– Uma festa na casa do Sebastian? – Gwen questionou, segurando-se para não rir. – Quais as chances disso dar certo?

– Vai ser um tédio... – Disse Terry.

– Com certeza. – Liz concordou. – Eu não vou.

– Prefiro ficar em casa, jogando Fallout 4. – Declarou Isaac.

– É, eu também prefiro ficar em casa, mas não para jogar videogame... – O comentário de Gwen fez Noah gargalhar e Liz abaixar a cabeça, corada.

– Own, que fofa... Ela ficou envergonhada... – Provocou Josh.

– Eu acho que a gente devia ir. – Falou Matt. – Ele está tentando ser legal, mas não estamos fazendo o menor esforço para perdoá-lo.

– Talvez porque ele não mereça... – “Sugeriu” Frannie.

Antes mesmo do quarterback ter a chance de retrucar, Rony se opôs:

– Não vamos saber se é ou não uma boa ideia se não tentarmos.

– Está falando de perdoarmos o Sebastiota ou irmos nessa festa, gaynicórnio número dois? – Quis saber Noah.

– Dos dois. – Rony disse, sorrindo otimista. – Por que eu sou o número dois?

– Porque ele conhece o Josh há mais tempo... – Jennifer respondeu pelo namorado, recendo olhares de “como você sabe?”. – Eu namoro esse idiota, tenho que saber como o cérebro dele funciona...

– Idiota? – Noah olhou-a, indignado.

– É, mas eu te amo mesmo assim... – A resposta o fez sorrir. – E então? Vamos ou não na festa?

– Votação? – Propôs Matt, todos assentiram. – Okay... Quem prefere ir? – Ele, Noah, Jennifer, Becky, Brittney, Rony e Josh levantaram as mãos. – Parece que a maioria venceu. – Olhou para Frannie com um sorrisinho vitorioso, fazendo-a bufar e revirar os olhos.

(...)

Definitivamente, o humor de Sebastian não poderia estar melhor. No fim, graças à “inocência” e de certo modo burrice de Matt – ele só podia agradecer pelo amigo ter essas características – todos, incluindo aqueles que não queriam, concordarem em ir até a sua casa no final de semana, para uma festa que, se tudo desse certo, teria um desfecho muito interessante...

Riu baixinho consigo mesmo, enquanto confirmava a presença de Ally. Tinha até uma desculpa perfeita para explicar aos amigos o porquê de tê-la convidado. O fim do seu “casal favorito” estava bem próximo e isso fazia com que um sorriso maldoso insistisse em manter-se em seus lábios, por mais que se esforçasse para disfarçar. Qualquer um conseguia ver o quão animado se sentia, porém, por sorte ninguém conseguiria descobrir o motivo para tal coisa...

Fechou o armário, ao retirar seu livro de Biologia. Senhor Hale, assim como boa parte dos professores em Roosevelt, não tolerava atrasos. Era um ponto negativo do novo colégio, em relação à Boehner. De todo moto, o fato de poder ficar perto da “sua” baixinha, compensava. Mesmo que no momento ela estivesse um tanto quanto muito irritada com ele.

Caminhando em direção ao laboratório – teriam uma aula prática naquele dia – se deparou com uma cena que, desde a saída de Liz do armário, tornara-se muito comum. Diferente das outras vezes, vê-las se beijando não o incomodou. Na verdade, até vez com que deixasse escapar mais uma risadinha. “Aproveite enquanto pode, Harrison...”

(...)

Sue entrou no carro, agradecendo mentalmente por ninguém ter decidido ir falar com ela naquele dia. Por outro lado, pôde ver o desprezo nos olhos deles, mesmo que não dissessem uma única palavra. E também, tinha Cindy, que sorria de forma maldosa toda vez que a via. Nada além do esperado.

– Como foi? – Caleb perguntou, notavelmente preocupado.

– Melhor do que eu imaginava que seria... – Foi sincera. Esperava que viessem lhe fazer perguntas, comentários imbecis... Mas não. Apenas olhares e risadas. Podia lidar com isso. – Alguma novidade?

– Não, nenhuma. – Ele negou. – Só que não vou poder passar a tarde com você... – Suspirou, desapontado. – Tenho que estudar. Não posso repetir o ano outra vez.

– Tudo bem. – Sorriu. – Mas... Vai ter que compensar isso depois, okay?

– Por mim tudo bem!

(...)

“Oi. Olha, eu acho que precisamos conversar sobre um assunto importante...” – C

Brittney leu a mensagem mais uma vez, então rolou o corpo para o outro lado da cama, fechando os olhos. “Droga. Eu sabia que algo estava errado...” Ela pensou, dando um longo suspiro. Já estava esperando o pior: Claire terminaria com ela. Mas qual seria o motivo? Será que a ruiva havia se interessado por outra pessoa? Não. Não podia ser isso. Elas estavam indo tão bem... E até alguns dias, viviam declarando o amor que sentiam pela outra.

“Sobre...?” – B

Se arriscou a perguntar. Menos de um minuto depois, a resposta veio:

“Nós.” – C

“Ah, não precisa se preocupar... Eu não estou querendo terminar.” – C

Enquanto a primeira mensagem a fez sentir um pânico imenso, a segunda fez com que relaxasse completamente. Pelo menos não era a pior das possibilidades...

“Quando posso ir aí?” – B

“Hoje eu não estou em casa, tenho que fazer uma pesquisa para o meu professor de História. Mas podemos conversar amanhã.” – C

“Tudo bem...” – B

“Eu te amo.” – B

“Eu também.♥ ” – C