítulo 21
Xadrez - A partida Justa


Notas iniciais do capítulo

Enfim Layer e Auras encontram a quinta virtude, está parece ser a mais espertas que outras virtudes, Layer passará a um avaliamento moral se prosseguir a aquela missão é o se desejado... ou se ele faz parte de um jogo feito pelas virtudes...



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A caverna de Geodes e sodalitas chegava ao fim do túnel em uma sala cavernosa de estalactites e estalagmite. A sala era totalmente mais alta que as salas de prova de Prosochí. Outra caverna se encontrava ao outro lado da sala com uma embarcação conhecida por trás de grades de ferro.

— A Vitória II! — comentei, o som de minha voz ecoou pela caverna.

— Espere! — disse Auras pondo o braço a minha frente, o que não ajudou, pois meu corpo pisou sobre uma pedra.

A pedra afundou ao solo, as estalactites e estalagmites chacoalharam, Auras e eu voltamos à caverna e nos segurando as suas paredes de quartzo, temendo uma das pontas afiadas caísse sobre nós. Da areia ao solo surgiu uma haste sustentando dois pratos em corrente, uma balança, mas havia uma estrutura plana sobre, uma mesa, um tabuleiro.

Outras estruturas surgiram do teto um lustre-relógio de diferentes ponteiros, com ilustração de sol e lua e engrenagens e peças sobressalentes a vista pelo visor. Tubos e estruturas de metalurgia surgiam de cada ponto, máquinas que não sabia as suas funções, somente que liberavam vapores e faziam muitos barulhos, carcaça de mísseis e projéteis espalhados ao chão, quadros negros com cálculos, um em especial demonstrava a formula de Energia.

Uma senhora surgiu inesperadamente das rochas, sua roupa era escuras, igualmente Prosochí, uma pinta destacava em se rosto alvo e sereno, seus cabelos presos, também eram brancos, apenas uma mecha negra parecia perdida em meio ao rio alvo. Seus olhos eram cobertos por uma faixa negra e uma corda pendia ao pescoço, uma corda de forca.

— Olá, Layer! Vamos jogar uma partida? — perguntou a senhora.

No início foi tudo confuso, uma partida, de que? A senhora tinha as mão murchas e esqueléticas, seu rosto estava pálido e a boca ressecada, Auras tinha dito que ela poderia ser a mais perigosa dos Setes, controlava a força, limitava o amor, quebrava o paradigma do equilíbrio.

Sentei a mesa em forma de balança em que me convidou a partida, o tabuleiro era feito de sessenta e quatro casas alternadas em branco e negro rotulados entre números e letras; e peças metalizadas representando profissão, cargos monárquicos ou estruturas. Xadrez, uma partida de xadrez, não era bom naquele jogo, a não ser Spencer que jogava e apostava nas mesas de taverna, pelo menos o mesmo me ensinou as regras básicas, e quando criança nós disputávamos algumas partidas.

— Eu sou Justa, e assim eu sou. A mais justa das virtudes! — sua mão se levou a uma pequena peça em forma de operário — Costumo avaliar a coragem, a sabedoria, o amor, a temperança de quem aqui chega.

— Perdoe os meus modos, mas... A senhora é igualmente a Prosochí, está fraca...

— Meu querido, boa observação, mas... Diferente de minha irmã... Eu não costumo receber os Escolhidos tantos como as outras Virtudes, geralmente eles se entregam a Dinamy, Prosochí e Ékatrea — lembrei que ainda pensam que Filágeros está sendo punido. — Mas em geral são os poucos que escapam de mim, sempre existe erros para serem corrigidos, sempre a crime, mesmo depois de um mundo que vocês criaram como perfeito.

— Estou pronto!

— Confiante, espero que não seja sua influência Auras!

— Não! — respondeu Auras confiante e adaga a mão — Estou aqui apenas para protege-lo, enquanto cuidam de Élpis, a favor de... Alguém especial.

— Entendo... — respondeu Justa. — Suas peças são brancas, aos que aqui chegam são inocentes como está cor, mas depois descobrimos os seus defeitos, assim como as estrelas, possui as suas manchas solares. Para poder atravessar e seguir à sua embarcação você precisa vencer o jogo e o julgamento... Para levantar as grades de ferros, terá que pesar três peças a mais a balança!

