I'm more for Lion

— COMO É QUE É? – eu não podia ter dormido por tanto tempo assim, mas que... respirei fundo

— Mas e Hogwarts? 4 dias? Que caralho... e mamãe, o que vocês falaram pra...

— Ei, ei, ei, vamos com calma... Até então, Narcisa acha que você está na casa de Ellie, que está encobrindo a gente... Ela não sabe de tudo, mas o suficiente. Minerva deixou você fazer a seleção amanhã quando chegar na escola. Seus malões estão aqui na casa de Blás. Minerva libera a gente nos horários livres e após as aulas pra vir te ver e ficar aqui com você! Ela está sendo bem compreensiva. Está tudo bem até então... – quando Pan terminou de falar meu alivio foi gigante. Não sei o que deu em mim pra cometer tal loucura. Elliot Carter desde sempre destruindo meu psicológico, aquele desgraçado. Reparei que todos me olhavam querendo respostas. Eu sabia que iria ter que inventar alguma história, coma alcoólico é algo bem sério e eu sabia disso. Respirei fundo e bebi um pouco mais de agua. Olhei pra cara da Carter que olhava pra janela e arqueei uma sobrancelha pra Pansy, ela deu de ombros como quem não sabe de nada. Revirei os olhos como de costume, Draco não olhava para minha cara em momento algum. Bufei baixo e coloquei o copo em cima do criado mudo que tinha ao lado, me acertei na cama. – tudo bem. – disse por fim. – não me perguntem o que eu bebi porque eu realmente não sei. Só sei que bebi uma garrafa inteira e...

— whisky de fogo – me interrompeu Zabine, vi Draco fechar os olhos e serrar os pulsos. – você bebeu fire whisky. – acenei positivamente com a cabeça. – enfim, não tenho motivos realmente validos se posso assim dizer, pelo tanto que bebi, ainda mais eu que não era acostumada com bebidas tão fortes. – dei uma pausa encarando o rosto de cada um que estava presente ali. – mas já foi e não adianta nada gritarem comigo. – encarei diretamente Draco quando terminei de dizer. – nem me julgarem, isso não vai mudar o fato. Prometo não beber descontroladamente. – disse com um sorrisinho de lado, e levantando a mão direita. Pansy sorriu como uma criança que acabou de ganhar doce. – ainda tem dúvidas que é uma sonserina? – Pansy perguntou com uma sobrancelha arqueada. Sorri junto com ela. Draco continuava sem me encarar. – Draco... – o chamei. Quando ele me olhou vi que seus olhos estavam marejados, seu olhar frio porem preocupado. Ele se aproximou da cama e sentou ainda sem dizer nada. Pansy pigarreou. – então, é.... Nós vamos avisar McGonagall que você volta hoje mesmo. Tem uma muda de roupa no sofá – Pan apontou pro sofá que tinha no canto do quarto. – nos vemos mais tarde. – dito isso, ela veio até mim, deu um beijo e saiu junto com os outros.  Encarei Draco esperando que dissesse algo, mas não disse nada. Suspirei irritada. – Draco eu....

— você tem noção do quanto eu fiquei preocupado com você? Luzzian você podia ter morrido. Você tem noção disso?

— Draco eu... eu...

— Não Luzz, não. – ele me abraçou. – nunca mais me assuste desse jeito. Acabei de te encontrar, não quero te perder tão cedo. – eu sorri e o senti respirar fundo. – não se preocupe, você vai ter que me aguentar por um bom tempo ainda. – dei um digno sorriso Malfoy para ele. – mas enfim, vou tomar banho para irmos para Hogwarts. – parei por um segundo e arregalei os olhos. – eu vou pra Hogwarts. – respirei fundo enquanto Draco ria da minha cara. Peguei a roupa e a toalha que tinha em cima do sofá e olhei pra Draco confusa, ele logo entendeu o que era e apontou pra porta que tinha a minha esquerda. Sorri e segui pro banheiro. Vinte minutos depois eu estava pronta. Draco me olhou de cima abaixo como se me avaliasse, balançou a cabeça negativamente enquanto suspirava, passou a mão atrás do cabelo em sinal de nervosismo. – se qualquer um engraçadinho chegar perto de você não responderei pelos meus atos. – eu revirei os olhos com a frase, Draco sempre Draco. Arrumei o irmão mais ciumento do universo. Ele me esticou a mão que eu prontamente peguei. Deixei ele me guiar até o que seria a sala do Zabine. Draco me guiou até a lareira e me deu um pouco de pó de flur. – é só falar “sala do Diretor, Hogwarts” bem nítido e tacar o pó no chão, entendeu? – olhei pra ele como se aquela fosse a pergunta mais idiota do mundo. Entrei na lareira e após dizer o que Draco havia dito me vi em uma sala onde nunca havia estado, era realmente encantadora. Os livros que nela tinham, os quadros, tudo. Parada do lado da mesa conversando com um dos quadro estava uma senhora. – Ah senhorita Malfoy, você chegou. – disse a senhora de óculos com um sorriso amigável nos lábios. Conclui que aquela era Minerva McGonagall. Sai enfim da lareira e Draco apareceu.

