A Filha de Roma e Grécia escrita por Wondy


Capítulo 21
Jason - Camarãozillas amigáveis


Notas iniciais do capítulo

Hey divosas!
Atenção para o ataque: A MEU JOHN LENNON DO CÉU MINHA FANFIC TEVE MAIS TRÊS FUCKING RECOMENDAÇÕES! TRÊS! ESTOU SURTANDO, TENDO UM INFARTO! VOCÊS QUEREM ME MATAR, SÓ PODE!!! Meus deuses, vocês são o máximo!!!!! Eu amo vocês, sério! Esse cap é dedicado à Mia Geffer, Blacker e Sarie pelas recomendações mais do que maravilhosas que quase mataram a Tia Wondy de tanta felicidade! É muito bom saber que vocês estão gostando tanto da fic, estou chorando de felicidade!
Agora as explicações: Eu não pude postar essa semana por que deu um temporal sinistro na minha cidade, o que fez minha internet bugar geral. Não funcionava e tivemos que ligar para um cara vir arrumar, mas ele levou UMA SEMANA INTEIRA para vir arrumar o wifi... e, já que eu amo muito todos vocês, eu estou postando esse cap no exato momento em que a internet foi restaurada. Espero que me perdoem pelo atraso.
E esse cap é narrado pelo meu maninho insensível, Jason! Enjoyyy!



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O dia já estava mais do que péssimo. Eu, Frank e Leo ficamos dando voltas pelo museu cheio de espíritos sem achar absolutamente nada. Mas, como tudo que já é ruim sempre piora, Frank não conseguiu controlar os fantasmas confederados, ou seja, fomos perseguidos por fantasminhas nada camaradas pelas ruas de Charleston. Maravilha, não acha?

E, por que sempre piora, tivemos que lutar contra os romanos que estavam atrás de nós, deixando mais do que claro que somos inimigos de Roma! Coisa que nós definitivamentenão somos. E fica pior – que ótimo dia esse, não? -, eu e Percy juntamos nossos poderes para acabar com os romanos depois que Hayley teve um ataque. Os gritos dela ainda ecoavam em minha mente: “Faça parar!” ela gritava. Eu admito que fiquei assustado – embora nunca direi isso em voz alta.

No momento, eu e Percy nos encontrávamos na enfermaria do Argo II, pois a ação heróica minha e dele acabou minando nossa energia. Minha cabeça girava e eu não conseguia distinguir quem estava a minha frente.

– Jason – Reconheci a voz de Piper. – Fique parado.

– Não estou me mexendo – consegui resmungar. Era verdade, pois eu nem conseguiria mesmo, meus membros pareciam estar moles.

Senti mãos em meus ombros e só então percebi que estava caindo para o lado.

– Está se mexendo mais do que Michael Jackson em um show de dança – Uma voz que reconheci sendo de Annabeth comentou, divertida.

Aos poucos minha visão voltou ao normal, fazendo com que a mancha marrom e laranja na minha frente se tornassem uma Piper preocupadíssima. Ela pousou uma esponja em minha testa, e só então notei que eu estava encharcado de suor.

– Ei, consigo ver você agora – falei, abrindo um sorriso fraco que logo se tornou uma careta. Ela riu.

– Você deve estar cansado, Jason – comentou ela. – Gastou tanto de sua energia... – Percy pigarreou. – Você também, Percy – Piper se corrigiu.

Percy se levantou num salto.

– Hayley! – exclamou ele, aproximando-se da cama onde a garota loira azulada – isso existe? – inconsciente estava. – Ela está bem? – perguntou, virando-se para Annabeth.

– Está tudo normal com ela, como se nada nunca tivesse acontecido – informou ela, tirando uma mecha de cabelo do rosto de Hayley.

– O que será que aconteceu? – Piper se perguntou, chegando perto da cama.

Percy deu de ombros.

– Ela pediu para fazer a dor parar – informou ele. – Na verdade, ela implorou.

Hayley agiu de forma muito estranha. Ela gritava para fazer a dor parar e para eles – seja lá quem eles sejam – calarem a boca. O jeito que ela gritava de dor era assustador, como se estivesse sofrendo o pior tipo de tortura possível.​

Talvez ela realmente estivesse.

*****

– Eu já disse que estou bem, Percy! – Hayley empurrou o irmão para que saísse da sua frente.