A peça operária que Justa carregava a mão foi posicionada em uma das bandejas com mais três peças, uma peça era um ciclista sobre uma bicicleta, veículos de duas rodas com a dianteira maior que a inferior e a cabeça de um potro no guidom; outra peça era uma fornalha, um maquinário com várias chaminés liberando vapor.

— Não importa qual bandeja seja... — as grades rangeram e subiram ao peso das três peças, Justa retirou as três peças e posicionou de volta ao tabuleiro — Apenas conclua o xeque-mate e seja justo!

Auras deu espaço, se distanciou da mesa, mas mesmo assim ficou por perto caso eu precise, ela moveu os lábios pronunciando em silêncio: “Vai sair tudo bem!”.

Como portador das peças brancas, iniciei a partida oferecendo o operário a casa e4; Justa deslocou um operário para a casa e5, movimentei outro operário para f4, Justa aceita meu sacrifício e capturou o operário na casa f4.

— Muito bom! Senhor Layer, mas não será uma oferenda que irá lhe salvar, agora seu rei está mais indefeso de possíveis xeques. — respondeu Justa.

— é apenas para equilibrar a balança! — a vejo pondo a primeira peça branca em sua bandeja, deixando mais pesado ao seu lado.

Uma peça com a forma de um cientista trajando jaleco de couro, óculos de soldador e uma chave de fenda a mão movia diagonalmente, desloquei esta peça para casa c4; Justa movimentou uma peça de uma senhora sentada ao trono, a rainha, à casa h4, pondo em xeque o meu Rei, um senhor sentado ao trono; desloquei o meu rei a casa ao lado f1. Justa avançou um operário a casa b5, na linha de captura do meu cientista.

— Está sacrificando seu operário? — pergunto.

— é um preço justo pelo seu peão! — respondeu Justa. Droga, mesmo que eu dê xeque-mate em seu rei, ainda preciso ter três peças a mais capturada.

Com a peça cientista capturei o seu operário a casa b5, pondo em equilíbrio a balança; Justa deslocou seu ciclista para a casa f6; Desloquei o meu ciclista para a casa f3, ameaçando a rainha; Justa recua sua rainha para a casa h6, avanço outro operário para a casa d3, protegendo meu operário e4.

— Muito bem, ameaçou minha rainha, a fazendo recuar, mas receio que esse não foi sua melhor jogada. — disse Justa. — É injusto a morte levar seus pais tão cedo!

— A morte vem em busca de todos, eu mesmo aceitei o meu destino, estou aqui enfrentando e jogando contra a minha vida, para no final sacrificar a Grande Tempestade.

Perguntava-me como ela podia saber o local das peças com os olhos vendados, talvez seja sua incrível audição ou por apenas ser uma virtude, já as vi fazerem de tudo que desafiassem leis da física. Justa movimentou seu ciclista a casa h5, protegendo seu operário; Movimentei o meu ciclista a casa h4, Justa deslocou sua rainha para casa g5, ameaçando o meu ciclista.

— Outro erro! — comentou Justa — Serio justo a quem tanto ama se apaixonar pelo seu melhor amigo?

— Como sabe disto?

— Eu sei de absolutamente tudo, do seu beijo com Élpis, de como escapou do desafio de Prosochí... — por um momento, Justa demonstrou tentar se lembrar de algo, mas esqueceu — da tática de vitória com a caçada de Ékatrea. Você não merece esse amor, você ama Élpis, então porque não se entregue e deixe a tempestade destruir sua ilha.

— Isso não seria justo! — comentei.

— Muito bem! — respondeu Justa sorrindo.

Movimento o ciclista para a casa f5, assim o meu operário seria a proteção contra a rainha, e minha rainha ameaçaria o seu ciclista; Justa avançou outro operário para a casa c6, ameaçando o meu cientista; avancei outro operário a casa g4, protegido pela rainha e ameaçando o ciclista; Justa recuou o ciclista para a casa f6; para proteger o operário e o rei, desloco o maquinário a casa g1.

— Você perde seus amigos facilmente... Acredita que sacrificar-se a grande tempestade poderá ajudar tanto o seu povo quanto as virtudes, você não pode prosseguir Layer, você desencadeará uma guerra, está sendo usado, é meramente uma peça em um tabuleiro! — disse Justa.

