School Days escrita por Isa


Capítulo 104
Capítulo 104: Intimação




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Ao chegar no colégio, Becky não pôde deixar de notar o quão triste sua amiga estava. Estranhou inicialmente, mas logo lembrou de que Claire havia ido embora. Sinceramente, não compreendia o porquê de Britt estar tão cabisbaixa. Tudo bem, namoros à distância nunca eram fáceis, mas ainda assim era uma situação infinitamente melhor do que optarem por um término, sendo ele temporário ou definitivo.

A contragosto – detestava ter que lidar com uma Britt triste, pois isso sempre destruía seu bom humor completamente – se aproximou.

– Hm... Hey... – Cumprimentou, meio receosa.

– Ah, oi Becky. – Não teve dificuldade em notar que o sorriso da amiga era forçado. – Tudo bem?

Comigo, sim. – Apoiou o corpo no armário que ficava bem ao lado do da loira, que àquele ponto já tinha sido fechado. – Quer conversar sobre isso?

– Honestamente? Não. – Deu um longo suspiro. – Mas acho que já é mais uma questão de precisar do que de querer. – Outro suspiro. Becky limitou-se a assentir. – É idiotice, mas não consigo deixar de me preocupar. E mesmo que ela tendo viajado ontem, já sinto tanta saudade... Argh! – Grunhiu, repentinamente. – Estou sendo patética, eu já sei, nem precisa falar!

– Não está. – Teve que discordar. – É totalmente compreensível que esteja preocupada e que sinta a falta dela. Você a ama, afinal de contas. – Foi impossível dizer a última frase sem acabar se deixando afetar um pouco. Por mais que estivesse conhecendo novas pessoas, continuava tendo um resquício do amor que sentia pela ex. – Apesar disso, não acho que deva ficar tão triste. Vocês ainda estão juntas e isso é ótimo. – “Para vocês.” Completou mentalmente. – Vai demorar um tempo para se acostumar com a ideia de não tê-la por perto todos os dias, mas aos poucos tudo irá se ajeitar. – Finalizou, sorrindo de forma amigável e compreensiva ao mesmo tempo.

Britt ficou a encarando por algum tempo, como se processasse as coisas que ela tinha dito. Mas logo, um sorriso lindo apareceu e Becky foi puxada para um abraço apertado.

– Obrigada... – Britt agradeceu, notavelmente mais contente. – Você é a melhor amiga que existe!

– Eu sei. – Respondeu brincalhona, correspondendo ao abraço de maneira carinhosa.

– E também, um exemplo de humildade! – A outra ironizou, rindo.

(...)

– Ah, qual é, Isaac... Não seja tão fanboy. – Reclamou Josh, revirando os olhos. – O R2-D2 esteve em todos os seis filmes e também estará nesse. Não é como se o BB-8 quisesse roubar o lugar dele como seu droid favorito...

– Continuo não sendo obrigado a gostar. – Isaac respondeu, dando de ombros.

– Okay então, eu desisto! – Josh mais uma vez revirou os olhos.

– Estão falando de Star Wars? – Perguntou Gwen, “surgindo” do nada e trazendo Liz junto.

Ao ouvirem a voz da amiga, os dois garotos deram um “pulo”, por conta do leve susto que levaram. De onde ela tinha vindo?

– Uhum... – Confirmou Isaac. – Hey, Gwendy... O que acha do BB-8?

– Ainda não vi o filme, então não sei o que achar. – Gwen respondeu.

– BB-8 é aquele robozinho redondo do trailer? – Liz questionou, franzindo o cenho.

– Droid! – A morena e os dois rapazes exclamaram, em uníssono.

– Tanto faz... – A líder de torcida revirou os olhos verdes, rindo do fanatismo deles.

– “Tanto faz”? – Gwen repetiu, em tom interrogativo. – Olha, pelo bem do nosso relacionamento, vou fingir que você não disse isso...

Liz murmurou “dramática” consigo mesma, enquanto ria novamente. Na verdade, sabia quais eram os termos corretos – também, era “obrigada” a assistir algum dos filmes quase toda semana – e errava propositalmente, porque aquilo “ativava” a nerdice deles, deixando-os irritados. Mas não tinha culpa se Gwen ficava tão fofa daquele jeito.

– Enfim, vocês acham que o Finn é realmente o jedi? – Quis saber Josh.

– É claro que ele é o jedi, Josh. Não viu os trailers? – Foi a vez de Isaac revirar os olhos.

– Olha, nos trailers ele aparece usando o sabre de luz, mas isso não quer dizer necessariamente que seja nele o despertar da força. – Gwen discordou. – Eu acho que a jedi vai ser a Rey. Acho não, tenho certeza.

– E por que eles fariam todo o marketing mostrando o Finn como jedi? – Isaac perguntou, retoricamente.

– Talvez por quererem guardar isso para o filme? – Josh sugeriu o óbvio. – Concordo que a Rey será a jedi. A jornada do herói se aplica perfeitamente.

“Como você pode dizer que se aplica perfeitamente,sendo que só viu trailers até agora?” Foi a pergunta que Isaac pensou em fazer, mas infelizmente – felizmente para Liz, que já estava cansada daquele “debate”, permanecendo ali apenas por causa de Gwen – o sinal tocou.

(...)

Caleb, relaxa. – A voz de Sue soou divertida, sendo acompanhada de uma breve risada. – O doutor Thompson disse que está tudo bem com o bebê.

– Mesmo? – Ele suspirou, aliviado. – Ei, você sabe que esses exames não são 100% eficazes, não sabe?

Sei sim. – Sue respondeu, séria. – Só que pelo que eu li, as chances dele estar certo é maior do que de estar errado...

