Apenas uma garota... escrita por Luana Nascimento


Capítulo 8
Capítulo 8 - Ações feitas e não feitas


Notas iniciais do capítulo

Ok, chegamos em um ponto decisivo da história e quero combinar algo no final do capítulo. Por ora, espero que gostem :)



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O que diabos eu estou fazendo aqui?

Essa foi a primeira pergunta que me fiz ao enxergar através da janela da casa de Jaden. O porquê da minha pergunta? Bem, talvez se eu explicar o que vi...

Jaden tocava violino na sala. Um autêntico concertmaster. Ele tocava uma melodia familiar... Too Much Heaven, eu acho. Seus pais dançavam com expressões divertidas, assim como o violinista tocava com olhar maroto e um sorriso meio torto. Sem adoção. Sem mexer os pauzinhos para uma adoção impossível. Sem uma batida na cabeça. Sem problemas.

Repito: o que diabos eu estou fazendo aqui?

Eu tinha mesmo ido ali revelar algo que podia perfeitamente ser fantasia e quase que estragava a harmonia daquela família. Como eu podia ser tão insensível?

Tenho que admitir um fato doloroso: ao ver aquela família daquele jeito, tão feliz e unida, me lembrei da minha própria família que era assim nas raras vezes que meu pai tinha ido me visitar naquele meio tempo de dezesseis anos da minha não tão nobre existência.

No meu aniversário de quatro anos, meu pai e eu fomos ao Stanley Park. Eu gostava de ficar olhando para o céu e, mais tarde, fiquei pensando o quanto de ilusão de óptica tinha ali. Algumas pessoas recorrem àquelas imagens bizarras, antigas e sinistras para verem isso, mas elas não enxergam que, para ver uma legítima ilusão de óptica, é só deitar-se no chão e olhar para o céu com aquelas nuvens passando a 150km/h sem que ninguém notasse tanta velocidade.

Adele rodopiou nos braços do marido.

Eu ficava vendo aquela ilusão de óptica no colo do meu pai, sobre seu tórax. Querendo ou não, senti falta do tempo em que pensava que o céu era suficientemente perto para que eu conseguisse pegar uma nuvem. E eu sempre tentava. Minhas recordações são de erguer as mãos para cima, na tentativa de saber como era pegar em uma nuvem. Pode parecer estranho ou clichê, não sei se todo mundo pensa isso, mas eu pensava.

Eu tinha uma família perfeita. Isso foi arrancado de mim e não tive como dizer não. Embora fosse legal ser criada só pela mãe, talvez quisesse algo tão impossível quanto tocar em uma nuvem.

E o que isso tinha a ver com o que eu tinha ido fazer?

Eu não queria destroçar a vida de Jaden como a minha foi destroçada um dia.

Óbvio que seria por motivos diferentes, mas, mesmo assim... senti as lágrimas descerem pelo meu rosto. Aquela lembrança foi tão doce e tão amarga que senti o mundo girar mais rápido por um momento. Estava na metade da música quando Jaden parou de tocar e riu. Saí dali, voltei para a minha casa. Meu rosto estava banhado em lágrimas e eu sentia a culpa pesar dentro de mim.

Subi a escadaria e me joguei na minha cama. Oh, meu Deus... Eu não podia continuar com os sonhos e muito menos com os desenhos. Eu precisava atirar. Ignorei o pedido da minha mãe, peguei folhas de papel, escrevi meus problemas neles. Coloquei minhas botas preferidas, peguei minha balestra e fui para o bosque.

Quando cheguei ao seu início, fui a uma parte do bosque que fazia muito tempo que não ia. Subi pacientemente em cada árvore, coloquei cada folha na ponta de cada galho. Quando acabei, peguei um dardo e mirei.

Eu sonhava com a morte de uma garotinha que não conhecia. Riip. O dardo atravessou uma folha. Eu sabia muito da vida do meu mais novo vizinho. Raasg. Um buraco perfeito formou-se em outra. Eu tinha sonhos malucos com vidas malucas de pessoas sem esperança. Crash. Atirei em um galho onde havia uma folha e ele foi ao chão.

