Beside You escrita por Santos


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaaaa! Voltei kkkkk Só vou agradecer por tudo como sempre, e desculpe pela demora. Gente, eu não sei escrever esse tipo de cena, então vou tentar continuar num próximo. Inte, i love vocês



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KARINA PV

Era final de semana, o que obviamente me trazia boas sensações. A casa vazia, e só restava a mim dentro dela. Eu sempre gosto de ter minha solidão nos finais de semana. Queria a ausência até mesmo de Cobreloa. Afinal, nos vimos praticamente todos os dias da semana.

Tentei me livrar do tédio, indo dormir. Fechei a porta da varanda, escutando barulhos de pedra a atingir logo em seguida. Sai para a parte de fora, e o vi pendurado no poste.

– Achei que fosse Cobra e não Homem-Aranha – ele riu e subiu.

Perguntei-me o que ele queria a essas horas.

– Jade foi no QG – como se eu me importasse. Cruzei meus braços e sai da varanda, se ele havia escalado a merda do poste pra dizer aquilo, foi algo desnecessário – ela queria voltar comigo com certeza, mas não dei o braço a torcer.

Falava com tanta convicção, que eu me sentia a outra, a isca fácil. Não me contive e emburrei a cara, particularmente nem era ciúmes, mas meu estomago se revirava só de imaginar a Dama e o Vagabundo juntos novamente.

– Às vezes eu acho que adora curtir com a minha cara – indaguei quando percebi seu sorriso se arreganhar. Mesmo cara de pau, algo nele permanecia bonito, talvez o jeito debochado o deixasse ainda mais absurdamente atraente.

Cobra derrubou o corpo sobe a cama num pulo, suas mãos foram para trás da cabeça como apoio. Algumas vezes olhava sem rumo pro teto, distraído ou imaginando alguma coisa. Questionei-me quanto tempo ficaria na minha cama ocupando espaço e me fazendo correr o risco de presenciar um homicídio pelo meu pai.

Sai do quarto, e ele continuou roubando meu posto no moveu. Resolvi tomar banho, quem sabe saísse de lá logo de uma vez. E não fora o que aconteceu, porque sai do banho e o lutador continuava na mesma posição.

– Sabe tá de noite – comentei pra que se tocasse da hora – vai ficar até que horas, Ricardo?

Ele sorriu, mas isso o irritava chamá-lo pelo nome.

– Sem Ricardo, Karina Duarte – falou firme, se sentando na cama. Eu estava do outro lado perto da cômoda, nem tão distante e nem tão próximo, tinha medo das consequências – quero tirar uma duvida.

Dei de ombros esperando pela pergunta.

– Te incomodou saber sobre a Jade? – tremi um pouco. Essa era a reação, queria apenas não deixar que soubesse.

– Por qual motivo iria me incomodar? – fui indiferente, só que nunca adiantava.

– Eu não quero te magoar mesmo isso não sendo algo sério – um arrepio subiu na minha espinha, por que ele se importava tanto em não me magoar? – de alguma forma, prefiro manter aquilo que sempre fomos à diferença é que...

– Que... – repeti apreensiva.

– É impossível não ter mais intensões – finalmente havia dito o que fazia jus ao seu veneno. Assenti fingindo estar decepcionada, mentira obviamente, nunca esperaria outro tipo de reposta.

Sentei ao lado dele, por nada ele desgrudava os olhos de mim.

– João foi outro dia no QG insinuar coisas – pude ver que se arrependeu de ter dito, talvez o silencio, fizesse questão de fazê-lo dizer o que não queria – ele disse que gosto de você – agora me olhava de uma forma mais intensa que antes.

Se existisse um premio de fofoqueiro do ano, o Nerd ganharia todos os anos consecutivos.

– Claro que gosta, se não – eu logo deduzi que era de outra coisa de que ele falava – gosta? – sua saliva desceu com dificuldade, me permitindo saber que ele não teria coragem nenhuma de responder – mas adora a bailarina – sussurrei enquanto virava o rosto.

Odiava-me o suficiente para saber que ele tinha escutado e achado engraçado, meu rosto inteiro ficou vermelho e a única coisa que eu queria fazer era sumir dali.

