Pequeno Potter escrita por Nena Machado


Capítulo 11
10. Maio, 1978.


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente, quanto tempo hein, mil desculpas pela demora, serio. Quem me acompanha no twitter (@nenamachado0) sabe que o capitulo ta pronto há um tempão, entretanto, minha beta esta mega ocupada com a faculdade e não teve tempo nenhum para revisar, na verdade, quem betou esse capitulo foi minha amiga Nayana, só por isso estou conseguindo vim posta ele aqui. O lado bom disso, é que o novo capitulo ta pronto, só falta revisar, então vai depender de vocês quando eu vou postar.



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“Querida Lily,

Você não respondeu minha última carta, estou preocupada. Aconteceu alguma coisa? Como está você? E o bebê? E como está o James? Quero notícias.

Por aqui está tudo ótimo, estou maravilhosamente feliz com meu casamento, Valter é o melhor homem que eu poderia encontrar. Mas não estou lhe escrevendo para falar sobre coisas do dia a dia.

Estou atrasada há um mês, já tinha ido a médica antes, e estou fazendo tudo direitinho como ela mandou. Acredito que posso já está grávida. Não seria maravilhoso? Nossos filhos crescendo juntos como nós? Vou confirmar ainda essa semana, assim que eu tiver a certeza vou lhe escrever. Gostaria de te ver.

Papai quer notícias, ele não gosta muito da ideia de você criar uma criança sozinha, mas ele ainda se preocupa com você. Um dia desses, conversamos sobre o bebê, ele perguntou se eu sei se você vai voltar para casa depois da formatura ou se já tem algum emprego, queria saber se vocês já compraram alguma coisa, se ele devia arrumar meu antigo quarto para uma criança. Ele te ama, e já aceitou a ideia de ser avô, por favor escreva para ele.

Mamãe é a mais complicada, mas ela sempre foi complicada, você sabe bem disso. Ela é tão tradicional, e você tão moderna. Ela fala raramente sobre você e quando isso acontece, não fala sofre a gravidez, acho que ela ver como se você estivesse cometendo o mesmo erro que ela, só que pior por não ter se casado. Ela prefere fingir que você não está grávida, que você não está prestes a ter um filho solteira. Mas não se preocupe com isso, faltam apenas dois meses para você se formar, logo você volta para casa, e eles vão se apaixonar pelo neto. Ninguém consegue resistir à bebês.

Mas você sabe que sempre poderá contar comigo, sabe disso né? Sei que vai ser complicado, sei que você vai querer trabalhar e precisar de alguém para ficar com você durante o resguardo. Sou sua irmã mais velha, mesmo que mamãe queira ignorar tudo, vou está disponível para você.

Espero que você esteja bem. Me escreva.

Com carinho,

Petúnia Dursley”

Abaixo a carta de Petúnia, prometendo a mim mesma que vou responde-la hoje à noite. Depois de cartas trocadas todas as semanas, sei cada detalhe da vida de minha irmã, estou feliz por ela, sempre quis engravidar assim que casasse, estou feliz por estar fazendo parte desse momento.

Meu estômago está embrulhado, e isso não tem nada a ver com a declaração sobre meus pais. Junto com a carta de Petúnia, recebi o jornal.

“Casal trouxa com filhos bruxos são assassinados” é matéria de primeira página.

“Mais uma família é assassinada por aquele que se intitula Lorde das Trevas, a tão temida Marca Negra pairava sobre a humilde casa do casal de idosos. André Belle, 70 anos, e sua esposa Katherine Belle, 63 anos, foram mortos na madrugada da quarta-feira, 03 de maio. O casal, assim como todas as vítimas anteriores, eram trouxas que tinham gerado filhos bruxos. Amélia e Charles Belle, 46 e 42 anos, respectivamente, trabalham no Ministério da Magia desde suas formações em Hogwarts.”

Fecho o jornal, nauseada demais para continuar a leitura. Outra família, a segunda no mês, a décima terceira no ano. Famílias inocentes, algumas são trouxas sem nenhuma ligação com nosso mundo, mas a maioria são de trouxas que tiveram descendentes bruxos, como a minha.

Voldemort.

Era esse o nome que ganhou ainda mais destaque com esses ataques. Dentro dos muros da escola estávamos em uma bolha de segurança tão poderosa que não tínhamos notado a seriedade da guerra até que alunos e professores começassem a entrar em luto.

Há três meses os aurores declararam que Voldemort era o bruxo mais caçado, junto de seus seguidores chamados de Comensais da Morte. Desde então uma atmosfera obscura se instalou, ataques por todos os lados, famílias sendo mortas, aurores dando suas vidas em trabalho, hospitais lotados.

As pessoas têm tanto medo que pararam de falar seu nome, que preferem falar Aquele-que-não-deve-ser-nomeado ou Você-Sabe-Quem. São tempos sombrios, tempos não muito bons para se ter um bebê.

Ou para ser trouxa com laços sanguíneos com uma bruxa.