Em pouco tempo, fui deixando de atirar no restante das folhas e fui atirando em qualquer árvore, em qualquer galho. Quando fui notar, os dardos acabaram. Ótimo. Era o meu último estoque. Deixei meus joelhos dobrarem e sentei-me no chão. Bacana. Eu havia atirado como uma louca, fingindo que os meus problemas simplesmente eram rasgados com a folha. Aquela terapia não estava mais dando o mesmo resultado para mim.

Suspirei, levantei-me e voltei para a minha casa. Só então notei que meu estômago estava louco de fome. Subi as escadas, tomei banho, troquei de roupa, desci, comi, voltei para o meu quarto e fiz minha garganta rosnar de insatisfação. Lá ia eu fazer as tarefas de casa da semana, sendo que metade daquilo eu não iria usar para a minha vida. A não ser que você seja tão louco por triângulos retângulos que goste de aplicar um teorema de Pitágoras a cada vez que vê um.

Depois de fazer aquilo tudo, me joguei na cama novamente. Suspirei. Droga.

**********************************************

Algumas horas depois, eu estava pronta para ir à festa de Cindy. Vestia com um vestido tomara-que-caia preto que ficava justo em meu corpo, meu cabelo estava solto e usava um salto agulha. Passei delineador nos meus olhos. Ah, minha mãe já havia chegado a nossa casa. Ela gritou lá de baixo:

— Shelly, René chegou!

— Mande-o subir! – berrei de volta. Terminei a maquiagem justamente na hora em que René entrou no meu quarto.

— E aí, Shelly? Wow! Estás linda, hein, mademoiselle?

— Gentil como sempre, René. – agradeci sorrindo.

— Uh... você fez aquilo?

Sentei na minha cama e baixei minha cabeça.

— Não tive coragem. Ele tem uma família tão bacana... – parei de falar, pensativa. Concluí: – Não tenho como fazer isso. Não posso.

— Tudo bem. Agora vamos! Temos uma festa para ir.

Francamente, não estava com a mínima coragem de ir para aquela festa, especialmente depois daquele rápido diálogo, mas com René eu não tinha escolha. E, quem sabe, eu não me divertisse? Meu dia não podia piorar, certo?

— Claro. – concordei dando um sorriso forçado. Peguei o presente que eu daria a Cindy e nós descemos as escadas. Encontrei minha mãe sentada no sofá.

— Shelly, vê se não chega muito tarde.

— Tudo bem, mãe.

— E Shelly?

— Diga.

— Vê se não exagera.

Dei uma piscadela e saí de casa.

Algo sobre René: Ele era um bom amigo, mas não tenho certeza se fiz certo em contar sobre meus sonhos a ele. Claro, ainda estava tudo em segredo, contudo ele não entendia. Não posso culpá-lo. Nem eu os entendia.

Quando cheguei à porta da casa de Jaden, toquei a campainha. Jaden abriu a porta com seu habitual sorriso de canto. Vestia uma camiseta polo, tênis, calça jeans.

— Olá. – ele cumprimentou.

— Oi, cara. – cumprimentei de volta com a palma deslizante e um soco no final.

— Olá. – René disse estendendo uma mão.

— Vamos? – chamei.

— Ah, claro. – ele concordou pondo o celular no bolso. Gritou lá para dentro: – Mãe, eu estou indo! Tchau, beijo!

— Espera...

Ele fechou a porta.

— Você não vai falar com sua mãe? – indaguei.

— Acredite, se ela for falar, chegaremos à festa no fim dela.

René conteve uma risada.

— Te entendo perfeitamente.

— Vamos, crianças. – chamei andando na frente deles.

