School Days escrita por Isa


Capítulo 67
Capítulo 67: Roles reversed




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– Só estou dizendo que você é muito medrosa. - O tom de Brittney indicava divertimento. - Quem diria que logo você teria medo de filmes de terror?

– Eu sei, eu sei. É patético. Eu sei disso. - Claire revirou os olhos, mas acabou rindo também.

– Eu nunca disse que acho patético... Na verdade, foi até meio fofo...

– "Fofo"? - Repetiu, em tom incrédulo. - Eu estava apavorada, como pode achar isso fofo? - Riu outra vez.

– Ah, você é sempre fofa. - Deu de ombros. - De maneiras diferentes, claro. Mas é sim.

– Se você diz... - Sorriu enquanto estacionava em frente ao portão principal de Roosevelt. - Boa aula... - Deu-lhe um selinho.

– Você também...

– Venho te buscar hoje...

– Certo.

Então Britt a beijou mais uma vez, antes de sair do carro e entrar no colégio. Seria um dia cansativo. Já começaria com uma aula de Álgebra II, depois Química e então Física. Por isso odiava quintas-feiras. O lado bom é que depois do almoço seria Educação Física e então em seu horário vago teria prática extra das líderes de torcida. Ou seja, manteria sua cabeça bem longe dos números, para a sua felicidade.

(...)

Isaac sentia-se diferente ao caminhar pelos corredores em direção ao seu armário. Quem o via, não fazia ideia do quão orgulhoso de si mesmo ele estava. Terry havia dito que o amava, afinal. Olhava os "pobres mortais" à sua volta e sentia pena de cada um deles por não terem a sua sorte. De todas as pessoas do mundo, a garota mais incrível que ele conhecia foi se apaixonar justamente por ele... Era motivo o suficiente para se sentir o rei do mundo. Todos aqueles jogadores imbecis que nunca entenderiam o quão perfeita Terry conseguia ser sem precisar se esforçar ou mudar absolutamente nada nela. E ele a amava também. Sim, definitivamente o que ele sentia era amor. Tinha tanta certeza quanto quando estava namorando Gwen. Embora não parecesse, ele era bem resolvido sobre os seus sentimentos, ele sempre sabia distingui-los bem. Amava tanto Theresa que nem sabia que palavras usar para descrever tal sentimento para si mesmo. Finalmente, tudo estava perfeito. Ele até duvidava de que algum dia poderia ficar mais feliz do que naquele momento...

Um puxão repentino em seu braço o tirou dos seus pensamentos.

– Pensando na Terr outra vez, irmãozinho? - Perguntou Frannie.

– Somos gêmeos. - Lembrou, incomodado pelo "apelido" usado pela irmã.

– Eu nasci primeiro, foi nosso pai mesmo que disse.

– Sim, vinte minutos! Isso não conta direito.

– Conta sim, mas não vamos discutir isso. Responda minha pergunta.

– A resposta não é óbvia? - Não conseguiu evitar um sorriso. - Eu ainda não acredito que ela disse que me ama...

– Bom, agora que ela disse isso, acho que vamos precisar ter uma conversa séria sobre não terminar por outros motivos idiotas que você consiga pensar. - Declarou. - Porque bem, quando terminou com a Gwen, ela ficou magoada.

– Por tipo, uns dois minutos no máximo... - Riu com a lembrança. Agora isso não o incomodava mais, obviamente.

– Não. O que estou tentando dizer é que vou ficar muito brava com você se magoar a Terry. Entendeu?

– Sim, senhora. - Prestou continência. - Mas não se preocupe. Eu nunca magoaria a Terr...

(...)

– Aqui estão os papéis da sua transferência, senhor McKean. - Disse a secretária do diretor, em tom entediado.

– Obrigado, senhorita Hummel. - Agradeceu, sem conseguir conter o sorriso.

E então, como a pessoa extremamente madura que não era, saiu correndo da diretoria rindo feito um idiota. Aquela seria a sua mais importante e efetiva "jogada". Conquistaria "sua" Gwen de uma vez por todas e a faria perceber o quão errada estava ao decidir ficar com Liz Harrison. Começaria suas aulas em Roosevelt na próxima semana e então teria que mudar completamente seus hábitos. Nada de discutir com Liz. Após a noite anterior no cinema havia percebido que isso desagradava a baixinha, então teria que fingir gostar da líder de torcida. Ou pelo menos, aturar a existência dela. Logo, Gwen perceberia que Liz era a "vilã" da história.