X-X

 Suspiro novamente, tentando me concentrar na aula de feitiços. O bebê está quieto hoje, eu devia está aproveitando para estudar mais, principalmente porque mês que vem serão as provas.

Preciso me sair bem, preciso que minhas notas compensem o fato de que as vezes meu trabalho será prejudicado pelo meu filho.

Suspiro novamente, e volto a anotar a teoria do feitiço Obliviate. Estou escrevendo sobre a importância da concentração para apagar apenas a parte desejada, quando um pedaço de pergaminho rasgado cai em minha mesa.

 Você está se sentindo bem? Já suspirou quatro vezes só nessa aula.

 Sorrio. James está sentado no meu lado, Dorcas me abandonou para sentar com o garoto loiro com quem ela está flertando, mas estamos na primeira fileira, e James não quer chamar a atenção do professor estando assim tão perto dos NIEMs.

Estou bem. Só com a cabeça cheia.

 Passo o papel de volta para James. E não demora nem um minuto para ele me responder.

O que foi?

 Nada de mais, Petúnia me mandou uma carta.

 Ela sempre manda. Vamos me diga o que está acontecendo, eu posso ajudar.

Pego a pena, pronta para fazer um texto desabafando, mas não tenho tempo. O professor caminha até minha mesa sem eu notar, pega o papel e o amassa, jogando no lixo logo em seguida.

Ele lança um olhar congelante para nós. James abaixa a cabeça, eu sussurro um pedido de desculpas. Sei que ele faria qualquer outro aluno passar vergonha, até mesmo nós se isso fosse há alguns meses. Entretanto, minha barriga de sexto mês de gestação vinha trazendo cada vez mais simpatia dos professores, eles não reclamavam das minhas saídas para ir ao banheiro, nem de quando preciso comer um lanchinho no meio da aula.

Mesmo assim, James e eu esperamos nosso horário livre na tarde para continuar a conversa. Na realidade, Remus é o único com esse horário ocupado, ele é o único de nós que continuou a fazer Trato de Criaturas Mágicas.

Mesmo assim, James e eu estamos sozinhos, Lene e Sirius estão em algum lugar se agarrando. Dorcas está com o menino loiro, mas eu sei que isso não dura mais do que hoje, pois antes de ela sair com ele olhou para mim e revirou os olhos, deixando claro que o papo dele não estava agradando.

James se senta no gramado, embaixo de um salgueiro. Tenho um pouco de dificuldade, mas consigo me sentar.

— Meus tornozelos estão inchados? — Pergunto a James.

Ele olha para meus pés, franzindo as sobrancelhas em concentração.

— Acho que não. Você está sentindo dor?

— Só uma sensação estranha neles.  — respondo, mas mesmo assim James puxa meus pés para seu colo para ficarem mais altos da forma como a Obstetriz nos instruiu.

Me deito de costas, não é uma posição agradável para dormir, mas posso ficar assim por alguns minutos, sentindo o prazer da sensação da grama molhada com minhas costas.

Acaricio minha barriga com as duas mãos. Ela não é tão grande quanto se espera de seis meses, mas para mim isso é bom. Preciso subir e descer escadas por mais um mês e meio, preciso andar bastante, a barriga pequena me ajuda muito com isso.

O Pequeno Potter dentro de mim dá um leve chute. E eu sorrio, como sempre. Meu bebê. Meu filho.

— Não se mexa.

Abro os olhos a tempo de ver James conjurar uma máquina de fotografia.

— Não sabia que você gostava de tirar fotos.

— Não gosto, Remus que sim, é dele a máquina. — Ele responde. Ele tira três fotos minhas, tentando não gastar o filme do amigo, mas garantindo que pelo menos uma está boa. — Sirius deu a máquina de presente para ele no nosso terceiro ano, depois que o viu olhando ela em uma loja.

— Foi muita bondade dele.

— Sirius gosta de ser fotografado, ele também tem benefícios. — James e eu rimos, mesmo que seja uma piada maldosa. — Remus diz que gosta de ter fotos para lembrar de momentos quando a memória estiver falhando. Você estava tão linda, quero lembrar desse momento quando eu tiver 80 anos.

Sinto minhas bochechas esquentarem rapidamente, James, notando meu constrangimento, muda de assunto.

— Me diga o que está te incomodando, achei que estivesse feliz em ser amiga da sua irmã de novo.

Suspiro, o que pareceu ser a centésima vez no dia.

— E estou, é só que… — Empurro meu corpo para cima, para olhar para James. — Faltam menos de dois meses para nos formar, e eu não sei o que fazer. Não se trata só de voltar para casa e encarar os vizinhos e os familiares falando, não é só ver diariamente a decepção no rosto de minha mãe. Você lê o jornal, James, sabe como as famílias trouxas estão sendo mortas, e o motivo. Estou com tanto medo.

