Beside You escrita por Santos


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Oi! Tô de volta. E, tava quase sem o quê escrever novamente. Mas, estou aqui. Obrigada pelos comentários sempre, coisas lindas ♥ Inte!



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COBRA PV

Escutei a porta do QG bater esperando por uma enchorrada de estilhaços cair, o impacto foi tão forte, que achei que ia quebrar em centena de pedaços.

O viciadinho se pôs na minha frente, apenas sendo separado de mim pelo balcão. Estava tentando achar algo nele que faria-me entender porquê diabos entrou na loja como se fosse a pré-venda de um video game novo.

– Cobra, tá maluco? – seu dedo fora a cabeça numa demostração de loucura.

Joguei a caneta longe e apoiei meus cotovelos no móvel. Conseguia de longe saber o motivo da eufórica irritação do moleque.

– Pegando a Karina? – perguntou querendo não tomar ciência. – você não era tipo um irmão?

– Atribui-se incesto nesse caso – zombei, rindo da forma mais idiota possível.

– Que isso? Moda nova?

– Escuta aqui moleque, o que eu e a K faz não é da sua conta – comecei a me irritar, saindo de onde estava e encarando o garoto de longe.

Toda essa demanda de fúria do Gamer se faz pelo simples fato do amigo guitarrista dele.

– Cobra eu não tenho nada contra você, pelo contrario, da mesma forma que a Karina te vê bem, eu vejo tu do mesmo jeito, mas eu sou amigo do Pedro... – perdeu-se um pouco nas palavras, talvez por medo da minha reação ao falar do mala do amigo dele. – Se o Pedro descobre? ele vai pensar que a lutadora só terminou com ele no intuito de ficar aos amassos com outro lutador ai. – entreolhou em minha direção.

– Olha como fala da Karina – alertei-o em uma carranca. – na boa João, quem decidiu isso fomos nós dois. Quanto ao Pedro, uma hora a fila anda, a Karina não ia passar o resto da vida dela sofrendo pelo cara. – assentiu fechando os olhos numa especie de entendimento. – não vou me afastar dela, se é que isso que você quer que eu faça.

– Cê sempre foi na da K, né? – maliciou sua voz – você gosta dela? – engoli a seco com a pergunta e tentei não encará-lo.

– Gostar como assim? – coçei a nuca.

O cara já me tirava metade da minha calma que eu não tinha à dias e à noites, pelos problemas decorreiros com Jade.

– Nem preciso de resposta. – riu ironicamente, indo a saída – espero que não magoe ela – apontou em minha direção em um aviso.

– Se isso acontecer, deixo você me nocautear.

– Vai ser uma honra – ele riu e saiu da loja.

Você gosta dela?

Pensava a onde o viciadinho queria chegar com aquela pergunta. Meu gostar pela garota sempre foi como alguém à quem sempre precisei proteger.

A semana que se extendia em outra nova. Simplificando melhor: as coisas estão uma mar de confusão, sem ser uma catástrofe ou problemas, mas sim, uma loucura na minha cabeça. Me via a cada segundo perseguindo a Karina e fazendo coisas, que bem, não são a ordem natural.

Pensei em Gael, e em como ele arrancaria minha cabeça e daria para um amontoados de animais devorá-lo, e, nem mesmo isso seria capaz de me fazer querer dar um basta nessa coisa toda.

Lembro-me dos azuis dos olhos de K na maior parte do tempo, ou me lembro da forma ofegante na qual ela me deixa

Thawick passava boa parte da tarde fazendo piadas sobre mim e a Karina, afinal no começo da semana o mané tinha pegado a gente nos fundo da loja. Desde então as implicâncias dele nunca paravam.

(...)

Estabeleceu-se uma noite, que pra mim é o melhor período de todo o dia. Á essa hora a lutadora devia driblar o Gael e vir ao QG. Escutei enquanto seus dedos batiam abafadamente no vidro. Sorri antes de chegar à porta. Abria-a em seguida vendo a pequena numa Jaqueta preta e as calças sempre coladas ao corpo, o curto dos cabelos estavam úmidos, brilhando diferente contra à luz.

– Boa noite, lutadora – saudei enquanto entrava.

– Boa noite, lutador

– Cheiro diferente – passei meu nariz na curvatura de seu pescoço, o que com certeza foi capaz de arrancar lhe arrepios involuntários.

– É o perfume da Bianca – sorri, cheirando o aroma agradável dela. – você também tá com um cheiro bom.

Ela havia percebido que dei um jeito de usar perfume.

– É, nunca se sabe quando vai aparecer uma mina – caçoeei percebendo a reprovação em sua risada.

– Que mina Cobra? – me empurrou.

– Algumas minas

– Você é um idiota – se afastou entrando atrás das correntes.

Tentei resistir a sua irritação, só que quando a vejo ficar irritada, parece que meus extintos crescem e ordenam que eu a pegue.

Peguei em seu quadril um pouco antes que adentrasse o meu quarto e assim o fiz. Desci a jaqueta preta, que tinha um tecido pesado, e o joguei pro lado. Acho que paredes faziam muito bem nosso gênero, por isso a pressionei contra uma. Karina tinha os olhos ardentes e as mãos propensas a me causar calafrios, puxando o meu cabelo atrás da nuca.

– Cobra, é só isso? A gente mal conversa? – perguntou gaguejando algumas palavras.

– Não consigo conversar com você – disse irritado. Tombei um pouco seu pescoço para que ficasse mais fácil o acesso. – Quer mesmo conversar? – beijei toda a extensão de sua pele suavemente.

– Não eu quero... – proferiu perdendo a força do corpo, me afastando de si.

As duas mãos dela seguraram meu rosto, enquanto sentia à linguá da mesma em meu lábio. Nem mesmo no beijo ela dava o braço a torcer. Meus pulmões pediram pelo ar, e fui me afastando.

– Melhor pararmos – afirmei, sabendo que não me seguraria. – O João veio aqui... – falei involuntariamente.

K refletiu sobre alguma coisa durante um tempo e sentou na mesa dos computadores.

– Ele viu nós na academia. O quê ele disse? – tinha certeza que havia motivos para aquele interrogatório dele.

– Disse, que se eu te magoasse, me bateria. – menti descaradamente.

Num raio, a loira se levantou e avançou em cima de mim me dando um mata-leão.

– Foi só isso que ele disse? – apertei seu braço tentando afrouxar.

– Falou sobre o Pedro – Karina largou meu braço. Passei a mão pelo pescoço tentando aliviar a falta de ar que a maluca tinha me deixado.

– Desculpa por isso – redimiu-se. Vi o azul ficar cristalino e em seguida uma lágrima percorrer a maçã do seu rosto.

– Tudo bem – garanti num tom mais calmo de minha voz. – Eu disse pro fedelho que não ia me afastar de você. – corou, sorrindo largamente. – ao menos... Que você queira?

Se ela quisesse, me afastaria. Eu sempre a disse que não gostava de vê-la sofrer, por mais torto que eu fosse.

– Não quero – firmou-se na minha frente. – o quê a gente faz agora?

Mordi o lábio me recriminando pelo que diria:

– Continua junto.


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