Beside You escrita por Santos


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oi! Eu não ia postar hoje, mas pra quê deixar o capítulo encostado aqui né? Eu não sei se ficou legal, aí meu Deus que medo. Kkkkkkkkkk



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Inspirava e respirava em pausa rápidas, após todas as vezes que socava o aparelho de luta. Minha respiração pesava de forma difícil. Tudo isso por conta se simples palavras ditas por Jade. A patricinha mimada sempre achou que era minha dona e, que poderia me controlar como quisesse. Mas eu não sou tão manipulável, nenhum um pouco. Tudo indica que ela e mãe dela junto do Edgard vão fazer uma viajem sem previsão de volta, disse com todas as letras sobre sua bolsa de dança em um estado maior, não que o Rio de Janeiro fosse ruim para a mesma estudar, porém ela acordou com a Lucrécia sobre essa parada toda, depois me garantiu que voltava. Eu não acreditei nenhum um pouco nesse papo, se ela teria melhor estrutura fora daqui, por que voltaria?

Essa família tem grana, a mãe dela pode dar uma boa vida para ela fora daqui.

Dei mais uns golpes no saco de areia, até que meu corpo começasse a vacilar devido a fraqueza acarretada pelo cansaço. Estava prestes a desmoronar, só comigo mesmo saberia a dificuldade de ter mais uma pessoa indo embora.

Ainda me lembro das lágrimas escorrendo dos olhos dela, dos meus só conseguia transmitir raiva, remorso, decepção. Gastar minha lágrimas com isso em hipótese alguma valeria a pena.

Sentei no colchão durante um minuto olhando pro chão. Meus lábios se pressionavam um no outro por conta da raiva. Passar de uma hora para outra não vai e, isso se torna ainda mais atordoante em mim. Resolvi tomar uma chuveirada para organizar os pensamentos. Deitei novamente no colchão de barriga pra cima. Pegar no sono não seria nada fácil com a cabeça lotada de coisas a ponto de explodir.

Várias horas rolei no colchonete sem pregar as malditas pálpebras uma na outra. Resolvi usar o computador, comer qualquer coisa que tivesse ali.

Depois de um tempo navegando pelas redes sociais resolvi tentar dormir novamente.

Pela manhã abri o QG, que estava difícil de aparecer cliente, os boatos sobre o sequestro fizeram a freguesia sumir. Aquele advogado sabe bem desestruturar as coisas ao seu redor, até meu emprego conseguiu ser arruinado pelo canalha. Mas eu havia explicado tudo ao proprietário e, ele subentendeu que foi um mal entendido e permitiu que eu continuasse trabalhando aqui.

Via um movimento na rua de lutadores entrando na academia do Gael, Duca passou com aquela cara de sonso de sempre e atrás dele Karina que cerrava os punhos e ria de alguma coisa dita pelo bom moço, em seguida se aproximava Gael, seu rosto esboçava calmaria e o peito estufado como sempre. Vinha na direção da loja, logo me preocupei.

– Podemos conversar Cobreloa ? - Perguntou pedindo permissão na entrada, lhe estendi a mão para cumprimentar. Se ele não estivesse aqui para me matar, então isso é alguma pegadinha com câmeras escondidas. - Bom, sei que esta sem academia garoto. E o Lobão foragido, acabou largando os alunos. - Meus ouvidos pareciam que iam explodir pela forma alta da voz dele, e meu cérebro parecia ter um macaco tocando bateria sem entender aquela reação repentina dele.

– Cê pode treinar na minha academia. Mas, sem repetir os erros passados rapaz.

Vibrei todo meu corpo, meus olhos estavam arregalados, não sabia se apertava a mão dele de novo ou abraçava, então apenas assenti dizendo que iria, o lutador sorriu gentilmente de canto me dando a mão para apertar.

– Obrigado, Gael. De verdade. - Minha gratidão ficava cada vez mais estampada na cara. Nunca pensei estar la novamente, no único lugar onde me sentia importante. Gael tem um jeito muito bacana de tratar cada aluno apesar da rigidez, apesar de limitar. Seu interior sabe nitidamente quando o lutador é bom ou ruim.

– Vou indo, nos vemos em breve. - Saiu pela porta.

O resto do dia só consegui imaginar cenas dos meus treinos na velha academia. Ia treinar ao lado de K, o que vai nos fazer vermos mais vezes um ao outro. Quem sabe ajudo ela convencer o velho de lutar uma regional. Seria obviamente a primeira pessoa a comemorar comigo, por isso enviei um sms no numero da mesma.

Você precisa vir no QG √√

Não demorou muito, parecia que a loirinha já estava ao lado do celular.

Ei, meu pai chegou aqui anunciando um lutador novo. √√

Adivinha quem é novinha ? √√

Ricardo Cobreloa ? √√

Gargalhei com a mensagem durante um tempo, e passei os dedos na tela sentindo o prazer daquilo que responderia no momento.

Eu mesmo, em carne e osso √√

Que demais, vamos treinar juntos √√

Acho que sim, afinal você é aluna dai. √√

Hahahaha. Idiota √√

Tchau, Karina. Vou trabalhar, chega de fofoca por hoje. √√

Tchau lutador. √√

O dia foi passageiro e finalmente fechei o QG. Não tinha mais nada e nem cliente, e resolvi fechar as portas cedo.

Karina também não apareceu. Amanhã a veria e comoraria de qualquer foma. Assim que me dirigi aos fundos ouvi batidas na porta, a pequena estava ali sorrindo de canto e acenando. Peguei as chaves que estavam em cima do balcão e abri a porta. Ela pulou no meu colo, colocando as pernas envolta na minha cintura, tive de ser depressa segurando as mãos na sua cintura. Seus braços foram pro meu pescoço pressionando de leve, nunca tinha visto a novinha desse jeito, toda empolgada.

– Quê fogo é esse ? - Fiz um de meus comentários idiotas arrancando um sorriso dela.

– Finalmente você vai voltar.

– Pois é, K. Infelizmente terão que me aturar lá de novo. - Ela vibrava enquanto descia descia dos meus braços.

– Para de ser dramático. Você sempre soube que é bem vindo lá.

– Só se for pelo Gael e você. - Disse com desdém. Pois é uma realidade, depois do vacilo com a tal ruiva ninguém daquela fábrica me suportava, com razão, eu tinha agido da forma mais animal que pudia. - Eu vou te dar uma surra diária se prepara. - Fechei as mãos batendo em seu ombro. - Vai ser bom treinar lá, K. Na Khan só era sujeirada. Acredito que meu lado ruim piorou graças a isso.

– Esquece a Khan. Pensa que tudo foi um passado ruim, Cobra. Agora cê pode recomeçar, ser um novo Cobra. - Derre pente quem estava me dando conselhos era ela. Me lembrei daquele papo da noite passada sobre amadurecer, ela pareceu ter entendido bem. Me enchia de felicidade ver seus olhos brilharem, mesmo depois de todo esporro que passamos. - Roubando um pouco dos seus conselhos. Posso ? - Assenti enquanto riamos pelas conhecidencias das palavras.


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