A Filha de Roma e Grécia escrita por Wondy


Capítulo 12
Annabeth - Um pouco sobre a história de Hayley Bennet


Notas iniciais do capítulo

Hello divosas lindas do meu corasón!
Estou muito ansiosa com esse cap, por que vocês finalmente vão descobrir sobre o passado da nossa diwa HayHay!
HALLELLUJAH(sei lá se é assim que se escreve¬¬)!!!
Esase é o cap que vai fazer com que Annie Linda e HayHay Diwa se aproximem bastante.
E infelizmente Nico Dlç ainda não vai aparecer, mas eu prometo que quando ele aparecer o cap vai ser beeeeeeem grande.
(Nico: Bom mesmo que seje!)
Enjoy



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A expressão de Hayley foi o que bastou para confirmar que eu estava certa.

— Você é como a Hazel, não é? – A frase saiu mais parecendo uma afirmação do que uma pergunta.

Hayley continuava paralisada no lugar e não parecia nem respirar.

— Você sabe que pode confiar em mim – falei, tentando parecer o mais calma possível.

Hayley, porém, assumiu uma expressão de desentendida e olhou para mim como se eu estivesse louca, mas pude ver o medo em seus olhos por mais que ela escondesse muito bem.

— Eu não faço ideia do que você está falando – disse ela. Se não fosse pelo fato de Percy mentir exatamente igual à ela, eu nem teria desconfiado que ela não estaria falando a verdade.

Olhei para ela com minha melhor cara de: “Really, bitch? Really?”.

— Você não me engana, Hayley – falei e ela desviou o olhar. – Só para sua informação, Percy mente igualzinho a você.

Ela continuava sem olhar para mim. Suspirei irritada. Por que ela se recusava a admitir? Ela não fez nada de errado! Bem, eu acho que ela não fez.

— Muito bem – quebrei o silencio, fazendo com que ela olhasse para mim. – Eu sei que você é como a Hazel. Não precisa esconder de mim algo que eu já sei.

Ficamos em silencio outra vez, mas dessa vez quem o quebrou foi ela.

— Não pode falar à ninguém o que vou te contar agora – Seus olhos estavam cheios de desespero.

— Eu prometo – falei, enfatizando cada palavra.

Hayley suspirou de alívio.

— É melhor você se sentar. – aconselhou ela.

Sentei-me na minha cama atrás de mim e Hayley se sentou na cadeira da escrivaninha. Ela parecia bem mais relaxada agora. Inclinei-me para frente esperando que ela começasse a falar.

— Eu... morri em 1943 – começou ela, hesitante. - Eu e meu irmão, Arthur, estávamos fugindo da gangue italiana Los Bambinos. – Quanto mais ela falava, mais parecia confortável e relaxada. – Estavam atrás de nós por causa que Arthur tinha visto algo que não devia. Por causa disso fugimos por anos, mas eles sempre nos achavam. Até que chegamos à Alemanha. Lá conseguimos identidades falsas e acabamos ficando por ali vivendo como se fossemos alemães. Naquela época eu nem sabia da existência de deuses ainda. Ficamos na Alemanha por dois anos, até que eles nos acharam. Eles se disfarçaram de soldados nazistas, e espalharam para todos que éramos judeus. No mesmo dia, soldados arrombaram nossa casa e nos levaram para uma igreja, junto de outras pessoas que eles consideraram judeus. – Nessa hora os olhos de Hayley ficaram marejados. – Trancaram todos nós lá dentro e colocaram fogo. 

Eu estava boquiaberta. Como Hayley deveria ter sofrido com isso! Viver a vida toda fugindo e se escondendo, com medo de serem pegos.

— Quando cheguei ao mundo inferior – continuou ela. - Fui mandada para o Elísio com meu irmão. Por muito tempo, tudo ficou perfeito, até que meu irmão decidiu ter uma nova vida aqui encima. – Meus olhos se arregalaram. – Ele não sabia o que estava fazendo, não sabia que iria esquecer de tudo. Quando descobri, eu tentei fugir. Quase cheguei ao ponto de embarque do Mundo Inferior, mas as almas me pegaram antes que eu pudesse atravessar. Foi aí que o Sr. H me mandou para o campos Asfodelos...

— Sr. H? – interrompi, confusa.