— Entendi, desculpa, não tinha pensado pelo seu ponto de vista ainda. — ele responde dando um sorriso sem graça. — Você e as meninas não iam morar juntas?

— Sim, mas ainda tem muita coisa para fazer antes disso, Lene quer ser medibruxa, então assim que sair de Hogwarts já começara a trabalhar, mas se eu conseguir entrar para a equipe de pocionista do Ministério, meu curso só começa em setembro, ainda precisamos procurar um local, então temos uns dois meses que eu teria que voltar para casa. Dois meses colocando meus pais em risco. — Passo a mãos pelo meu cabelo, um hábito, noto, que adquiri da convivência com James. — Acho… Acho que eu devia me afastar deles, seria mais seguro, já coloquei feitiços protetores na casa, claro, e talvez seja melhor desassocia-los o máximo possível de mim. Se eu for para lá, seria uma sangue ruim com um mestiço no ventre morando ali. Isso pode chamar mais atenção de bruxos das Trevas.

— E você não é exatamente uma bruxa que passa despercebida — ele concorda comigo, parecendo tentar achar uma solução para o problema. — É muito poderosa, inteligente e sempre foi a primeira da nossa turma.

— Tem muitos filhos de Comensais da Morte em nossa turma, James, jovens que ainda precisam provar sua lealdade para ser aceito. — Sinto meus olhos cheios de lágrimas, não quero chorar na frente de James, mas ao mesmo tempo quero abraçá-lo e ser acalentada. — E se um deles resolver me usar para se provar?

— Não vou deixar isso acontecer.

James puxa minhas mãos, ele as aperta gentilmente, massageando em círculos com os polegares. Não é um abraço, mas me sinto bem com isso.

— Vamos dá um jeito, se você acha melhor não ir morar com eles, você não vai morar com eles. — ele afirma com convicção, mas sei que só esta dizendo isso para me acalmar, afinal o que ele poderia fazer, me convidar para morar na mansão dos Potters? — Fará você se sentir melhor.

Sorrio para ele, sem querer mais incomoda-lo com minhas preocupações, afinal sei que ele não pode fazer todas as minhas vontades e que eu terei que lidar com isso. Mas James sabe o que eu estou fazendo, então ele joga outro assunto em cima, para me distrair.

— Você já pensou em algum nome para o bebê?

O plano dá totalmente certo ele nitidamente está ficando bom em me distrair.

— Você já pensou em algo? — Perguntei sorrindo.

— Se for menino, gosto da ideia de ele ter meu nome.

— Para elevar ainda mais seu ego? — Brinco, James ri e passa a mão pelos cabelos. — Gosto de Harry, sempre gostei, quando era pequena e brincava de boneca, sempre colocava esse nome quando eu brincava. É o nome que escolhi para um filho meu desde sempre.

— Ah, Harry James Potter soa bem, não? — Ele tenta de novo sorrindo marotamente, e devo admitir que esse nome realmente combinou. — Eu gosto de Lucy, era o nome da minha avó predileta, e é um nome comum na família Potter também.

Penso um pouco, Lucy parece um bom nome, mas ainda pode haver um melhor, penso por alguns segundos.

— Que tal Sophie?

— Sophie? — ele faz uma careta, me causando uma gargalhada. — Não, é muito comum. Ela vai encontrar milhares por ai com o mesmo nome.

— Não é como se James fosse raro! —argumento ainda rindo.

— Certo, certo. — ele tenta pensar mais um pouco. — Podemos continuar com a coisa de flores da sua família! Rosa é um nome lindo.

— É mais comum ainda!

Passamos o resto da tarde discutindo nomes, entrando em consenso para o Harry James, porem descordando totalmente de todos os nomes femininos sugeridos.

X-X

As ruas de Hogsmeade estavam bastante vazias, somente os formandos tiveram permissão para sair, resultado do sequestro de um morador da vila, na semana anterior. Nós fomos a exceção, tanto por sermos maiores de idade e responsáveis por nós mesmos, quanto por termos que procurar as roupas para nossa formatura que seria em apenas cinco semanas.

Ando lentamente, sinto meus pés inchados por estarmos andando há quase uma hora, e me sinto culpada por Lene e Dorcas chegarem atrasadas nas lojas e nunca encontrarem algo que gostem. Mas de uma vez sugerir que elas continuassem sozinhas enquanto eu as esperava no Três Vassouras, porem elas afirmaram não se importar de ir no meu ritmo.

Entramos em outra loja, as meninas correm para as roupas, e eu aproveito para me sentar um pouco. Passa apenas cinco minutos quando Lene corre para mim com um vestido dourado.

— Olhe, Lily. — Ela estende o vestido. — Esse ficaria lindo em você.

O vestido é mesmo lindo, dourado, longo, ele tem detalhes bordados no busto, e a saia é lisa e esvoaçada. É um tamanho grande, daria na minha barriga, porém ficaria grande em todo o resto. E de qualquer forma, tinha um problema maior, que eu não queria compartilhar.

