Pov. Lukas:

Assim que abri a janela do meu quarto de hotel arfei incrédulo diante da beleza que estava em minha frente.

Nicolas e Leah resolveram se casar em um luau na ilha de Furanafushi nas Maldivas, um país situado no oceano indico ao sudoeste do Sri Lanka, o qual é famoso por suas praias de aguas cristalinas e seus bangalôs.

E diante da oportunidade de passar alguns dias nesse paraíso para o casamento do meu filho, resolvemos transformar esse momento em férias com toda a família.

–Já estamos aqui há três dias amor, e você ainda não se acostumou com a vista? - Lanna questionou amorosa assim que abraçou minha cintura por trás.

–E tem como se acostumar com uma visão dessas?!- sussurrei antes de virar para vê-la.

–Acho que não.- ela sussurrou e sorriu antes de puxar minha camisa de leve para me dá um beijo de bom dia.

–Mamãe.- Allegra chamou sonolenta enquanto vinha do seu quarto que era em nosso bangalô.

Lanna me deu um último beijo antes de pegar nossa filha no colo.

–Bom dia meu filhotinho.- sussurrei amoroso antes de beijar a bochecha da minha filha.

–Bom dia papai.- Allegra sussurrou coçando os olhinhos.

–Vou ver como Nikko está enquanto vocês se arrumam.

–Claro.- minha esposa disse antes de lhe dá um beijo.

Sai de nosso bangalô e fui em direção ao de Nicolas que ficava perto, e logo me senti nervoso.

Com certeza meu filho estava tendo um ataque antes da cerimônia.

–Nicolas, pelo amor de Deus, para de paranoia.- ouvi Nicole dizer assim que entrei no bangalô.

–E se a Leah desistir de se casar comigo? - Nicolas questionou paranoico enquanto andava de um lado para o outro.

–Oi pai.- Nicole disse suave antes de vir me dá um abraço e um beijo.

–Seu irmão já está surtando? - questionei e ela concordou enquanto Nicolas me olhava feio.

–Não estou surtando, só estou sendo realista. Ela passou anos fugindo de mim, e se fugir agora? - meu filho questionou apavorado e suspirei.

–Nicolas, você é pai do filho dela por que ela iria fugir? - questionei confuso e ele gemeu nervoso.

–Será que ninguém entende o meu lado?!- ele questionou enquanto Nicole pegava um pacote de biscoitos recheados e começava a comer.

Desde que ela havia voltado da lua de mel há um mês atrás sentia que havia algo estranho nela, mas Nicole não me contou nada quando perguntei.

–Deixa de ser estressado. A Leah é louca por você, agora trate de fechar os olhos e respirar fundo. Aqui tem suco de uva? - Nicole questionou e Nicolas indicou o armário.

–Se eu fosse você pararia de comer feito uma louca, ou vai acabar ficando gorda.- Nicolas brincou e Nicole olhou para ele magoada antes de começar a chorar.

–Viu o que você fez Audric? Peça desculpas a sua irmã agora.- exigi enquanto ia consolar minha filha.

–Ni, também não é para tanto estava só brincando. Me desculpe mana, faço qualquer coisa para você parar de chorar.- Nicolas disse nervoso enquanto sua irmã chorava sem parar.

–Pega mais biscoitos para mim.- ela pediu chorosa e Nicolas saiu correndo até a cozinha, e naquele momento entendi o que estava deixando minha filha tão estranha.

–Meu bem...- sussurrei surpreso enquanto olhava para ela que se assustou.

–Não conta pra ninguém pai, por favor.- ela implorou nervosa.

–Por que não filha?

–Por que hoje é o dia do meu irmão e da Leah, depois das festividades pretendo contar para todos.

–E o Seth sabe? - questionei e ela concordou sorrindo.

–Quem sabe do que? - Nicolas questionou com o pacote de biscoitos nas mãos.

–Que você é um idiota por me chamar de gorda. E dá próxima juro que te queimo vivo.- Nicole disse enquanto se levantava furiosa da cadeira e pegava o pacote de biscoitos antes de sair.

–O que foi que deu nela, pai? - ele questionou confuso e sorri pensando em como ela e a mão eram parecidas até nesse estado.

–Nada Nicolas, e se fosse você não irritaria a sua irmã.- alertei e ele concordou confuso.

–E então, pronto para o grande dia? - questionei sorrindo e ele gemeu antes de se sentar em uma cadeira.

