School Days escrita por Isa


Capítulo 73
Capítulo 73: Sexual frustrations




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Becky simplesmente não conseguia parar de rir. Nunca, em seus dezessete anos de existência, chegou a imaginar que algum dia teria aquele tipo de conversa com sua amiga. Menos ainda, que a veria tão frustrada por nunca conseguir “avançar o sinal” com uma não namorada.

– Será que pode parar de rir, por favor? – Apesar do “por favor”, o pedido de Liz não soou nada educado. Sua irritação era evidente e isso só tornava a situação ainda mais divertida.

– Foi mal... Espera só um minuto... – Falou, ainda rindo. A “crise” durou por mais um tempinho, até que finalmente foi capaz de se recompor. – Eu não acredito que você está falando disso comigo! – Exclamou ameaçando voltar a rir, mas se segurou.

“Eu deveria ter ido falar com a Britt.” A loira pensou, revirando os olhos.

– Desculpa, Lizzie... Mas é sério! Seria trágico se não fosse cômico!

– Eu não aguento mais... Toda vez alguém atrapalha. Toda vez! – Continuou com as reclamações, ignorando o deboche da morena. – Parece que tem algum tipo de alarme avisando as pessoas para entrarem naquele bendito quarto no exato momento em que estamos prestes a fazer isso!

– Quantas tentativas foram? Oito? – Becky zombou, involuntariamente.

– Foram cinco. – “Corrigiu” Liz, suspirando. – Da primeira vez, o pai dela entrou no quarto. Da segunda, o Noah. Da terceira e da quarta, a mãe dela. E ontem, você mais uma vez usou o seu timing perfeito para decidir me ligar!

– Uh, é, foi mal de novo por isso...

– Você está na minha lista de mortes, um pouco atrás do Noah. – Brincou. – Falando nisso, acredita que ele tem uma cópia da chave da casa dela?

– Acredito.

– Por que ele tem e eu não?

– Talvez porque os dois namoraram por vários meses e depois que terminaram continuaram sendo melhores amigos? – Sugeriu o óbvio. – E deixe a crise de ciúmes para depois, porque agora estamos falando das frustrações sexuais que você precisa resolver!

(...)

– Por que ele não me atende? E se ele nunca mais quiser falar comigo? Meu Deus! Isso não pode acontecer! – Josh começava a entrar em pânico.

Diante do desespero exagerado do amigo, Isaac riu e pausou o jogo, indo até a geladeira e pegando uma latinha de Coca-Cola. Sabia que Josh odiava refrigerante, então nem se deu ao trabalho de oferecer. Sentou-se novamente no sofá e continuou sua partida de Mortal Kombat.

– Relaxa... Ele foi com o Danny e o Rick assistir ao treino dos Wolfs. – Explicou, enquanto apertava uma sequência específica de botões, na intenção de realizar um Fatality.

– Como você sabe? – Franziu o cenho, em estranhamento.

– Merda! – Praguejou, ao errar os comandos e acabar finalizando a luta com um Brutality. Não que fosse uma finalização ruim, mas nem de longe conseguia ser tão épica quanto um Fatality. – Eu sei porque ele falou para a Fran e ela me falou. – Disse, ao lembrar-se que Josh havia feito uma pergunta e ele deveria responder. – Não se desespere tanto, é só falar com ele amanhã na escola...

– Quando ele estiver com o amiguinho dele? – A irritação presente na voz do “mais velho” era evidente. – Com certeza vou ir falar com ele no meio de todo aquele amor...

– Argh, Josh! – Grunhiu, irritando-se. – O objetivo por trás de um pedido de desculpas é admitir o seu erro e o mínimo que se espera é que você não o repita. Mas olha só para você, antes mesmo de se acertarem, continua com essa implicância com a amizade dele e do Dave.

– É mais do que óbvio que aquele idiota está interessado no meu namorado!

– Pode ser, mas não significa que o Rony necessariamente retribua esses sentimentos.

(...)

– Não acredito nisso! – Susan exclamou, ao ver Sebastian parado do lado de fora do apartamento de Caleb. – O que diabos você está fazendo aqui?