— Hades – explicou Hayley – Quando cheguei lá, conheci a resistência. Almas que se recusaram a esquecer quem eram e descobriram um jeito de continuar a se lembrar. Traçamos tantos planos de fuga que eu cheguei a perder a conta. Quando vi já era minha quadragésima quinta ida até o palácio do Sr. H e ele já estava começando a considerar a ideia de me explodir quando conheci Perséfone. Ela me tirou de várias encrencas e antes de me avisar que a Morte tinha sido acorrentada e que eu poderia fugir agora, ela me deu isso – disse Hayley, apontando para o colar em forma de romã que ela tinha no pescoço. – Ela disse que quando eu estivesse em perigo ela me ajudaria por meio dele. Então fugi.

— E Hades não suspeitou? – perguntei confusa, já que se ela tinha ajudado à libertar Tânatos. Se ele a visse era de se esperar que a levasse de volta ao Mundo Inferior.

Hayley deu de ombros.

— Tânatos disse que eu não estava na lista de fugitivos, assim como Hazel – disse ela, suspirando. – Entende agora?

— Mais ou menos – revelei. – Quero dizer, e daí que você é uma alma? Pelo que ouvi, você não fez nada de errado! Por que tem tanto medo de contar à Percy a verdade?

Ela soltou um suspiro cansado.

—Você não entende, Annie – murmurou ela. - Eu fiz coisas erradas sim!

Olhei para ela totalmente confusa.

— Tipo o que?

— Eu matei cada um dos Bambinos que vieram atrás do meu irmão – revelou ela, elevando a voz. Ela parecia nervosa, como se essa não fosse toda a verdade. – A única razão de eu não ter ido para os Campos de Punição, foi por que os jurados reconheceram que fiz aquilo para proteger Arthur.

— E Percy vai reconhecer isso também – retruquei.

Hayley me olhou derrotada.

— Tudo bem! – exclamou ela. – Mas eu não estou pronta para falar isso à ele ainda.

Balancei a cabeça afirmando. Devia ser muito difícil para ela ter que conviver com isso.

— E você ficou sabendo da existência dos deuses quando? – perguntei, mudando de assunto.

— Um tempo depois de nos instalarmos na Alemanha, Netuno apareceu para mim e me contou a verdade. Ele me deu esse anel. – respondeu ela, levantando a mão para mostrar o anel de rata com a forma de um tridente. – Ele disse a mesma coisa que Perséfone quando me deu isso.

Balancei a cabeça distraidamente.

— E quanto aos desenhos? - perguntei, mais curiosa do que jamais fiquei.

— Eu já disse, eu desenho o que sonho – respondeu ela. – Eu sonhei com Nico e com o lugar onde ele estava – Tive a sensação que ela estava escondendo alguma coisa, mas depois de tudo que ela me contou, decidi deixar para lá.

— Mas você já tinha sonhado com ele antes. – Afirmei.

— Sim.

— Como foi?

Ela deu de ombros, tentando parecer indiferente.

— Não me lembro muito bem, mas acho que ele se tele transportava para lugares pelas sombras. – respondeu ela, franzindo a testa.

Fazia sentido, já que Percy já tinha me contado que Nico podia fazer isso. Mas por que isso seria tão importante a ponto de Hayley sonhar com ele?

Eram tantas perguntas, mas diante do que Hayley já tinha me contado, achei melhor não bombardeá-la com perguntas sobre um assunto tão difícil para ela.

Olhei para o relógio e notei que já tinha passado muito do horário de recolher que o Treinador Hedge tinha instalado em todo o navio.

— Acho que você precisa ir para cama agora. – comentei, e Hay seguiu meu olhar até o relógio.

— Tem razão – concordou ela, e, antes que eu pudesse ter qualquer reação, ela me abraçou.

Percebi que era a primeira vez que eu a abraçava e percebi também que era a primeira vez que eu e Hayley tivemos uma conversa de verdade. Ela confiou a mim o segredo que ela tanto tinha medo que até o próprio irmão descobrisse.

Claro que se eu não tivesse cobrado a verdade dela, ela nunca teria me contado, mas ela também poderia ter só negado e saído pela porta.

Mas ela não fez isso.

Ela confiou em mim.

— Obrigada – sussurrou ela antes de se afastar e sair pela porta. Pude ouvir seus passos contra a madeira do corredor.

Peguei no sono com um sorriso no rosto, pois eu finalmente tinha conhecido de verdade minha sobrinha.


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Notas finais do capítulo

Como eu já disse antes, eu amo todos os reviews que vocês deixam e sempre respondo todos que eu consigo!
Bjsss da Wondy



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