As coisas estavam indo bem na mansão de nº 108, Emma e Alice não podiam estar mais felizes, a menina já havia se habituado a viver com Regina mas ainda a chamava de tia de forma meio receosa, a morena queria que a menina se sentisse a vontade para chama-la do que achasse melhor mais achou melhor não tocar no assunto, e deixar que o tempo resolvesse aquela questão.

Já faziam três semanas desde o dia em que Regina e as meninas haviam decorado o quarto. Emma já havia retirado o gesso e podia retornar a escola , Robin estava planejando fazer uma surpresa para a morena, para o que tinha em mente ele precisou da ajuda de todos, Kath, Emma, Alice e até mesmo Henry ajudaram o rapaz, a princípio ele não sabia o que fazer mas com ajuda de todos ficou tudo bem legal.

Emma e Alice estavam na escola, as meninas estavam animadas sobre o que aconteceria naquela tarde , quando Peter apareceu. As meninas fizeram o possível para se afastar do menino mas, não foi possível pois ele já muito perto :

–Oi meninas.- Disse o menino meio sem graça.

–Oi. –as meninas responderam de forma receosa.

–Eu queria pedir desculpas para a Emma.- disse o menino sem graça.

–Só desculpo se você prometer que não vai mais me chamar de baixinha. -respondeu a menina com a voz firme.

–Ta bom vamos brincar?- perguntou o menino.

–Vamos mas se você implicar com a minha irmã eu vou bater em você depois contar para a tia .- disse Alice de forma ameaçadora para o garoto se pondo na frete de Emma.

–Que bom que não vai contar por seu pai eu tenho mais medo dele , ele tem uma arma.- Respondeu o menino de maneira sincera.

–A gente não tem pai.- foi Emma quem respondeu desta vez .

–Não e o xerife?- perguntou o menino confuso.

– Ele é nosso tio e namora mamãe.- Respondeu Emma.

–Ele parece seu pai.

Disse o menino deixando tanto Emma quanto Alice confusas mas, não por muito tempo pois logo as meninas já haviam esquecido e foram brincar com os outros, parecia que ter caído da árvore havia feito Emma ficar legal da noite para o dia e o fato de Peter estar brincando com elas, também ajudou bastante , como Alice era a nova irmã de Emma e as meninas sempre viviam grudadas Alice também fez mais amizades.

O sinal tocou e Kath estava a espera das meninas assim como Robin, já estava tudo programado, eles arrumariam as meninas e depois elas ajudariam a dar os toques finais no lugar para que Robin pudesse surpreender Regina, Robin ajudou Kath com as mochilas das garotas e as levou para casa, como as meninas iam apenas tomar banho e se vestir , o rapaz viu que não poderia ajudar em nada então foi até o Granny’s e comprou comida para as garotas, Kath e para ele. Quando chegou notou que Kath havia acabado de dar banho nas meninas e as duas estavam sentadas aguardando enquanto viam Tv e conversavam animadamente entre si.

Kath estava arrumando a comida que Robin havia trago , as meninas se sentaram assim que a loira terminou de arrumar tudo, elas adoraram o frango mas não ficaram muito contentes em ter que comer os legumes , isso claro não foi problema pois Robin prometeu levá-las para comer soverte desde que elas não contassem para a mãe.

Almoço encerrado Robin levou as meninas para tomar sorvete enquanto Kath se adiantou e foi para o local onde ocorreria a surpresa , para já ir organizando, afinal Robin só teve a ideia do local o resto do plano foi arquitetado e montado pela loira, assim que chegaram na sorveteria as meninas escolheram seus sorvetes, Emma pediu um de flocos e Alice de morango, enquanto Robin se deliciava com um de menta com gotas de chocolate. Tudo estava correndo bem até que Emma fez uma pergunta;

–Tio Robin?-Chamou a menina desviando a atenção pela primeira vez do seu sorvete.

–Fala princesa.

– Você é nosso pai?- Perguntou a menina de maneira natural e fazendo o rapaz engasgar.

–O...O que ?-O rapaz perguntou em choque.

–A Em perguntou se você é nosso pai?- Alice refez a pergunta agora também encarando Robin.

–Porque essa pergunta agora princesas?

–O Peter disse que tem medo de você por que pensou que você era nosso pai.

–Ah tá então vamos fazer assim...