– Mas você estava gritando tanto... – insistiu ele. Hayley suspirou e segurou os ombros de Percy.

– Maninho, eu me sinto como se tivesse acabado de tomar doze energéticos e não me lembro de nada sobre essa dor de cabeça sinistra que eu tive – ela falou como se estivesse conversando com uma criança de seis anos de idade. – Eu. Estou. Bem. Agora me deixe sair dessa enfermaria, esse clima de hospital me deixa enjoada.

Percy saiu do seu caminho e ela atravessou a porta correndo.

– Ás vezes eu esqueço que ela tem só quatorze anos – murmurou ele, observando Hayley ser esmagada por Hazel no corredor.

Suspirei.

– Hayley é muito mais madura comparada às outras garotas da idade dela – ponderei.

Era verdade, Hayley é definitivamente mais madura para a idade dela, ela é uma garota que sabe a realidade e não fica sonhando acordada com príncipes encantados, apesar de ter um otimismo enorme. E, praticamente vive para defender os amigos, até mesmo quem ela não conhece, como Nico. [Wondy: Sabe de nada, inocente!]

– Já pediu desculpas à ela? – perguntei. Percy me olhou confuso. – Você sabe, por causa de Nico.

Ele balançou a cabeça negativamente.

– Nem eu – revelei. – Acho que ficar de mal com ela pode ser perigoso.

Percy assentiu, distante.

Levantei-me.

– Vamos fazer uma reunião no refeitório para discutir sobre o mapa que Annabeth encontrou.

Percy assentiu novamente e subimos para o refeitório em silêncio.

Piper e Annabeth tinham nos deixado na enfermaria para descansarmos um pouco. Eu dormi por umas duas horas, e quando acordei Percy estava sentado ao lado da cama de Hayley, dormindo com a cabeça apoiada no colchão. Ele ficou muito preocupado.

Não sei o que eu faria se Thalia ficasse daquele jeito. Bem, eu surtaria por dentro, mas pareceria totalmente equilibrado e seguro por fora. Eu admiro as pessoas que conseguem agir do modo que pensam, eu não consigo.

Sempre segui as regras, fui criado seguindo regras e, provavelmente, morrerei seguindo regras. No Acampamento Júpiter eu era pretor, ou seja, eu precisava seguir regras. Eu adoro aquele lugar, é claro, afinal é o meu lar, mas muitas coisas lá me incomodam um pouco. Eu nunca falei nada, mas sempre pensei que poderíamos dar alguma função para os faunos, como no Acampamento Meio-Sangue onde os sátiros são protetores.

Tenho certeza que se eu contasse essa minha ideia à Reyna, ela riria e elogiaria minha piada. Afinal, faunos são criaturas extremamente preguiçosas, não é? Era o que eu pensava até ir para o Acampamento Meio-Sangue, onde conheci Grover e outros sátiros que enfrentavam todo tipo de perigos para ajudar os meios sangues a chegar ao acampamento a salvo.

– Precisamos conversar sobre o mapa – falei, sentando-me à mesa do refeitório. Os semideuses ali sentados me encaravam. Só Leo, Hazel e o Treinador Hedge não estavam presentes.

Annabeth foi a primeira a se manifestar, procurando algo no bolso da calça jeans:

– O mapa é bem complexo, mas acho que consigo... – começou ela, tirando o disco de bronze celestial do bolso. – Está em branco! – exclamou ela, examinando o mapa.

Hayley puxou-o das mãos dela.

– Isso não é possível!

Então as duas começaram uma conversa envolvendo propriedades mágicas e estatísticas de névoa. Eu consegui entender algumas coisas, mas o resto...

– Ou talvez o mapa seja igual a Marca de Atena – Annabeth falou mais para si mesma do que para os outros.

O que é a Marca de Atena? – interrompeu Frank, inclinando-se para frente. – Vocês vivem falando disso, mas nunca nos contam o que é.

– É uma estátua – respondeu Hayley. – A razão para o ódio entre Gregos e Romanos.

Annabeth me encarou por alguns segundos.

– Você não parece muito surpreso – concluiu ela, desconfiada.

Talvez por que eu não estava. Existe uma história entre os pretores do Acampamento Júpiter que fala sobre a Marca. Sempre achei que fosse apenas uma história, sabe? Não sei por que não comentei nada, poderia ter ajudado.