O que ela queria dizer isto sobre mim? Eu estava sendo uma peça no jogo de quem? Eu apenas estou seguindo o meu caminho a Grande Tempestade, se haverá uma guerra após minha morte seria entre as virtudes, mas isso poderia prejudicar a ilha? E meu sacrifício seria em vão, mas apenas o ápice de outro desastre?

Justa capturou o meu cientista na casa b5, levando outra peça ao seu prato com diferença de uma de peso; avanço um operário a casa h4, ameaçando sua rainha e protegido pelo ciclista.

— Eu sei o que escolho! — respondi.

Justa pareceu notar o ataque sobre sua rainha, ela recuou para a casa g6, avancei o operário para a casa h5, ameaçando novamente a rainha e protegido por outro operário e pela rainha. Justa voltou sua rainha para a casa g5; avancei minha rainha a casa f3.

— Você não pode ir Layer, desista. Haverá obstáculos piores, descobrirá a verdade e se arrependerá! — disse.

— Ótimo, pelo menos saberei que ninguém decidirá por mim, quando escolho um corredor com obstáculo, eu já sei identificar outro igualmente, eu aprendo com meus erros! — comento.

Justa recua seu cavalo de volta para a casa g8; Com o cientista, capturo o seu operário na casa f4, equilibrando a balança e ameaçando a rainha; Justa a move recuando para a casa f6; Avanço outro ciclista para a casa c3, ameaçando o operário b5; Justa avança o seu cientista para a casa c5 e ameaça o meu maquinário na casa g1. Avanço meu ciclista para a casa d5, ameaçando a rainha e protegido por um operário.

— Vocês esta fazendo uma péssima jogada Layer, está se arriscando em ataque enquanto minhas peças atacam a distância, na defesa... Como um guerreiro portador de lança e escudo.

— Eu... Eu sei o que estou fazendo. — menti.

Spencer havia me ensinado uma tática, o que não ajudou muito, já que o mesmo sabia outros macetes para quebrar seus próprios macetes, o mesmo comparou como matemática de batalha: faça seu inimigo diminuir sua quantidade de soldados, enquanto avança somando para um mate.

Justa avançou sua rainha e capturou um operário na casa b2, ameaçando um maquinário, a nova peça adicionou um peso diferencial à balança. Avancei o cientista a casa d6, sacrificando ambos os maquinários; Justa captura o primeiro maquinário com a peça cientista na casa g1, dois pesos a mais a balança; Avanço o operário a casa e5.

— Está deixando seu maquinário e rei indefesos e mesmo assim continua a avançar suas peças ao tabuleiro, mesmo com o todo de defesa em torno do meu rei? — perguntou Justa.

Não respondi absolutamente nada. Justa capturou o último maquinário na casa a1 e pôs em xeque o meu rei, a balança tinha três peças a mais, as barras de ferro da saída subiram ao teto.

— Possui uma saída, mas não é a do jogo! Xeque! — comentou Justa.

Avancei meu rei para livrar do xeque, pondo na casa e2 em proteção da rainha; Justa move seu ciclista a casa a6 para prevenir a captura com meu cientista; movo o meu primeiro ciclista e capturo um operário na casa g7, as grades voltaram a descer, “Droga”, pensei.

— Xeque! — disse.

— Como...

Justa se sentiu ameaçada, mesmo com o tanto de peças em torno do rei, ainda havia brechas, ela posicionou o rei para casa d8, sua única saída. O sacrifício necessário, eu avanço a dama para a casa f6, ameaçando o rei adversário e deixando meu rei desprotegido.

— Xeque! — comento.

Justa riu — O seu xeque apenas fez que eu capturasse sua peça mais importante, a rainha...

Justa movimentou seu ciclista e capturou minha dama; um peso a mais e as grades da saída voltaram a subir, Justa capturou seis peças, incluído minha rainha, mas sua ganância me tornou forte, mesmo o meu ataque seja o confronto mais direto, ela não imaginou a minha armadilha; movi meu cientista a casa f7, ameaçando o rei sem saída.

— Xeque Mate!


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Notas finais do capítulo

Sentiu dúvida em alguma palavra ou sobre algum cunho cientifico no livro, pesquise, busque resposta, ou deixe seus comentários abaixo. Espero que tenha gostado do início desta aventura... Nos vemos nos próximos capítulos *-* By: Eye Steampunk



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