Academia de Vampiros - Laços da Alma escrita por Roza Hathaway Belikov


Capítulo 3
Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Hey amores descupa pelo sumiço dessa escritora maluca aqui, eu entrei de férias da faculdade e do serviço e estava sem internet todo esse tempo que estivesse ausente, mas nunca abandonarei a fanfic, bem espero que ainda tenha alguns leitores por aqui hehe.
Tenho algumas observações importantes para as notas finais que devem ser lidas devido a algumas pessoas que entraram em contato comigo.
Bjos e Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/627444/chapter/3

Por Lissa Dragomir.

Mesmo fazendo parte de uma das doze famílias da realeza de nosso mundo sobrenatural onde naturalmente de alguma forma você é extremamente especial e têm créditos valiosos no círculo da parte que cuida das leis e ordens base nunca imaginei como ser Rainha era algo tão extremamente cansativo de administrar quando via a forma perfeita que a falecida Rainha Tatiana Ivashkov lidava aparentemente tão facilmente com tal responsabilidade, porém depois de finalmente completar oficialmente 11 meses e meio que eu havia assumido o trono Real tinha que admitir ao menos em silêncio que estava começando a me acostumar com toda a responsabilidade e pressão que era constantemente jogada em meus ombros todos os dias a pouco tempo e ficava impressionada com a forma que pessoas muito mais velhas do que eu sentiam-se incrivelmente desconfortáveis ou mesmo intimidadas quando estávamos em reunião ou numa simples conversa entre membros Reais, além disso não importava o quanto eu estivesse exausta ao final do dia, não tinha preço entrar em casa e dar de cara com meu lindo noivo Moroi fazendo o nosso jantar - algo que na verdade havia se tornado um hábito uma vez que Christian estava fazendo faculdade de Gastronomia agora no campus das imediações Reais por minha causa e então nossa imensa cozinha e as panelas eram basicamente responsabilidade dele.

– O cheiro está realmente muito bom, dá para sentir assim que sai do elevador e vira o corredor Chef Ozera. O que vamos jantar dessa vez amor? - Perguntei assim que entrei na cozinha tendo uma bela visão das costas definidas de Christian.

Dois anos de namoro e um mês de noivado oficialmente completos. Era realmente incrível como o tempo passava voando e mesmo assim quando eu estava nos braços de Christian o mundo parecia congelar só para nós dois aproveitarmos a companhia um do outro. Era uma sensação que não se têm explicação, só mesmo quem vive algo assim sabe como funciona e o quanto isso faz com que a alma se sinta completa.

O passado obscuro dos pais de Christian quando ambos simplesmente sucumbiram ao lado mais obscuro e cruel que alguém pode assumir ao se tornar o que mais tememos, os amaldiçoados Strigois... A morte dos meus pais e meu irmão dois anos mais velho André que geral era um babaca como a maioria dos Morois homens de sua idade, porém comigo ele era totalmente diferente que a maioria dos irmãos, contávamos tudo um para o outro desde sempre, quase nunca brigávamos pra valer e ele mesmo que raramente admitisse tinha Rose como sua irmã piralha a qual ele também protegia o tempo todo e de tudo sempre que podia... Bem, para resumir nada causado pelos desastres em nossas vidas foi realmente o suficiente para destruir a chama que acenderia o que estávamos vivendo naquele exato momento. Muito pelo contrário, indo contra todas as possibilidades imagináveis criadas pelo distino nossas fraquezas nos tornaram muito mais fortes do que pensávamos ser possível e nossa amizade também pouco provável aos olhos de muitos foi o toque final para que nos descemos conta de que nossas vidas somente seriam verdadeiramente completas se estivéssemos juntos enquanto a vida pudesse permitir.

– Ravióli de Cogumelos e vinho branco para acompanhar, também tem sobremesa especial meu amor. Sorvete de morango com calda de hortelã e canudos de chocolate; seus favoritos. Toma um banho pra esquentar o corpo, eu ainda vou arrumar a mesa. Dá tempo. -Disse ele desligando o fogo e virando-se para juntar nossos lábios e então me abraçando.

