A Casa Caiu escrita por Andye


Capítulo 1
A Velharia


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!! Olha eu aqui novamente. Sei que ando meio sumida e que isso não é nada legal, mas eu vivi uma depressão pós Por Você que realmente não conseguia escrever mais nada... Até tentei, mas não deu certo. Sei também que havia prometido para a maioria dos meus leitores uma fanfic Hargin, mas eu não consegui pensar em nada e então, de repente, tive uma ideia para uma Romione, e espero que gostem.Vou tentar fazer algo divertido, engraçado e bem legal de ler, e vou conseguir porque conto com a ajuda da minha grande amiga, Corvinal e beta desta fic, Anne A. - passem no perfil dela que tem muitas histórias legais também. Vocês vão ver que tem muitas informações soltas pelos capítulos, e aos poucos vocês vão entendendo o que aconteceu com esses dois nessa minha nova história. E para não ficar tão chato e cansativo, sejam bem-vindos os que quiserem ler, aparecidos e fantasminhas. Tentarei postar todos os fins de semana, aproveitado que a UFPB está em greve - o que não é legal, mas me ajudou liberando um tempo extra na minha vida. Comentem sempre que acharem necessário porque vai ser de grande importância a opinião de vocês em algo novo, que nunca tentei escrever antes. Obrigada por estarem por aqui e BOA LEITURA!:***



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Hermione seguia em silêncio no banco de trás do táxi enquanto se aproximava de sua casa. Já havia feito aquilo tantas vezes que se não fosse por um motivo em especial, nada diferenciava as vezes anteriores.

A verdade é que, agora, não era uma casa qualquer, muito menos a casa de seus pais. Agora era a sua casa, que há tanto tempo ela desejara. Fora mais cara do que ela imaginava, era fato, mas não importava. A satisfação de ter o seu imóvel, em seu nome, que havia adquirido com os ganhos de seu trabalho, a deixavam satisfeita demais para se importar com o valor pago.

Enquanto o carro seguia, e agradecia mentalmente que o motorista fosse um senhor bem discreto para não puxar assuntos forçados com ela, se passava uma infinidade de coisas em sua cabeça, principalmente os momentos de tempos atrás, na casa dos Weasley. Sentia falta da Toca, dos ruivos, mas estava impossibilitada de visitar o lugar, mesmo que fosse muito bem-vinda por lá.

Havia partido há cinco anos para trabalhar como representante do Ministro da Magia, Kingsley Shacklebolt, muito mais por fuga do que por desejo de ascensão profissional, mesmo que ela não revelasse esse detalhe a ninguém.

Era diplomata em exercício e, embora ainda tivesse seus projetos de libertação de elfos e estivesse decidida em retornar ao Departamento de Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas, tentava, agora, apaziguar ou melhorar o relacionamento entre o Ministro Mágico e os Ministérios Trouxas.

Não era um trabalho muito fácil, como a maioria das pessoas poderia pensar, porque lidar com a personalidade forte dos trouxas era irritante na maioria das vezes, ainda mais quando eles se negavam a acreditar no mundo mágico, a obrigando a tomar medidas mais drásticas.

Ela havia sido indicada por vários bruxos do Ministério, entre eles, por seu grande amigo, Harry Potter, que sabia da sua facilidade com as palavras, o alto grau do seu poder de persuasão e, o mais importante, havia presenciado o desastroso rompimento do seu relacionamento com o caçula Weasley.

Depois de tudo o que passou, ela precisava de férias, mesmo que trabalhasse durante elas, e aceitar o cargo de Representante do Ministério parecia ser a melhor solução: isso lhe faria ocupar a mente e se afastar por tempo indeterminado, talvez até para sempre, de Ronald Billius Weasley.

Havia perdido dois anos de sua vida ao lado do ruivo, pelo menos era assim que ela costumava pensar e se convencia diariamente dessa verdade. O "legume insensível" era mil vezes pior como namorado do que havia sido como amigo.

Irresponsável, infantil e irritante eram os 3 i's que caracterizavam o Weasley. O amara a sua adolescência inteira e após a guerra pensou que seriam felizes como Harry e Gina... Ledo engano.