— É lindo, Lene. — Respondo me levantando. — Mas acho que não daria em mim.

— A costureira pode ajustar. — ela responde prontamente transbordando de animação. — você vai ficar tão linda nele.

Dorcas se aproxima, olha para o vestido analítica, depois se vira para mim.

— Daria certo, dá na barriga, que é o principal, ela pode diminuir o tamanho da saia e do busto, — ela da uma olhada para meus seios e em seguida olha de volta para o vestido. — embora eu ache que até lá seus seios vão ter crescido, afinal estará com sete meses e meio.

— Não é isso. — Respiro fundo antes de falar, sei que elas vão me dá uma bronca bacana. — Eu acho que não vou.

Vejo o choque em seus rostos, planejamos nossa formatura e nossa vida fora de Hogwarts desde que estávamos no quinto ano. Elas não iam conseguir entender que as coisas tinham mudado muito para mim.

— Como assim? Porque? — Pergunta Lene, a voz fina e alta.

— Lene, presta atenção! — Respondo e aponto para minha barriga. — Estou grávida, ninguém me convidou e ninguém quer ir comigo porque em três meses terei um bebê.

— Não é isso, e você sabe. — Responde Dorcas, mas ela está acostumada a falar a verdade e eu a vejo desviar os olhos quando fala.

— Então você vai me dizer que é coincidência que absolutamente ninguém tenha me convidado para sair desde que a gravidez se tornou pública? Ou que é coincidência que os garotos não me deem um segundo olhar quando passo em um corredor? — Elas ficam caladas, e sei que sabem que tenho razão. — Nenhum homem quer se envolver com uma mulher que vem com bagagem, eles não querem nem uma que não seja virgem, ainda mais uma que está grávida.

— Você não precisa de um homem, Lily, — Responde Dorcas, — vamos juntas, estaremos lá com você, não só na formatura como no resto de sua vida. Aquele cara que te amar, vai amar seu filho também, e todos os outros você deve ignorar.

Sei que ela tem razão, sei que no futuro vou me arrepender de não ter ido a minha formatura por um motivo tão besta. Mas no momento não é assim que me sinto, só me sinto minimamente bonita, ou interessante, nenhum garoto tem interesse e eu gostava de ter atenção. Estou preste a bater o pé quando Lene diz:

— Certo, certo, eu não devia dizer isso, mas acho necessário. — ela faz uma pausa, dramática como sempre. — Sirius me contou que James não chamou ninguém ainda, ele quer te chamar.

— Como assim? — Pergunto curiosa, Dorcas, aparentemente, também não sabia disso, o que é um milagre considerando a tendência de Lene a compartilhar informações.

— Não vou mentir, Lily, ele diz que notou que ninguém te chamou, e quer está disponível para te chamar se isso continuar. — Sinto algo dentro de mim murchar, James só quer fazer aquilo que ele julga ser sua obrigação. — Sirius não acha isso, acha que ele está interessado, e que está negando para si mesmo, por que você deixou claro que não está.

Lene está mentindo, só pode estar mentindo. Quer fazer eu me animar e por isso inventou isso, ela nunca teria se controlado para não contar algo assim.

— Chocante. — Exclama Dorcas.

— Isso não muda nada, ainda não tenho um par.

— Pois venha mesmo assim, posso abandonar o Sirius e nos dançamos juntas. — responde Lene batendo o pé no chão em uma atitude birrenta. — Bem, eu vou comprar esse vestido para você de qualquer forma, se você não for para a formatura, talvez o use quando for o batizado do Pequeno Potter.

E dizendo isso, ela se virou e foi para o balcão, sem me dar a chance de dizer que esse vestido seria muito para frente para um batizado.

X-X

Talvez eu devesse pedir ajuda para o que estou fazendo, afinal a sala do professor Horácio fica nas masmorras e eu precisarei descer várias escadas para chegar até ali. Porem isso era algo que eu estava planejando desde antes de descobrir a gravidez, e queria fazer sozinha. Eu tinha um grande carinho pelo professor de poções, não apenas por que essa era minha matéria favorita, mas também porque ele sempre me tratou muito bem, mesmo eu sendo nascida trouxa e ele ser conhecido por puxar saco de pessoas influentes no mundo bruxo.

Horácio não tinha nenhum motivo para me bajular, para me convidar para seu grupo de pessoas importantes, ou para sequer gastar seu tempo me dando mais atenção do que a necessária. Porem ele fez tudo isso, me emprestou livros avançados sobre poções, me estimulou para seguir a carreira e sempre deixou muito claro como achava que eu ia ser uma pocionista magnifica. Estava falando com várias pessoas para me garantir uma ajuda estra na área do ministério e afirmou mais de uma vez que eu seria uma mãe ótima visto como me esforço para tudo na vida.

