School Days escrita por Isa


Capítulo 72
Capítulo 72: Unbelievable




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Seguir a garota que você gosta, enquanto ela volta para casa acompanhada da não namorada é sem sombra de dúvidas uma atitude não muito normal e até meio assustadora em certos sentidos. Bom, não para Sebastian. O rapaz “espionava” o “não casal”, tentando descobrir as falhas “do inimigo”, que nesse caso possuía nome e sobrenome: Liz Harrison. E agora, se encontrava em uma situação no mínimo frustrante. Embora tomassem cuidado para não serem flagradas, para quem sabia do que acontecia entre elas era bastante óbvio que agiam como se fossem namoradas. Ver isso o irritava profundamente. Após ouvir Collins dizer que amava a líder de torcida, naquele tom que indicava toda a certeza do universo, sua forma de enxergar o relacionamento das duas havia mudado um pouco.

Apenas fazer com que Gwen se apaixone por ele – o que, por alguma razão, continuava achando plenamente possível – não seria o bastante. Por mais que doesse admitir, era mais do fácil notar o sentimento que existia entre elas. Seria mais difícil do que pensava fazê-las se separar... Mas não impossível! No fim das contas, nenhum amor é impossível, é apenas difícil de conquistar. Pelo menos, era o que tinha lido no Facebook uma vez...

De todo modo, não desistiria. Amava “sua” baixinha e tinha certeza absoluta disso. Não importava se ela no momento não sentia nada por ele e não queria nem mesmo sua amizade. Ele mudaria isso. Mudaria a forma dela de enxergar a situação e mostraria que Liz era a verdadeira vilã da história.

Foi tirado de seus pensamentos ao ver as duas finalmente chegarem à casa da menor. Continuou a observá-las, com o cenho franzido. Daria tudo para ouvir a conversa, já ambas exibiam enormes sorrisos, entretanto, precisava manter-se a uma distância segura se quisesse continuar sem ser visto. Quando começaram a se beijar, precisou revirar os olhos. Esperou nem tão pacientemente assim que elas parassem, se perguntando como conseguiam ficar tanto tempo fazendo aquilo. Novamente, dois sorrisos – patéticos aos olhos dele – apareceram, enquanto se afastavam. Gwen então pegou sua chave na mochila e abriu a porta, praticamente arrastando Liz para dentro logo em seguida. Então a porta foi fechada e ele – finalmente – pôde ir para casa.

(...)

– Espera aí, por que está brava comigo? – Perguntou Britt, surpresa pela reação da namorada.

– Não estou brava. – Afirmou Claire, recebendo um olhar de “sei” em seguida. – Não estou. – Asseverou. – Só disse que é estranho você se incomodar tanto por ela estar saindo com um uma garota.

– Estranho por quê? Becky é minha amiga...

– Eu sei, mas é que você parece mais zangada do que realmente preocupada.

– Zangada? Por que eu estaria zangada? – Ergueu ambas as sobrancelhas, claramente surpresa.

– Talvez porque ainda sente algo por ela? – Fez questão de sugerir o óbvio. – Eu não quero brigar Britt, é sério. Mas como sua namorada não é muito agradável te ouvir reclamando do encontro da sua ex com “a vadia que ela conheceu uns dois dias atrás”. – Usou as exatas palavras da loira.

– Estou reclamando do encontro da minha melhor amiga. – Corrigiu.

– É, melhor amiga que também é sua ex. – Riu sem humor. – Britt, eu já disse que está tudo bem ainda sentir algo por ela, respeito isso, de verdade... É só que... Pode, por favor, não falar disso quando estivermos juntas?

– Me desculpe.

– Por falar nisso ou por ainda não tê-la esquecido completamente?

– Pelos dois, eu acho... – Deu de ombros, abaixando a cabeça e passando a encarar o chão.

– Não precisa se desculpar por gostar dela. – Sorriu, compreensiva. – Isso me magoa um pouco, mas é compreensível. Sei como é difícil superar o primeiro amor, acredite. – Beijou a bochecha dela gentilmente. – E desde que não decida terminar comigo de repente, para voltar com ela... Acho que vou ficar bem.

– Eu não faria isso... – Murmurou, meio triste por Claire chegar a cogitar essa hipótese. – Mesmo ainda gostando dela, eu amo você...