O ruivo era intransigente e ignorante - “talvez mais dois i's para adicionar às suas características”, e era insuportável o convívio e as críticas constantes entre eles.

Ela só queria que ele fosse mais responsável, que se preocupasse mais com seu futuro... Que estudasse e procurasse ser alguém melhor. Será que era pedir demais? Ela sabia que não. Ele que era idiota o bastante para não entender que ela queria apenas o seu bem. "Idiota... A quantidade de adjetivos com i é infinita...”.

Claro que não havia sido uma perda de tempo completa. Ela bem sabia que de todas as quatro bocas que havia beijado em seus vinte e cinco anos, a dele foi, sem dúvidas, a melhor. Sem contar que, até agora, não conseguiu avançar em nenhum relacionamento. Não se sentia bem, muito menos confiante, com ninguém como era com ele. "Culpa do maldito feitiço muito mais que mal feito que ele, com certeza, deve ter feito pra mim.”.

Respirou fundo antes de começar a pensar nos músculos levemente salientes que o auror em treinamento começara a adquirir graças a todos os exercícios de força e resistência que tinha que fazer para ser aceito.

Ela adorava as curvas dos músculos dele, mesmo que nunca tenha revelado. Na verdade, ela adorava todos os contornos do corpo dele. O que ela realmente odiava era se pegar pensando sobre isso. Era como se estivesse traindo a si mesma.

— Oi mãe! - atendeu o celular quando o sentiu vibrar no bolso de trás da calça.

Já chegou?

— Na verdade, ainda não.

Minha filha, seu pai e eu estamos tão preocupados com essa sua ideia de morar só, e em uma casa que nem mesmo chegou a ver...

— Mamãe, o corretor foi muito correto comigo e me deu todos os detalhes da casa. A casa é linda, e com o tempo, vou deixar ela do meu jeito.

Com a dinheirama que gastou nessa casa velha, teria comprado uma bem melhor aqui perto — Ouviu o pai reclamar e sabia que estava no viva-voz.

— Mas eu gostei dessa, papai. E, além do mais, fica perto do Ministério. É um bairro bruxo – cochichou.

Cheio de trouxas que não sabem que vivem com bruxos.

— E é bom que continuem sem saber, papai. Esse é um dos motivos do uso de magia ser proibido no bairro – novo cochicho — E é muito estranho o senhor chamando trouxas de trouxas – sorriu levemente.

E se acontecer alguma coisa?— ouviu a mãe choramingar.

— Já expliquei várias vezes, mamãe. Se, e é um ‘Se’ bem grande, acontecer alguma emergência, somos liberados para usar magia.

Ainda acho que deveria ter vindo pra casa.

— Continuo perto de vocês. Não é nem uma hora de carro.

Mas...

— Preciso desligar, mamãe. Acabei de chegar. Amo muito vocês. Assim que me instalar vou preparar um almoço pra nos vermos.

O táxi parou e enquanto se organizava para descer, deu uma olhada de relance na casa. Sua boca se abriu em um leve, mudo e assustado ‘O’ e ela saiu do carro inconsciente, ignorando o motorista e as malas. A casa não era a mesma das fotos, não era a casa que havia comprado.

Diferente do que esperava, a casa à sua frente tinha a tinta lascada, descascando em vários pontos; o lodo deixava a base das paredes esverdeadas e a porta de entrada estava tão suja que ninguém se sentiria bem-vindo ali.

Umas das janelas do andar superior possuía apenas uma tábua a lhe selar e o fato de a casa ser na esquina só destacava que isso tudo não era coisa apenas da área frontal. “Onde foi parar a casa que eu comprei? Como vou viver aqui?”.

Respirou profundamente imaginando o trabalho que teria até colocar aquela casa em ordem e se perguntou se os pais realmente não estariam certos e se não seria melhor voltar para casa.

Pensou que ela estivesse em um estado de conservação um pouco melhor, mas a realidade era totalmente contrária à expectativa.

Então tentou pensar no que aquela casa poderia ser, ver o lado bom... “A quem estou tentando enganar? Não tem lado bom aqui.”.

