Apenas uma garota... escrita por Luana Nascimento


Capítulo 40
Capítulo 39 - Esclarecendo algumas dúvidas


Notas iniciais do capítulo

Pessoinhas lindas, que saudade!
Leiam as notas finais porque tem aviso!
Espero que gostem do capítulo ;)



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Jaden

Acordei ouvindo uma voz estranhamente familiar me chamar:

— Jaden, cara, acorde.

Entreabri os olhos e vi Clint me sacudindo.

— O que foi?

— Escola.

— Não vou.

— Jaden! — ele pareceu exasperado, mas só fiz me virar para a parede e tentar dormir.

Por que Clint estava no meu apartamento mesmo? Ah, sim. Os snakes acharam melhor alguém dormir comigo. De início, achei que eles só quiseram garantir que eu teria companhia para que o amigo drogado não se drogasse de novo, mas, passado um tempo, foi legal. Conversamos sobre nossas perdas e Clint entendia como era. Que vida fodida a dele. Sem mãe, morar em um trailer, sempre precisar de algo, jogar hóquei... Como ele conseguia? Se bem que eu não sabia como eu conseguia... Que vida fodida a minha também.

— Ainda não estou muito bem. — resmunguei. O que porra eu, um idiota que teve uma recaída na cocaína, faria na escola? Eu sequer merecia estar ali.

— Ah, qual é, Jaden, você consegue! — ele puxou meu cobertor, mas não dei o braço a torcer. — Vamos, você consegue.

Olhei-o, sem ânimo.

— Eu realmente não quero fazer isso.

— É difícil, mas não impossível. — Olhei-o e ele se abaixou, quase como um irmão mais velho: — Os primeiros dias são horríveis, mas depois fica mais fácil.

Pensei por algum tempo.

— Será?

— É claro. — Como ele conseguia não transparecer dúvidas sobre o que dizia?

Tirei parte do ar dos meus pulmões e me levantei. Requereu coragem e uma força que eu não sabia se tinha, mas se levantar parecia fazer parte da vida. Clint foi gentil e fez meu café da manhã enquanto eu tomava banho. Após eu engolir rapidamente a comida, corremos para o ponto de ônibus. Chegando a escola, tivemos que correr para não ficar fora da sala.

— Atrasado de novo, Jaden? — o professor de inglês comentou quase fechando a porta.

Não enche.

— Tentarei não fazer mais isso.

— Você tem dito isso com muita frequência.

Limitei-me a não responder. Clint, como nunca chegava atrasado, escapou da alfinetada. Os snakes sorriram para mim e procurei sorrir de volta, mesmo que o sorriso não fosse dos melhores. Sentei-me na diagonal de Shelly, que estava com a cabeça recostada na carteira. Seus cabelos cobriam seu rosto, havia uma mecha meio enfiada em seus lábios e sua respiração fazia alguns fios voarem. “Me desculpa, não consegui evitar...” Aquilo foi um sonho? Talvez não.

Lembrei de quando acordei no dia anterior: os snakes, com exceção de Shelly, estavam no meu apartamento, sem saber exatamente como me olhar.

— Como você se sente? — Clint perguntou. Tentei pensar na pergunta, mas tudo parecia lento e minha cabeça parecia uma supernova: explosão.

— Por que não falou com a gente? — Ben questionou, parecendo irritado.

— Pelo amor de Deus, Jaden, cocaína! — Mel exclamou, sem saber o que sentir.

— Tudo bem que deve estar sendo difícil, mas porra, cara. — Dave pareceu decepcionado.

Pensei em rebater, porém tudo girava.

— Responda, Jaden.

Eles eram meus amigos e eu não conversei com eles. A onda de arrependimento me invadiu de forma violenta.

— Me desculpem. — Foi tudo o que consegui dizer.

Clint se aproximou:

— Jaden, nossa dor não pode guiar nossas atitudes.

— Eu quero ficar sozinho. — pedi sentindo meus lábios tremerem de forma desagradável.

— Não, Jaden. — Mel suavizou sua voz. — Estamos preocupados com você. Nós somos seus amigos. Você sabe que pode contar com a gente.

— Jaden Pendlebury — o professor de inglês chamou a minha atenção. — Pode me dizer qual tipo de oração temos aqui?

Puta merda.

— Uh... Sei lá... Assimétrica?

Ouvi algumas risadinhas enquanto o professor esfregava a testa com os dedos.

— Não, Mr. Pendlebury. — A resposta foi tão errada assim? — Alguém pode responder?

Voltei ao fluxo de lembranças. Era importante que eu me lembrasse. Não queria que a droga afetasse tanto o meu raciocínio.

Lembrei que uma pergunta passou pela minha cabeça:

— Cadê Shelly? Ela... estava aqui, não?