Por isso, passei o cerca de um mês trabalhando nessa pequena pétala de flor, mergulhando-a nas várias etapas de poções necessárias. Pego o pequeno aquário que chegou pela coruja pela manhã, e calmamente o enfeito com pedrinhas coloridas, e planas aquáticas de pequeno porte. Sei bem que podia ter comprado tudo pronto lá, ou usar magia para arrumar, entretanto gosto da ideia de fazer esse trabalho manualmente. Quando estar tudo pronto, encho o aquário de agua. E me encaminho calmamente para a sala do prof. Horácio.

Está vazia quando chego, mas eu já sabia disso pois nesse horário o professor sempre está jantando, então coloco o aquário em cima da mesa, e tiro a pétala da poção em que ela está mergulhada. Lanço o ultimo feitiço necessário, deixando a magia preparada para começar a acontecer quando Horácio olhar para o aquário.

Será uma magia bonita, eu espero, estudei muito para conseguir faze-la e imagino que Horácio vai gostar do presente. Deposito a pétala delicada mente na agua, onde ela boia esperando pelo professor. Em pouco tempo essa pétala se transformara em um peixinho, não exatamente um ser vivo, porém ainda assim com um pocuo da minha vitalidade.

Com tudo pronto, coloco a carta que escrevi em agradecimento por todo auxilio que ele me deu durante esses anos, na frente do aquário. “Para meu querido Professor Horácio” dizia ela. Sai da sala sorrindo e me sentindo satisfeita com meu trabalho.

X-X

Estou disposta para fazer minha ronda hoje. Nos últimos dias, Remus e James se revezaram para assumi-las, mas isso fica bem complicado quando chega a lua cheia. Hoje vai ser a noite da transformação, por isso estou feliz de assumir minha responsabilidade e deixar James dormir um pouco antes de ir sabe-se Merlin para onde.

Três crianças passam correndo por mim, me espremo contra o corrimão.

— Ei, vocês sabem das regras, nada de correr pelas escadas. — falo, mas elas nem param me ignorando totalmente ao continuarem correndo escada a cima. — 10 pontos a menos pra cada um, é uma tristeza a Lufa-Lufa perder pontos assim no fim do ano.

Eles já estão dobrando o corredor, mas sei que eles ouviam. Suspiro, espero que meu bebê seja mais calmo do que essas crianças, mas pelo menos já terei alguns anos de experiência em dá esculhambações.

Me viro para continuar a descer a escada, e bato de frente com outro menino, possivelmente aquele de quem as crianças estavam correndo.

Dou um passo, e escorrego. Sinto a dor se espalhar pelo meu trasseiro, que absorveu todo o impacto ao quicar pelos últimos degraus. Por sorte faltava só alguns degraus para a escada acabar, uma cena digna de desenho animado. Meus quadris doem. Minha cabeça roda.

— Você está bem? — grita o menino que esbarrou em mim.

Fecho os olhos, me concentrando. A dor que eu sinto parece vim do baque, mas não me parece algo com o bebê.

— Olha o que você fez! — escuto a voz de uma menina. — É a moça que está grávida!

Abro os olhos, as três crianças de antes voltaram, e estão paradas na minha frente de cenho franzindo, exalando preocupação e falando todas aos mesmo tempo.

— Eu estou bem. — eles me ignoram.

— O que tem ela está grávida? — pergunta um menino loiro.

— Mulheres que esperam um bebê não podem se machucar — explica a garota, revirando os olhos para a ignorância do amigo. — Me ajudem a levanta-la.

— Está tudo bem. — digo de novo quando já estou de pé, e eles me encaram apreensivos.

— Você precisa ir na ala hospitalar. — diz o garoto que me empurrou.

Olho para eles, são três meninos e uma menina, provavelmente são do primeiro ano, parecem estar preocupados e se sentindo culpados.

— Certo, eu vou. — Digo tentando acalma-los. — Mas tenho certeza de que está tudo bem.

— A gente te acompanha. — Diz o garoto loiro. — Ted, vai chamar o namorado dela. Sabe quem é? O capitão do time da Grifinória.

Ted, um menino baixinho de cabelo Black Power, confirma com a cabeça e sai correndo. Não corrijo que James não é meu namorado, crianças não entenderiam e só fariam perguntas.

— Venha. — Diz a menina, pegando minha mão e me guiando. — É melhor andarmos devagar.

Sou escoltada até a ala hospitalar com eles segurando minhas mãos e me rodeando. E a enfermeira corre até mim imediatamente.

— Querida, o que aconteceu?

— Ela caiu na escada. — responde o menino loiro por mim prontamente. — Ela diz que está bem, mas trouxemos ela mesmo assim.

A enfermeira olha para eles, visivelmente se perguntando se a única participação deles foi em me trazer para cá. E decido que o susto que eles pegaram já foi o suficiente.

— Estou bem. — digo para desfiar sua atenção.

— Certo, deixe eu te examinar. — responde ela. — Meninos vocês já fizeram o suficiente, podem ir.

— Obrigada por me trazerem, mas não corram mais nas escadas. — digo baixinho para as crianças, que concordam com a cabeça e pedem desculpas novamente.

