Obsessão por sugação escrita por Tris Cullen


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!
Espero que gostem!



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    Acordo com a cabeça doendo, lembro-me de alguém me acertando na cabeça. Olhos vermelhos. Estou caída no chão meu quarto e sinto cheiro de fumaça. Está quente, então me levanto só em uma camiseta e de calcinha. Escuto barulhos lá em baixo e corro descendo as escadas. No fim das escadas topo em algo gelado e duro, caio no chão. Há fogo para todos os lados e eu não consigo respirar direito pelo tanto de fumaça que há. Olho para cima e vejo olhos vermelhos. Ele me levanta me puxando pelo braço, meu braço dói.

    Olho para o lado e vejo papai caído no chão com os olhos sem vida, um grito escapa da minha garganta. Debato-me contra os braços gelados e duros. Vejo minha mãe correndo em minha direção.

    -Não mamãe! –eu grito para que volte para traz.

    Mas é tarde. Um cara de preto, grande e forte a pega por traz e morde o seu pescoço. Não posso acredita no que estou vendo. Minha mãe cai no chão sem vida, olho para o cara e vejo seus lábios sujos de sangue. Sei que a próxima sou eu, então trisco na pele do cara que está me segurando. Ele grita e o que vejo sou eu. Eles estavam á minha procura, ele é um rastreador.

    Meu coração bate forte no meu peito e sinto medo. Alguém me arranca de perto dele. O cara grande me puxa pelo cabelo para fora da casa. Minha cabeça doí, mas me sinto forte. Então consigo me desviar dele, o empurrando, mas sinto alguns fios de cabelos sendo levado com ele. Não paro e coro.

    Não coro muito até que outro cara me derruba no chão. E o mesmo cara lá de dentro, ele parece nervoso. Seus olhos são vermelhos e frios.

    -Aro á quer intacta Demetri! –o cara grande fala. Ele me encara e me puxa do chão. Outro homem segura meu braço. –Tire ela daqui Jamie! Vamos terminar o que viemos fazer.

    Jamie me puxa pelo braço para fora dali. Entramos na floresta e saio tropeçando nas minhas próprias pernas. Ele é muito rápido e não consigo acompanha-lo. O medo pulsa dentro de mim e minhas pernas tremem. Sinto frio, muito frio. Eu apago e caio no chão.

    De repente tudo muda. Na floresta e Jamie estende a mão para mim, eu não a aceito e saio correndo em direção contraria a ele. Ele agarra meu braço assim que consigo correr meio metro. Ele sai me puxando pela floresta. Meus pés doem quando passo por cima de pedras e galhos que não consigo ver. Jamie é jogado longe por alguém... Emmentt. Fico nervosa e tento correr, alguém com mãos geladas segura pelos ombros... Jasper. Uma onda de calma cai sobre mim e eu caio no chão me apagando.

    -Ela apagou! –Jasper sussurra para alguém. Só consigo escuta-lo.

    -Jacob a tire daqui! –escuto a voz de Alice. –A coloque no carro e não pare até chegar em casa. Estamos bem atrás de vocês!

    Braços quentes me pegam e sinto o calor cobrindo meu corpo seminu. Sei agora que é Jacob. Ele parece correr e depois me coloca em algo, parece o carro porque não sinto mais o vento frio. Sua mão quente toca minha bochecha com delicadeza.

    -Você vai ficar bem agora Sara!

 

 

    Levanto minha cabeça e grito. As mãos frias de Alice me encontram e eu respiro fundo.

    -Calma! –Alice sussurra e me abraça. –Foi só um sonho.

    Seu abraço é reconfortante e respiro seu cheiro. Lagrimas percorrem meu rosto e me sinto sufocada. Alice passa a mão pelo meu cabelo e suspira. Não sei ao certo se foi só um sonho. Olho por cima e vejo Edward me encarando. Ele parece pensativo, perdido para falar a verdade.

    -Quem dera fosse apenas um sonho! –digo olhando para ele.

    -Tudo bem! –Alice me solta e sorri de lado. –Está tudo bem.

    -São lembranças! –Edward sussurra. –Ela está se lembrando.

    -Eles... Eles mataram minha família! –digo engasgada. –Todos eles...

