School Days escrita por Isa


Capítulo 71
Capítulo 71: “Because I love her.”




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Definitivamente, Rony não gostava nem um pouco de Cooper Clarington. Como se toda a implicância com ele não fosse o bastante, agora o rapaz queria tirar o posto de quarterback de Matt apenas para conseguir namorar Liz. “Ah, se ele soubesse...” Riu com o próprio pensamento, enquanto ouvia a conversa dos colegas de time no vestiário.

– Algum problema, Crutcher? – Cooper perguntou, com seu “clássico” tom arrogante.

– Não. Nenhum. – Respondeu, querendo evitar problemas.

– Então posso saber do que você estava rindo?

– Já falei que não é nada.

– Vejam só, a garotinha está com medo de apanhar... – Fez questão de provocar, como sempre fazia.

Os “amigos” idiotas de Clarington começaram a rir, fazendo Rony revirar os olhos. Como é que conseguiam ser tão infantis?

– Boa sorte com a Harrison, Coop. – Desejou, enquanto pegava suas coisas. – Você vai precisar... – Afirmou, passando por ele e saindo do vestiário.

Seria com certeza muito engraçado ver seu “grande amigo” levando um fora de Liz. Isso se já não tivesse levado, considerando que estava “bolando planos” que envolviam substituir Matthew no time. “Como se fosse funcionar...”

Dirigiu-se até o próprio armário, onde pegou os dois livros que precisaria para a aula de Álgebra II. No meio do caminho para a sala, se deparou com Josh, que não parecia muito bem humorado. Resistiu ao impulso de ir falar com ele, mudando seu caminho.

É, não estava sendo nada fácil ignorar o namorado – ou ex – daquele jeito...

(...)

“E então, podemos sair esse final de semana?” – R

Becky sorriu ao ler a mensagem em seu celular. Não, não achava que pudesse vir a ter algum relacionamento com Rachel, ou algo do tipo, mas era bom finalmente estar tentando de fato seguir em frente.

Algumas risadas a fizeram desviar sua atenção do celular. Ao olhar para trás, viu Brittney e Claire conversando, próximas ao armário da loira. A relação das duas ainda a incomodava um pouco, mas estava aprendendo a lidar um pouco melhor com a situação. E até que Claire era uma pessoa legal, apesar de namorar a “sua” Britt. Continuaria a invejando eternamente por isso, mas agora começava a achar que em breve seria capaz de aturar a existência dela.

– Hey, Becky! – Cumprimentou um rapaz, que passava por ali.

Isso a fez parar de encarar o casal que já havia começado a se beijar. Sorrindo educadamente, murmurou um “oi” enquanto acenava para Roy – ou Rory, não sabia bem, apesar de estudarem juntos desde a quarta série – e voltava a olhar para o aparelho em suas mãos.

Pensou bastante antes de responder a mensagem de Rachel. Não queria passar a impressão de que queria algo sério com a garota, mas ao mesmo tempo queria muito dizer “sim” para o convite. Resolveu que conversariam sobre isso mais tarde e digitou um “claro, o que tem em mente?”.

Infelizmente, teve que guardar o celular quando a senhorita Pillsbury passou por ela. Por alguma razão, não tinham permissão para usarem nenhum tipo de aparelho eletrônico nem mesmo fora das salas de aula. Claro que, alguns professores eram mais simpáticos que os outros, mas esse não era o caso daquela mulher, especificamente.

(...)

– Hey! – O ex estudante de Boenher exclamou, alegre.

– Oi Sebastian. – Gwen cumprimentou, de má vontade.

– Aconteceu alguma coisa? Por que está com essa cara? – Quis saber, em um tom ridiculamente preocupado. – É por causa da Harrison?

“Isso é mesmo sério?” A baixinha se perguntou, sem acreditar que estava mesmo ouvindo aquilo.

– Não, meu mau humor definitivamente não é culpa dela. – Rolou os olhos, ao responder.

– Então o que foi? – Tentou tocar o rosto dela, mas ela se esquivou. – Me fala, por favor...

– Sabe qual é o meu problema? Você e essa sua paixonitezinha ridícula!

– “Paixonitezinha”? – Repetiu, ofendido. – Isso não é uma “paixonitezinha”! – Praticamente berrou. – Eu te amo...

– Legal, só que eu não sinto o mesmo e já deixei bem claro que isso não vai mudar. Por que não entende isso de uma vez?

– Porque não faz sentido! – Irritou-se verdadeiramente. – Não faz sentido! – Tornou a dizer. – Desde antes de eu perceber meus sentimentos, desde o início, eu sempre fui legal com você, sempre te tratei bem. Mas quem você escolhe? Aquela vadiazinha egoísta que não dá a mínima para os seus sentimentos!

– Que merda você acha que sabe para falar assim dela? – Pela primeira vez, ele conseguiu ver raiva verdadeira estampada no rosto da baixinha. Não apenas irritação, era fúria mesmo. Isso o fez recusar, sem saber como reagir. – Você está certo. Sempre foi legal comigo e sempre me tratou bem. Mas nos últimos meses, tem agido como um completo babaca! E dessa sua versão, Sebastian... Eu não quero nem mesmo ser amiga!