– E as crianças? - Perguntei o soltando e sorrindo quando ele me ajudou a tirar o pesado casaco de inverno. - Eu me sinto muito mal quando tenho que passar o dia todo fora e deixar vocês sozinhos em casa.

– Estão muito bem, não precisa se preocupar com eles desse jeito meu amor. Marie está começando a tentar andar sem a ajuda dos móveis agora, descobri que ela ama comer abacate com leite em pó e quase nunca dá trabalho pra dormir como o irmão dela. Lucas finalmente está se alimentando muito melhor depois que a médica mudou a dieta dele e eu estou de férias da faculdade. -Disse ele com um sorriso lindo e bobo nos lábios que em geral sempre acontecia quando falávamos dos nossos pequenos e então quando seus olhos se voltaram para mim havia preocupação tomando conta das feições dele. - Dificilmente me engano quando leio o seu rosto meu anjo, nesse momento você parece preocupada com alguma coisa, quer conversar a respeito disso?

– Eu não... Talvez. É, talvez você possa me ajudar a entender o que exatamente está acontecendo antes que eu fique maluca... Só que primeiro eu quero tomar um banho bem quente de banheira e colocar alguma coisa mais confortável que não incluam saltos. Conversamos no jantar. - Beijei os lábios dele mais uma vez e então sai rumo ao banheiro.

– Veste a minha camisa preta, você ama dormir com ela. Sem contar que fica absurdamente sedutora. -Ouvi ele falar da cozinha com a voz doce e um tanto maliciosa.

Franzi a testa de frustração com as palavras dele assim que entrei em nosso quarto e abri o guarda-roupa; praticamente todas as roupas de Christian naturalmente eram igualmente pretas; somente algumas peças tinham alguma nuança de vermelho e azul Royal. Resumindo, eu jamais encontraria a camisa que ele estava falando.

– Você tem quase um guarda-roupa todo só de roupas pretas Christian Ozera. Ser mais específico ajudaria muito agora na minha busca. -Falei revirando os olhos mesmo que ele não pudesse me ver fazendo aquilo.

– E você provavelmente têm razão, mas acontece que eu só tenho uma que você gosta de dormir meu amor, aquela de manga curta de algodão. -Disse ele com a voz saindo meio estranha por ser misturada a uma risada. -Eu já deixei ela separada no banheiro para você.

– Obrigada querido, eu te amo. - Falei caminhando para o banheiro com um sorriso.

Banho. Palavra tão pequena, mas que poderia fazer um efeito monstruoso na maioria das pessoas, era um momento onde eu poderia relaxar e refletir sobre tudo que havia feito durante meu dia corrido, porém naquele momento não era nada disso que estava me deixando verdadeiramente incomodada. Havia algo extremamente errado com a Rose mesmo que ela não tenha digo ou mesmo percebido em si mesma, algo que poderia ser realmente muito perigoso e para piorar tudo eu conhecia os sinais, mas por mais que estivesse me esforçando para entender não conseguia lembrar o que significava. Aquela mancha incomum rosada na aura dela tinha um significado específico e muito importante, mas o que diabos era mesmo?

Segurei as laterais da cabeça com as duas mãos puxando os cabelos para cima de irritação afundando mais o corpo para dentro da água com espuma de rosas, que coisa não lembrar o que estava acontecendo estava me deixando seriamente irritada comigo mesma. Por fim quando me dei conta de que não chegaria a lugar algum com aquela briga mental desliguei a água e enrolei meus cabelos numa toalha antes de vestir um roupão, então fui me trocar com um dos meus moletons velhos favoritos e a camisa preta de Christian, sequei meus cabelos até ficarem perfeitamente lisos e secos, sai do banheiro encontrando meu amor me esperando na porta cozinha.

– Você está linda assim meu amor. -Disse ele me puxando para os braços dele num abraço cheio de amor e saudade.

– Mentiroso, eu estou de pijama, sem maquiagem e descalça depois de passar o dia todo usando saltos de 12cm. -Falei rindo e batendo no braço dele devagar para me soltar. -Sem contar que estou com fome.