    -Xiii... –Alice segura minha mão com as luvas. –Não precisa conversar sobre isso se não quiser.

    -Ai que tá! –eu digo engasgada. –Não consigo me lembrar de muita coisa.

    Alice se levanta e olha pela janela. Está estranha. Parece esconder algo. Ela coloca a mão em sua cintura fina pensativa.

    -Estou vendo uma coisa em sua mente. –Edward diz e se senta na beirada da cama bem perto de mim. Eu me ajeito sentando de frente para ele. –Deixe a mente aberta Sara, talvez isso a ajude.

    -Não consigo! –digo com a voz embriagada.

    -Está escondendo algo, eu posso ver isso! –ele diz pensativo e me olha confuso. –Pode confiar em mim Sara! Não me esconda nada.

    -Eu não consigo! –digo irritada.

    Edward se ajeita incomodado e pensa. Sei que está revirando minha mente, por alguma abertura, falha.

    -Tudo bem! –ele diz e segura minha mão. –Não estou procurando falhas. Não vai deixar eu ver sua mente?

    -Isso não é justo! –eu digo. Por que ficar revirando minha mente se eu não quero?

    -Ok! Não precisa ficar na defensiva. Quer se lembrar não quer? –ele pergunta e eu assinto. Ele olha para nossas mãos a procura de algo. –Vamos fazer de outro jeito! Eu pergunto e você responde! Combinado?

    -O que? –digo e sorrio debochada. Não me lembro de nada e como ele quer que eu responda.

    -Sei que se você se concentrar, pode lembrar! –ele sugere.

    -É... –olho para Alice que me olha atenciosa. Ela sorrir de lado e assente. –Tudo bem! –digo.

    -Ah... Ok. –Edward diz e me encara. –Seu nome?

    -Sara... –digo e penso. Penso e vejo uma carteira de motorista com minha foto. –Sara Brandon Haynes!

    Como que eu consegui isso? Lembrei-me de algo que eu nem imaginava. Escuto um grunhido de Alice. Carlisle está na porta com Esme, eles sorriem. Atrás deles estão Bella e Emmentt que me olham atenciosos.

    -Isso é bom! –Edward aperta minha mão de leve com um sorriso. –Onde morava?

    -Eu... –digo pensativa. Eu me lembro da cidade, as pessoas, o supermercado que eu ia toda sexta, a escola e...

     Meu irmão mais velho segurando minha irmã caçula no colo. Olhos claros deles me observam enquanto escuto musica no fone. Ele finge que vai me dar um soco e sorri. Saímos do supermercado e caminhamos até o carro na esquina. Ele pega as sacolas das minhas mãos e me entrega as luvas.

    -Não deveria tira-las! –ele me encara. –Sabe o que acontece se não usa-las né Sara?

    -Desculpa Tobby! –eu digo arrependida e as coloco. –Estava sentindo falta do contanto da minha mão com o vento.

    -Tudo bem maninha! –ele respira fundo e sorri. –Estou aqui e não vou deixar você triscar em ninguém.

    -Sei disso! –sorrio e pego Ana dos seus braços. –Você prometeu está aqui sempre, lembra?

    -Sempre! –ele sorri e me dá um beijo na minha bochecha. –Vou sempre te proteger Sara!

    Uma lagrima escorre pelo meu rosto assim que vejo que estou no quarto com Edward me olhando com atenção. Respiro e seco as lagrimas.

    -Sou do Texas, Louisiana! –digo.

    -Sinto muito! –Edward diz compreensivo.

    -Tudo bem! Continue. –digo respirando fundo.

    -Quantos anos tem? –Edward pergunta, mas já sabe a resposta.

    -16. Eu me lembro de tudo! –digo a ele surpresa. –Lembro-me da minha casa, família, amigos, escola...

    Conto tudo. Que morava com meus pais, Elisa e Arnold, e meus irmãos, Tobby e Ana. Uma vida normal, confortável. Tudo parece confuso. Eu simplesmente saio da minha vida normal e entro em uma que vai além da realidade. Um mundo onde vampiros e lobisomens existem e que eu convivo e moro com eles. Qualquer um piraria com isso.

    -É serio tá? –Max diz sorrindo.

