A Casa Caiu escrita por Andye


Capítulo 28
O Sol e a Lua


Notas iniciais do capítulo

Oi gente... Estou atrasada, não é mesmo? Sim, eu sei, e tenho plena consciência.
Também sei que não respondi os comentários - mil desculpas, mas a semana foi corrida na universidade. To ralando pacas e só tenho acessado pelo celular.
Aproveitei esse momento para postar. Não queria deixar para amanhã, então... NOSSO ÚLTIMO CAPÍTULO COM GOSTINHO DE SAUDADE!!!

Espero que gostem, realmente, e não fiquem chateadas por ter acabado. E percebam, não finalizei... Quem sabe um epílogo vem por ai...

Obrigada por ficarem comigo, por me apoiarem, por me entenderem e me compreenderem. Vocês são maravilhos@s e agradeço demais por cada um/uma.

E não se esqueçam: Em breve, novas aventuras Romione e Hinny... E, talvez, quem sabe, uma Nova Geração. Isso se minha vida permitir... :D Então, marquem "Adicionar autor(a) aos favoritos" porque muita coisa vem por aí...

Um final de semana maravilhoso...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/628542/chapter/28

Hermione bebia mais uma taça de wiski de fogo enquanto pensava nos muitos i's que caracterizavam o ruivo. Imbecil, incompreensivo, idiota, ignorante e infantil eram apenas alguns dos adjetivos usados, mas o que mais a entristecia era ter adicionado "infiel" à lista.

Pensou também que deveria estar muito irritada com ele, mas algo em seu subconsciente a mantinha tranquila. A verdade é que era um pouco confuso acreditar que Rony, a criatura mais fiel que ela já conhecera, poderia fazer algo daquele tipo.

Sentou-se sobre o sofá e sentiu-se estúpida por estar ali. Havia rejeitado o convite da mãe e da senhora Weasley por algo que ouviu e talvez tenha interpretado mal. E, o pior de tudo, havia saído de casa sem ao menos dar a Rony a oportunidade de se explicar.

Estava fazendo tudo de novo. Estavam se afastando do mesmo jeito que se afastaram anos atrás. Então ponderou as palavras que Gina havia dito quando lhe contou o que havia ouvido: "Hermione, meu irmão pode ser um estúpido, infantil ou o que seja. Mas traidor… Acho que nem mesmo você acredita que ele seria capaz de te trair."

— Mas então… O que foi aquilo tudo? Não estou ficando louca. Eu ouvi...

Começou a se questionar mais uma vez. Na verdade, era o que mais tinha feito naqueles dias além de fugir de Rony no Ministério. Arrependeu-se novamente por não ter esbravejado com ele e tirado tudo aquilo a limpo assim que ouviu aquele fatídico "eu te amo" ao celular.

Olhou curiosa para a porta quando ouviu a campainha tocar. Ficou sentada até se dar conta que era, realmente, a sua campainha tocando e que a pessoa do lado de fora parecia ansiosa, pois o barulho agudo e contínuo começava a ferir seus ouvidos.

Caminhou rapidamente até a porta. Seu interesse maior era parar aquele barulho.

— Eu te amo!

Ele olhava para ela com temor. O medo de perdê-la novamente e, talvez para sempre, fez com que seus maiores medos e receios parecessem nada diante daquela realidade.

Hermione ficou imóvel segurando a porta aberta. Os olhos estavam espantados e fixados em Rony enquanto seu cérebro processava o que ele tinha dito.

Pensou que, talvez, aquilo fosse uma criação de sua mente alcoolizada – já soubera alguns fatos que acontecem com os trouxas, mas percebeu que era real quando ele voltou a falar.

— Eu sei o que você deve estar pensando de mim… Eu sei o que você ouviu, mas não era nada daquilo. Eu jamais tive outra mulher além de você, Hermione. Nunca… Quando você foi… — as palavras doíam ao lembrar daquele momento — Quando você resolveu ir embora, eu até tentei… Mas nunca, Mione, nunca consegui sequer beijar outra mulher. E, sabe? Isso me frustrou bastante.

