Obsessão por sugação escrita por Tris Cullen


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi, desculpa a demora!
Boa leitura...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/628283/chapter/6

Renesmee coloca o filme e senta-se no chão ao lado de Jacob, ela enfia a mão no balde de pipoca no meu colo e pega um punhado de pipoca. Já é o segundo filme que vamos assistir. Ela me convidou para vim na casa dela assistir um filme, já que eu estava entediada sentada na escada da casa dos Cullen sem fazer nada, somente perdida em meus pensamentos confusos.

Alice, Jasper, Emmett e Esme foram caçar. Carlisle foi para o hospital e Edward e Bella foram para lá não sei onde. Rosalie senta-se ao meu lado quando o filme começa, ela está com um vidro de esmalte vermelho na mão. Seus cabelos loiros estão em um coque mal feito, ela sorri quando me ver observando-a. Sorrio de lado e desvio os olhos para televisão. Presto atenção no filme.

Quando o filme termina já é noite. Eu e Rosalie caminhamos em direção a casa. Deixamos Renesmee e Jacob sozinhos para trás. Sinto uma coisa estranha dentro de mim, não sei se gosto da ideia de Jacob e Renesmee sozinhos. Balanço a cabeça para afastar esse pensamento. Nas ultimas horas não paro de me sentir estranha em relação a Jacob e Renesmee. E como se o contato entre eles me incomodasse.

Caminho ao lado de Rosalie e tenho que sempre caminhar mais rápido para acompanhar seus passos. Rosalie se mantém calada, mas sinto seus olhos curiosos me observarem.

—Não senti vontade de beber meu sangue?- pergunto cautelosa.

—Somos vegetarianos, só bebemos sangue de animais!- ela responde.

Eu continuo andando prestando atenção onde piso, está escuro e acabo tropeçando algumas vezes em galhos de arvores no meio do caminho.

—Mas às vezes sente vontade?- pergunto curiosa.

—Tento me controlar... –ela da de ombros. –Por que está me fazendo essas perguntas?

—Estou curiosa! –digo e dou um meio sorriso.

A luz que sai da varanda da casa ilumina o resto do caminho e a grama que cerca a casa. Subo os degraus da varanda.

—Ou talvez porque eu esteja puxando assunto com você!- dou uma piscada e ela sorri.

—Pergunte outra coisa que eu respondo com mais vontade. –ela diz sorrindo.

—Então não devo ficar preocupada com alguém mordendo meu pescoço?- pergunto erguendo uma das sobrancelhas.

—Talvez não! –ela sorri mais. –Eu acho.

—Me senti mais tranquila com sua resposta! –digo irônica.

—Não há nada com o que se preocupar em relação a nós! –ela diz sincera e aperta delicadamente meu ombro com sua mão gelada.

—Tá bom! –sorrio agradecida.

—Estou aqui quando você precisar Sara. –ela me olha compreensiva. –Pode confiar em mim!

—Obrigada Rose! –digo.

Não sei bem se estou à vontade aqui... Sento-me ereta no sofá e Emmett parece concentrado no vídeo game, Esme passeia pela casa em sua velocidade vampiresca e Rosalie ao meu lado lendo uma revista. Os restantes dos Cullen saíram. Carlisle para o hospital e os outros para escola.

Finalmente decido jogar com Emmett. Apesar de eu ser boa no jogo é impossível ganhar dele. Emmett caí na gargalhada quando o meu personagem no jogo acaba morrendo de uma forma estranha. Eu olho fuzilante para ele e ele acaba rindo mais.

—Você tem sorte de ser um vampiro! – digo sarcástica.

—Ah eh? – ele sorri e revira os olhos. –E você de ser minha irmã mais nova!

—Irmã mais nova? – solto uma gargalhada.

—E você eh! – ele acena com a cabeça.

—Tudo bem irmãozinho! – sorrio irônica.

Dessa vez quem salta uma gargalhada é Rosalie. Nós a olhamos confusa e ela balançamos a cabeça.

—Só achei engraçado o “irmãozinho”! –ela explica e eu sorrio.

—Não gosto de palavras no diminutivo! –birra Emmett.

—Claro! –sorrio e reviro os olhos.

Dessa vez Emmett joga sozinho e eu passo a mão no rosto. Enterro minha cabeça entre meus joelhos.

Está difícil não me lembrar de algo. Da minha família, da minha escola, dos meus amigos... Afinal eu tive isso. E como se minha mente exigisse isso. Como posso ver lembranças das pessoas se a menos tivesse a minha? Como alguém, no caso eu, se esquecer da família? Dos amigos? Da escola? E talvez até de alguém? Será que já tive alguém a mais? Um namorado? Será que pelo menos já beijei alguém ou até mesmo fiquei? São coisas da qual eu queria me lembrar.
Balanço a cabeça para afastar meus pensamentos. Sinto os olhos de Rosalie me encararem.