Robin conversou mais um pouco com as meninas e resolveu aquela situação, depois de mais alguns minutos de conversar eles foram se encontra com Kath e os outros, ele organizaram tudo o que estava faltando e esperaram dar o horário, quando chegou a hora eles chamaram Regina.

Kath e Henry já haviam ido embora restando apenas Emma e Alice e o próprio Robin a prefeita chegou em seu carro, ela sabia exatamente onde era aquele local, ali havia sido seu primeiro encontro com Robin e ali também era o refúgio que ela procurava quando se estressava com o rapaz ou quando queria simplesmente sumir, o lugar estava lindo, decorado exatamente da mesma forma que estava em seu primeiro encontro, a única diferença é que diferente de seu primeiro encontro não haviam folhas secas espelhadas pelo chão por ser verão e não outono, mas Kath havia dado um jeito nisto, havia pétalas de rosas vermelhas o que dava sem dúvidas um ar mais romântico ao ambiente, as lanternas caseiras ainda estavam lá apagadas apenas para decorar pois inda não havia anoitecido, na verdade estava próximo do pôr do sol. Regina olhou para frente ainda deslumbrada com a decoração e lá estava ele de pé vestido da mesma forma que no primeiro encontro deles com uma rosa vermelha nas mãos.

–Obrigada ela é linda.- disse Regina pegando a rosa.

–Bem de nada foi apenas uma sobra das que estamos pisando.- brincou o xerife, fazendo a morena sorrir.

–Ah ok mas me diz o que é tudo isso? –Perguntou a morena levantando os braços.

–Estou recriando a noite do nosso primeiro encontro.- Disse Robin como se fosse óbvio.

–Não sou nenhuma especialista mais não precisaria estar de noite para isso?- brincou a morena.

–Sim precisaria mais ai meinha equipe de garçons não poderia nos servir.- disse o rapaz em um tom sério mas com um sorrido nos lábios.

–Ok então vamos jantar logo antes que perca seus garçons.

Robin conduziu Regina até o gazebo e como da última puxou a cadeira para que a morena se sentasse, e então chamou os garçons.

–Garçons por favor.

Foi então que a morena ficou ainda mais emocionada Alice vinha com uma bandeja vazia nas mãos e Emma com uma jarra de plástico com água, ambas bem vestidas e vestindo avental, aquela visão fez o coração de Regina parar, a morena estava muito feliz e quando finalmente se recompôs disse:

–Vou te denunciar por abuso infantil. -brincou a morena.

–Ok meninas venham.- Robin chamou, e depois chamou Ashley para que realmente servisse o jantar, e trouxesse cadeiras para as pequenas.

O jantar transcorreu de maneira suave e divertida os quatro se divertiram bastante, quando o sol estava se pondo e o céu adquiriu aquele lindo tom alaranjado Robin fez a pergunta que ansiou a noite inteira para fazer.

– Olha eu te trouxe aqui e fiz tudo isso com a ajuda das pessoas que você ama por que eu queria te fazer uma pergunta. – Robin estava nervoso e isso não passou despercebido pela morena.

–Sim pode falar. -disse a morena segurando a mão de Robin para deixá-lo confortável.

–Bem eu percebi que sou um homem forte, muita coisa já aconteceu comigo sabe, coisas boas e ruins e você , as meninas sem dúvida alguma foram as melhores, eu estive pensando em quanto um ser humano é capaz de suportar, e eu vi que na minha vida eu podia perder quase tudo e sobreviver e reconstruir tudo de novo mas, eu percebi também que você e as meninas são meu quase, não dá mais para viver sem vocês, eu sei que nunca tentei mas não estou disposto a tentar para descobrir, e então despois de toda essa descoberta eu fiz tudo isso para pedir que você aceite ser minha esposa. -disse um Robin nervoso enquanto tirava do bolso uma caixinha de veludo preta , fazendo Regina chorar de emoção.

–Eu meu Deus sim eu aceito claro que aceito, eu te amo .-disse a morena beijando o rapaz.

–Agora sim já podemos te chamar de Pai.? –perguntou Emma.

Regina ficou chocada com a pergunta da menina mais a resposta de Robin aqueceu seu coração.

–Sim princesa agora pode. - disse fazendo as duas meninas rirem bastante.

A noite começava a cair e Regina tinha certeza de ter tudo o que sempre sonhou, o amor de uma família de verdade.