"Eu me vi ligado em você mesmo que você não estivesse ligada em mim. Parecia uma espécie de carma, de tortura, e eu não sabia o que fazer e, por isso, aceitei o trabalho de Auror. Fui viajar. Foram momentos complicados…

"E eu não falava com uma mulher ao telefone naquela noite… Era o Harry — ele fez uma expressão engraçada em resposta a dela que pareceu não entender aquela parte — É estranho, eu sei, mas eu estava ensaiando.

"Você sabe como eu sou péssimo com os meus sentimentos, em demonstrar, mas eu queria me declarar pra você e estava ensaiando. Eu não consigo pensar na possibilidade de te ver longe de mim de novo. Eu te amo demais pra aceitar isso."

Hermione olhava atentamente e ouvia tudo com uma expressão impassível. Ela achou que as taças de Wisky que havia bebido não haviam sido uma boa opção, realmente. Ia falar, mas Rony continuou antes que ela abrisse a boca.

— Eu te amo. Eu te amo, Hermione — ele parecia se libertar — Eu te amo e por anos me policiei para não falar pra você. Durante todos esses anos me achei um nada perto de você. Sempre achei que não poderia ser bom o suficiente, mas eu parei.

"Eu te amo, eu te amo e não vou parar de repetir. Eu preciso que você me entenda. Eu preciso que acredite em mim. Não suporto imaginar passar o resto da minha vida longe de você.

"Eu sei que você é a melhor mulher do mundo e eu sei que você, talvez, não acredite em nada do que estou falando, você está no seu direito, mas…

— Eu aceito — ela falou, mas ele parecia tão perturbado que continuou.

— Pode perguntar ao Harry. À Gina. Eu jamais pensei em outra mulher nem tive, sequer, um namorico. Você é a mulher da minha vida… A única que eu quero em minha vida... — ele pareceu compreender o que ela falou naquele exato momento — Como? O que você disse?

— Eu disse que eu aceito — ela ainda se apoiava na porta — Que eu acredito em você. Aceito suas explicações.

— Sério? — ele estava incrédulo.

— Sim… — ela sorriu — E também aceito viver pra sempre com você. Também não quero te perder… De novo, não.

Rony não esperou mais. Avançou em Hermione e lhe deu um beijo longo e apaixonado. Os braços acariciavam os corpos saudosos enquanto selavam a paz – momentânea – entre eles. Olharam-se nos olhos e sorriram.

Hermione sentiu-se estúpida por ter desconfiado dele e ele sentiu-se idiota por não ter falado o que seu coração pedia há tantos anos.

O beijo se transformou em carícias mais profundas. Rony entrou na casa sem interromper o contato e bateu a porta com o pé. Não havia móveis, mas a urgência por se sentirem novamente fez com que, ali, sobre o tapete da sala, se amassem com paixão.

— Desculpe por ter duvidado de você — ela começou, o corpo nu ao lado do dele, sobre o tapete, sua cabeça apoiada no peito de Rony. Ele a interrompeu.

— Não se desculpe. Você tinha direito. Eu também teria ficado uma fera se tivesse ouvido aquilo.

— Mas você teria perguntado, gritado, esbravejado… Teria quebrado o que achasse pela frente. — suspirou antes de continuar — Eu preferi fugir.

— Não quero que fuja de mim novamente — ele falou levantando o rosto dela carinhosamente — Não quero mais falar sobre esse assunto também — ela sorriu — Feliz Natal — ele falou sorrindo.

— Feliz Natal — ela o beijou.

Depois que tomaram banho – juntos, fizeram um pequeno lanche e decidiram voltar para a Toca. Uma breve conversa os levou a crer que aquele era o melhor lugar para estarem.