– Existe uma história entre os pretores romanos – contei. – sobre uma estátua que é a razão do ódio entre romanos e gregos. O nome dela é Atena Partenos. Ela costumava ficar no Parthenon, mas, quando Atenas foi saqueada, ela desapareceu completamente. Os gregos culparam os romanos, e desde então romanos e gregos se odeiam mortalmente.

Lembro-me de quando Reyna me contou essa história pela primeira vez. Eu achei besteira, quero dizer, como os romanos conseguiriam mover uma estátua imensa em tão pouco tempo? E, mesmo que tivessem conseguido, onde a teriam escondido?

– Bem, não tão mortalmente assim – ponderou Frank. – Afinal, aqui estamos nós.

– Por que nunca me contaram isso? – perguntou-se Percy.

– Você foi pretor por... quanto tempo? Uns dois dias? – perguntei.

Percy enrubesceu.

– Mais ou menos isso.

– Reyna só me contou essa história depois de um mês de pretoria – contei.

Hayley rolou os olhos.

– Olha, esse fato foi mesmo fascinante – comentou, irônica. –, mas podemos falar sobre o que é realmente importante?

Assim que ela terminou a frase o navio tombou para o lado. Um barulho não humano horrível ecoou pela sala e eu caí no chão. Fiquei atordoado por alguns segundos, mas consegui recobrar meus sentidos rapidamente.

– Mas o quê... – ofeguei, recobrando o equilíbrio.

Hayley se levantou e correu para a porta sendo seguida por Percy, Annabeth e eu.

Quando chegamos no convés, Leo estava xingando em espanhol, Hazel estava encolhida num canto, parecendo enjoada e o Treinador estava gritando “morra!”.

Frank foi correndo até Hazel, abraçando-a de lado e levando-a para onde estávamos, fazendo com que ela se distanciasse da amurada. Ela parecia poder vomitar a qualquer momento.

Percy gritou:

– Camarãozilla!

Olhei para além da amurada, para o mar, bem a tempo de ver a coisa.

A criatura era do comprimento do navio. À luz da lua, parecia uma mistura de um camarão gigante e uma barata. Tinha uma concha quitinosa e a cauda achatada (se é que eu poderia chamar aquilo de cauda) de um lagostim. A criatura se chocou contra o Argo II, fazendo com que eu precisasse me segurar para não cair, mas foi em vão. Caí de cara.

Levantei-me cambaleante, olhando para o mar a tempo de observar a cabeça do monstro emergir. Meus deuses. A cara era rosada e uma floreta de tentáculos viscosos e nojentos brotavam de cada narina, criando o nariz mais cabeludo que eu já tive o desprazer de ver. Era simplesmente horrendo.

Lembrei de quando eu costumava comer camarão e bagre nos jantares do Acampamento Júpiter. Agora a lembrança me dá ânsia de vômito.

Leo estava lutando contra os controles de videogame e o Treinador Hedge batia no monstro com seu bastão de beisebol gritando “morra!”. Não parecia surtir nenhum efeito no camarãozilla, mas eu precisava admitir que a coragem do Treinador é impressionante. Ou a burrice.

O monstro golpeou o navio outra vez. Eu, Annabeth e Percy rolamos para boreste e quase fomos lançador sobre a amurada.

– Esse é o navio mais bem projetado do planeta, não um saco de pancadas, sua floresta amazônica de tentáculos! – berrou Leo, irritado. Quase caímos no mar e ele preocupado com o navio?

O monstro marinho se chocou contra o Argo II novamente, fazendo com que Leo começasse a xingar em espanhol. O Camarãozilla emitiu um som sôfrego, semelhante à de uma baleia, porém muito mais alto e perturbador. Parecia estar chorando.

O som foi tão alto que fez com que eu tampasse meus ouvidos.

– Para com isso! – berrou Hayley, aproximando-se da amurada, ficando cara a cara com o Camarãozilla. – Ter perdido a caça de hoje não te dá o direito de destruir navios alheios! Acha que é a única que tem problemas? Nós estamos navegando direto para nossas mortes e fingimos não notar isso, mas não ficamos destruindo navios por causa disso!

Um barulho mais alto ainda saiu da garganta do Camarãozilla.

– Como assim por que não voltamos? – questionou Hayley, como se tivesse entendido o monstro. – Porque o mundo depende de nós! Se voltarmos será o fim!