A vaga lembrança dela me abraçando, chorando e tentando cuidar de mim ficou.

— Ela foi para casa de manhã — Mel esclareceu. — Aparentemente, ela passou a madrugada lhe procurando.

— Eu sinto muito. — Era impossível minha cabeça ficar mais baixa. — Eu não devia ter feito isso, mas está tudo tão...

— Quebrado — Clint deu a sugestão mais certeira possível. Olhei para ele e soube que ele perdera alguém importante dolorosamente. — Eu sei como é, Jaden. Podemos fazer isso juntos. Podemos e vamos, ok?

— Confie em nós, cara. — Ben descruzou os braços em um suspiro desafiador. — Vai dar certo.

— Confiamos que você não fará de novo por duas razões: você não vai fazer e nós não vamos deixar. — Dave e seu pragmatismo.

— Jaden... — Mel se abaixou e me deu um abraço. — Não faz mais isso, ok? Por favor. Por mais que seja difícil. Você precisa querer de verdade. Faça isso por nós e por você, ok? Vai dar tudo certo.

Como eles conseguiam confiar em mim depois daquilo?

O sinal tocou, tirando-me dos meus pensamentos. Shelly enfim ergueu a cabeça, esfregando o rosto. Levantei da cadeira e fui até ela:

— Oi.

Ela voltou-se, surpreendida:

— Oi, Jaden. Tudo bem?

— Estou melhor. Podemos conversar?

— Ah, claro. — ela pareceu aguardar, a expressão meio tensa.

— Em particular, se possível.

Ela hesitou:

— Agora?

— Vai ser rápido, prometo.

— Tudo bem — ela concordou depois de pensar. — Vamos ao telhado.

Saímos da sala em silêncio, o ruído do intervalo latente ao nosso redor: tênis se arrastando no piso, pessoas conversando. Chegamos ao local onde os ventos sacudiam tudo.

— Como você está hoje? — ela indagou, a preocupação clara em seus olhos.

— Sóbrio — respondi em um meio sorriso, desviando o olhar para o chão. — Estou tentando lembrar do que aconteceu ontem. Está tudo fragmentado ainda.

— Tendo sucesso?

— Mais ou menos. Algumas coisas não fazem muito sentido para mim.

— Tipo o quê?

— Tipo o seu pedido de desculpas ontem. Por que você o fez?

Seu rosto ficou branco como a neve, seus olhos pareceram frágeis, os lábios tremeram.

— Eu... E-eu...

— Está tudo bem? — indaguei, preocupado.

— Eu gritei com você e foi rude de minha parte. Foi por isso que pedi desculpas. — Algo no jeito dela de falar me pareceu falso.

— Não é só isso, é? — questionei, olhando-a atentamente.

— Me desculpe. — Quase não ouvi seu sussurro. — Eu não pude evitar, Jaden, eu não... — Sua voz sumiu.

— Shelly, quem deve algum tipo de desculpas sou eu. Eu fui tão idiota e fraco, mas tem sido tão complicado...

— É culpa minha. A culpa é toda minha — ela falou olhando para o chão.

— Culpa de quê?

— Estou tão cansada... — ela admitiu, sentando-se bruscamente no chão.

— Você está bem? — perguntei de forma mais direta, sentando-me também e me aproximando.

— Estou, mas tem tantas coisas que eu queria dizer...

— Você sempre parece esconder algo, Shelly. Seja sincera ao menos dessa vez. Não vou lhe julgar, certo?

Ela pareceu pensar e por alguns segundos só vi sua cabeça baixa e o vento sacudir e bagunçar seus cabelos pretos. Quis apressar o processo, mas eu nunca tinha chegado tão perto de saber alguma coisa real dela, de algum dos seus segredos. Sua voz tinha um esforço evidente ao falar a seguinte frase:

— Eu vi o acidente.

Não acreditei de início, o choque me fez questionar:

— Você viu?

— Eu estava lá. — Por cinco segundos, ela não falou nada e não soube dizer se conseguiria escutar. Ela continuou: — O tanque se soltou da cabine e Robert não teve tempo de frear. O vento fez o fogo subir e foi tão... horrível.

Quase perguntei se era uma brincadeira, mas seu rosto chocado não deixou dúvidas.

— O que você fazia lá? Você foi para casa depois de... me ajudar com a lasanha. — Ela pareceu hesitar, sem saber o que fazer. — Shelly?

— Não sei se devo. — Quase não a entendi.

— O quê? — Ouvi apenas o vento gelado assobiando em meus ouvidos e esfriando meu rosto. Ela ainda olhava o chão. — Shelly, é uma pergunta simples. O que você estava fazendo no local do acidente bem na hora em que ele aconteceu?

— Eu sonhei com ele. — Ok, estava ficando cada vez mais estranho. — Tentei impedir, mas...