A enfermeira fecha a cortina em volta dá cama em que me sentou.

— Tire a camisa. — obedeço, retiro a camisa e abaixo um pouco minha calça de moletom.

Minha barriga é pequena, algumas pessoas falam que parece que eu acabei de entrar no segundo trimestre, e não que estou saindo dele.

— Você bateu ela? — pergunta, apalpando minha barriga.

— Não, cai de bunda.

— Sente dor aonde? — ela coloca um estetoscópio e procura pelo batimento cardíaco do bebê.

Antes de eu responder, a porta se abre e escutamos a voz de James.

— Lily? Lily?

— Aqui. — respondo.

A cortina é aberta e James entra. Ele me olha atentamente antes de desviar o olhar, sinto meu rosto corar. É a primeira vez que ele me vê de sutiã, desde a fadiga noite da festa de comemoração, e nos sentimos constrangidos com isso.

— Como você está? — a enfermeira acha os batimentos e anota em um bloquinho totalmente alheia ao nosso desconforto.

— Estou bem. — afirmo e James se senta ao meu lado na cama. — Só dói meus quartos, foi sobre eles que eu caí.

— Vou tirar um pouco de sangue, querida. — confirmo com a cabeça e estico meu braço.

Depois de tirar meu sangue, ela sai para fazer os testes. Coloco minha camisa de novo rapidamente enquanto James desvia o olhar para o outro lado.

— Você está bem mesmo? — pergunta James e eu confirmo com a cabeça. — Ainda bem, levei um susto tão grande quando aquele garoto falou que você caiu na escada.

— Só foi uns cinco degraus. Apenas bati meu traseiro na verdade. — respondo revirando os olhos. — Foi bem patético na verdade.

— Corri para cá que nem louco, — ele passa as mãos no cabelo e noto que ele está com a calça de um pijama. — não sei o que faria se você ou o bebê se machucassem.

— Está tudo bem, vai dormir James, a sua noite será longa.

— Não. Vou ficar com você até ser liberada.

A enfermeira retorna quase uma hora depois, ela tem alguns papéis na mão, eu os reconheço como uma copia do histórico do meu pré-natal que fica em Hogwarts para qualquer emergência como essa.

— Você não começou seu pré-natal na época certa, Srta. Evans. — Sinto o tom de repreensão.

— Comecei no fim do quarto mês de gestação, sei que devia ter começado antes, mas estava tudo uma loucura. — Respondo.

Eu devia ter começado o pré-natal assim que descobri a gravidez, mas isso nem me passou pela cabeça, não quando eu ainda estava decidindo se ia ter o bebê ou não.

— Certo. — A repreensão ainda está lá, mas ela passa para o mais importante. — Pelo que eu pude notar, não aconteceu nada, mas quero que você fique em observação o resto do dia e depois a noite, qualquer mudança irei chamar sua Obstetriz.

E dizendo isso ela se retira. São cinco da tarde, terei longas horas de confinamento.

Meu bebê está bem, todos os exames que fiz mostram que ele está bem, mesmo que eu não tenha bebido as poções para o início de gravidez. Não sinto dor, nem contrações, nem tive nenhum sangramento. Não há perigo.

Mesmo assim, sou mantida na ala hospitalar. Quando anoitece, pouco antes da lua aparecer, James levanta.

— Eu preciso sair rápidinho. — ele avisa parecendo encabulado.

— Tudo bem, eu sei. — Respondo, guardando o jogo de xadrez que estávamos jogando nas últimas horas.

— Vou pedir pra meninas virem para cá com você. — Ele fala caminhando de costas para a porta. - Eu volto mais tarde, vou passar a noite com você.

X-X

Estou cogitando a ideia de dormir quando escuto a voz de Lene.

— Como está o bebê mais esperado do mundo bruxo?

Sorrio para ela e Dorcas enquanto me sento na cama. Dorcas me entrega um prato com coxas de frango, verduras cozidas e purê com molho.

— Obrigada, a comida daqui é horrível.

— Como você está? — Pergunta Dorcas. — Ficamos preocupadas e a enfermeira não nos deixou entrar para te ver, só ficava repetindo “ela está bem e não deve ser incomodada”.

Rio da sua tentativa de imitar a voz serena dá enfermeira, tampando a boca cheia com a mão.

— Estou bem, e ele também.

Lene sorri, e passa a mão com cuidado em minha barriga. Dorcas também sorri, mas mantém as mãos longe. Ela só pegou na minha barriga umas cinco vezes, em momentos que o bebê estava mexendo. Os meninos costumam brincar que ela tem fobia a bebês.

— Que bacana. — Dorcas diz. — Bom, temos uma coisa para falar com você.

Faço um sinal para elas continuarem, sem querer parar de comer para falar.

— James falou com a gente, sobre seu medo de voltar para casa.

Suspiro, James não devia ter falado disso com elas. Engulo a comida e começo a falar para elas não se preocuparem.