    Não estou entendendo nada do que ele fala. Estou pensando na minha antiga vida e em como eu queria poder está lá para abraça minha família. Desde ontem à noite quando acordei e conversei com Edward que não paro de pensar neles. É tudo tão embaraçoso.

    -Você ouviu o que eu falei? –Max pergunta. Estamos na biblioteca vazia.

    Vim só hoje, Renesmee foi caçar e Emmentt veio me trazer. Não vi Jacob desde que Vladimir e Stefan nos fez uma visita.

    -Sim... –digo sem saber o que falar.

    -Tudo bem! –Max diz pensativo. –Preciso testar uma coisa!

    -Que coisa? –pergunto desinteressada.

    -Isso! –ele diz e se aproxima de mim.

    Ele puxa meu rosto para o seu e me beija. Fico sem reação quando seus lábios tocam o meu. Seu beijo é doce e calmo, mas eu não sinto nada. É diferente do beijo do Jacob que é quente e que me faz ter borboletas na barriga. Droga! Um garoto me beija e eu fico pensando no Jacob. Eu o empurro.

    -Droga Max! –eu grito. –O que está fazendo?

    -Sara... –ele diz pensativo e sorri. –Estava te beijando!

    -Sim... Estava! –digo contrariada. –Droga! Você precisa de ajuda. Está louco!

    -É! Dizem que é loucura mesmo. –ele rir.

    -Qual é o seu problema? –pergunto incrédula e me levanto da cadeira.

    -Ah eu só tive vontade de te beijar e beijei. Acho que isso não é nenhum problema! –ele diz tranquilo com um sorriso boçal no rosto.

    -Ah é? –eu digo e pego o livro e jogo nele.

    -Ai! –ele resmunga. –Qual é Sara? Você só sabe me explorar...

    -Isso não tem nada haver! –eu o interrompo.

    -Você é interessante e fiz o que a maioria quer faze! –ele explicada passando a mão no braço onde o livro atingiu.

    -A maioria? –pergunto sem intender nada.

    -Me refiro também às meninas. Você é atraente! –ele sorri de lado. –E você estava me devendo “uma”.

    -Vai se foder! Se acha que eu vou paga te beijando está muito enganado. –digo furiosa.

    Pego minha mochila e saio dali com ele me chamando. Saio da escola e o vejo. Jacob parado encostado em sua moto. E quase difícil vê-lo assim de calça jeans, jaqueta de couro preta e seu cabelo em um topete bagunçado. Ele sorri quando me ver e eu sinto que meu coração vai sair pela boca. Caminho quase correndo até ele e o abraço.

    -Oi gata! –ele diz no meu ouvido e eu sorrio.

    -Oi gato! –digo e me afasto um pouco. –Que bom te ver depois dessa loucura.

    -Loucura? –ele ergue uma das sobrancelhas.

    -Nada! –sorrio. –Então o que faz aqui?

    -Vim busca-la para dar uma volta e esquecer essa loucura de vampiros! –ele sorri e monta na moto.

    -Acho uma ótima ideia! –sorrio e subo na moto.

    Passo os braços em volta dele e ele me olha de canto de olho. Acelera a moto e saímos dali. É tão bom ficar perto dele, sentir seu cheiro, o calor, os músculos. Esqueço-me de tudo quando estou perto dele. Jacob é a paz que todo mundo procura. Ele acelera mais a moto e um grito escapa da minha garganta.

    Jacob para alguns minutos depois em uma lanchonete e eu sorrio.

    -Como adivinho que eu estava com fome? –pergunto irônica descendo da moto.

    -Eu não sabia se era sua barriga ou a minha que roncava! –ele diz.

    Ele passa o braço em volta dos meus ombros e entramos na lanchonete. Escolhemos a mesa no quanto e fazemos nossos pedidos. Olho pela janela e vejo que começa a chover. Jacob muda de lugar e senta ao meu lado. Ele mantem os olhos curiosos em mim com um braço detrás do meu pescoço. Não me sinto confortável com seus olhos em mim.

    -O que foi? –pergunto envergonhada.

    -Nada! –ele sorri.

    -Não diga que é nada! –eu digo e sorrio também.

