Beside You escrita por Santos


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Oie! Gente quanto tempo :( Mas tive uns problemas de criatividade e ainda estava mal pela perca de um ente querido, então, não estava com cabeça para escrever. Agora estou aqui postando pelo celular, e pelo menos estou aqui. Vi que têm novas pessoas acompanhado, bem vindas (o) ♥ Até o próximo!



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Karina PV

Não, Karina...

Foi tudo que ouvi martirizando minha cabeça, a ponto de fazê-la explodir e deixar os pedaços esquiços nas paredes do banheiro. Cada vez me apertava mais o peito ver o rosto de Cobra mostrando raiva de mim. Eu, também sentia muito ódio dele. Ter me usado como segunda opção.

Sorri ironicamente.

Meu punhos fechados socavam o saco de areia, que mesmo pesado, voava pelos ares. Zé até havia brincando que com apenas um acerto meu no objeto, fario-o voar pela academia, com a raiva que eu sentia dele, seria bem capaz. Obviamente também o imagino nesta mesma situação que a minha: morrendo enquanto soca um maldito saco de box.

Cobra e eu somos totalmente explosivos. Se duas dinamites explodem juntas, o caos é maior do que pode pensar.

Mais o menos a dois dias eu e ele não nos falamos mais. Eu não tinha paciência para ouvi-lo dizer sobre a falta de mulher. Minha vontade era de pegá-lo desprevenido e da lhe um chute em suas partes, dói, mas com certeza não doeria mais do que cada palavra que ele tinha dito.

Cheguei ao meu limite na academia. Boa parte da água do meu corpo despejava-se em suor, que escorria pelo meu rosto. Zé que estava no ringue parecia um animal em busca de caça, pois seus olhos não saiam de mim um segundo.

Balancei a cabeça negativamente para ele, que virou o rosto sem graça.

Flertar com outro lutador! Nem pensar, Karina. Eu não sabia nem o que tava rolando direito comigo e aquele lutador cheio de marra, não seria agora que eu iria começar a investir numa nova dor de cabeça.

Cheguei em casa exausta, não fisicamente como mentalmente, eu sei que precisava ir lá falar com ele, mas eu preferia escutar meu orgulho me gritando.

− K, que cara é essa? – Bianca chegou perguntando, enquanto sentava do meu lado no sofá. Bufei, porque saberia que ia ter de começar um maldito discurso dos meus problemas. – Já sei... Cobra?

Revirei os olhos

– Nossa, acertou – Bianca prestava tão bem a atenção em tudo, que chegava a me dar medo. Nos últimos tempos a percebi largar mais aquele lado egoísta que ela sempre teve.

– Vocês andam com uma cara...

Eu me sentei, ficando de frente para ela. Meus dedos contorciam-se de nervosismo, eu não sabia se ia contar ou não, mas eu já me sentia quase que num desespero.

– Ai, Bianca! Eu e ele a gente fez uma merda e brigou por isso – Meu peito não parava de ser mexer conforme minha respiração falhava.

– Que tipo de merda?
– Deu de ombros. – O quê mais esse seu amigo faz é merda Karina, não é algo novo de ouvir.

– Eu e ele a gente ficou naquele dia depois do bar – sai do sofá num pulo.

A atriz se levantou bruscamente e me pegou pelos ombros sacundindo-me, sabia que e ia ser essa sua reação.

– K, pelo amor de deus, o Cobra? – Perguntou sem crer muito no que eu dizia, fiz-me a menção de dizer algo mais.

– Bem, não vou tê reempreender por isso, só peço que vê bem no que você tá se metendo. – parou um pouco tomando folego. – eu sei como vocês dois são explosivos, teimosos, não escutam ninguém e ainda não sabem engolir o orgulho.

Eu não tinha nada do que discordar dela.

– Vai atrás dele, e conversa Karina – falou deslizando as mãos sobe meus ombros. – eu sei que é não fácil lhe dar com aquele veneno. Só que tenta ter calma e ponha as coisas no lugar – respirei aliviada, porém ainda tinha a grande missão de ir atrás de Cobra.


Por volta das 23:00 estava eu seguindo o conselho da minha irmã de ir atrás do bronco. Para o meu azar a luz estava acesa e Cobra revirava coisas lá dentro, com o cabelo bagunçado e cara amarrotada depois de ter dormido naquele colchão. - provavelmente, pois é a única cama que técnicamente ele possui. -

Cobra PV

Faziam malditos dois dias que eu não falava com aquela garota. Nunca havia pensando que estar afastado dela me faria ter tantos interrompimentos em uma só noite de sono. Sem conseguir dormir, fui para a parte de frente da loja e comecei a revirar as coisas, tinha uma pancada de porcaria e coisa velha, e eu não dava a minima, só que é isso ou ficar com a lutadora na minha cabeça.