– Tem certeza que você apenas gosta dela? Tipo, é só gostar mesmo ou...?

– Não vou mentir, não faço a menor ideia do sinto pela Becky. Mas tenho certeza absoluta que amo você.

(...)

Sexo. Terry nunca pensou que trataria desse assunto tão depressa com o seu namorado. Claro, tinha certos devaneios – que logo eram censurados – de vez em quando, mas nunca havia se sentido realmente pronta para ter sua primeira vez. Mas depois de se perceber apaixonada por Isaac e se dar conta de que, ao contrário do que pensava, garotos podiam sim se gostar dela, mesmo que não se encaixasse no “padrão” que agradava a maioria – pelo menos quando se tratava dos alunos de Roosevelt –, conseguiu finalmente sentir-se pronta para esse momento, que para ela precisava ser especial.

Começava, entretanto, a achar que deveria ter seguido o conselho de Frannie e não o de Gwen, já que ter “a conversa” acabou fazendo com que ele ficasse em completo silêncio e completamente corado. Acharia fofo, se isso não a deixasse extremamente preocupada.

– Não vai falar nada? – Perguntou, preocupada.

– E-Eu... – Ele gaguejou. – M-Me d-desculpe por essa reação. Eu só fiquei meio surpreso. – Riu nervosamente. – Não é que eu não queira isso, porque eu quero. – “Quero muito, aliás.” Completou mentalmente. – Mas não esperava que você fosse me dizer isso assim do nada. – Outro riso nervoso. – Mas... Terr... – Abriu então um sorriso doce, olhando-a nos olhos. – Você... Está mesmo falando sério sobre isso? Quero dizer, tem mesmo certeza de que está pronta? Porque eu não quero que se sinta desconfortável na hora ou...

– Sim, eu tenho certeza. – Interrompeu, com um sorriso parecido.

– Certo, então... Se... As coisas avançarem em algum momento, eu não vou precisar parar?

– Não se preocupe com isso, se eu mudar de ideia, o que eu duvido que vá acontecer, conversaremos sobre. Tudo bem?

Ele balançou a cabeça para cima e para baixo algumas vezes, em confirmação. Então um sorriso contente apareceu em seu rosto. Sem sombra de dúvidas, aquela notícia o tinha deixado bem feliz. Podia até não chegar ao nível de Noah, mas também era um adolescente. Para piorar: um adolescente apaixonado por sua namorada. Era de se esperar que quisesse isso tanto quanto Terry.

(...)

– Quantos meses eu posso pegar por homicídio? – Perguntou Liz, irritada. – Sério, qual é o problema desse garoto? Ele não sabe o que um “não” significa? Ou melhor, o que vários “nãos” significam?

– Ele é um idiota. – Gwen precisou revirar os olhos. – Essa aqui já deve ser a quinta mensagem pedindo desculpas. – Apontou para o celular. – Mas honestamente, estamos perdendo tempo falando dele, enquanto podíamos estar fazendo algo mais interessante...

– Tipo o quê? – A loira provocou, sorrindo maliciosa.

Um beijo quente foi a resposta. Definitivamente, aquilo era bem melhor do que conversarem sobre o quão irritante Sebastian conseguia ser. Deitaram na cama, Liz ficando por cima, como sempre. A cada dia que se passava ficava mais óbvio para a baixinha quem era a ativa da “relação”, sem nem precisar que chegassem de fato ao sexo para ter certeza. O que era meio surpreendente, considerando que teoricamente ela deveria ser a “experiente” ali.

– Uou! – Uma voz mais do que conhecida exclamou, fazendo com que se afastassem.

“Inacreditável!” A loira pensou, inconformada com mais uma interrupção.

– Essa deve ser com certeza a coisa mais sexy que já presenciei na minha vida! – O rapaz continuou e as duas o fuzilaram com o olhar.

– O que você quer, Noah? – Gwen perguntou, soando mais grossa do que gostaria.

– Falar com você, é claro... – Sentou-se na cama, como se nem estivesse incomodando. – Sobre a Jenn... – Acrescentou. – Nossa, ainda bem que cheguei agora, porque se chegasse um pouco depois não ia mais poder usar meu apelido favorito!

Ambas as garotas reviraram os olhos. Por que diabos alguém sempre tinha que atrapalhar?


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