Regina estava acabada, a dor que sentia parecia não ter fim, havia perdido tudo o que era importante e o que não era, mais recentemente havia sido despojada de seus reino, perdendo assim seu título de rainha para Branca de Neve. E o pior de tudo era ver que Branca estava feliz, Regina a odiava, odiava com todas as suas forças, não por ela ter lhe tirado seu reino, isso pouco importava na verdade o que alimentava o ódio de Regina era o fato de, por culpa de Branca ter perdido que lhe era tão importante, ter perdido seu amor, Daniel estava morto Regina jamais o veria e saber que hoje Branca se casaria e seria feliz para sempre com seu amado fazia seu sangue ferver. Regina não deixaria isso assim ela havia planejado uma vingança a altura, estava apenas a espera do momento certo.

Finalmente havia chegado o momento, ela estava no palácio, todos da Floresta Encantada estavam celebrando o casamento de sua nova rainha com seu futuro rei, a alegria emanava em ondas do local da celebração e aquilo deixava Regina enjoada e ainda mais enfurecida, se não fosse por aquela mulher a essa altura já estaria casada também com o único homem que realmente amou, quando chegou a hora a rainha fez sua entrada triunfal, ficou satisfeita com que viu, era medo o que sentia e via nos olhos daquelas pessoas, os sorrisos logo deram lugar a expressões aterrorizadas, aquilo era bom ela então se apressou em chegar a seu destino em momento algum olhou para os lados, seu olhar estava firme, encarava o olhar de sua inimiga e não vacilou em momento algum, foi prazeroso ver a dor e o medo ainda que mascarado que havia nos olhos de Branca, foi quando Regina viu algo que havia passado despercebido por seus olhos sedentos por vingança, ela olhou sua inimiga como um todo e então ela viu porque Branca temia, sua inimiga estava grávida, carregava dentro de si o fruto do amor que tinha com seu príncipe, e por pior que ela fosse jamais mataria uma criança inocente porém, sua pose se manteve não vacilou, proferiu suas ameaças como de costume e saiu deixando-os de sobre aviso sobre a maldição que pretendia lançar.

Regina estava em seu castelo, andava de um lado para o outro pensando numa solução já haviam se passado dois meses desde o casamento, seus objetivos haviam sido alcançados todo o reino temia sua maldição, todos estavam feito loucos em busca de uma solução, mas, era de conhecimento geral que não haveria solução para tal maldição, Regina estava se divertindo com isso porém, algo a atormentava, a criança, o tempo continuava passando, a criança logo nasceria, por mais ódio que sentisse não era capaz de machucar uma criança inocente.

Finalmente havia se decidido por lançar a maldição assim que a criança nascesse, pois assim teria certeza que não a machucaria, Regina estava se preparando para lançar a maldição, a regra era clara ela tinha de abrir mão daquilo que mais amava, certo ela amava seu pai mas, o que mais amava não era ele, era Daniel e por mais que ele a muito tempo já não estivesse mais aqui ela o seguiu amando, amava sua memória e o que ele despertava nela, a inocência que ele trazia a sua vida , ela estava pronta para abrir mão disto, das únicas coisas que ainda lhe aproximavam dele, do corpo dele que ela havia usado magia para preservar, e da aliança que ele havia comprado para o casamento deles.

O grande dia havia chegado, rumores corriam por todo o reino, a rainha estava sentindo as dores do parto, logo a princesa nasceria, eles agora sabiam que a princesa era a salvação, que caso fosse poupada da maldição, retornaria e salvaria a todos, aquela informação já havia chegado aos ouvidos da rainha má é claro, e indo contra todo que planejou, soube que tinha de se livrar da criança, por mais que esse não fosse seu plano inicial.

Após lançar a maldição Regina partiu para o palácio, sabia que aquela decisão era difícil, mas não havia outra opção a criança tinha de morrer. Quando finalmente chegou ao palácio temeu ser tarde demais, pois seu palácio era muito longe do de Branca, ela preferiu não usar magia pois queria adiar o máximo possível o que teria de fazer. Branca estava deitada em sua cama quando Regina entrou no quarto, havia sangue em sua cama e pela expressão cansada notava-se que a criança já havia nascido, Regina não viu o marido de sua enteada ali por isso supôs que ele estivesse com o bebê, Branca notou a presença de sua madrasta no quarto e logo, seu espírito de luta fez com que se rebelasse.

-Acabou Regina, Emma está a salvo.

-É o que veremos querida.

-Não adianta mais Regina, Emma como eu disse antes já está segura, nesse exato momento David deve estar colocando-a em um portal que a levará daqui.

-Então é isso? A princesa...Digo rainha amorosa e perfeita, mandou a sua própria filha para Deus sabe lá onde , sem nenhuma garantia de que ela ficaria bem?

-Eu...

-Você tem razão talvez eu não precise fazer nada você vai acabar matando sua filha sozinha querida.

Dizendo isso Regina saiu do quarto deixando para trás uma Branca desesperada, Regina precisava encontrar David, precisava terminar o que começou, nunca gostou de contar com a sorte pois, a duras penas aprendeu que essa não era nem nunca foi sua aliada.

Não demorou muito e Regina encontrou David, não foi uma tarefa muito difícil pois o jovem rei estava batalhando com seus guerreiros, bastou seguir o som metálico das espadas, ela ficou por um tempo observando, era admirável a coragem e a garra com a qual o rei defendia sua menina, mas infelizmente a garra e coragem do rei não bastaram, ele estava em desvantagem, sem seus soldados ele não tinha como vencer, ele foi ferido no braço, mesmo assim não deixou a criança cair, continuou batalhando até ser ferido no ombro caindo mas, tomando cuidado para não machucar a menina ao cair, se arrastando até o guarda roupas, ela viu o rei abri-lo, o móvel começou a brilhar tendo certeza que ali era o tal portal ela resolveu intervir, com um movimento de pulso a menina veio parar em seus braços, ela era linda seus cabelos dourados característica que puxou do pai, seus olhinhos eram verdes assim como os de Branca, e sua pele também era de um branco pálido como o da mãe. Ao olhar naqueles olhinhos inocentes Regina teve certeza que não conseguiria ir em frente, ela se apaixonou pela garota a primeira vista, pouca importava que Emma estava destinada a ser sua ruína, ela já amava aquela criança. Branca veio com dificuldade até seu marido, com a intenção de impedi-lo porém ao ver sua filha nos braços de Regina se desesperou.

-Solte-a seu monstro.- Esbravejou a mais jovem.

-Monstro eu? Como foi capaz de deixá-la depois de tê-la em seus braços? Como foi capaz de mandá-la para o desconhecido , sem nenhuma certeza que ela estaria bem? Como ousa se chamar de mãe? eu não a gerei e não deixaria que corresse tal risco, e ainda tem o desplante de me chamar de monstro.

-Regina por favor …

Antes que Branca pudesse falar algo, uma nuvem roxa as envolveu, Regina apenas apertou Emma mais par si e então tudo ficou preto.