Resolveu entrar em contato com o corretor e resolver aquela situação. Estava tudo errado e nada era como ela pensou que seria. Iria entrar, tomar um banho, comer algo e, mais descansada, ligaria para o senhor Collins e acertaria tudo. Não iria ficar com aquele projeto de casa de jeito nenhum.

Foi tirada de seus pensamentos pela voz do taxista.

— Oh, garota! Vai passar a noite toda olhando essa casa ou vai me pagar de uma vez? Já fiz o favor de colocar essas malas pra fora, então me dê o meu dinheiro que tenho mais o que fazer além de ficar perdendo o meu tempo admirando essa velharia.

— Claro. Claro, desculpe. Quanto devo?

— Cento e trinta libras.

— Isso tudo?

— Garota, foi mais de uma hora de viagem e ainda estou sendo gentil. Me pague de uma vez e deixe de ser velhaca.

Ela olhou para aquele senhor calvo e gorducho e se conteve para não descontar todo seu cansaço e frustração nele, contando até três antes de responder.

— Tudo bem. Aqui está.

Entregou o dinheiro e olhou o homem entrar em seu táxi, manobrar o carro e sair pela mesma rua que vieram. Voltou-se para a casa e percebeu, pela primeira vez, que as luzes estavam acesas.

Como o senhor Collins é atencioso. Sabia que chegaria à noite e deixou a casa toda acesa.”. Sorriu com aquele gesto de gentileza e decidiu que estava cansada demais para se irritar com o taxista ladrão.

Deixou as duas malas paradas ao seu lado e deu um giro de trezentos e sessenta graus. A vizinhança parecia simples. Algumas crianças brincavam com bicicletas e havia gritos e gargalhadas infantis. Umas senhoras a olhavam das calçadas de suas próprias casas e pareciam muito atenciosas. Uma delas lhe acenou a mão e ela o fez de volta, sorrindo.

Sentiu uma fagulha de esperança dentro de si. Se voltou para a casa e pensou que, talvez, não fosse tão ruim assim. Poderia reformar, fazer uma pequena biblioteca em algum lugar, afinal, aos vinte e cinco anos havia comprado sua primeira casa, mesmo que não fosse a que pensava. Veria o interior e resolveria se ficaria ou não com ela.

Respirou profundamente mais uma vez e, com uma mala em cada mão, as puxou até a entrada da casa feliz por não haver escadas. Rodou a chave na porta, a abriu e entrou, passando as malas e fechando a porta atrás de si.

A casa estava levemente organizada, porém acabada. Ainda havia móveis cobertos por lençóis brancos, mas acreditou que o corretor houvesse dado uma limpada em tudo porque imaginava que houvesse mais pó do que via.

Tudo estava velho demais. Não tinha como ser a casa que viu nas fotos de maneira nenhuma. Seria praticamente impossível viver ali. Realmente, teria que resolver com o senhor Collins: iria devolver a casa.

Reparou que a luz da cozinha também estava acesa e caminhou até lá. Estava tudo um pouco estranho. Havia alguns pratos sujos na pia e duas panelas sobre o fogão, além de resto de comida.

— Inferno sangrento!

Ouviu a voz mais que familiar, mesmo que alguns tons mais grave, e sentiu os pelos da nuca se arrepiarem em resposta. Se virou e sentiu uma leve tontura ao encará-lo, se apoiando na parede atrás de s.

Ronald Weasley, mais ruivo do que nunca, bem mais forte do que ela lembrava, molhado por ter acabado de sair do banho, com gotas de água pingando do cabelo e escorrendo até o nó da toalha enrolada em sua cintura.

Mas que merda está acontecendo aqui?”.


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Notas finais do capítulo

E ai gente, o que acharam?
Gostaram desse nosso primeiro capítulo? Hermione comprou a casa sem ver e recebeu uma totalmente diferente da que esperava. Depois de tantas surpresas, ainda encontra esse ruivão, mais lindo e molhado do que nunca, só de toalha, na sua frente...
O que acham que vai acontecer agora???
Comentem e não percam as cenas do próximo capítulo, que entrará de sexta para domingo.
:***



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