Vingadores: 2° Geração escrita por Giovanna


Capítulo 9
Código Azul


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Mais um capitulo e quero mais comentários pra saber se estou indo bem :D
Sem mais delongas, Boa leitura!



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Casa dos Rogers, 25 de Outubro 10:32 AM

Natasha Romanoff

– Panquecas! – Gritou Thea feliz da vida.

– É Thea sabemos que as panquecas da mamãe são ótimas. – Falei convicta de que ela me apoiaria.

– Na verdade as da America são melhores, mas as suas também servem. – admitiu minha bebê menor enquanto enfiava um pedaço enorme de panqueca com geléia de uva na boca.

– Ah! Então quer dizer que as da sua irmã são melhores? Vamos ver isso quando o seu aniversario chegar. – Ameacei alegremente.

– Mãe... – chamou. – Te Amo. – ela fez um coração com as mãos em frente ao rosto.

Gargalhamos e America entrou na cozinha.

– Hey Pestinha, você esta toda lambuzada de Geléia de uva. – falou pegando um guardanapo e a limpando.

Ela revirou os olhos incansavelmente enquanto a irmã tentava ajudá-la.

– Coma logo filha, antes que sua irmã como as suas panquecas também. – brincou Steve.

– Pode deixar. – falou começando a comer, foi ai que prestei atenção em sua camiseta.

– America essa camiseta de novo? – repreendi.

– Mas Mãe, eu gosto dela.

– Mas, nada senhorita America, termine seu café e vá trocá-la, ela esta cheia de furos de balas, e você tem o seu encontro com a Megan e o James hoje, não é, você não vai sair com essa camiseta, vai? – Perguntei e ordenei, eu tinha o dom de fazer isso sempre.

Ela franziu as sobrancelhas e mordeu os lábios. Aquela cara era típica de quando ela esquecia algo, Ai America.

– Ela esqueceu do compromisso. – Steve afirmou tentando não rir.

Ela se levantou e foi para o quarto, me sentei à mesa e comecei a comer. Sujei-me de geléia propositalmente e Steve a limpou me olhando doce como sempre. Aqueles olhos seriam minha perdição qualquer dia, se é que já não eram.

– Mãe? Pai? Isso esta ficando esquisito. – avisou o bebê da casa.

Rimos e nos desconectamos visualmente por alguns segundos, mas logo entrelaçamos nossos dedos embaixo da mesa. Acabamos de tomar café e coloquei os pratos na lavadora, eu até podia ter virado mãe, mas empregada eu não tinha tempo de ser.

Fomos para a sala, Steve se sentou no sofá e me sentei ao seu lado me aconchegando a ele. Thea pegou seu bloco de papel e seu Giz de cor e começou a pintar. Ela dizia querer ser desenhista por isso tratei de comprar Muitos papeis e lápis de cor pra ela.

Era meio que um instinto maternal sempre incentivar o que quer que as meninas queiram ser na vida. Talvez tivesse algo relacionado a minha infância que eu nem me lembro, mas como o próprio Steve disse, tentaríamos fazer com que elas não tivessem uma vida como a nossa em nossos aspectos ruins.

Um dos meus era que ninguém me incentivou a fazer qualquer coisa.

Uma das provas de que eu fazia ao contrario de tudo é que se você perguntar a Pequena Thea, ela te dirá que eu já comprei um piano, um bloco de notas, uma guitarra, uma maquina de escrever, uma calculadora portátil, entre outras coisas desde que ela falou que queria ser Pianista, Poeta, Estrela do Rock, Escritora, Matemática e etc.

Eu não curto muito comprar coisas, mas eu posso mandar Megan que adora fazer isso por mim. Ela sempre Gosta de renovar o meu guarda roupa quando pode. Então talvez seja por isso que nos damos melhor do que muita gente.

– Não sei que horas eu volto mãe. – avisou uma America agora trocada. – mas você sabe, não saio de lá sem ganhar.

Rimos.

– Não demore lá, se precisarmos vamos ligar Ok? Se cuide e...

– Te Amamos! – Gritamos todos juntos.

– Também Amo vocês todos! – gritou provavelmente da Garagem.

Ela tinha uma Carteira de Motorista já com 14 anos, infelizmente ou felizmente ela queira seguir nossa “Carreira de trabalho” então por decreto da S.H.I.E.L.D ela tinha direito de ter uma carteira. E com isso ela se mostrou mais responsável do que muitos jovens de 18 anos por ai.

Minha America cresceu tanto em pouco tempo. De Todos, ela é a mais madura. Sempre disseram isso desde que eu fiquei grávida “Essa menina será a mais Madura!” “Mais é claro vindo do Steve e da Natasha! Ela não poderia ser diferente.” E realmente, ela era mais em tudo.

