Torre Stark, 26 de outubro 10:23 AM

Jaddy Foster

A Noticia que Loki estava livre pegou todos de surpresa, nunca achamos que ele poderia estar ligando para o bem estar de America, mas pelo o que parece, ele estava. Mesmo que sua recepção não tenha sido a mais badalada com a noticia que Kai e Alexia nos deram hoje de manhã, quando o mesmo chegou, ele pareceu não se importar, como se tivesse realmente mudado.

Coisa que eu não acredito...

Talvez ele só saiba que não receberá atenção por estarmos malucos atrás da pequena Thea, que pelo o que podemos constatar, esta junto de nos esse tempo todo, mas não sabemos como.

Com a descoberta de Lexi pelo telefonema dela, as coisas só pareceram piorar, já fizemos uma fiscalização completa da mansão, não tem como ela estar aqui. Isso é impossível! Ou pelo menos era o que achávamos.

Havia acabado de voltar da cozinha, onde Loki havia dado sua tão estúpida versão do que podia estar acontecendo, mas parece que isso fez todo o sentido para os nossos pais, ou pelo menos o maior sentido para aqueles que haviam acabado de se levantar.

Flashback On

– Loki! Essa idéia é estúpida! – gritei com ele.

– Você é só um bebe Jaddy, não sabe o que é estupidez ainda. – me olhou atravessado. – ou talvez saiba e a use tão constantemente que não percebe-a mais.

– Ah seu imitadorzinho de meia tigela! – avancei, mas meu pai me segurou.

– Jaddy não estamos aqui para brigar, ou você se comporta ou saia. – ordenou.

Não precisei dizer muito, America entrou no local, me fazendo ficar quieta, me sentia culpada por tê-la feito explodir ontem. Elas nos analisou, e por um momento vi seus olhos refletirem um vermelho vivo, mas logo depois se recostou a uma cadeira, fazendo com que a impressão não passasse de uma ilusão de ótica.

– O que esta acontecendo aqui?

– Oi pra você também. – falaram Loki e Scorpius juntos.

– Oi Scorpius. – ela olhou Loki com desprezo. – Olá destruidor de vidas.

– Eu gosto disso. – falou com um sorriso sádico. – tenho certeza que tenho uma protegida melhor do que você Thor.

Reviramos os olhos. E America nos olhou esperando uma resposta para sua primeira pergunta.

– Estamos ouvindo a versão ridícula do Loki. – falei por fim. – ele acha que Thea esta presa dentro de um “Mundo-Prisão”.

– O que é “Mundo-Prisão”? – perguntou se interessando no assunto.

– Consiste em uma replica do mundo verdadeiro, só que somente pessoas escolhidas pelo criador ficam lá e por muitas vezes não vemos elas. – explicou Scorpius. – Vários desses já foram inventados, mas nenhum durou tempo o suficiente.

– o que acontecia com eles?

– Os mundos não eram criados corretamente, então desmoronavam aos poucos, mas eu particularmente acho que alguém criou um realmente de verdade e sua irmãzinha foi à cobaia de teste. – completou Loki.

– Viu? Isso não faz sentido! – Falei incrédula. – Nunca ninguém conseguiu criar um mundo prisão! Isso não aconteceria agora!

– Porque você insiste em achar que não? – perguntou Scorpius. – esta na cara que isso é a explicação mais lógica!

– O menino esta certo. Essa é a explicação mais lógica e sensata que eu ouvi desde que acordei. E olha que isso não faz muito tempo. – Steve estava de pé entrando na cozinha acompanhado de Natasha.

America correu a abraçá-los, os dois a abraçaram o mais forte que podiam, apesar de tudo, eles ainda eram uma família. America não derramou uma lagrima se quer.

– Você esta bem mãe? – perguntou.

– ficarei melhor assim que achar minha outra filha. – enlaçou o braço ao redor dos ombros de America. – Loki... – pra ela parecia ser difícil dizer isso. – por todo esse tempo, estive pensando e sua explicação é lógica, se o Jarvis consegue detectá-la aqui, quer dizer que ela esta aqui mas em um mundo paralelo, certo?

Ele assentiu.

– então o que estamos fazendo aqui parados, vamos salvar minha filha. – disse convicta.

Eu ainda não acreditava nisso! Eles estavam mesmo cogitando isso? Bufei de raiva e sai de lá, me tranquei no quarto e aqui estou desde aquele momento.

Flashback Off

Era incrível como de uma hora pra outra eles passaram a acreditar no Loki! Ele era o Loki! Pai do menino mais chato e arrogante de toda Asgard! Como podiam acreditar naquele vigarista, arrogante e presunçoso?