— Não, não, não, não. — Lene não deixa nem eu abrir a boca. — Você está certa, eu já tinha ate comentado isso com a Doe antes. Não será seguro. Nem para você, nem para o bebê, nem para sua família.

— Por isso, mandei uma carta para minha mãe. — continua a contar Dorcas enquanto eu encho minha boca com mais comida. — E ela me respondeu hoje.

— Ela acha que não tem problema você ir morar com eles enquanto não achamos um apartamento. — completa Lene saltitando de alegria e fazendo a cama balançar.

— Meu pai é do ministério, então nossa casa é bem protegida. — diz Dorcas. — E já somos mestiços mesmo, já estamos na lista de não aceitos por Voldemort.

Engulo a comida com dificuldade, sentindo meu peito apertar de emoção.

— Não quero incomodar ninguém. — digo com minha voz rouca pela vontade de chorar com a demonstração de preocupação.

— Não será nenhum incômodo. — responde Dorcas sorrindo, pegando minhas mãos entre as suas. — Teremos que dividir o quarto, mas acho que nos acostumamos com isso aqui, não é? Além do mais, tenho certeza de que já teremos nosso próprio apartamento quando o bebê nascer.

— James vai se responsabilizar por todos os seus gastos, Lily. — reforça Lene pegando minhas mãos também. — Você estará segura, e sua família também.

Sinto lágrimas silenciosas descerem por minhas bochechas. E confirmo com a cabeça.

Não irei retornar para casa, não irei por meus pais em perigo. Isso traz um conforto ao meu coração, mas também traz um aperto. Eles não vão me ver grávida, minha mãe não estará comigo no resguardo, eles não vão ver o neto recém-nascido. Quanto tempo a guerra vai durar? Por quanto tempo terei que ficar longe?

X-X

São quase 23:00 quando minha coruja entra pela janela aberta, ela voa até minha cama.

Faço um carinho nele e pego a carta que ela me estende. É de Petúnia.

“Querida Lily,

Você ainda não me respondeu, sei que está acontecendo algo grave no seu mundo mágico, mas seria esperado que você mandasse uma mensagem avisando que ainda está viva. É quase um mês sem notícias, Lily, até a mamãe está preocupada com você e o bebê. Se eu não receber uma resposta em dois dias vou entrar em contato com James ou até com o diretor.

Mas vamos as notícias boas. Fui à médica e ela confirmou a gravidez. Estou de cinco semanas, nem consigo explicar o quanto estou feliz! Quero te ver, quero te ver imediatamente, quero conversar com você. Será maravilhoso, nossos filhos juntos. Seremos mães juntas, como planejávamos quando éramos crianças.

Me responda.

Com amor,

Petúnia Dursley. ”

Suspiro, esqueci de responder a carta de Petúnia de novo. Esfregando os olhos com as pontas dos dedos decido que realmente tenho que encontrá-la.

Conjuro pergaminho, pena e tinta e começo a escrever uma carta.

“Querida Tunia,

Sinto muito pela demora, estamos a poucas semanas das provas e estou estudando muito para tirar notas excelentes. Não sobra tempo para nada, e quando sobra o uso para planejar algo para o bebê.

Meus parabéns, fico muito feliz que você tenha conseguido engravidar tão rápido.

Sim, precisamos nos encontrar. Na próxima semana James vai a Londres resolver uns problemas sobre sua herança, vou com ele e nos encontramos em um restaurante. Sei que você gostaria que eu fosse na sua casa, mas acredite em mim quando digo que é melhor assim.

Você tem razão, há algo acontecendo no mundo bruxo, e preciso contar sobre isso para você, por que isso vai afetar minha vida. Conto tudo no nosso encontro.

Eu te amo,

Lily Evans.”

X-X

Passam de duas da manhã quando sinto alguém sentando em meu colchão. Viro na cama, esperando encontrar James, mas com a pouca luz provida pela lua, só reconheço Sirius por seus cabelos cacheados e longos.

— Boa noite, minha querida. — ele diz parecendo cansado enquando me sento.

— Oi, Sirius. — Respondo verificando se minhas roupas estão me cobrindo como deve. — O que está fazendo aqui?

— Bem, Remus está apagado, então James me pediu para vim ver como você está e afarnar algumas poções de cura, já que ele não pode.

— Não pode? — pergunto preocupada. — Por que? O que ele tem?

— Digamos, chapa, que ele se machucou um pouco. — ele diz displicente, depois, vendo meu nervosismo, acrescenta — Nada de mais, Remus estava um pouco mais nervoso do que o habitual hoje, amanhã cedo ele estará aqui para você.

Suspiro aliviada.

— Como você está? Nenhuma dor? Desconforto?

— Eu estou bem, nem precisava ficar aqui.

Observo Sirius, ele está sujo de lama, tem um corte superficial na testa e está massageando o braço direito como se sentisse dor.

— Quer ajuda? — ofereço, sempre fui boa com feitiços de cura.