– Não tenho culpa por você ser linda a qualquer momento e circunstância do dia... Ou da noite. -Disse ele dando de ombros fazendo cara de quem não estava ligando depois me puxando para a cozinha pela mãos onde tudo já estava arrumando para jantarmos -Vamos comer antes que esfrie demais, por favor.

Na cozinha a mesa de jantar estava linda como sempre desde que havíamos nos mudado, nos sentamos e começamos a comer em silêncio.

– Christian... -Pousei meu garfo no prato e o encarei com a expressão preocupada.

– Já aviso que, seja lá o que você estiver pensando em dizer, eu sou inocente. -Disse ele após tomar um longo gole do vinho e sorrir de um jeito que raramente acontecia. - Brincadeira. Fala meu amor.

– Estou ficando realmente muito preocupada com a aura da Rose de uns tempos pra cá. -Falei encarando os desenhos da toalha da mesa. Eram rosas vermelhas; eu amava rosas.

– Como assim meu anjo? -Perguntou Christian parando seu garfo no meio do caminho para me olhar de um jeito perturbador, afinal ele e Rose eram amigos agora e então obviamente ele também se preocupava com ela tanto quanto eu me preocupava. - O que você viu de diferente nela? A aura dela está preta de novo?

– Não, muito pelo contrário. Está dourada brilhante como de costume, mas da última vez que a vi tinha uma camada fina cor de rosa que eu não lembro o que significa mesmo que já tenha visto em algum lugar. -Falei encarando os lindos olhos dele provavelmente com a mesma careta de frustração que assumi quando estava sozinha no banheiro.

Christian desfez sua expressão preocupada e sorriu de um jeito estranho como se eu tivesse acabado de dizer algo óbvio e então percebi que realmente já conhecia aquilo antes.

– O que foi agora Ozera? -Perguntei começando a ficar seriamente impaciente por ele estar me olhando daquele jeito.

– Até onde eu sei do que você e Adrian me explicam, a maioria das auras são naturalmente douradas, assim como a minha, a sua e de qualquer outro ser sobrenatural. Adrian me contou uma vez que a sua mudou de cor também num momento muito especial das nossas vidas. Lembra quando foi que aconteceu? -Christian sorriu novamente e então bebeu o restante do próprio vinho de uma só vez.

– Mudou quando eu fiquei... Ah meu Deus. -Falei levantando da mesa num pulo quando finalmente entendi o que de fato estava acontecendo. - Christian! A Rose está... Meu Deus!

– Exatamente o que está pensando minha preciosa. - Christian confirmou com a cabeça e um belo sorriso ainda maior que o anterior. -Só que no caso da Rose é uma cor só, pobre Belikov.

– Como assim Christian? Porque "pobre Belikov"? -Perguntei franzindo a testa ao começar a colocar os pratos na pia.

– Fala sério meu amor, uma Rose Hathaway já é insuportável o suficiente para existir... Uma versão em miniatura é um verdadeiro pesadelo. -Disse ele fazendo cara de pavor fingido antes de explodir em risos. -Que foi? Calma, é brincadeira.

– Idiota, ninguém sabe o sexo de um bebê no início da gravidez Christian, só depois dos 4 meses. Acha que o Belikov já descobriu também? Aliás, como exatamente isso aconteceu? -Perguntei ficando preocupada de imediato com a situação. -Quer dizer, Rose é Dhampir e Dimitri também. Não têm como isso ter acontecido.

– Talvez... Pelo que conheço da Rose, ela não parece ser o tipo de mulher que guardaria algo assim para si mesma... Ainda mais porque não envolve somente ela. -Disse Christian ao se virar para a pia para lavar a pequena louça do jantar. -E se está pensando que ela pode ter traído o Belikov, eu acho isso totalmente impossível e até ridículo de acontecer, ela é louca pelo Belikov e não faria nada que pudesse machucá-lo; não desse jeito. Têm que haver outra explicação lógica para isso.

A discussão sobre minha Dhampir e sua possível gravidez em potencial terminou ali, então finalmente nos deitamos, porém ainda levantei umas três vezes durante a madrugada para ter certeza de que meus pequenos estavam bem.