— Shelly, você está bem? — indaguei novamente, com preocupação.

— Ah, meu Deus, porque eu estou fazendo isso... — Ela parecia perdida. — É estranho, mas sonhei com o acidente antes de acontecer. Falhei em impedi-lo. Por isso que é culpa minha: seu sofrimento, sua recaída, eles terem morrido... Me sinto tão mal por tudo isso. Me desculpa, Jaden. — ela pareceu conter o choro ao falar a última frase.

Tentei analisar cada parte do que ela falou, mas não fazia sentido na minha cabeça.

— Shelly, você sonhou? Como assim?

— Droga, por que falei isso... — Agora ela pareceu totalmente arrependida. — Só esqueça, ok? Vamos voltar para a aula.

— Não. Não sairemos desse telhado enquanto eu não entender exatamente o que você disse.

Ela me olhou em dúvida e com lágrimas nos olhos.

— Jaden...

— O que você quis dizer com "sonhei"? — repeti minha pergunta.

Ela respirou fundo para fazer uma espécie de confissão:

— Eu vejo o passado e o futuro através dos meus sonhos. — Acho que minha expressão estava completamente incrédula, pois ela baixou e meneou a cabeça: — Não sei porque falei isso para você. Eu vou voltar para a aula. Tchau.

Ela se levantou e saiu tão rapidamente que não tive tempo de impedi-la. Como assim ela podia ver o passado e o futuro? Parecia uma pegadinha. Fiquei algum tempo no terraço, confuso. Acabei por voltar à sala, mas Shelly não estava mais lá. Olhei para Melinda e ela fez um sinal dizendo que ela havia ido embora.

Acho que não preciso dizer que fiquei pensando no assunto o resto do dia. Fui trabalhar depois da escola. Mr. Wang perguntou porque tinha um monte de pirralhos no meu apartamento ontem, respondi que foi aniversário de um deles. Não demorou para que ele comentasse estupidamente sobre coisas com as quais eu estava me fodendo, mas que eu tinha que ouvir, porque ele era meu patrão, afinal.

Os snakes podiam falar mal do Mr. Wang, mas eu gostava daquele emprego. Ele me ajudava a continuar, a esquecer algumas dores e alguns problemas, mesmo que eles viessem à noite. Ele me ajudou a manter minha cabeça sã depois daquela idiotice que fiz. Se eu fosse parar para pensar, me arrependeria e iria querer mais, porque a sensação de euforia... Sacudi a cabeça.

Depois de sair do mercado, fui até a casa de Shelly, levando alguns livros para disfarçar. Talvez a gente conseguisse conversar sobre o que tinha acontecido pela manhã. Bati na porta da casa dela e Ms. Revenry abriu a porta:

— Jaden! — ela me abraçou afetuosamente. — Entre, entre. Como você está?

— Estou... bem, eu acho. — Acho que Shelly não falou a ela sobre minha recaída. — Shelly está?

— Ah, ela está lá em cima. — Ann deu um longo suspiro: — Não sei mais o que faço com essa menina. Fica trancada o dia todo, não come e nem dorme direito... talvez você possa ajudá-la. — Ao ver meus livros, perguntou: — Veio fazer atividade?

— Francês é sempre um problema para mim — justifiquei-me com um sorriso.

— Ah, entendo. Pode subir, Jaden, fique à vontade.

— Obrigado.

Subi a escada enquanto Ann voltava a assistir filme. Bati na porta e, como não obtive resposta, hesitei, mas acabei entrando no quarto de Shelly.

Ela dormia sentada e apoiada na cabeceira da cama, papéis no colo, lápis entre os dedos e lábios entreabertos. O computador, ligado, tocava Oasis, talvez o segundo álbum deles. Fiquei sem saber o que fazer: acordá-la ou ir embora? Eu não era capaz de saber qual foi a última vez que ela teve um sono decente e ela havia dito que estava cansada de manhã... talvez fosse melhor deixa-la dormir mesmo. Quando resolvi ir para casa, Shelly franziu o cenho e entreabriu os olhos. Ao me reconhecer, pareceu bem mais acordada:

— Jaden?

— Desculpe por isso. — Me senti quente. — Entrei para conversar, mas vi você dormindo e já ia embora...

— Tudo bem. — Ela quase sorriu, mas seu tom de voz se tornou cansado e triste: — Você veio por causa do que eu lhe disse, não é?

— Sim.

Longo suspiro, parecido com o de Ann:

— Você deveria esquecer isso.

— Como? É uma informação importante, por mais que eu ache estranha.

— Deixando de lado. — Ela falava como se fosse algo simples a se fazer! — Você não acredita no que eu lhe falei. Não acredita no que deixei de fazer.

— É estranho e irreal.

— Entendo o seu ponto, mas é tão difícil assim?