Sua responsabilidade é inigualável, sua Lealdade, seu bom senso, seus pensamentos e amadurecimentos. Ela parece até uma adulta presa a um corpo de adolescente. A única coisa que me preocupa é o seu isolamento, ela não costuma procurar nossa ajuda, claro que quando ela se machuca somos os primeiros que ela grita, mas quando se trata de seus sentimentos e pensamentos, ela se fecha tão rápido quanto eu atiro uma bala.

Esse era o meu único problema com ela...

Senti leves cócegas no meu ombro, de olhos fechados sorri sabendo o que era. Os beijos do Steve sempre me causaram arrepios, não importa aonde sejam.

– Amor, a Thea esta na sala... – avisei sorrindo.

– Então vamos para o quarto. – propôs.

– Não enquanto nossa filha estiver aqui. – me desvencilhei dele e sorrindo fui ajudá-la com o desenho. – hey, querida o que esta desenhando?

– A nossa casa. – respondeu concentrada.

Olhei o desenho, ele era feito todo de giz de cera preto. A nossa casa com todas as janelas e os 3 andares, o sótão e até mesmo a escadinha para se subir, uma arvore a um lado e todos nos ao outro. Steve, Eu, America e ela. Todos sorriam, menos America. Aquilo me intrigou...

Porque somente ela não sorria?

– Amorzinho? – ela me fitou com seus intensos olhos Azuis. – porque a America não esta sorrindo?

– Ah mamãe, a America não costuma sorrir naturalmente, ela tem pesadelos que não a deixam em paz, então ela não costuma sorrir de verdade.

Aquela resposta me preocupou. Como a Thea sabia dos tais pesadelos e eu não?

–Querida? Como sabe desses pesadelos? – perguntei como se não quisesse nada, mas percebi Steve começar a prestar atenção na conversa.

– Todas as vezes que íamos à casa do Tio Stark, sozinhas lembra? – assenti e ela prosseguiu. – Ela ia para o quarto dele e os dois ficavam lá por horas, um dia eu perguntei a ele e ele disse que eram só pesadelos que ela queria lhe contar.

Olhei para Steve e ele suspirava de desapontamento. O Stark era seu melhor amigo, porque não havia nos contado? Ah, é obvio, o assunto era “America Romanoff Rogers, Minha filha, sua Afilhada” se America dissesse não, ele não nos contaria, principalmente se tratando da mente dela...

Mas por um lado eu me sentia remotamente aliviada, eu sei, estranho, mas eu me sentia Aliviada em finalmente saber o que tanto atrapalhava America e talvez, um pouquinho por ela ter procurado ajuda com alguém que conhecemos, e eu fiquei feliz pelo Tony a escutar, ela não gosta muito de falar, então é sempre bom saber que ela confiava nele para falar sobre aquilo.

Mas se for assim, ela não confiava em nós?

“Acalme-se Romanoff.” Pare de ser tão sentimental... É surpresa, eles não podem perceber. Suspirei e me levantei dando um beijo no topo da cabeça de Thea, mas ao olhar para o lado eu percebi. Um pontinho vermelho esperando para ser acionado. Para onde ele mirava?

O Peito de Steve.

Suavemente o olhei e peguei Thea no colo, eles estranharam, eu estava tentando não estar com Thea no colo sempre, ela precisava se acostumar que não ficaria muito tempo mais nos nossos colos, principalmente com a nossa vida.

Ele me olhou questionando o que seria, eu suspirei em forma de relaxamento e ele o fez, peguei uma das mãos da Thea a beijei e coloquei no mesmo lugar onde o Pontinho estava, só que em mim.

Ele ficou parado por um instante sem entender, até que se olhou no reflexo da mesa e viu o que o ameaçava. Como se fomos feitos para fazer isso juntos, corri com Thea no colo para o próximo andar enquanto ao mesmo tempo ele virava a bandeja de prata que eu havia trazido da cozinha com água e suco para todos a pouco tempo antes de America sair.

Tiros ecoavam pela casa, enquanto subia as escadas podia ver Steve com a bandeja subindo logo atrás de nos, se defendendo dos tiros, já que nenhum fora direcionado a mim. Em poucos segundos estávamos no andar seguinte, coloquei Thea no chão e disse:

– Código azul querida, Vai.

Ela saiu correndo e eu percebi que ela daria uma ótima Agente da S.H.I.E.L.D. Em poucos segundos ela estaria nas escadas que levavam a o porão, com armas, mantimentos e era revestido a tecnologia Stark de segurança.

Indo pelo lado oposto ao dela, percebi que os tiros voltaram e agora eu também virará um Alvo. “Aja profissionalmente, agora, você não é mais mãe, é Natasha Romanoff, mais conhecida como Viúva negra.” Meu subconsciente estava certo, agora eu era Viúva negra.