Pela manhã a primeira coisa que fiz foi solicitar uma reunião particular com Rose para saber de uma vez por todas o que de fato estava acontecendo. Me arrumei com uma calça preta, uma blusa de frio amarela e botas e então como era domingo iria recebê-la em casa juntamente com meus pequenos.

A campainha da frente tocou duas vezes e então fui atender com Lucas no meu colo que por sua vez estava brincando com meu cabelo enquanto Christian terminava de dar banho em Marie que havia se sujado com sua papinha de fruta.

– Majestade. -Rose me recebeu com uma pequena reverência em respeito a minha posição de Rainha e sorriu ao ver meu pequeno em meus braços. - Hey. Nossa, ele está lindo e enorme.

– Por favor, entre Rose. -Falei dando passagem e fechando a porta em seguida. -Christian está com Marie lá dentro terminando de se arrumar.

Nos acomodamos na sala de visitas que honestamente era o meu lugar favorito de toda a casa, Christian chegou com uma Marie chorona vestindo um lindo macacão vermelho de inverno e então passei Lucas para Rose para poder pegar minha princesinha.

– Hey Fogaréu é estranho admitir isso, mas é realmente muito bom te ver. -Disse Rose fazendo uma curta reverência em sinal de respeito a ele por ser da realeza.

– Digo o mesmo de você, Guardiã Hathaway, é bom ter você na equipe de novo depois de tanto tempo. Além disso, alguém têm que chutar o traseiro dos maus e idiotas por aqui. -Christian sorriu para Rose sentando ao meu lado.

– E então Lissa, qual o motivo da reunião de emergência essa hora da manhã? -Perguntou Rose sem me olhar uma vez que toda a sua atenção estava voltada para meu filho em seus braços brincando com seu cabelo.

– É sobre a sua aura que vamos falar, por isso te chamei aqui em casa, porque imaginei que ficaríamos mais a vontade para conversar a respeito do que eu vi e estou vendo nesse exato momento em você. Agora eu tenho alguma ideia do que pode estar acontecendo e pensei que talvez você quisesse conversar a respeito disso. -Disse a ela ficando séria ao me encarar com seus intimidadores olhos verdes esmeralda.

– Vou polpar a sua saliva real Majestade, sim eu estou grávida e Dimitri é provavelmente o pai mais babão e fofo do mundo sobrenatural e humano. -Disse Rose abrindo um largo sorriso e alisando a barriga levemente. -Um mês e meio.

– Ah meu Deus! Eu sabia, eu sabia, eu sabia! Quero ser a madrinha e não aceito um "vou pensar", como resposta. -Falei levantando e então Christian pegou Lucas dos braços de Rose para que eu pudesse abraça-la. -Esse vai ser o bebê mais mimado da Corte, isso eu te garanto.

Soltei Rose e começamos a formar teorias de como aquilo poderia ter acontecido e como as coisas ficariam a partir de agora que ela seria mãe, então finalmente a dispensei quando seu celular tocou pela segunda vez em 2 minutos, era Dimitri preocupado.

– Dimitri está vindo me buscar aqui no apartamento de vocês daqui 5 minutos, tudo bem pra vocês? -Perguntou Rose me olhando com seriedade típica de Guardiã.

– Claro que sim Rose, não se preocupe em ficar sem graça, Dimitri também é de casa garota. Além disso, o Christian está fazendo o almoço pra gente hoje; lasanha de camarão com molho especial e salada. Então vocês poderiam se juntar a nós se quiserem. -Falei enquanto colocava Marie e Lucas em seus berços para dormirem um pouco.

Antes que Rose pudesse responder ouvimos a campainha da frente tocar e então as vozes de Dimitri e Christian se pronunciarem na sala de visitas, então fomos nos juntar aos dois.

O almoço foi baseado numa conversa tranquila e descontraída a maior parte do tempo, depois enquanto Christian lavava os pratos Rose secava em silêncio vez ou outra conversando banalidades entre si com relação a nossa vida de noivos e pais de primeira viagem assim como ela também seria. Fui para a sala afim de pegar algumas taças para que tomassemos suco natural e em seguida senti uma segunda pessoa atrás de mim.

