Regina estava na sala de espera ela havia ficou surpresa quando a enfermeira disse que Emma estava chamando por Alice, com um certo receio ela permitiu que a filha entrasse quando essa prometeu que não pretendia brigar com a irmã.

Alice já havia entrado fazia um tempo, e Regina queria saber o que se passava naquele quarto, mas ao notar a aproximação de Whale e Kale, ela meio que esqueceu da preocupação que sentia quanto a conversa das duas, pelo pouco que notou observando ainda de longe pode notar a postura nervosa e o semblante aflito dos médicos.

–Regina precisamos conversar com vocês.-Foi Whale quem tomou a iniciativa enquanto Kale estava com a cabeça baixa .

–O que a minha filha tem é grave mas tem tratamento não tem?-Perguntou Regina assustando a todos com as suas palavras.-Vocês não estariam cheios de dedos se não fosse algo sérios a única coisa que me interessa saber é se há tratamento e quando vamos começar?

–Então Regina o que Emma tem é de fatograve e requer cuidado, e nos vamos começar a tratar imediatamente, eu quero que você saiba que ela vai ter o melhor tratamento.

–Ok eu preciso saber o que minha filha tem?-Robin se pronunciou pela primeira vez desde que Whale começou a falar.

–Ela tem leucemia aguda o que é pouco comum, já que é uma doença que geralmente ataca homens entre a idade média e avançada.- respondeu o médico para o pai da menina.

Regina que até então tentava se manter forte desabou em lágrimas sendo amparada pelo abraço do pai, a aquela altura todos estavam chocados, ninguém ali conseguia entender como menina tão cheia de vida como Emma estava padecendo de uma doença tão devastadora, no entanto todos sabia que teriam que ser fortes pois Emma precisaria de todos eles mais do que nunca .

No quarto em que Emma e Alice estavam o clima era o total oposto do que na sala de recepção as meninas, riam ao se recordarem de bons momentos que passaram juntas, as meninas também riam do tempo em que ficaram sem se falar sobre como elas sentiam vontade de falar uma com a outra. As meninas pararam de rir no momento em que seus pais entraram, elas viram pelo olhar deles que a situação era crítica, mas tudo piorou quando Robin ao olhar para a filha mais nova deixou que uma lágrima solitária escorresse por sua face, Regina segurou a mão do marido buscando dar apoio.

–Tio o que minha irmã tem?

–Ally a Emma tem leucemia aguda, vai ser duro e difícil o tratamento , mas tem tratamento.

Alice ficou chocada ela não sabia como reagir ou o que falar, ela olhou para Emma e a menina não demonstrava emoção alguma, apenas encarava hora os médicos hora seus pais, eles tentavam explicar todos os detalhes do tratamento .

–Filha fica calma vai ficar tudo bem eu prometo.-disse Regina se aproximando da cama e acariciando os cabelos de Emma.

–Eu sei mamãe eu não estou com medo.-disse Emma tentando parecer forte porém o mamãe que era algo que a menina não usava desde a infância a delatava.

–Filha olha seu tio é médico sua tia enfermeira, e você é filha de Regina Mills e Deus sabe como essa mulher é teimosa, então princesa fique calma que eu tenho certeza que vamos superar tudo isso.

–Eu sei pai não tenho dúvidas disto.-Respondeu a menina com um sorriso no rosto.

–Eu sinto muito orgulho de você viu minha neta, dessa força que você está demonstrando.- Henry falou para a neta .

–Gente então apenas um de vocês pode ficar, a paciente tem de descansar.-disse Whale.

–Mãe eu posso ficar?-perguntou Alice.

–Não filha eu ia ficar com a sua irmã seu pai tem plantão hoje então...

–Mãe deixa a Ally ficar.-pediu Emma.

Regina sabia que não podia dizer não para a filha, pelo menos não hoje, mas ela e Ally voltarem a se falar era algo recente e ela não queria se separar da filha.

–Amanhã tem aula...

–Mãe eu não vou para a escola amanhã eu não quero ir, e...

–Ally você é menor de idade eu nem sei se isso e permitido...

–Regina eu vou ficar de plantão hoje eu troquei para monitorar a Em deixa a Ally ficar, eu fico de olho nelas afinal quando elas eram crianças eu era a babá, mas Ally só pode ficar se prometer que vai a aula amanhã.-disse Kath .