Ela parecia estar entendendo perfeitamente o que o Camarãozilla dizia, pois toda a vez que o monstro “falava”, Hayley respondia prontamente. Olhei para Percy e Annabeth, que pareciam estar tão surpresos e confusos quando eu.

– Olha, meu nome é Hayley Bennet, sou filha de Netuno e neta de Atena, posso te ajudar. – Sua voz parecia calma e tranquilizadora, como se fosse uma terapeuta falando com um paciente.

O monstro “respondeu”.

– Ok Cristy, precisa me dizer exatamente onde está essa lasca – avisou ela. O Camarãozilla tem nome. A Camarãozilla tem nome. Cristy tem nome. E ela tem uma lasca. Super normal.

Cristy respondeu como se estivesse chorando. Uma gosma verde escorria de seus inúmeros olhinhos minúsculos.

– Hum – Hayley assumiu uma expressão pensativa, então deu um tapinha na amurada. – Coloque aqui.

O navio inteiro balançou quando Cristy pousou a nadadeira esquerda na amurada. Tinha um pedaço de madeira do tamanho de uma mesa cravado em sua pele. Sangue escorria e se misturava com as algas que estavam pesas em sua nadadeira.

Hedge colocou o bastão por cima do ombro, assumindo posição de ataque. Todos víamos a cena embasbacados. Hayley estava dando uma sessão de terapia para um monstro marinho do tamanho do Argo II. Hayley estava entendo o monstro marinho do tamanho do Argo II. Hayley estava ajudando o monstro marinho do tamanho do Argo II.

Ela tirou o cinto, que se transformou numa espada de ouro imperial no mesmo instante. O monstro emitiu um grito assustado ao ver a lâmina e começou a se debater.

– Tudo bem! – gritou Hayley. – Não vou machucar você!

Cristy relaxou.

– Leo! – chamou Hayley. – Me ajuda aqui!

Leo se aproximou hesitante. Hayley tocou a ponta da lâmina na “lasca” e Leo a ajudou a puxar a espada para cima, fazendo o pedaço de madeira se descolar da nadadeira de Cristy.

O monstro marinho gritou.

Leo e Hayley empurraram o pedaço de madeira até que o barulho de algo se chocando com a água soasse pelo ar.

Cristy emitiu um guincho contente e mergulhou na água, voltando à superfície após um tempo fazendo acrobacias no ar.

O monstro marinho voltou à amurada do navio, e empurrou com a cabeça alguma coisa em direção à Hayley. Emitiu um som que mais parecia um golfinho e voltou à mergulhar, mas dessa vez não emergiu.

O que Hades foi isso? – A voz de Leo estava um pouco mais fina do que de costume.

– Isso foi uma Camarãozilla com um pedaço de madeira gigante cravado na nadadeira. – respondeu Hayley.

– Você entendeu o que ela disse? – Percy parecia embasbacado.

Hayley franziu a testa.

– Você não?

– Não!

A expressão dela se tornou mais confusa ainda.

– Como eu consegui e você não? – ela perguntou.

Annabeth os interrompeu:

– O que ela te disse?

Hayley deu de ombros.

– Para ter cuidado com um tal de Crisaor, quando entrarmos no Mare Nostrum. – respondeu ela. – Cristy disse que ele é o melhor espadachim do mundo e tem uma armada de golfinhos ambulantes. É melhor no prepararmos. Golfinhos são muito assustadores. – comentou, sarcástica.

Apontei para o objeto não identificado que estava na mão de Hayley.

– E o que é isso? – perguntei.

Ela levantou a mão, fazendo com que eu conseguisse identificar o objeto. Era uma concha mesclada de vários tons de azul. O tipo de concha que só conseguimos encontrar em vidro numa loja de decoração.

– Um presente – Hayley respondeu. – Por tê-la ajudado, sabe?

Um riso escapou dos lábios de Hazel.

– Notaram o que acabou de acontecer? – questionou ela, rindo.

Logo todos nós estávamos rindo. Rindo não, gargalhando. Não consigo me lembrar da última vez em que me senti tão à vontade assim antes com meus amigos. Acho que, pela primeira vez, eu sentia que realmente tenho amigos.

Pois é, ás vezes lutar contra monstros marinhos gigantes é legal.


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Notas finais do capítulo

Entãããão???? O que acharam? gostaram? odiaram? Querem matar a GVT, pois ela é o motivo dos caps terem atrasado??
AINDA ESTOU SURTANDOOOOOOOOOO



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