Beside You escrita por Santos


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oie. Novamente tô postando rápido. Agora que to com o computador tá mais fácil, porque pelo celular erro pra caramba.



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KARINA

As palavras pareciam ter o atingido de uma forma impactante. Eu não costumo dizer que me importo para todo mundo, mas com ele parece que tudo flui de uma maneira tão natural. Arrastei meus olhos num misto de vergonha e expectativa, eu sei que Cobra se importava também, porém ainda esperava pelas palavras de surpreendi mento sobre minha declaração. Não uma declaração, mas sim aquilo que sempre ficou constatado; a gente não suporta ver um ao outro mal, e sempre estamos ali do lado caso aja algo errado. Fixei meus olhos nos seus novamente, seus lábios estavam entreabertos, e o braço não machucado, se apoiava no balcão. Arrumei o pouco de meus fios loiros. Cobra sorriu como se estivesse encantado com o movimento feito pelas minhas mãos, podia ver como suas pupilas estavam dilatadas.

– Nunca imaginei Karina Duarte se declarar para Ricardo Cobreloa. – Brincou sobre o assunto. – Desculpa por dizer para não se importar com o guitarrista. – Dessa vez o olhei ainda mais constrangida.

Por que ele tinha que citar Pedro, e acabar com o momento no qual minha mente já se esquecia daquele idiota.

– Sem Pedro, sem lamentações. – Mencionei autoritária. – Estávamos falando da gente. – Por um segundo senti que soou além do que devia, pois o lutador riu sacana. – Do nosso assunto alias. – Corrigi-me.

– Calma, eu não entendi de maneira errada, relaxa, K. – Mentiu. – Bom, é isso pequena. Eu não posso simplesmente fingir que não me importo. – Levantou suas sobrancelhas deixando constatada a verdade em suas palavras. - Depois que Jade viajou, percebi que agora só me resta tua amizade.

Eu sorri levemente de canto.

– Digo-lhe o mesmo.

Restavam somente dois lutadores cansados das pancadas da vida. Parecia que combinávamos até no fracasso, pode-se dizer que somos almas gêmeas até mesmo na hora de se dar mal. Lamentei mentalmente, mas é isso.

– Você acha que vive sem o – Botei meu dedo no meio de seu lábio antes que pudesse terminar de falar, essa insistência dele me dava nos nervos.

– Eu não quero falar dele, será que é difícil compreender? – Ergueu os braços em forma de rendição.

O dizer dele o tempo inteiro em relação ao Pê chegava a me irritar. Foi com toda essa exaustão no meu corpo, que aprontei para voltar para casa, provavelmente Gael esperava pela minha presença em casa acompanhado de uma foice, e quem sabe; outros armamentos. Infelizmente teria de voltar à escola depois de dias de faltas, e isso inclui o monitoramento exagerado do meu pai.

– Vou indo lutador. Tenho escola. Perdi muito, e você sabe que repeti pelo tempo que passei presa na casa do Lobão. – Alertei-o sem um motivo concreto pra aquilo.

Ele assentiu entendendo a situação. Caminhei à porta, sentindo em seguida seus lábios quentes na parte lateral do meu rosto, com sua mão que estava apoiada em meu ombro na mesma hora.

– Tchau, K.

Sai atordoada.

Na mesma hora João estava em pé em frente à praça. Seu rosto parecia perplexo.

– Eu vi mesmo aquilo Karina? – Perguntou sobre algo não identificado por mim. - O Cobra te beijando ? – Eu esqueci que o Nerd sempre leva tudo ao pé da letra. – Tá superando rápido. Tipo, mais depressa do que imaginei.

Bufei irritada, será possível que ele iria continuar nesse tom malicioso.

– João, dá um tempo. E alias, o Cobra estava uma fera por causa da sua fofoca. – O avisei, ele logo arregalou os olhos, pois sempre soube que ele tem medo de tomar uma surra dele.

– Caramba, podia ter livrado minha pele. – Eu queria rir da cara de medo dele, mas não podia, precisava continuar naquele teatro para lhe ensinar uma boa lição.

– Podia, mas eu não quis. – Indaguei. – Agora cê me da licença que eu tenho escola.

Sai disparado em direção ao pequeno prédio no qual eu moro. Meu pai estava em frente à Tv junto com Dandara, a barriga dela não tinha limites em questão de tamanho, logo teríamos um guri por vir. No começo eu rejeitava essa criança, mas percebi que foi tudo uma atitude infantil da minha parte. Eles nem me perceberam, e como não quis atrapalhar o momento, apenas peguei minha mochila e segui à escola. Desci novamente. Meu corpo travou ao ver Pedro bem na entrada.

– Vim pedir desculpas por ontem, não queria ofender você, K. – Pedro tinha o rosto numa espécie de misericórdia. Podia socá-lo, com a raiva que senti por conta. – Sempre tive esse maldito ciúmes do Cobra. – lamentou, e eu lamentei mais ainda.

– Isso se chama insegurança Pê. Insegurança. – Silabei com rancor. – Eu sempre te disse que gostava de você, mas parece que dava mais importância ao Cobra. – Meu tom se exaltou. – Tão simples. Mas agora é tarde. – Completei. Ele abaixou a cabeça e voltou sua visão ao QG, com certeza; arrependido.

Deixei o mesmo lá, seguindo com o nariz erguido, e ao mesmo tempo com uma enorme vontade de chorar. O guitarrista sempre foi meu ponto fraco, mas precisava mudar isso.

E assim rumei a mais um dia.

Passou-se o resto do dia. Eu havia ido para a aula, mas nem se quer conseguia prestar atenção nas palavras do professor. Minha cabeça insistia permanentemente em pensar nas palavras de Cobreloa. Às vezes meus devaneios se pegavam nos lábios deles encostando-se na minha pele. Nem se por qual razão estava tendo esses reflexos. Evitaria ir lá, depois desse episodio, nem com que cara iria enfrentá-lo pensando nele dessa maneira. Quando me despertei dessas ideias sem logicas, já estava em casa, mas precisamente em frente ao ponto no qual desço.

Joguei a mochila num canto qualquer da sala. Meu pai chegou me apontando uma série de papeis, quando os olhei tinham fotos três por quarto de Cobra, e algumas Xeroxes de documentos. Questionei o velho dando de ombros.

– Devolve pro Cobra, peguei para fazer a matricula dele. – Explicou. Isso soava tão confortante. Ele e volta à academia do meu pai. Recuperando a confiança, o lado bom.

– Não ia sair mais de casa, e agora o senhor me aparece com essa entrega. – Protestei me levantando do sofá. Não queria ter ir lá. Só que Karina, não possui sorte nessa vida.

Sai bufando de ódio, era um pouco mais de 17h30min, nessa hora Cobra devia estar no QG trabalhando ainda. Cheguei á calçada e parei. Minhas mãos tremiam, mas o que me chamou mesmo a atenção foi a cena vista minutos depois da minha chegada. Uma montanha de malas pelo chão, e Jade com os braços envolto no pescoço do lutador. Cobra apertava sua cintura de forma desesperada. Parecia que a Dama estava de volta.


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