Como em um aviso, a porta do Quarto de America foi destrancado e Maquinas como o Antigo Ultron Vieram pra cima, agilmente peguei a arma debaixo da mesa de flores do corredor e comecei a atirar, um tiro os deixava mais lento, mas não os matavam. Eu precisava chegar perto, e foi o que eu fiz.

Pulei e agarrei a cabeça de um deles com as pernas, a arrancando e girando pelo chão, com as próprias mãos arranquei os seus braços, que na verdade eram armas. Metralhadoras, sendo mais especifica. A agarrei e atirei gastando todas as balas. Se isso foi bom? Sim, parece que se você utilizar 5 balas no meio da cara deles, eles caem e ficam tendo curtos.

Passava agilmente entre eles e os tirava do meu caminho, minha meta era chegar ao meu quarto, Ligar para America, pegar algumas armas e acabar com essas maquinas antiga. Foi o que eu fiz, em menos de minutos muitos deles estavam ao chão, mas claro, eu tinha que me esquecer de um.

Ele estava atrás de mim, em segundos senti uma bala perfurar a lateral do meu corpo, era horrível sentir aquilo entrando dentro da sua pele, perfurando camadas de tecido que logo seriam preenchidos com sangue. Mas essa bala tinha algo diferente, senti como se ela exalasse algo tóxico ao meu corpo.

Eu já imaginava que isso me faria cair em pelo menos 10 minutos, então eu estava em uma corrida contra o tempo, me virei e vi que as balas do robô haviam acabado, segurei em um dos seus braços, me fazendo girar por cima do mesmo e agarrei seus cabos de eletricidade, realmente essas maquinas eram antigas, as puxei e levei leves choques nos dedos, mas logo o robô caiu. Meus dedos estavam sangrando e machucados, mais isso não importava, America voltaria daqui a pelo menos 30 minutos e ela não podia ser ferida.

Corri para o meu quarto pulando em mais um dos robôs e arrancando sua cabeça, o tiro doía? Sim, mas a descarga de adrenalina me fazia esquecê-lo. Entrei ao quarto e peguei ao telefone o sujando de sangue, apertei o primeiro contato que apareceu, ao viva voz, esperei ela atender enquanto pegava gaze e colocava acima do meu ferimento, quando estava cheia de gaze para estancar o sangue, enfiei uma agulha que sempre estavam a minha rápida visão, eles me fariam agüentar até chegar a S.H.I.E.L.D ou um hospital.

Parei tudo o que fazia quando ouvi sua voz.

– Alo? Mãe?

– America, Não volte pra casa querida, não volte.

– Mãe o que esta acontecendo? – perguntou seria.

– Invasão, estamos lidando com isso, mas eles são muitos. Me ouça bem America, Não volte pra... – não terminei a frase, ouvindo Gritos do outro lado do corredor, peguei as armas que estavam acima da cama e coloquei o celular entre o meu corpo e a cintura da calça.

Abri a porta e me deparei com Thea sendo levada por três robôs aos longe. Atirei aos dois que faziam escolta, as balas pegaram em suas cabeças e os eletrocutaram, as balas tinham levas de energia dentro de si, Tecnologia Stark segunda geração.

Eu mirei muito bem, o causador da minha raiva estava na mira, então meus dedos travaram, eu não conseguia mais mexe-los, logo depois meus braços, minhas pernas e meu corpo todo pra baixo do pescoço, eu cai de joelho e depois no chão, daquele lugar eu conseguia ver Thea desmaiada no colo do robô, ele olhou para trás, sorriu e explodiu o teto de casa saindo pelo mesmo.

Pouco tempo depois ouvi gritos vindo do celular:

– Mãe o que esta acontecendo?! – gritava America do outro lado da linha.

Comecei a ver pontinhos pretos dançando em minha visão, mas eu tinha que alertá-la, ela tinha que salvar a irmã, eu estava incapaz naquele momento.

– Código Azul... America... Código Azul...

– Quem?

– Sua irmã, querida. – senti meus olhos se encherem de lagrimas, elas quase transbordavam.

Os pontinhos estavam se expandindo, então era isso o que aconteceria quando os meus 10 minutos passassem, eu apagaria. Mas claro, eu não podia poupar a imagem que vi depois. Eu tinha que sofrer mais.

Steve estava sendo trazido até mim, ele sangrava de todos os lados. Os robôs o largaram a metros de distancia, como se aquilo fosse um tipo de tortura. Com certeza ele já havia apagado com o tanto de tiros que era visível. Por isso não resistiu muito à luta.

Daqui eu o via, quebrado, destruído, mas ele ainda não sabia que nossa filha havia sido levada, quando ele acordasse e soubesse ai sim estaríamos como cacos de vidro.

Quebrados...

Minha visão escureceu de vez e eu apaguei.


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Notas finais do capítulo

E ai? mereço Review?
Beijos *-*