Obsessão por sugação escrita por Tris Cullen


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Oi...
Boa leitura! :D



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    Minha garganta arde, arde muito. Algumas partes do meu corpo doem. Por um momento não sinto meu corpo. Sinto uma gota de suor na testa. Pisco os olhos algumas vezes e os abro. Vejo o quarto escuro. O cheiro de mofo toma conta do ar. A cama que estou é limpa, lençóis parecem novos e macios. Mas o quarto por outro lado parece que vai cair a qualquer momento.

    Sento-me com dificuldade e olho para mesinha na minha frente, tem um copo com água e o meu celular. Levanto-me e sinto que vou desmaiar, mas continuo. Pego o copo e bebo a água, ela desce ardendo minha garganta. Caminha até a janela e me apoio na mesma, afasto a cortina e vejo que é noite. Está completamente escuro, mas consigo avistar o carro do Max.

    Checo meu celular e vejo que já é tarde. Tem uma mensagem de Max de alguns minutos atrás.

    “Onde você está? Estou preocupado. Se você não aparecer logo, vou ter que avisar Renesmee.”

    “Max, já estou indo. Por favor, não fale nada a Nessie.” –respondo.

    Enfio meu celular no bolço da jaqueta e sigo para porta. Quando abro a porta ela faz um barulho estridente e eu me assusto. Respiro fundo e tiro minhas luvas. Olho para um lado e para outro antes de sair do quarto. Vejo que não tem ninguém e continuo caminhando. Desço as escadas com cuidado, algumas tabuas rangem. Corro para porta, assim que a abro sou empurrada para trás. Caio com força no chão e a dor no meu corpo aumenta. Minhas costas doem muito.

    -Não ia nem se despedir? –Alec pergunta e eu levanto os olhos e encaro-o com raiva.

    -O que pensa que está fazendo? –grito e me levanto. –O que você está pensando? Você quer me matar?

    -Ah Sara, acalma-se! –ele pede tranquilo e caminha em minha direção. Ele me encara, seus olhos tira toda a minha atenção. –Se eu quisesse te matar, já teria feito isso a muito tempo, não acha?

    -Pensei que ia morrer! –digo e desvio os olhos.

    -Também pensei! –ele da de ombros.

    -Por quê? Por que não me matou? –pergunto e o encaro novamente.

    -Porque Aro nunca ia me perdoar por isso. –ele diz e olha confuso para mim. –Você não imagina o quanto é importante para ele...

    -Não, eu não imagino. –digo irritada e o empurro para trás. –Eu vim aqui para você me falar algo sobre isso que tá acontecendo comigo e você... Bem, você simplesmente tenta me matar. Para que mesmo? Ah já sei! Para me passar medo. –o empurro novamente e já estamos na porta. –Mas sabe de uma coisa? Eu... Eu não tenho medo de você!

    -Isso é fantástico! –ele sorri irônico e me empurra para trás. –Sabe, estou comovido.

    -Idiota! –grito.

    -Vou te falar tudo o que eu sei, mas vai ter que ser paciente. –ele revira os olhos. –Mas isso não é o seu forte.

    Ele me puxa pelo braço e me joga com indelicadeza no sofá. Eu o encaro confusa enquanto ele se senta no chão encostando no sofá. Ele enfia a mão no bolço e tira um cordão de couro preto fino e um pingente que não sei ao bem o que é. Ele o dobra na mão.

    -A primeira vez que ouvi falar sobre você já tem alguns anos. Acho que você era um bebe. Aro já sabia bem antes disso. Vamos dizer que sabia mesmo antes de você se gerada. Alguém previu que você ia nascer e que seu dom ia ser um dos mais magníficos do mundo todo. E garanto que essa pessoa ou vampiro não é como Alice. Desde então Aro passou a cassar sua família e os acharam. Ficamos de olhos por um bom tempo. Tinham que esperar você crescer, não saberíamos se íamos aguentar se você fosse criada por nós. Quando você completou dezessete anos atacaram, mas claro que os Cullen interferiram. E ai você está... –ele diz rápido.

    -Vocês... –respiro fundo para me recompor.

    -Entenda. Por sermos um dos clãs mais antigos da historia, tomamos para nós o dever de guardar o segredo da nossa existência. Somos controlados por Aro, Marcus e Caius. Temos o dever de seguir suas leis e seus mandatos. Somos sua guarda, e às vezes o numero de vampiros aumentam. Carlisle fazia parte da nossa guarda. –ele explica. –Quando saímos da Itália é para conter algum surto de ataques de vampiros e só perdoamos aqueles que têm algum dom habilidoso. Mas você não tinha nenhum envolvimento com vampiros quando Aro falou de você. Já pode imaginar o que ele vai fazer á respeito do que está acontecendo aqui, você e os Cullen?