– Bem, você quem sabe. – Embora a namorada não pudesse ver, Caleb deu de ombros. Apesar de preocupar-se, preferia acreditar que estava tudo bem realmente do que ficar pensando na probabilidade do exame estar errado. – Mas qual a “grande notícia” que você falou?

Então... – Ele percebeu pela forma como ela falava que a tal notícia a tinha deixado bastante animada. – É uma menina!

Um largo sorriso apareceu nos lábios do rapaz.

– Sério? – Ouviu um “claro que é” como resposta. – Hum... Sendo assim, acho que vou mesmo precisar de uma arma... – Brincou.

Ela ainda nem nasceu e já está pensando no que vai fazer com os namorados? – Sue questionou, rindo.

– Tenho que pensar nisso com antecedência. – “Explicou”. Foi quando viu o diretor “surgir” no final do corretor. – Uh, droga. Vou ter que desligar, Sue. Se o senhor Kemmer me pega com o celular outra vez...

Tudo bem... Até mais tarde...

Até... Amo você. – Fez questão de dizer.

– Também amo você, Caleb. – Sorriu consigo mesmo ao ouvi-la responder. Não que Sue nunca tivesse lhe dito aquilo, mas ficava igualmente feliz todas as vezes que ela dizia.

Encerrou a ligação e enfiou rapidamente o aparelho no bolso. Sinceramente? Não entendia o porquê daquela regra estúpida. Para ele, o uso dos celulares deveria ser proibido apenas durante as aulas... Não que ter uma opinião sobre o assunto fosse mudar muita coisa.

Enquanto caminhava novamente em direção ao refeitório, viu Cooper – mais uma vez – perturbando um garoto do primeiro ano. Revirou os olhos, lembrando-se de quando era ele quem fazia aquele tipo de coisa...

(...)

– Olha, eu entendo que esteja esperando esse filme desde 2005 mas não acho que acampar em frente ao cinema apenas para assisti-lo na estréia seja a melhor das ideias. – Considerou Liz, meio incrédula pela namorada estar mesmo cogitando aquilo.

– Se eu e o Josh não formos na estréia, alguém pode nos dar um spoiler. – Argumentou Gwen. – Sem falar que já comprei os nossos ingressos.

“Nossos?” A loira pensou em perguntar, mas não pôde, já que avistou Sebastian, que caminhava – cambaleante – na direção delas. “Que ótimo!” Ironizou mentalmente, sem paciência alguma para aquele projeto de stalker problemático. E, aparentemente, a baixinha também não, pois sentiu sua mão ser puxada para que andassem mais depressa.

– Ei, Gwendy! – Sebastian chamou, as alcançando. – Podemos conversar?

Gwen o ignorou, acelerando ainda mais o passo.

– Qual é, espera! – Ele correu até alcançar o braço da morena. – Eu preciso falar com você.

– Me solta, estamos com pressa. – Afirmou, tentando se livrar das mãos suadas do ex amigo.

– Não. Por favor, você precisa me escutar. – Ele insistiu, agarrando o braço da garota com um pouco mais de força, meio que desesperado.

– Solta ela, idiota. – Rosnou Liz, irritando-se. – Ela não quer falar com você, okay?

– Cala a boca, Harrison. Você não tem nada a ver com isso! – O rapaz vociferou, notavelmente agressivo.

– Mesmo? Porque até onde sei, sou a namorada dela... – Liz retrucou.

Foda-se! – Seb simplesmente berrou. – Gwen, pelo amor de Deus, me ouve...

– Certo... – Gwen cedeu, apenas porque sabia que seria inútil ignorá-lo. Discretamente, analisou o estado em que ele se encontrava. Nojento e horrível seriam as melhores palavras para descrevê-lo naquele momento. Por quê? Bem, por uma razão mais do que simples: ele tinha começado a beber, tipo, exageradamente. Chegando ao ponto de na noite anterior, Noah ver Allison o “expulsando” de um bar. – Você tem cinco minutos.

Ao lado dela, Liz bufou, resmungando um “não pode estar falando sério”.

– Obrigado. – Ele agradeceu, soltando-a. – Acho que seria bom começar admitindo a minha culpa. Eu entendo que talvez tenha sido meio babaca, fazendo você achar que essa daí tinha te traído. – Liz revirou os olhos diante do “essa daí”. – Mas... Embora eu entenda meu erro... – “Estou falando sério, Sebastian. Você devia parar com essa merda. O ano está acabando, não é como se você fosse vê-la depois da formatura.” As palavras de Allison repetiam-se na cabeça dele, que preferia ignorar totalmente a parte que dizia que deveria desistir e focar-se em “o ano está acabando”. – Quero deixar claro que não desisti, porque... Olha só... – Apontou ambas as mãos para si mesmo. Estava com um hálito forte de álcool e os olhos repletos de olheiras enormes. – Estou acabado. E é culpa sua! De vocês duas e desse namorinho estúpido! Gwendy, falo sério mesmo, eu preciso que você goste de mim! Eu preciso que retribua meus sentimentos...

– Okay, chega. – Gwen interrompeu-o, cansada daquilo. – Entenda uma coisa de uma vez por todas, pois não vou mais repetir: eu não quero ficar com você. Não adianta insistir. Já perdi minha paciência para esse seu draminha e essa sua obsessão esquisita, está bem? Então, faça um favor a si mesmo e pare de me perturbar. Porque depois de tudo que aconteceu, perdi completamente minha paciência com você.

– Beleza... – Ele concordou, com um olhar de raiva. – Mas que fique claro: você vai se arrepender disso, Collins.


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