—Talvez Emmett devesse levar você para passear! – ela diz sincera.

—Não precisa! Eu estou bem... – digo, mas minha voz saí tremula.

—Você está muito depre com seus pensamentos! – ela sorri. –E bem... Não sou uma companhia muito divertida.

—Rose tem razão! – Emmett sorri e se levanta em um pulo. –Vou dar uma volta com você.

—Gente eu...

—Psiu! Não se fala mais nisso! –exclama Emmett. Ele beija Rosalie e eu me levanto.

Ando para o meu quarto e pego meu casaco em cima da cama. Quando me viro Emmett já está na porta e abre passagem para eu passar. Ele coloca as mãos nas minhas costas para me guiar, não para as escadas, mas para uma janela mais larga e maior que nós.

Os movimentos de Emmett rápido e não sei como vi parar nas suas costas. Estamos a três andares do chão e sinto o vento frio atingir meu rosto e meu coração acelerar.

—Segure-se! –ele diz e pula a janela.

Em seguida estamos no chão, minhas mãos estão firmes em volta do seu pescoço. Ele sorri e segue correndo para dentro da floresta. Vejo as arvores passando como vultos e sinto vertigens. O vento frio que percorre nós enquanto Emmett corre me faz tremer de frio. Gosto da sensação.

Logo Emmett corre em direção a uma arvore e salta escalando-a, agarro-me mais forte enquanto o chão fica distante. Suas mãos são ágeis enquanto ele escala puxando o corpo cada vez mais para cima. Ele para assim que consegue alcançar um galho forte, mas não o solto. Olho para baixo e sinto medo, estamos muito alto do chão. Sinto o vibre da sua risada enquanto eu aperto ainda minhas pernas em volta da sua cintura.

—Um deslize aqui e você morre! – ele gargalha.

—Nossa! Você está ajudando muito em Emmett? –digo, e minha voz tremula.

—Tudo bem! Vamos descer e correr por ai princesa! –ele diz irônico.

Sorrio e me seguro novamente, mas em vez dele saltar para o chão, ele pula de uma arvore para a outra. Um grito escapa da minha garganta assim como a gargalhada de Emmett.

Sento-me de volta na cadeira e mordo meu hambúrguer e Emmett sorri pegando um guardanapo para mim. Estamos em uma lanchonete quase vazia. Corremos pela floresta até eu sentir fome e estávamos próximo à cidade e ele me trouxe para comer algo.

—Como pude me esquecer de algo tão bom assim? –pergunto terminando o meu hambúrguer.

—Eu não sei! –ele da de ombros. –Não me lembro de ter comido esse treco.

—Não sabe o que esta perdendo! –digo e sorrio.

—Sabe... –ele se curva em minha direção e sussurra. –Prefiro sangue!

—Entendo! –sussurro de volta.

—Vou fingir que você é uma humana normal. –ele sorri.

—Ok! –eu pisco e ele se ajeita na cadeira.

—Você não se lembra de nada mesmo? –ele pergunta serio.

—Não... Quer dizer... –tento encachar as palavras, mas elas me confundem. –Me lembro dos gritos e da pessoa, quer dizer do vampiro, que me carregava para longe do incêndio. Fora isso, nada.

—E dos rostos? –ele ergue uma das sobrancelhas. –Quero dizer da sua família.

—Não! –sussurro. –Mas queria me lembrar. Sinto saudades de algo que nem me lembro e isso é muito estranho.

—Talvez não seja estranho... Talvez você pense que é estranho, mas não acho estranho. –Ele diz e amassa o canudo do meu refrigerante.

—Posso te perguntar uma coisa?- pergunto.

—Pode! –ele me olha curioso.

—Rosalie me contou sobre você. –digo erguendo as sobrancelhas. –Você se lembra de algo? Da sua família?

—Eu perdi minha memoria no acidente. –ele diz confuso.

—E que talvez você tenha se lembrado de algo e não contou a alguém... –digo esperançosa.

Na verdade quero que Emmett me conte algo. Algo sobre sua família, algo sobre sua vida. Mas sua expressão é calma e seus olhos são tranquilos.

—Não me lembro de nada mesmo! –ele sussurra.

—Me desculpa pela pergunta! –digo cautelosa.

—Tudo bem!- ele da de ombros. –E não precisa se preocupar em se lembrar da sua família. Você tem uma aqui agora, e um irmão para te proteger sempre! –ele sorri e joga o canudo amassado em mim.

—Ok! –sorrio e jogo o canudo de volta.

Emmett é meu irmão agora e eu confio nele. Temos que escolher as pessoas em quem confiar e ele já foi escolhido por mim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ok! Eu gostei desse. Me senti tão a vontade escrevendo-o.
Espero que tenham gostado.
Até o próximo! Bjs...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Obsessão por sugação" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.