     Penso um pouco sobre o caso. Vejo os Cullen enfrentando outra guerra ou simplesmente deixando me levar. Deixando Aro me levar... Ser uma Volturi... Sacudo a cabeça para livrar esses pensamentos.

    -Durante toda a vida, Aro foi ambicioso; seu objetivo principal sempre foi o poder. E na busca de poder, ele procura pessoas. Pessoas para complementar sua guarda. Quanto mais dom melhor. Tentou convencer Alice a se juntar á nós, mas ela recusou claro. –ele diz.

    -E agora ele está interessado em mim com tantos por ai? –pergunto encabulada.

    -Não existe alguém com seu dom por ai. –ele me encara.

    -Então mataram minha família para me ter? –pergunto.

    -Foi um sacrifício para um bem maior. –ele diz. Olho para ele e não vejo nenhuma emoção em seu rosto.

    -Pessoas foram mortas. Minha família. –digo contendo lagrimas que insistem escorrer pelo meu rosto. Levanto-me e o encaro com raiva–Não podiam simplesmente me levar? Tinham que mata-los!

    -Não podiam deixar você ter algum vinculo afetivo. –ele diz e revira os olhos.

    -E então resolvem matar? –pergunto indignada.

    -Não temos sentimentos... –ele se levanta e fica na minha frente á poucos centímetros. –Aro assassinou uma vila inteira quando tentaram matar alguém que ele queria.

    -Isso é...

    -Cruel? –ele sorri.

    -Você... Você ajudou... Ajudou a dizimar minha família? –pergunto gaguejando.

    -Você não se lembra? –ele me olha confuso. –Não. Demitri e alguns da guarda foram. Demitri mandou um deles te tirar de lá, mas o mesmo nunca apareceu. Posso imaginar que os seus queridos Cullen tenho o matado.

    -Não faço a mínima ideia. –digo.

     Começo a andar para porta da frente. Alec é mais rápido e toma a frente impedindo que eu passe.

    -Não pode ir...

    -Ah eu posso sim. –o empurro, mas ele é forte como uma parede e eu acabo caindo no chão.

    -Não terminamos... –ele diz e me puxa pelo braço para me colocar de pé, evitando minhas mãos.

    -Terminamos sim... Não consigo ficar aqui com tudo que você falou. –digo. –Mas não espero que entenda, afinal você não tem sentimentos.

    -Precisa de mim...

    -Por hoje não preciso. –digo brava.

    Ele me solta e sai da minha frente. Caminho para fora dali. Não aguento ficar mais nenhum segundo ali. Entro no carro e Alec aparece na janela. Abaixo a mesma.

    -Sei que não confia em mim...

    -Não confio mesmo... –interrompo-o.

    -Os Cullen não podem te ajudar. –ele diz.

    -E você pode... –sussurro conformada.

    -Bom que você sabe. –ele sorri discreto. –Mas não tenho tanto tempo para você...

    -Se quer algo de mim vai ter que esperar. –digo e arranco com o carro dali.

    Quando estou na estrada principal ligo para Nessie para me buscar na casa do Max. Quando chego lá, Max me espera na porta. Ele reclama pela demora.

    -Desculpe! Houve um contra tempo... –digo com um meio sorriso.

    -Um contra tempo de seis horas. –ele diz com raiva.

    -Descul...

    -Não! –ele diz.

    Para minha salvação avisto o carro de Alice virando a esquina, vindo em nossa direção. Sorrio para Max.

    -Desculpa mesmo Max. Fico devendo uma! –digo.

    -Uma não, duas. –ele dá de ombros.

    -Tchau...

    Fico na ponta dos pés e o abraço beijando sua bochecha. Caminho em direção ao carro e entro. Alice me aguarda com sorriso. Por sorte tirei o casaco porque ela me dá um de seus abraços. Não posso deixar vestígios de Alec. Não quando quero sua ajuda. Mas não posso esquecer que seu clã matou minha família. Olho para Alice e penso no que podem fazer com os Cullen. Aro me quer e pelo que Alec insinuou, ele vai fazer de tudo por isso.


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Notas finais do capítulo

Demorei né? Sorry!
Espero que tenham gostado. Sei que foi pequeno, mas estou sem tempo.
Thanks!
Comentem...
Até o próximo... Bye bye!



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