No almoço visitariam os pais de Hermione, mas antes de desaparatarem, Hermione perguntou algo que a incomodava e a deixava curiosa desde a chegada do "namorado".

— Como me encontrou? Tenho certeza que a Gina não te disse onde era a casa.

— Não… Ela não disse — Rony falou com uma expressão afetada, lembrando da irmã — Ela foi bem irritante, pra falar a verdade, mas me lembrou de algo que eu havia esquecido.

— Do que?

— Do desiluminador — ele sorriu quando ela fez uma expressão incrédula — Estava com ele guardado no meu quarto, lá na Toca. Peguei, ascendi e esperei…

— Esperou?

— Sim… Você precisava me mostrar o caminho… Tinha certeza que me mostraria. E eu ouvi de novo… Sua voz, Hermione, falando o meu nome… Como naqueles dias infernais. E aquela bolinha de luz flutuou até mim, até o meu peito, e eu sabia onde você estava.

— Eu… Eu te amo tanto, Rony… Sempre te amei — ela o abraçou e novamente se beijaram.

— Eu também te amo e preciso te dizer algo ainda aqui — falou misterioso e ela o olhou curiosa — Você está com aquela pulseira que te dei no seu aniversário?

— Sim, eu estou.

— Pega ela, por favor.

Houve um momento enquanto Hermione ia até uma mala onde guardava uma caixinha de joias e voltava para o encontro de Rony. Ele pegou a pequena pulseira em suas mãos e, sorrindo, olhou para ela.

— Essa pulseira tem uma história especial — começou e Hermione o olhou curioso — Eu mandei fazer, como tinha te falado antes, e não existe outra igual. Cada parte tem um significado — ele continuou quando percebeu que Hermione não o interromperia — O Sol representa você. Reluzente, inalcançável… Um intenso brilho próprio… Tanto brilho próprio que apenas ele seria capaz de iluminar algo… Algo como o Sol iluminando essa Lua. E essa lua, por acaso, seria eu… — sorriu para ela antes de continuar — Eu quando pensava jamais te alcançar… Mas, então, livros, feitiços, varinhas nos aproximaram… Nos aproximaram de uma forma tão forte que te fizeram quebrar regras… Como no dia em que fiz o teste para goleiro da Grifinória — ele sorriu da expressão assustada que ela fez — É… Eu sabia. E esse pomo de ouro representa todas as vezes que você quebrou regras para me ajudar…

— Rony… Isso é lindo — falou finalmente, os olhos brilhavam de emoção.

— Mas esse pomo de ouro é o mais especial de todos… — ela pareceu curiosa e ele continuou — Lembra que o pomo do Harry abria no fecho?

— Sim… Claro — ela respondeu ansiosa.

— O nosso pomo abre no início…

Ela estava curiosa. Rony colocou a delicada joia sobre o tapete onde estavam sentados e, pegando a varinha no bolso traseiro da calça, deu uma leve sacudida sobre ela.

O objeto flutuou, o pomo de ouro separando-se da pulseira e adquirindo uma proporção normal.

Quando a joia voltou ao tapete, Rony pegou o pomo da pulseira e o entregou para Hermione. Assim que ela o pegou em sua mão, o objeto começou a abrir.

Ela não sabia se sorria, se chorava ou se o beijava. Decidiu fazer os três de uma única vez. O ruivo foi derrubado sobre o tapete felpudo e sorria sob os beijos que recebia.

Era uma sensação livre que os dois vivenciavam e, se esquecendo que decidiram voltar à Toca ainda aquela noite, se amaram novamente.

Ao canto, o pomo de ouro aumentado magicamente e incrivelmente reluzente permanecera aberto. Dentro dele, um par de alianças estava envolto em nuvens coloridas que formavam a frase que Hermione mais desejara ouvir daquele ruivo: "Eu te amo. Casa comigo?".


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sentirei saudades!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Casa Caiu" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.