Ouvi batidas na porta. Preguei meus olhos no vidro e a vi com um casaco cinza e a cabeça coberta pelo capuz. Abri a porta com contragosto, sendo que interiormente sentia o sangue se acalorar em vê-la.

– Isso é hora? – ela empurrou a porta sem dizer uma palavra e se sentou no banco que estava na mesa dos computadores.

– Aquele dia a gente tava brincando – Seu rosto corou.

– Brincando? – testemunhei as piores palavras que eu podia ouvir de Karina. Minha respiração dificultou quando a ouvi falar que tudo naquela noite havia sido uma brincadeira. – Não parecia nenhum um pouco de brincadeira quando tê prensei naquela parede e te mostrei o quê é homem de verdade. – ela abriu os lábios e os fechou em seguida. Vi que minhas palavras a fizeram ficar mais alerta, mas ainda sim, furiosa.

Tornei a voltar pro meu posto, que é atrás do balcão.

Eu precisava arrumar outro foco que não fosse aquele rosto iluminado de raiva, me matando via pensamentos.

K não tinha mais os olhos azuis, os via cinzentos de raiva. Mas eu e ela sabemos que, não adiantava bater muito de frente, nossas discussões nunca fora igualitárias, apesar da nossa absurda semelhança de personalidade.

– Cobra, eu to aqui em pé – fez silêncio enquanto pressionava a boca de raiva. – esperando que as palavras que você acabou de dizer seja uma ilusão dá minha cabeça – ela veio até mim e apertou o balcão forçando todos os dedos contra a madeira.

Minha paciência estava impossível de ser controlada. Talvez a quantidade ficasse na mesma de um simples grão de areia.

– Não Karina, é palavras reais, as quais eu não tive medo de mencionar em nenhum momento – levantei seu queixo e vislumbrei a raiva que padecia naquela garota. – eu não sou idiota igual aquele seu guitarrista. Quer alguém para fazer de gato e sapato, que seja ele. Aqui comigo você vai ver as coisas de uma forma bem diferente, novinha. – cuspi a frase sem pensar que a magoaria. Socou minha mão e eu a segurei pelo braço, mas com a maior força que eu podia. – desculpa... É isso que eu odeio em você, que merda!

– O que você odeia em mim? – gritou.

Eu não sei se a achava patética tendo aquele ataque de raiva ou se a achava mais atraente do que o normal.

Parei e pensei se era aquilo mesmo que minha mente me dizia para fazer.

Karina tinha os olhos fixos em mim e em meus movimento que iam até ela. Suas costas se chocaram no balcão, e não havia como ela fugir.

– Odeio não conseguir ficar longe – escorreguei minha mão em sua silhueta. Nossos narizes se chocaram, e eu, contive-me com aquilo. K, cheirava bem mesmo parecendo desleixada. Um sorriso idiota se apoderou da minha boca.

Abri meus olhos e a vi com as pálpebras fechadas.

– E agora? – sussurrei.

Ela puxou o tecido da minha camisa pra baixo, senti seu lábios roçarem nos meus. Tudo nela me fazia perder o controle. Avancei nos lábios dela, sem ser nenhum um pouco gentil. O pior é que a garota não maneirava nem mesmo no beijo, é como se até aqui tivéssemos que competir. Querendo ou não, tínhamos um pouco de rivalidade correndo nas veias.

O ar nos faltou. K, apertava com força minha nuca após o beijo, rosto vermelho, lábios avermelhados, era nesse exato estado que a queria.

– A gente retrocedeu? – seus braços envolveram meus pescoços.

Assenti, deixando claro que não tinha mais como fugir da situação.

– A verdade é que isso ia acabar acontecendo – afirmei, abrindo o zíper de sua blusa.

Puxei o tecido até chegar no meio de seu braço, meu objetivo estava bem mais exposto: seu pescoço.

– Então acho que vamos atribuir a palavra incesto, já que somos irmãos. – ri, beijando a curva do seu pescoço.

Ela arfou e me empurrou em seguida.

– Vai com calma peçonhento – me rendi com as mãos. – eu tenho que ir, Cobra – concordei com a cabeça e a vi sair.


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