    -Então você se lembrou? –ele pergunta e toma um gole do seu refrigerante.

    -Sim, lembrei. –eu digo pensativa amassando um pedaço de guardanapo com as pontas dos dedos.

    -Só isso? –ele arregala os olhos.

    -O que? –digo confusa.

    -Ah Sara! –ele passa a mão pelo meu cabelo. Seu olhar é tão doce. –Você não se abre com ninguém...

    -Desculpa! –eu o interrompo.

    -É difícil saber o que está sentindo. –ele diz cauteloso.

    -Me sinto tranquila com você! –digo e mordo os lábios.

    -Então me conta algo... –ele sugere e beija minha cabeça.

    -Tudo bem! –digo e ele me olha curioso. –Lembrar de tudo é meio estranho. Saber que sua família foi massacrada por um bando de vampiros cruéis e banais. Não consigo muito pensar nisso. Achar uma solução, porque não há. Eles morreram e eu vivi. Isso para mim não faz nenhum sentido Jacob!

    -As coisas às vezes não fazem sentindo! –ele diz e me olha compreensivo. –Essa é o lema da vida... Não fazer sentido!

    -Eu sei! –digo e dou um meio sorriso. –Vivemos em um mundo onde existem coisas sobrenaturais. Onde você viveu um triangulo amoroso e acaba tendo um Imprinting com a filha deles. Isso sim é loucura!

    -Ahamm... –ele murmura. –E você está fazendo de novo!

    -O que? –pergunto curiosa.

    -Se fechando! –ele dá de ombros.

    -Estou né? –pergunto culpada.

    -Hunrum... –ele diz balançando a cabeça.

    -Ah Jacob! –eu digo e me aproximo mais dele colocando meu rosto em seu pescoço. –Não sei como fazer isso...

    -Ok! –ele suspira e beija minha testa.

    Fecho meus olhos sentindo seu calor contra meu rosto. Minhas lembranças caem sobre Tobby, meu irmão. O quanto éramos próximos e como eu pude não me lembrar dele. Levanto minha cabeça e encaro Jacob por um segundo.

    -É meu irmão... –digo pensativa. –Tobby é mais velho e sempre cuidou de mim. Eu não era muito de me socializar, por causa das minhas estranhas mãos. Ele era obcecado por cuidar de mim, não me deixava envolver com nenhum garoto. Mas era uma obsessão que eu queria. Ele me fazia bem. Eu não queria machucar ninguém. E eu era a garota estranha de toda a escola, era difícil frequenta-la por isso. Mas sempre tive o que precisei na minha família e Tobby me dava tudo que eu queria.

    -Sinto muito! –Jacob diz rouco.

    -Porem ele não podia me proteger de mim mesma sempre. –digo mergulhada nos meus pensamentos. –Conheci um cara, ele não era muito certo. Encontrávamo-nos escondidos de Tobby e eu achava aquilo misteriosamente perfeito. Um dia algo deu errado, estávamos na sua casa e eu o toquei. Podia ver as coisas terríveis que ele fez e que podia fazer. Ele escorregou por causa da dor e caiu quatro lances de escadas, não resistiu. Falaram que ele escorregou correndo e caiu de mau jeito. Tobby me ajudou com a história. Desde desse acontecimento minha família manteve foco em mim. Mudamos para uma casa mais afastada, eu parei de ir a escola e minha mãe me dava aula em casa, e meu irmão desistiu da faculdade. Sacrifícios foram feitos por mim.

    -Ei, não se sinta culpada! –Jacob diz e me aperta mais em seus braços quentes.

    -Era tudo que eu tinha! –digo com a voz embriagada e lágrimas escorrem pelo meu rosto.

    -Eu sei! –ele diz e coloca o queixo em cima da minha cabeça. –Posso imaginar o tanto que é difícil e o tanto que doí. Mas você tem os Cullen e... Eu. Não é muita coisa, mas dá para o gasto.

    -Ah é? –sorrio contra seu pescoço.

    -Hunrum! –ele sussurra.

    -É tudo que eu preciso e quero! –digo e fecho os olhos.

    A chuva parece acabar, mas não quero ir embora. Quando estamos lá, não há como ficar assim tão á vontade. Edward o tempo todo lendo meus pensamentos. Não posso culpa-lo, nasceu com ele e ele não teve escolha.