Sirius prontamente se aproxima de mim. Pego minha varinha na cabeceira, ligo o abajur e começo cuidando do corte.

— Vocês são muitos corajosos de ficar perto de Remus. — digo, limpando a mistura nojenta de sangue e lama. — isso é muito admirável também, se colocar em perigo assim para ajudar alguém que ama.

— Não há perigo algum. — me garantiu rapidamente.

— Como não? Ele é um lobisomem! — Digo sussurrando. — Não pode se controlar.

— É e nós somos… — ele se interrompe e me olha curioso, termino de fechar o ferimento antes dele falar. — James não te contou?

— Sobre?

— Sobre as noites de lua cheia. Sobre como ficamos com Aluado.

— Não, e eu nunca perguntei. - Respondo começando a analisar seu braço. - Descobri sobre Remus e deduzir que vocês o ajudavam, mas nunca investiguei mais do que isso, acho que não é um assunto meu para me intrometer.

— Oh, certo. — Sirius parece quase chocado, não tem nada quebrado em seu braço, mas ainda há uma torção. — Pensei que James tinha contado, ou que você tinha descoberto.

— Não sou uma advinha tão boa assim. — respondo sorrindo terminando seu braço.

— Você é um gênio, Lily querida, e eu pensei que ele ia te contar, sabe toda aquela coisa de 'somos uma família e não deve ter segredos entre nós’ — ele diz revirando os olhos, depois se vira de costa para mim e começa a desabotoar a camisa. — Tenho um corte aí, você pode curar também? Remus sempre fica muito mal quando ver que nos machucou.

Observo o corte, quatro linhas longas e profundas, engulo em seco ao notar que são marcas de garras. Conjuro as poções necessárias do armário da enfermeira e começo a trabalhar nelas.

— De qualquer forma, acho que você devia saber, mas não vou contar, perderia a graça da coisa. — ele diz e sinto o sorriso em sua voz, mesmo quando ele se contrai um pouco quando esterilizo o ferimento. — Não é difícil, leia um pouco sobre os lobisomens e depois preste atenção em nossos apelidos, você vai descobrir, tenho certeza.

— O que você quis dizer com 'somos uma família’? — começo a fechar os ferimentos com um feitiço.

— Ah, as pessoas gostam de falar Lily, estamos fofocando desde que você veio para cá. — termino de curar e ele abotoa a camisa, se virando de volta para mim. — Falam de tudo, que James passou o dia aqui, que vocês estão super feliz com o bebê, há quem diga que vocês vão casar assim que deixarem Hogwarts, outros dizem que vão esperar o bebê nascer, há até quem acha que vocês já se casaram em segredo.

— O que James acha disso tudo? — pergunto, confusa com o rumo da conversa.

— Hum, quando perguntei se ele estava bem, James disse que não se importa com nada disso, estava preocupado com você e o Pequeno Potter. — ele dá de ombros. — Ele se preocupa com a família, por isso me admirei dele não ter contado nossos segredos ainda.

— Sirius, nós não temos nada a não ser um filho juntos. — respondo.

— Sim, nós sabemos disso. Mas nos somos uma família. Lily, James me aceitou como um irmão quanto eu precisei, para ele os laços familiares sempre estarão muito além de lanlos sanguíneos ou matrimoniais. Ele está sempre falando de vocês, dos planos pró futuro, de como será o bebê, estudando como louco para ser chamado pro treino de auror para poder proteger vocês melhor. — ele suspira, fingindo emoção. — É lindo de ver, sabe, ele pesquisando os melhores feitiços para ter certeza de que vocês estarão protegidos, ou vendo revistas sobre móveis de bebê.

“Ele também fala muito de você, Lily. Sobre como você está equilibrando a gravidez sem desistir da escola, sobre como você é forte, como será uma ótima mãe, como está linda grávida. Honestamente, é enjoativo, nove em cada dez coisas que ele fala tem você no meio. Até parece quando estávamos no quinto e ele era apaixonado por você. ”

Prendo o fôlego, Sirius continua falando, aparentemente sem notar que o que ele acabou de falar me deixou abalada e agradeço por ele esta de costa para mim e não ver meu rosto chocado.

“Até parece quando estávamos no quinto e ele era apaixonado por você.”

James está sempre comigo, mesmo quando eu não preciso ou quero ele por perto. Está sempre preocupado e sorrindo. Me ajudou com as rondas, os trabalhos e a dormir. Nunca vi isso como algo a mais do que preocupação de um pai. Mas...

“Até parece quando estávamos no quinto e ele era apaixonado por você.”

James fala de mim agora, dá mesma forma que falava de mim anos atrás. Da mesma forma de quando era apaixonado por mim.


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Notas finais do capítulo

Então, espero que tenham gostado e me perdoem pela demora. Beijos e ate o próximo.
[Capitulo editado em 17/09/2020] Agora com uma cena fofis da Lily preparando o presente do Prof. Horácio *-*