Quando elas terminassem - sim, ele tinha certeza absoluta de que conseguiria fazer isso acontecer - ele "entraria em ação", mostrando para a morena de uma vez por todas o quão bom para ela podia ser. Com o tempo, os sentimentos dela começaria a mudar e... BOOM! Se tornariam um casal. Era o plano perfeito! Na cabeça dele, pelo menos.

– Ei! Olha por onde anda, idiota! - Cindy vociferou irritada, quando ele esbarrou nela, derrubando seus livros.

– Foi mal! - Exclamou, mas em vez de ajudá-la apenas seguiu em direção ao ginásio.

Chegando lá avistou Susan, falando ao telefone. Esperou que ela terminasse, antes de se aproximar.

– Hey, Sue! - Cumprimentou, empolgadíssimo.

– Tchau. - Ela respondeu, sem a menor paciência para falar com ele.

(...)

"Espera, então vocês não se beijaram?" - G

"Surpresa?" - N

"Um pouco." - G

"Como já te falei, gosto mesmo dessa garota." - N

"Estou vendo..." - G

"Sério, é até meio impressionante..." - G

"Quase tanto quanto ver você e a Liz juntas." - N

"Eu só queria que estivéssemos juntas mesmo, de verdade." - G

"É só pedir." - N

"Não é tão simples. Eu não sei se ela vai aceitar..." - G

"Hahahahaha." - N

"Não pode estar falando sério, Gwendy..." - N

"Eu estou. E isso não é engraçado. Ela recusar é uma possibilidade real..." - G

"Não, não é não." - N

"É claro que é!" - G

"Tudo bem então, pense o que quiser." - N

"Mas só está perdendo tempo..." - N

– Senhor Laurent! - O senhor Waters chamou sua atenção. - Pode, por favor, guardar seu celular prestar atenção na aula?

Murmurou um "aham", enquanto colocava o telefone no bolso de sua jaqueta dos WildTigers.

(...)

Enquanto pegava alguns livros em seu armário, Liz notou a presença de alguém atrás dela. Virou-se devagar, se deparando com Cooper Clarington.

– Hey, Lizzie! - Ele cumprimentou, sorrindo de forma estranhamente animada.

– Hã... Oi... - Disse, estranhando o garoto usar aquele apelido. Afinal, nunca haviam conversado.

– Você está muito gata hoje, sabia? - Elogiou.
Instintivamente revirou os olhos, já entendendo o porquê dele estar ali.

– Não.

– Não o quê? - Cooper fingiu inocência.

– Não vou sair com você, se é por isso que está aqui. - Fez questão de deixar o mais claro possível.

– Por que não? - Juntou as sobrancelhas. - É por que eu não sou quarterback? Porque se for isso, acredite, posso tirar isso do Matthew a qualquer momento.

– Não, não é por isso. É porque eu não tenho interesse algum em sair com você. - "Ou qualquer pessoa que não seja a Gwen." Completou mentalmente.

– Bom... - Pegou um papel no bolso e entregou para ela. - Me avise se mudar de ideia.

– Eu não vou. - Asseverou.

– Vamos ver... - Sorriu convencido antes de se retirar.

Revirando os olhos mais uma vez, Liz voltou sua atenção para o armário, tentando encontrar o livro de Biologia.

– Oi! - Um sorriso surgiu em seus lábios ao escutar aquela voz.

Assim que encontrou o que procurava, olhou para a sua baixinha sem conseguir disfarçar sua alegria ao vê-la. E olha que tinham se visto na noite anterior...

Acontecia toda vez, ela não conseguia evitar. Cinco minutos após o "tchau" ela já começava a sentir saudades.

– O que é isso? - Os olhos castanhos correram para o papel que Cooper a tinha entregado. Até então, a loira sequer havia se dado ao trabalho de ver o que era aquilo. - "Me liga"? - Leu, em tom de voz incrédulo. - De quem é esse número?

– Cooper Clarington. - Respondeu, sem dar muita importância ao fato. - Mas eu não vou usar. - Acrescentou, percebendo a expressão preocupada de Gwen.

– É melhor que não use... - A ouviu resmungar. Um sorriso brincou em seus lábios. Era bom saber que não era a única ali a sentir ciúmes... - Espera aí... - Olhou para ela com desconfiança. - Por que não jogou fora, então?

– Porque ele acabou de me entregar e não tem nenhuma lixeira por perto? - Sugeriu o óbvio.

– Tudo bem. - Pareceu se convencer, voltando a sorrir logo em seguida. - O que vai fazer hoje?

– Nada.

– Ótimo! - Exclamou. - Porque eu não me conformo com a ideia de você nunca ter assistido Star Wars...


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