    Agora minha maior preocupação são os Volturi e os que eles podem fazer. Penso igual a Vladimir e Stefan, não estamos seguros e só espera a hora deles aparecerem.

    -Jacob? –chamo-o.

    -Sim? –ele se mexe e eu abro os olhos.

    -Lembrei-me daquela noite em que você me encontraram e... –digo um pouco confusa. –Quem é Demetri?

    -Demetri? –ele se ajeita pensativo e me encara. –Volturi? É bem... Não me lembro muito dele.

    -Estranho! –digo me relembrando dele, de suas lembranças. –Ele tem um dom né?

    -Sim. –ele diz parecendo se lembrar. –Carlisle contou que ele tem a capacidade de rastrear pessoas através dos teores de suas mentes.

    -Agora estou com medo! –sussurro.

    -Não se preocupe! –Jacob da de ombros. Ele sorri e abre aspas com os dedos. –Como Edward disse: “sua mente é confusa e você não deixa seus pensamentos fluírem”.

    -Sei! –sorrio e bebo um pouco de refrigerante. –Sabe mais do que eu me lembro naquela noite?

    -Não faço a mínima ideia! –ele ergue suas sobrancelhas.

    -Das suas mãos cariciando minhas bochechas e dizendo que tudo ia ficar bem. –digo e mordo os lábios sorrindo.

    -Pensei que você estava inconsciente. –ele diz surpreso.

    -Não! –sussurro sorrindo ainda mais. –Pode ganhar crédito por isso.

    -O que? –ele pergunta curioso.

    -Por eu te me abrido com alguém! –digo sorrindo. –Isso demonstra que eu confio em você!

    Ele sorri e morde os lábios. É bom ter alguém com quem contar. Sei e sinto que Jacob é esse alguém. Não é ilusão por eu estar apaixonada, mas Jacob se demonstrou como um verdadeiro amigo. E na vida isso se faz de importante.

    Mas tarde fomos embora e Jacob avisa que vai ver Nessie. Eu sorrio e subo para o meu quarto. Encontro Alice perdida em pensamentos feito uma estatua no meu quarto. Assusto-me com seus olhos de vidros estatelados. Sinto-me preocupada. Não gosto de vê-la assim.

    -Alice está tudo bem? –pergunto.

    Ela olha para mim e pega minhas mãos. Ela me guia até a cama e nos sentamos.

    -Preciso te contar uma coisa. –ela diz e me avalia.

    -Alguma coisa errada? –pergunto confusa.

    -Não, não existe nada errado. –ela dá de ombros. –É algo que diz por que nós interferimos os Volturi e trouxemos você para cá.

    -Pensei que fosse porque não me queriam como eles e não queriam eles comigo. –digo preocupada.

    -Isso também! –ela sorri um pouco. –Sabe, quando eu me transformei em vampira minhas memorias foram embora. Mas eu pesquisei e sei muita coisa. Lembrei-me de muita coisa também.

    -Sei! –digo desconfiada.

    -Eu vivia com minha mãe, meu pai e minha irmã no Mississipi. Meu pai comercializava pérolas e minha mãe ficava em casa cuidando de mim e da minha irmã. Sempre tive essas visões, só não eram tão claras como agora. Onde eu morava fui considerada louca, principalmente depois da morte da minha mãe que não foi um acidente. Vi tudo e vi que foi meu pai que ordenara á um homem que a matasse. Tentei avisar a todos, mas fui acusada de louca e meu pai deu uma boa quantia de dinheiro ao xerife para que me perdessem em um hospício. –ela conta viajando em pensamentos, seus olhos focados no nada. -No hospital psiquiátrico a minha cabeça fora raspada, durante uma ameaça de febre tifoide. Minhas sessões de tratamento consistiam no uso de eletrochoque, que causaram minha perda da memória. Conheci um vampiro que trabalhava de zelador, ele gostou de mim e mantinha longe dos tratamentos de choques sempre que podia. Um dia eu tive uma visão com James, um rastreador que também rastreou o cheiro da Bella no tempo que ela era humana e só fui descobrir nessa época. O zelador queria que fugíssemos, mas eu vi que não conseguiríamos. Então ele me transformou e foi atrás de James, mas nunca mais voltou. Eu acordei sozinha e não me lembrava de nada. Tive que lidar com tudo sozinha e foi difícil. Mas meus dons estavam mais apurados e poderosos. Então eu o vi, Jasper sentado em um restaurante na Filadélfia. Eu esperei a hora certa para aparecer para ele. Dois anos depois nos juntamos a Carlisle e o restante.