Ouvi Jaden murmurar "Crianças?" e René abafar o riso novamente. Logo, cada um ficou do meu lado. Fomos andando e conversando, pegamos o ônibus e, em pouco tempo, paramos em frente à casa de Cindy, onde a festa já acontecia. Como eu sabia? A música estava tão alta que os tímpanos de um cachorro seriam facilmente rompidos. Entramos na festa regada a muitos beijos, com certeza sexo, bebidas, Rock N Roll (som de fundo: Hells Bells – AC/DC) cigarro e muita gente louca. Se a polícia pegasse aquelas cenas... já era. Cindy me achou em meio àquele povo todo.

— Shelly! Fico feliz que tenha vindo! – ela gritou me abraçando.

— Cindy, seu presente. – tive que gritar para que minha voz ser ouvida naquele barulho todo. Ela abriu o pacote e viu a blusa pela qual ela estava louca atrás. E, como já era esperado por mim, ela gritou como uma louca e pulou tal qual criancinha feliz.

— Shelly, eu amei!!! – berrado isso, ela me deu um abraço de urso que tornou minha respiração quase inviável. Jaden abafou uma risada. Aguarde, Pendlebury.

E Deus, como ela é histérica.

— Ah, não foi nada. Agradeça também a Jaden, ele ajudou com o dinheiro.

Cindy deu um abraço sufocante em Jaden também. Eu o olhei com ar de vingança realizada.

— Obrigada, Jaaay!

— Não foi nada. – ele falou, olhando para mim com cara de Você é má, hein?. Sorri de canto.

— René, eu quero lhe apresentar um amigo meu perfeito para você. Vem! Shelly, Jaden, aproveitem a festa! – Cindy falou arrastando René não sei para onde e meu vizinho e eu ficamos a sós.

— Vamos até o balcão de bebidas. Pelo que René me disse, tem alguma coisa para nós nos descontrairmos. — tive que berrar em seu ouvido.

Jaden apenas sorriu, concordou com a cabeça e me acompanhou.

— Whisky. – pedi assim que cheguei lá.

— Vai devagar, milady! – Jaden comentou de sobrancelhas erguidas. – Ah, cara, pega uma dose de vodca também!

— Eu, definitivamente, não quero ir devagar. – resmunguei pegando a dose e engolindo de uma vez a bebida. Ele fez o mesmo. Ambos fizemos uma careta.

— Forte, hein? – ele comentou.

— É melhor assim.

— Você está bem? Parece um pouco triste.

— Não é nada. – Dito isso, gritei ao barman: – Cara, manda outra!

— Tem certeza de que está tudo bem?

— Tenho, eu só...

Interrompi a frase ao ver Bradley saindo da casa, completamente bêbado. Uma sensação gelada passou pelas minhas costas. Droga. Deixei minha bebida no balcão e pedi sem nem olhar:

— Jaden, fique de olho no meu whisky.

Saí atrás de Bradley. Quando saí, observei uma coisa que eu não observara: a rua era igual à do meu sonho. Não. Droga. Bradley estava encostado no poste, rindo-se de alguma coisa, esperando alguma coisa, talvez um táxi. Algumas pessoas circulavam, alguns se drogavam, umas patricinhas conversavam, seguranças na porta, certamente contratados. Não me importei e chamei:

— Bradley! Cindy quer falar com você! – o poste ficava a alguns metros afastado da casa, de forma que eu tive que gritar.

— Eu já falei com ela! – ele respondeu com voz arrastada.

— Ela se esqueceu de te falar algo! Vem para cá agora! — Tentei não deixar o desespero tão evidente na minha voz, mas estava difícil.

— Caramba, eu só queria ir para casa... – ouvi seu resmungo enquanto ele vinha cambaleante em minha direção.

E então, tudo aconteceu muito rápido. Um carro desgovernado entrou na rua catando pneu e só parou ao bater no poste onde Bradley havia estado. Ele podia ter sido atropelado, mas, quando notou o carro, deu um jeito de desviar, milagrosamente na direção certa. Gritei alto e logo um grupo formou-se ao redor. Levei duas mãos à boca, tentando não gritar mais.