– É bom ver você também, Sue! – Ele respondeu, irônico.

– O que está fazendo aqui? – Tornou a perguntar, sem paciência.

– Bom, não estudo mais em Boehner e o seu namorado me deu o endereço dele para casos de emergência. Lembra que ele tinha me pedido para ficar de olho em você, não lembra? Então, eu preciso de um favor seu Sue...

– Um favor? – Arqueou uma sobrancelha.

– Sim. Preciso que volte a ser minha namorada. – Assim que ele terminou a frase, ela começou a gargalhar. – Não é uma piada, eu realmente preciso disso. Se eu estiver namorando, a Gwen vai sentir ciúmes e...

– Gwen é aquela garota pela qual você é obcecado e ela não está nem aí para vocês?

– Eu não sou obcecado! – Gritou. – E eu tenho certeza que ela sente alguma coisa, só não percebeu ainda...

– Você é maluco... – Susan resmungou, enquanto tentava passar por ele e entrar no prédio.

– Você vai me ajudar. – Sebastian a parou, ao por sua mão direita no antebraço dela, apertando fraco, apenas o suficiente para mantê-la ali. – Caso contrário, todo mundo em Boehner vai ficar sabendo no que as suas brincadeirinhas com o Caleb resultaram.

Mais uma vez, a ruiva disparou a rir.

– Sebastian, daqui há dois meses todo mundo vai ficar sabendo de um jeito ou de outro. Não é como se esconder uma gravidez fosse algo fácil. – Se soltou. – Eu fico me perguntando o que aconteceu com você...

– O que aconteceu comigo? – Juntou as sobrancelhas, confuso.

– É, quando namorávamos você não era assim tão estranho. Ou pelo menos, não parecia ser. Tanto faz. – Deu de ombros. – Acho mesmo que devia parar com essa sua ideia de conquistar essa garota, porque está na cara que você não tem a menor chance. Ela está com aquela loira da foto, não é? Então... Supere! Porque se continuar assim, daqui a pouco ninguém vai te suportar mais. – Entrou no prédio, finalmente. – Ah, só mais uma coisa... – Se virou para olhá-lo. – Se for continuar com isso, não perca mais seu tempo vindo pedir a minha ajuda. Tenho coisas bem mais importantes para me preocupar.

(...)

– “Dupla do arco-íris”? – Gwen repetiu, sem acreditar que o amigo realmente havia dito aquilo. – De todos, esse é o apelido mais ridículo que você já inventou.

– Só não é mais ridículo que a sua falta de sexo. – Noah fez questão de tocar no assunto outra vez. –Quanto tempo? Seis meses?

– Sete...

– Há! – Ele zombou, para então gargalhar alto.

– Você não deveria ficar me zoando, é sério.

– Por que não? – Olhou para ela, confuso.

Gwen sorriu divertida, antes de responder:

– Você está sem sexo há quatro meses.

– Mas não estou há seis.

– Dois meses para chegar em seis.

– E então você estará em oito.

– Não, porque até lá eu já vou ter feito.

– Não vai não, porque vou fazer questão de ir na sua casa de vinte em vinte minutos só para atrapalhar! – Provocou.

– Nem sonhe em fazer isso, Laurent! – Jogou-lhe um travesseiro.

– Veja pelo lado bom, a virgem imaculada pelo menos está pronta... Jenn e eu não fomos além de alguns beijos até hoje...

– Diz “até hoje” como se estivessem juntos há meses! – Riu. – Acalme-se aí, não são nem duas semanas direito...

– Eu sei, é que não estou acostumado com isso. Mesmo a Frannie, que nunca me deixava ir muito longe, já me deixava avançar um pouco, sabe? – Deixou um longo suspiro escapar. – Não que isso seja um grande problema, claro que não. Vale a pena esperar se for pela Jenn, mas... É que é sim meio frustrante de vez em quando.

– Frustrante mesmo vai ser para ela, quando acontecer... – Brincou. – Você é péssimo nisso...

– Não sou não! – Protestou, ofendido.

Ela começou a rir.

– Sim, você é.


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