– Ciúmes? – comemorou sarcástico – precisa não, por enquanto estou só a tua disposição.

Dei uma gargalhada incrédula, ele achava mesmo que eu ia admitir algo.

– Não tenho ciúmes dela, só que – me interrompi – não gosto do lado que despertava em ti por causa dela.

– Relaxa, eu não vou ceder aos caprichos dela – garantiu acenando a cabeça.

– Acho bom – sorriu novamente querendo dar entender outra coisa – se ela vier querendo algo de no – não tive como completar a frase, quando ele juntou os lábios nos meus.

Entre abri a boca, e embarcamos num beijo demorado. Puxei alguns fios do cabelo dele pra trás. Suas mãos me puxaram pela cintura, me pondo em sua perna, uma pena o ar ter acabado, por que eu juro que não queria parar.

– Você fala demais – repreendeu, descendo aos lábios ao meu pescoço. Tentava me conter. Missão fracassada – eu disse que não quero nada com a Jade – sussurrou. Desceu a alça de minha regata e continuou a mesma ação, dessa vez aquilo ficaria marcado uma duas ou mais semanas.

Agarrei-me o mais firme possível em sua camiseta cinzenta, e tentei não fazer ruídos ou gemidos. Ele desceu à clavícula, e logo depois me encarou, eu não consegui decifrar muito bem o porquê, era como se esperasse uma autorização, fixou-se na barra da minha blusa e ao mesmo tempo pedia-me com gestos.

– K – dessa sua voz estava quase num tom modo, ainda sim, conseguia ouvir – quer a resposta? – beijou meu color devagar – acenei que sim, mesmo nisso, demorou até que conseguisse falar alguma coisa.

– Precisa dizer não – falei conformada – não quero que goste de mim de outro jeito. Não se for obrigado.

Parou e me lançou na cama de forma bruta.

– E se eu gostar? – puxou meus lábios. – Isso é ruim?

Desviei o olhar. Fiquei sem uma resposta e tentada a empurrá-lo, porém seu corpo fazia um pouco de peso sobe o meu.

– Sentimentos — dei ênfase à palavra, arfando – não sei se quero isso agora – achei que pudesse ter dito algo errado, pelo fato dele ter se afastado. Foi só reflexo.

– Eu não me importo. Vai ser do jeito que você achar melhor – sua voz quente abafava meus ouvidos.

Suas mãos desceram para a minha blusa novamente e a retirou sem pudor algum. Não sabia se negava ou continuava.

– K se quiser eu – o interrompi com um mero beijo o que foi suficiente pra que começasse a senti-lo apertar-me as pernas com grosseria.

Passamos um tempo na mesma coisa, acho que Cobra sentia receio ou medo de passar dos limites comigo. Resolvi agir de alguma forma, e puxei a barra de sua blusa.

– Calma novinha – ofegou, segurando minha mão.

– Só eu tirei até agora – provoquei-o.

Isso foi como uma prova de fogo. Será que o peçonhento aproveitaria ou fugiria? Pelos recuos ele parecia querer fugir, e ao mesmo tempo ansiava por aquilo, tanto quanto eu.

Puxei de novo sua blusa, só que dessa vez ele não hesitou, e me deixou que tirasse. O observei durante um tempo, tentei reprimir o ato de morder os lábios, entretanto foi em vão. Não que, eu nunca tivesse o visto sem a peça antes. A diferença é a proximidade a qual se encontravamos. A respiração, os olhos. Tudo é diferente do comum.

− Não me olha assim – suplicou, com olhos cinzentos – gosta? – sorri, mas na verdade eu não tinha a mínima ideia de como respondê-lo.

Seus lábios continuavam a explorar meu corpo, chegando mais o menos na minha barriga. O gemido dessa vez foi audível, tanto que o fez sorrir, e querer deixar escapulir algum comentário maldoso.

−Fraca – zombou.

Ele me puxou deixando sua ereção de encontro ao meio de minhas pernas. Totalmente constrangedor.

− Cobra... – pronunciei baixo.

− Isso é culpa sua, K – brincou sobre seu estado.

Restava saber, se era aquilo mesmo que faríamos.


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