Eu o salvei.

Os seguranças trataram de levantar Bradley, que parecia assustado. Todos olhavam para o carro destroçado e para o cara que quase morreu. Senti minhas mãos geladas e trêmulas graças ao nervosismo. Algumas pessoas, incluindo Cindy, passaram por mim, mas não me importei. Tomei um susto ao ver Jaden do meu lado.

— O que houve?! — ele indagou, olhando-me curioso.

— Ele estava escorado no poste... eu o chamei... ele por pouco... — enterrei meu rosto em minhas mãos. Jaden tirou minhas mãos do meu rosto, segurou meus ombros e fez com que eu olhasse em seus olhos.

— Calma. Já passou.

Bradley aproximou-se de mim.

— Cindy não estava me chamando. – ele lembrou com um tom de voz que continha uma irritação irracional. Senti o sangue fugir do meu rosto. – Como você sabia?

— E-eu... eu não sa-sabia... – gaguejei. Droga, Shelly, fale algo de útil em sua defesa!

— Você pode ter encomendado esse carro para me matar!

— Eu nunca faria isso! – gritei, mas minha voz saiu trêmula e descontrolada demais.

— Então você é uma bruxa. Só uma bruxa poderia fazer isso. Sua bruxa! Bruxa! – ele berrou para todo mundo ouvir.

Jaden socou Bradley e o bêbado foi ao chão. Um dos seguranças ergueu Bradley enquanto o outro afastou o agressor. Meu vizinho não pareceu importar-se com os seguranças, apenas continuou tranquilo, parecendo que ele não havia acabado de socar um garoto. Ele advertiu com tom de voz frio, porém irritado:

— Escute, cara: você deveria agradecer de joelhos. A garota que você chamou de bruxa acabou de salvar sua vida. Se não for para dizer Obrigado, recomendo que você fique longe.

Bradley olhou para Jaden com raiva e até tentou agredi-lo, mas o segurança continuou agarrado a ele. Nisso, uma pequena rodinha de pessoas se formou, parecendo que eles queriam ver uma briga acontecendo. Eu estava incomodada em ser um dos pontos da discussão e querendo sair dali, mas ainda tremia e a ponto de cair em choro compulsivo. Droga. Eu detestava aparentar tanta fragilidade.

— Shelly, vamos sair daqui. – Jaden praticamente ordenou, arrastando-me para dentro da casa e desviando de meio mundo de gente.

Andamos por aí até que descobrimos a varanda da casa de Cindy. Por incrível que pareça, era o único lugar vazio da casa. Retirei o que pensei quando vi uma garota fazendo sexo oral em um cara. Senti meu rosto vermelho e tapei os olhos.

— Eles já foram.

Ao ouvir isso, sentei em um banco e Jaden sentou-se ao meu lado, apoiando os cotovelos acima dos joelhos. Fiz o mesmo.

Lembrei-me dos meus sonhos. A grande maioria se concretizava, mas consegui evitar o futuro de Bradley. Como eu fiz aquilo? As palavras de Bradley ecoaram pela minha cabeça: Só uma bruxa poderia fazer isso. Sua bruxa! Bruxa! Será que ele estava certo?

— Ah, olha só. Achei vinho. – Jaden notou pegando uma garrafa de vinho do chão. Estava pela metade. Sorri de canto, sem graça. – Hey, não deixe que as palavras dele te afetem. ― Ele bebeu um gole e depois me ofereceu a garrafa. ― Beba. Você está mais branca que o comum.

Peguei a garrafa com mãos trêmulas e bebi. Depois, entreguei a ele, que também engoliu um gole. Funguei, quase chorando.

— Você quer ir embora?

Olhei para o céu. Bem, eu tinha sonhos loucos, sabia que Jaden era adotado, tinha acabado de salvar um cara da morte, ele me chamou de louca e eu me sentia horrível por causa de tudo isso. Eu tinha todos os motivos para ir embora. Lembra quando eu disse que meu dia não podia piorar? Como eu estava errada.