Cansei de pensar, vou descer e procurar algo para me ocupar.

Eu nunca devia ter feito isso... Quando desci, vi dois pés serem arrastados para a oficina da Megan, estranhei e fui até lá, com a mão pronta para empunhar minha espada de eletricidade. Puxei a porta sem fazer barulho e adentrei o local.

Primeiramente na oficina do Stark, mas ninguém habitava por lá. Decidi passar pra frente, mas uma toxina na mesa me chamou a atenção. Era negra, da mesma textura da existente na bala que minha madrinha Nat havia levado. Na verdade acho que ela era ela.

Folheei as anotações do Bruce e do Tony, nada que eu entendesse muito, mas algo me chamou a atenção, escrito legivelmente e sem toda aquela baboseira cientifica, pude ler.

“Toxina carregada de micro-chips controladores das suas funções motoras e cerebrais.”

Aquilo podia não ser muito pra você, mas para mim já tinha vários sentidos. Se a toxina preta tivesse entrado em contato direto com o cérebro da minha madrinha, ela teria virado um “robô” de quem controlasse esses micro-chips.

Aquilo era perigoso, ainda mais que os chips eram imperceptíveis a muita coisa. Mas mais uma frase me chamou a atenção. “Os olhos do infectado ficam vermelhos... Mas a duração é temporária.”

Meu cérebro pareceu congelar, hoje mais cedo, America havia refletido um pigmento vermelho em seus olhos. Isso significava que...

– É, eu fui pega. – ela falou atrás de mim.

A ultima coisa eu vi foi os seus braços me envolverem em um mata-leão. Depois eu perdi os sentidos e apaguei.

...

Acordei no meio do nada. Estava jogada em um chão frio e cinza, tudo estava sem cor ao meu redor, mas bem, não havia nada ao meu redor, a não ser canos e mais canos, por todos os lados, onde eu poderia estar?

Me levantei e constatei que continuava com a minha espada, péssima escolha deixar ela comigo se queriam me matar. Andei cautelosamente por entre os canos, me abaixava e pulava alguns deles.

Andei por metros, mas quando parei, parecia estar no mesmo lugar. O que estava acontecendo aqui? Comecei a correr e vi que ao parar mais uma vez, continua no mesmo lugar. O que estava acontecendo?!

Furiosa, empunhei minha espada elétrica e comecei a duelar com os canos. Eu sei, sem sentido não? Mas acredite, não era. A cada cano que eu encostava, ele explodia, aquilo parecia um dos meus treinamentos preferidos. “ataque e defesa”. Eu tinha que atacar e me defender dos pedaços de canos soltos ao mesmo tempo, eles vinham em uma velocidade estrema em minha direção.

Triturei tudo o que vi a minha frente, mas parei quando vi que o cenário mudou, estava em uma sala iluminada por uma janela do tamanho de uma parede a minha direita, mas estava escuro, pouco a luz da lua iluminava.

Daqui eu conseguia ver uma porta. De lá, berros histéricos vinham, mas eu os conhecia, era America, eu precisava ajuda-la! Mas antes que eu me mexesse, algo fora injetado em minha veia fiquei sem movimentos aparentemente, caindo no chão.

E foi ai que eu vi... um homem... seus cabelos negros puxados para trás, uma maquina cobria seu rosto somente seus olhos flamejantes ficavam amostra, ele era alto pelo o que eu podia perceber, porque se agachou ao meu lado enquanto eu não conseguia respirar.

– Acalme-se Jade Foster, em poucos minutos o soro Blacxiform fará efeito e você não pensará mais em nada, só obedecerá minhas regras, tudo o que eu mandar. – sua voz era cortante e seu riso era como chamas crepitando em minha pele a fazendo se soltar, era doloroso ouvi-lo gargalhar.

– Não... Me... Chame...De...Jade... – Falei entre dentes raivosa.

Odiava o meu nome de verdade, por isso adotei Jaddy a ele. Mas o mais assustador era como ele sabia disso? Quase ninguém sabia meu nome verdadeiro, somente eu e meus pais.

Ele se levantou e andou até um trono que havia no outro lado da sala, enquanto andava pude perceber que ele tinha uma perna e um braço de metal, aquilo devia ser só para dar mais medo, o que com certeza foi missão cumprida.

De repente a dor parou, eu voltei a respirar, me levantei como se nada tivesse acontecido e me olhei no vidro que tinha a minha frente enquanto o Homem voltava a falar.

– O que vê Jade? – perguntou.

– O meu real lado, senhor. – minha voz parecia gélida como a dele, mas a dele era 10 vezes pior.

Dei um sorrisinho sádico e ele combinou totalmente com os meus olhos vermelhos.