    Fico pensativa. Não sei por que Alice resolveu me contar sua história, e que história. Mas eu já tinha ouvido essa história em algum lugar. Não de vampiros, mas da garota que via o futuro.

    -Alice eu já ouvi uma história de uma garota que podia ver o futuro. –conto e me sinto confusa. –Alice o que está havendo? Por que me contou sua história?

    -É irônico tudo isso! –ela admiti sorrindo e depois olha para mim. –Meu nome é Mary Alice Brandon!

    Quase pulo para trás. Levanto-me confusa. Brandon? Como isso é possível?

    -Coincidência de nomes! –eu exclamo e sorrio nervosa.

    -Não Sara! –ela se levanta em um vulto e diz pensativa. –Tive uma irmã mais nova chamada Cynthia...

    -Vovó? –eu pergunto surpresa.

    -Ela era tão linda e você se parece com ela! –Alice sorri.

    -Isso é... –não consigo achar palavras.

    -Já tinha tempos que eu tinha visões com você e se irmão. –ela suspira pensativa. –Tão incrível! Parecem ligações.

    -Como assim? –eu pergunto curiosa.

    -Eu não sei explicar! –ela diz culpada.

    Isso me assusta. Isso é muito estranho. Não consigo raciocinar direito. Vovó Cynthia irmã de Alice. Essa coisa me deixa louca.

    -Sei que é muito confuso para você, mas você tem todo tempo para pensar! –ela diz e sorri de lado.

    -Tudo bem! –eu sussurro. –Então esses dons podem ser familiares?

    -Não sei. –ela diz.

    -Por isso que Aro me quer? –pergunto.

    -Não sei. –ela repete. –Não sabemos de nada. Mas isso em haver com genética, eu acho.

    -Isso é tão...

    -Confuso! –Alice responde. Ela vem até mim e pega minha mão. –Você é parte do meu passado, da minha irmã...

    -Por que não salvou minha família? –pergunto magoada.

    -Não chegamos a tempo. –ela sustenta meu olhar. –Eu sinto muito!

    -Tudo bem! –digo e me entrego.

    -Mas vou me redimir! –ela sorrir. –Vou proteger você!

    Ela me puxa para um abraço. Tudo é confuso para mim. Mas estou cansada de lutar contra tudo isso. É tanta coisa para se preocupar. Quero só me entregar á isso. Estou feliz, pelo menos alguém que me lembre minha família. Sorrio e a abraço também.

    -Alice? –a chamo.

    -Sim? –ela pergunta.

    -Posso te chamar de tia avó? –sorrio e ela me solta.

    -Não! Eu acho que não! –ela faz uma careta e sorri também.


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Notas finais do capítulo

Oie. Nossa fiquei tão surpresa quando uma leitora falou sobre a irmã da Alice. Ninguém comenta sobre isso, então garota, você é esperta e sacou o que eu queria passar. Obrigada! kkk
Bem, fãs de Alec não me juguem, mas o foco é os Cullen e os Lobos. Sabem por que? Porque são eles que estão protegendo ela. Então Jacob sem dúvida é o ombro e suporte de Sara tá? Não tó falando que eles estão destinados a ficar juntos, mas ela sempre vai ter ele como seu apoio e ombro forte. Alec é desconhecido, por enquanto! Águas vão rolar. kkk Eu amo Alec, sinceramente Jacob não está sendo focalizado nessa fic como passeiro para Sara. É eu sei, tudo que vocês pensam eu já pensei. Gostei dos comentários! Crísticas são sempre bem vindas. Elogios também! Não sei se fui boa com a representação familiar ali, mas tentei fazer bom. Comentem!
Obrigada á todos! Grata mesmo!
Beijos e até o próximo!



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