Mas, ei, eu estava em uma festa, certo? Tanto é que Highway to Hell tocava ao fundo. Aparentemente, gostavam de AC/DC.

— Fale alguma coisa, não gosto de ficar preocupado. – ele pediu rapidamente. Sorri, tentando disfarçar o meu detestável estado de espírito.

— Não, eu não quero ir para casa. ― respondi por fim.

— Não se importa com o comentário alheio?

— Não me importo com eles.

Ele bateu na minha mão e deu um soco no final. Procurei fazer o mesmo.

— Você é das minhas. Agora vamos. Temos uma festa para participar.

Voltamos ao centro da casa, onde a festa acontecia. A maioria nem tinha saído dali, para minha total felicidade. Resumi essa situação em uma simples equação: música boa alta + festa + bebida de graça = adeus, lado de fora!

— Jaden! Estava te procurando! – Ashley gritou assim que o viu. – Vem, quero te apresentar a alguns amigos. Quer vir, Shelly?

Jaden olhou para mim, parecendo em dúvida.

— Parece divertido, mas tem um whisky me aguardando no balcão. Vejo vocês mais tarde. – despedi-me.

Dito isso, dei as costas e fui ao balcão de bebidas.

— Olá, garota. Aquele cara me mandou guardar seu whisky. Ainda o quer?

— Sem dúvida.

Ele me deu a bebida e eu emborquei de vez, tentando não sentir a ardência logo. Resultado: ardeu mais. Fiquei brincando com o copo. Droga. É, eu gosto dessa palavra. Ela podia definir muitas coisas: minha droga de vida, minha droga de sonho, minha droga de pai...

— Mais uma. – pedi ao barman. Ele nem piscou. Rapidamente preparou minha terceira dose de whisky.

— Só tome cuidado, garota. Bebidas destiladas embebedam rápido demais.

— Essa é a intenção.

Emborquei a bebida de novo. Ou haviam abaixado a música ou eu tinha bebido o suficiente para ficar meio surda.

— Shelly! Vem cá! Mostre aos gafanhotos quem arrasa na pista de dança. – Cindy gritou me chamando.

Senti-me livre. Levantei-me e me senti zonza, mas lutei para manter meu equilíbrio. Daí em diante, chutei o balde e tudo não passou de um borrão. Acho que eu dancei no Pump It Up. Depois, acho que dancei com um cara que me ofereceu alguma coisa verde para beber e eu não recusei. E o mais assustador: eu não me lembro do que houve depois.


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Notas finais do capítulo

Shelly wild girl...
Indo ao ponto... Aqui estamos e eu gostaria de que vocês me respondessem uma simples pergunta via MP ou via review:
Depois desse capítulo, eu posso acrescentar um capítulo bônus no ponto de vista de Jaden Pendlebury. Sim, um capítulo inteiro no ponto de vista do loirinho dos olhos azuis que conquistou Tia Marys. Contudo, se vocês deixarem que eu coloque Jaden's POV nessa parte do capítulo, terá mais capítulos dele ao decorrer da história que podem ajudar na compreensão da mesma e teria um único capítulo de um personagem, mas só desse e de Jaden.
Ou eu posso continuar só e somente só no ponto de vista de Shelly, sem adicionar o ponto de vista de Jaden, mantendo a história com narração única, do jeito que está, e centrada nos fatos que ocorrem com ela e que ela vê... já deu para entender :)
E então? POV Jaden ou não porque a história se chama "Apenas uma garota" e não "Apenas uma garota e seus miguxinhos"?
Aceito suas respostas e vocês têm até dia 09/08/15 para dar essa resposta. Se eu não obtiver opiniões acerca da sugestão/pergunta/dúvida, tomarei uma decisão por mim mesma e ninguém diga que não avisei u.u
Até logo :)