— Boa noite diretora McGonagall. – cumprimentou Draco. A senhora acenou. – será que eu poderia ficar com minha irmã durante a seleção? – ela parecia analisar o que Draco disse.

— certamente que sim senhor Malfoy. – Draco sorriu. Ela então se direcionou a mim – como todos os outros alunas da escola, Luzzian fará a seleção na hora do jantar. Seus malões serão enviados pra sua casa e seu quarto assim que terminar a seleção, não se preocupe. Agora senhor e senhorita Malfoy, se me dão licença tenho alguns assuntos a resolver. – McGonagall sorriu graciosamente, retribui o sorriso. Draco a cumprimentou com um acena de cabeça e saímos da sala. Draco tirou seu celular do bolso e eu sorri. – temos uma hora antes do jantar. Vem, vamos achar os outros. – Draco não me deixou responder, saiu me puxando pelos corredores de Hogwarts tagarelando sobre cada parte do castelo por onde passávamos, eu tentava assimilar o que ele falava, mas minha mente estava a mil. Percebi que estávamos em uma espécie de masmorra. – Luz, aqui é o salão comunal da sonserina. – eu balancei a cabeça que sim e ele falou a senha pra cobra que ali estava. A porta se abriu e entramos. O salão era todo verde e prata, era luxuoso e lindo. Percebi que todos olhavam em minha direção. Não liguei. Pansy se aproximou e pulou em mim me abraçando. – bem vinda ao ninho das cobra querida – Pan piscou um olho e eu sorri. – sei não, vai que eu estou mais pra leão. – olhou debochada. Draco e Blás olhavam para mim como se eu fosse um et que tinha acabado de chegar a terra. Pansy apenas gargalhou, sabia que os meninos jamais entenderiam nossas brincadeiras. – mas ai, você ainda está com as vestes de hogwarts, não fez a seleção não? – perguntou Zabine confuso. – McGonagall quer que eu faça agora no jantar. Na frente de todos. – respirei fundo. – relaxa, você deve ficar uma gracinha de vermelho. – Pansy sorriu debochada, caímos na gargalhada enquanto Draco e Blás queria matar a gente. Mal sabiam eles que eu realmente tinha lado grifinorio e que talvez, só talvez eu pudesse ir para casa do leões. Pan, os meninos e eu começamos a conversar e perdemos a noção do tempo. Saímos apressados pro jantar. Quando chegamos a porta do salão Minerva acabará de me anunciar como nova aluna. Engoli seco e fui em direção ao banco de três pés com todos me encarando, enquanto Draco, Pan e Blás iam se sentar. Caminhei altivamente como uma legitima Malfoy em direção ao banco. Minerva sorria abertamente pra mim, retribui o sorriso e sentei. O chapéu ficou calado por uns 15 segundos o que me deixou aflita. “Ora o que temos aqui, uma Malfoy, realmente uma legitima Malfoy, porém, não é como os outros de sua família...” ele deu uma pausa torturante “realmente intrigante, ambiciosa?! Sim, mas sua coragem... você seria uma excelente grifinoria, ali faria verdadeiros amigos, encontraria lealdade, sim, poderia dar certo...” outra pausa, minha expressão de tedio proposital deixava todos que observavam confusos “não, não, não... prepare-se garota, a casa que vou te colocar é perfeita pra você por ser o inverso do que és, você vai para...”