– Pensei que acharia estranho ver a Rose sendo mãe um dia, porém acho que fica mais esquisito tentando visualizar você trocando fraldas sujas e preparando mamadeiras de madrugada. -Comentei virando-me para Dimitri com a expressão preocupada quando não obtive respostas diante das minhas palavras. -No que exatamente está pensando agora Belikov?

– Que você têm toda razão com o que está dizendo Majestade, aliás eu também tenho sérias dúvidas sobre eu ser ou não um bom pai no futuro. As vezes eu chego a pensar que não sou bom namorado para Rose, não como deveria pelo menos, afinal de contas tantas vezes eu prometi protegê-la e foram sob essas mesmas promessas que ela quase morreu várias vezes nos últimos dois anos. -Disse Dimitri com a voz séria e expressão dura de Guardião, fazendo-me ficar seriamente irritada com tal atitude.

– Dimitri, ano que vêm Rose fará 19 anos completos. Você a treinou muito bem na época da St. Vladimir e isso não é segredo pra ninguém, ela é uma ótima Guardiã agora graças a boa parte disso, deve confiar no trabalho que fez o bastante para entender que a vida de vocês gira em torno de correr riscos o tempo todo. -Falei me aproximando devagar até parar bem ao lado dele para assim poder estudá-lo e tentar entender o que exatamente estava o incomodando de verdade. - Não é isso que te apavora de verdade. Não é mesmo? Tem um motivo ainda maior que não quer admitir, mas que ainda está aí dentro em algum lugar te deixando realmente apavorado.

– Não. Não é só isso que está me incomodando Majestade. -Disse Dimitri abaixando a cabeça e suspirando num sinal de luta interna que basicamente beirava o desespero e a vontade de desabafar, mas sendo quem era, eu sabia ou ao menos conseguia imaginar o quanto aquilo era realmente muito difícil pra ele.

– Qual é, você me conhece a quase 2 anos. Pode me chamar de Lissa e isso não é exatamente um pedido e também pode me contar o que está te apavorando desse jeito, por favor. -Falei parando bem na frente dele e puxando seu rosto para cima ao modo que pudesse encará-lo nos olhos, eu tinha razão, ele estava realmente muito mal por dentro. -Beli... Dimitri! Olha pra mim, somos amigos agora. Me conta o que esta acontecendo.

– O meu pai era um Moroi, visitava a Rússia uma vez por ano. Ele gostava de bater na minha mãe, quando eu cresci o bastante gostava de bater nele. Ele parou de visitar. -Respondeu Dimitri por fim me olhando com o mesmo desespero de antes, só que aparentemente numa proporção um pouco mais perigosa que anteriormente e eu não sabia se me sentia aliviada por ele confiar em mim o bastante para se abrir, ou se ficava preocupada por estar mexendo no que parecia ser uma ferida bem antiga e monstruosamente enraizada na alma dele. - Eu sou o mais velho dos filhos de Olema Belikova, além de ser o único homem formado, tirando meu sobrinho com 13 anos que atualmente ingressou na St Blazio. Quando era menor costumava me trancar no quarto com a Rebekah que na época tinha uns 5 anos e escondia Victória ainda bebê embaixo da escada do quarto por segurança. Ficávamos embaixo da cama da minha mãe ouvindo os gritos do meu pai e o barulho das coisas sendo quebradas. Um dia depois que fiz 10 anos eu simplesmente cansei de não fazer nada, então abri a porta... Enquanto batia no meu pai já caído no chão bastante machucado eu senti uma mistura de alívio, ódio e medo que até hoje não consigo explicar. Porque eu sabia que uma parte de mim sempre seria exatamente como ele não importa o quanto eu disesse a mim mesmo o contrário. E eu tinha razão por pensar desse jeito, posso nunca ter machucado Rose fisicamente de propósito como ele fazia com a minha mãe, mas tenho medo de não conseguir ser um bom pai para o nosso bebê, assim como Samuel Drosdov não foi para nenhum dos filhos.