– Espera, você não precisa...

– Cala a boca. – Não foi um pedido. – Sabe por que eu estou com a “vadiazinha egoísta”? – Fez aspas com os dedos. – Porque eu a amo. Ficou bem claro agora? Eu não sinto e nem vou sentir absolutamente nada por você. Nunca. Jamais. Eu a amo e por mais que você tente, não vai conseguir mudar isso. – Se virou para ir embora, agradecendo mentalmente por não ser popular e ninguém prestar atenção nas suas conversas.

– Gwendy, espera... – Tentou, mas foi inútil. A garota apenas resmungou um “me deixa em paz” e caminhou até Noah, que ficou preocupado ao vê-la tão nervosa.

“Ela estava blefando. Ela não pode amar a Harrison.” Sebastian disse para si mesmo em seus pensamentos, sentindo-se ainda mais frustrado.

– O que aconteceu? – Quis saber Josh, se aproximando dele acompanhado por Isaac e Frannie.

– Não foi nada. – Se esforçou para soar convincente, antes de sair de perto do armário da baixinha e seguir até o laboratório de Química, onde seria sua próxima aula.

(...)

Jennifer se perguntava o porquê de Noah ainda não ter a beijado. Não que quisesse que as coisas fossem rápido demais ou que ele tentasse transar com ela no primeiro encontro – embora fosse o tipo de coisa que esperava dele, antes de começar a conhecê-lo melhor – mas já haviam sido três. Três encontros e nenhum beijo! Chegava até a ser meio frustrante...

– Noah! – O chamou, enquanto caminhava até ele, que conversava com Matt.

No mesmo instante, o running back se virou, abrindo um largo sorriso ao vê-la.

– Hey, Jenn...

Antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, o puxou pela gola da camisa e colou seus lábios, o que o deixou completamente sem reação inicialmente. Entretanto, poucos segundos depois ele já estava correspondendo.

– Uou! O que foi isso? – Ele perguntou, quando se afastaram.

– Isso fui eu tomando a iniciativa. – Informou, antes de se virar e ir embora, deixando-o ali parado, com um enorme e idiota sorriso no rosto, enquanto Matt coçava a cabeça, confuso com o que tinha acabado de presenciar.

(...)

Gwen estava sentada no “palco” do auditório do colégio. Tecnicamente, deveria estar na aula do professor Hale, mas no momento não tinha muita cabeça para ouvir explicações sobre a matéria de Biologia. Em boa parte por raiva e estresse causados pela “perseguição” insuportável de Sebastian, mas também por ter admitido, com toda a certeza do universo, que amava sua não namorada.

Ouviu o barulho da porta se abrindo e ergueu os olhos para ver quem estava entrando, torcendo para que não fosse nenhum professor, já que ficar ali não era exatamente permitido. Por ironia do destino, era Liz. Seu coração passou a bater diferente quando a viu e um sentimento de completa alegria a impediu de deixar de sorrir. Gostava daquela sensação. Ter certeza sobre como se sentia era bom. Embora ao mesmo tempo trouxesse uma insegurança completamente infundada.

– O Noah me falou que te viu discutindo com o Friendzone hoje mais cedo. – Informou a loira, fechando a porta para então andar até ela e sentar-se ao seu lado. – E como você não apareceu na aula da senhorita Pillsbury e não te vi entrando na do senhor Hale, fiquei preocupada. O que aquele idiota fez?

– Eu estou cansada dele e essa maluquice de achar que algum dia vou acabar mudando de ideia. – Afirmou, suspirando longamente. Decidiu deixar a parte do “e eu disse que te amo” para depois. Não era o momento certo para dizer.

– E é só isso que está te perturbando? – Olhou-a, desconfiada.

– Bom, mais ou menos... Eu meio que percebi uma coisa, mas não quero falar sobre isso agora. – Foi sincera. Sabia que mentir para Liz não era algo que ela soubesse fazer muito bem.

– Devo ficar preocupada?

– Não. – Sorriu. “Na verdade, acho que sou eu quem preciso me preocupar.” – Como sabia que eu estava aqui?

– Sendo sincera? Eu te procurei na escola toda. – Admitiu. – Vai voltar para a sala ou continuar aqui?

– Continuar aqui.

– E... Prefere ficar sozinha?

– Antes de você chegar eu preferia.

Foi a vez da líder de torcida sorrir. Gwen então beijou-lhe os lábios de forma delicada e as mãos de Liz saíram dos bolsos do casaco para encontrarem seu rosto. Havia algo de diferente naquele beijo em especial e a mais alta não teve dificuldade em perceber. Isso a deixou imensamente feliz, já que fazia tempo que tinha certeza dos seus sentimentos. Amava a sua baixinha e queria mais do que qualquer coisa que aquilo que tinham se tornasse um relacionamento oficial.


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