Regina se sentia esgotada, então acabou aceitando, ela foi para casa. Assim que chegou ela foi tomar banho e depois foi até a adega, passando pela cozinha ela ela pegou uma taça e foi para o seu quarto, com um álbum de fotos nas mãos Regina se permitiu beber e chorar, folheando aquelas páginas ela foi revivendo cada momento feliz que passou ao lado da filha. Ela sabia que sua filha não iria morrer imediatamente, sabia que havia chances e que a menina tinha a oportunidade de lutar, mas só o fato dela ter que lutar por sua vida já a assustava, pois toda luta por menor que seja dá margem para uma derrota.

Não demorou muito e Robin chegou em casa, ele viu sua esposa no quarto dormindo agarrada a um álbum de fotos, havia meia garrafa de vinho no criado mudo ao lado da garrafa uma taça com apenas dois dedos do liquido vermelho dentro, ele sabia que em algum momento sua esposa iria fraquejar, ele via através daquela máscara forte que ela demonstrou no hospital. Robin se aproximou e com cuidado retirou o álbum das mãos dela pegou uma manta para cobri-la.

Aos poucos Regina despertou e viu Robin a cobrindo.

–Não queria acordar você.

–Não tem problema, você não tinha plantão hoje?

–Tinha mas eu troquei com o David não estou com cabeça para trabalhar, sei lá é capaz de eu atirar em alguém...

–Calma está tudo bem, vai ficar tudo bem.

–Regina para...

–Amor eu...

–Regina eu mandei parar, chega para de fingir que você ta bem com isso.

–Eu estou bem.

–Não você não está bem disseram para você pra gente hoje que a nossa filha pode morrer, eu sei que você está mal, andou chorando e você não está bem isso é um fato quer você aceite ou não mais quer saber? Você precisa ficar bem, não fingir que está bem enquanto está mal, precisa ficar bem de verdade, porque se não uma hora vai ser demais e você vai desabar e nenhum de nós pode desabar.-disse Robin se deitando ao lado de Regina.

–Eu... Eu a nossa filha Robin...-Regina não se conteve mais ela apenas deitou no peito do marido e ali na segurança dos braços dele se permitiu chorar sem ressalvas pela segunda vez naquela noite.

Enquanto isso no hospital Alice observava a irmã, ela percebeu que Emma estava distante não havia derramado uma lágrima sequer, não havia reclamado de forma alguma e aquilo a assustava.

–Em você ta bem?-perguntou tentando fazer a irmã falar.

–Levando em consideração que eu estou morrendo eu estou bem.-Emma respondeu tentando brincar.

–Emma você não está morrendo está doente sim mais não está morrendo.-Falou se aproximando mais da cama.

–Leucemia aguda Ally quais as chance...

–Emma para você não vai morrer porque a gente não vai deixar.

–Eu...-Emma começou a falar mas sua viz ficou embargada ela então parou e engoliu o choro ainda que seus olhos estivessem cheios de lágrimas.

–Para Em não tenta ser forte, você é igual a mamãe, você não precisa ser forte , você tem a todos nós para sermos fortes por você, você pode chorar sentir raiva o que for, pode ser frágil porque o nosso trabalho é cuidar para que você não quebre não importa o quão frágil você esteja.-disse Ally afagando os cabelos da irmã.

Emma começou a chorar, Ally então subiu na cama se deitou com a irmã e a abraçou.

–Eu não quero morrer Ally... Eu estou com medo e não quero morrer.-Emma dizia de forma entrecortada devido ao choro.

–Você não vai morrer nós não vamos deixar.-Alice disse também com lágrimas nos olhos.

–E se eu não tiver força o suficiente para vencer isso?

–Ai faremos da mesmo forma que fazemos sempre desde o seu primeiro dia de aula na escola, juntas amigas, irmãs sempre juntas somos mais fortes assim e Emma em momento algum pense que você está sozinha porque você não está.

Alice continuou abraçada a irmã até que as duas dormiram e foi assim que Kath as encontrou quando foi checar a sobrinha, e ela não pode evitar sorrir ao notar que a velha cumplicidade das sobrinhas havia voltado, ela não resistiu e tirou uma foto, e depois as cobriu e saiu do quarto para deixar que as sobrinhas descasassem principalmente Emma pois sabia que o dia seguinte seria longo e forte para a loirinha de olhos verdes.