Parei para pensar e acabei rebatendo com uma pergunta:

— Você acha que é tão fácil assim acreditar em algo tão impossível?

— Não, não acho, mas dê uma chance — ela implorou, os olhos plangentes. — Está sendo difícil para mim também, sempre foi.

— Você sente culpa — lembrei impulsivamente e a expressão dela ficou mais triste. — Você acha que o que aconteceu é culpa sua. 

Um silêncio tenso se instaurou e ela pareceu se conter com todas as forças ao baixar a cabeça e tentar controlar a respiração. Sentei-me na cama dela, peguei suas mãos geladas e olhei em seus olhos:

— Shelly, não foi sua culpa. Você não fez nada errado. Você até tentou evitar que acontecesse, mesmo que eu não faça ideia de como isso aconteceu! Não parece o bastante?

— Não. — Seu sussurro quase inaudível foi dolorido e seus olhos cheios de lágrimas me encaravam. — Não foi o bastante, porque eles estão mortos e você está cheio de problemas agora.

— Você fez o melhor que pode. Pode não parecer, mas é muito. Se o acidente aconteceu, precisava acontecer. A minha recaída... — hesitei e troquei o termo: — Os meus problemas são responsabilidade minha. Você não tem nada a ver com isso. Acho que ninguém conseguiria evita-los além de mim...

Ela me abraçou forte. Por ironia do destino, Noel Gallagher cantou:

You'll never change what's been and done

Éramos duas pessoas quebradas, cada uma do seu jeito. Mas podíamos encontrar uma forma de sorrir de novo. Faríamos isso porque éramos humanos. Sempre encontraríamos uma forma de nos reerguer.

'Cause all of the stars

Are fading away

Just try not to worry

You'll see them someday

Take what you need

And be on your way

And stop crying your heart out

Ficamos abraçados enquanto aquela música, que parecia a mais apropriada para o momento, tocava.

— Jaden. — ela sussurrou no abraço mais longo da minha vida.

— Diga. — respondi no mesmo tom, sentindo-me bem com aquela proximidade.

— Você acredita em mim? Acredita no que eu posso ver?

Bem, eu acreditava no futuro, mas acreditar que ela podia vê-lo era algo completamente diferente. Meu silêncio respondeu a pergunta, aparentemente, pois ela se afastou e me lançou aquele olhar firme e determinado que só ela tinha:

— Eu o farei acreditar. Farei você conhecer seus pais biológicos no seu aniversário.

Fiquei na dúvida por cinco segundos até resolver tira-la:

— Isso é uma visão?

E uma promessa.

— Você tem 29 dias. — Não queria, mas acabei por sorrir ao dizer isso. Era bom ver aquela energia catalisadora de novo. Sem saber bem porque fiz aquilo, beijei sua testa: — Obrigado.

Ela depositou generoso beijo nos meus lábios:

— Obrigada.

— Isso significa alguma coisa? — perguntei, confuso.

— Carinho. — ela respondeu simplesmente. Vê-la tão bem e tão sincera me fez abraça-la de novo e afagar os seus longos cabelos. Eu gostava dela.

— Você acha isso normal? — indaguei, notando que estávamos próximos demais.

Ouvir seu riso foi agradável:

— Para amigos, não.

— O que somos, afinal?

— Isso importa agora? — ela questionou minha pergunta.

— Não — respondi depois de refletir. — Não importa.

Fiquei naquele abraço menos tempo do que gostaria, mas o tempo que passei nele foi perfeito. Não quis lembrar de dores, recaída, dívidas, dúvidas ou problemas; só quis que eu sempre encontrasse aquele sentimento bom naquele abraço.


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Notas finais do capítulo

Jelly tá indo pra um bom caminho, hein?

PRIMEIRO AVISO: Gente, mudei oficialmente a frequência de postagem para uma vez por mês. A faculdade tá puxando e eu não estou tendo muito tempo de escrever e revisar tão bonitinho. Eu poderia postar sem fazer uma revisão com o zoom do word em 140%, sem rever os capítulos postados anteriormente e sem olhar no planejamento da segunda parte se tudo o que foi escrito é coerente? Claro que poderia, mas quero escrever essa história com a máxima qualidade que posso, porque vocês merecem e porque sou bem dessas.
Um pouco triste? Sim, mas não quero deixar a qualidade cair. Pode acontecer de eu postar mais de um capítulo por mês? Pode e eu vou achar maravilhoso se acontecer, porque aí eu saberei que estou inspirada e com tempo :3

SEGNDO AVISO: do próximo capítulo em diante será só POV Shelly, a não ser perto do fim dessa segunda parte.

FIM DOS AVISOS

Críticas, comentários, sugestões, desabafos e abraços virtuais abaixo vvvvvvvvvvvvvvv
Até o próximo o/



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