– Porque exatamente você está me contando isso agora? -Perguntei franzindo a testa ficando totalmente confusa com as palavras dele naquele momento, porém entendendo tudo logo em seguida. -Ah fala sério. Dimitri com todo o respeito ao seu passado, mas isso é completamente ridículo, você não é o seu pai nem de longe. Jamais será igual ao que ele foi ou é. Primeiro por saber o que você quer ser e como quer que lembrem de você no futuro, pelo que você têm com a Rose, quer dizer... Um amor assim é incrivelmente raro de acontecer e quando acontece acredito que não se desfaz por qualquer coisa e então vem a última coisa; o bebê. Você está ao lado de Rose e do seu bebê e dúvido que alguma parte de você se sente incomodado com isso. Deixa o passado pra lá, está na hora de viver o presente. Com a Rose e o filho de vocês.

– "Os Moroi vêm primeiro", eu não fiz as regras do nosso mundo Lissa, mas isso não significa que posso ignorá-las ainda mais sendo quem sou. -Disse Dimitri me encarando com a expressão mais calma que antes, o que já era algo muito bom mesmo que sua voz ainda estivesse marcada por algo ruim.

– As vezes independente de quem você é ou o que você faz é preciso se colocar em primeiro lugar Belikov, isso não conta exatamente como quebra de regra se quiser saber, é apenas natural e muitas vezes inevitável de acontecer, mesmo que poucos concordem com isso. -Disse Christian com a voz baixa e calma.

Virei o corpo ao mesmo tempo que Dimitri e então demos de cara com Rose e Christian lado a lado na porta nos olhando com atenção e curiosidade.

– Estão parados aí quietos a muito tempo? -Perguntou Dimitri novamente assumindo uma postura mais rígida.

– Não o bastante Camarada, isso eu posso lhes garantir. Não precisam se preocupar, juro que não ouvimos muita coisa Camarada e nem ouvirei mais agora. Está ficando tarde e temos que fazer algumas coisas antes que algum Guardião nos convoque para alguma reunião de última hora ou coisa do tipo, vamos pra casa, por favor? -Perguntou Rose se aproximando então ficando ao lado de Dimitri com um pequeno sorriso.

– Claro, o que você quiser meu amor. -Disse Dimitri caminhando para a saída.

Sorri com a linda cena a minha frente, eles eram realmente prefeitos juntos e agora com um bebê a caminho tudo sem dúvida seria muito mais mágico e intenso para os dois.

Nos despedimos com um longo abraço, assim que eles saíram fui para o escritório resolver algumas coisas adiantado para que eu não ficasse tão sobrecarregada pela manhã, porém o silêncio que se formou na casa foi grande o bastante para me deixar curiosa e fazer uma busca por meus pequenos e o amor da minha vida. Não precisei ir muito longe para localizar os três, Christian estava deitado em nossa cama com os dois dormindo no berço ao lado, sorri apagando a luz e encostando a porta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hey e aí galera? Gostaram desse capítulo? Se gostaram comentem para eu saber se estou fazendo um bom trabalho e se não gostaram façam o mesmo para que eu possa melhorar.
É o seguinte, algumas pessoas que acompanham a fanfic gentilmente vieram me procurar porque não entenderam muito bem de onde parti para o enredo de Laços da Alma, devido a isso prometi que explicaria na postagem desse capítulo o que está acontecendo para que fique registrado uma orientação fixa onde ninguém vai poder alegar que eu sou uma autora que faz as coisas no modo "doidona sem coerência"...
Vamos lá, como eu já havia explicado algumas vezes nas notas finais e na resposta de alguns comentários de vocês que não são fantasminhas essa fanfic é continuação da minha outra fanfic intitulada "Academia de Vampiros - Escuridão do Espírito" Então não vai fazer muito sentido vocês lerem aqui sem ter lido a outra primeiro.
Outra coisa, eu não tenho dia ou horário certo para as postagens, então por favor mesmo que eu demore vou postar sempre que possível.
Beijos e até o próximo capítulo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Academia de Vampiros - Laços da Alma" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.