–Por que você tinha que lembrar…- ele gemeu nervoso e sorri antes de me sentar em uma cadeira a sua frente para termos uma conversa.

Talvez assim ele ficasse mais calmo.

Pov. Nicolas:

–Nicolas? - meu pai chamou assim que entrou em meu bangalô.

–Estou aqui pai.- sussurrei do meu quarto e logo ele veio até mim sorrindo.

–Olho só como você está lindo amor. -ele sussurrou orgulhoso e sorri.

–Sou bonitão assim por que o senhor me fez bem.- brinquei e meu pai sorriu suave.

–Você não perde uma piada mesmo filho.- papai disse e sorri suave enquanto olhava meu pai que estava todo vestido de branco.

No começo havia achado a ideia de casar na praia legal, mas assim que Leah e minhas tias sugeriram que a cor do traje seria branco achei que seria esquisito. Afinal, quem deveria usar branco era a noiva e não os convidados.

Mas acabei sendo convencido por minha noiva e agora estava achando a ideia fabulosa, afinal combinaria com a festa.

–Se sente mais calmo agora? - meu pai questionou e neguei sorrindo.

–Nenhum pouco, acho que o nervosismo aumentou.

–Isso é normal filho, quando estava prestes a me casar com a sua mãe também tive uma crise de nervos.- meu pai segredou e pisquei confuso.

–O senhor? Sempre pensei que não tivesse dúvidas sobre o que sentia pela mamãe.

–E nunca tive filho, fiquei mais nervoso por causa da noite de núpcias. O que no seu caso não será uma preocupação.

–Isso é verdade.- disse e vi meu pai tirar uma pequena caixa do bolso da calça que usava.

–Dei algo a sua irmã no dia em que ela se casou, para que ela passasse para sua filha como herança de família. E hoje lhe darei algo para que faça o mesmo.- meu pai disse me entregando a caixa e agradeci.

Arfei maravilhado assim que abri a caixa e vi um par de abotoaduras lindo.

–Pai, elas são lindas. Obrigado.- sussurrei antes de abraça-lo.

–De nada filho, sei que não poderá usá-las hoje, afinal não combinaria com a sua roupa. Mas gostaria de vê-lo usando-as algum dia.

–Que tal nas suas bodas de zircão com a mamãe.- sugeri e ele sorriu concordando.

–Espero que você seja muito feliz nessa nova etapa em sua vida filho.

–Eu também pai.- sussurrei antes de abraçá-lo.

Assim que guardei meu presente saímos do quarto em direção a cerimonia que ocorria na praia em pleno pôr do sol.

–Papai.- Harry gritou e veio correndo até mim que o peguei no colo cheio de saudade.

Afinal, meu filho havia ido dormir junto com a mãe no bangalô de Sue, já que o noivo só poderia ver a noiva no altar segundo a tradição e Harry não queria deixar a mãe sozinha.

Meu filho já estava com a aparecia de uma criança de quase sete anos, mas na realidade Harry só tinha oito meses.

–Que saudade meu amor.- sussurrei enquanto enchia meu filho de beijos fazendo-o rir.

–Também senti saudades papai.

–E a sua mãe, como ela está? - questionei curioso e meu filho sorriu sapeca.

–Mamãe e vovó disseram que não posso contar nada.

–Mas filhote.- implorei e ele passou um zíper imaginário na boca o que me fez sorrir.

–Nicolas, está na sua hora.- tia Rosalie disse e concordei antes de dá um beijo em meu filho e colocá-lo no chão, pois Harry entraria junto com a mãe já que ele levaria as alianças.

A praia estava toda decorada com tochas, velas e pétalas de rosas deixando o clima romântico, respirei fundo antes de ir para o meu lugar.

Logo todos ocuparam seus lugares antes de uma música suave tocar anunciando a entrada da noiva. Assim que meus olhos encontraram os de Leah arfei maravilhado diante da beleza da minha noiva e o impossível aconteceu.

Naquele momento havia me apaixonado novamente por ela.

–Tome conta da minha irmã e do meu sobrinho, Nicolas ou acabo com você.- Seth disse serio antes de me entregar a sua irmã.

–Quando você se a casou com a minha irmã eu não o ameacei.

–Ameaçou sim.- ele lembrou e Leah olhou seria para nós dos.

–Parem com isso agora. Parecem duas crianças.- ela pediu e reviramos os olhos antes de Seth ir ficar ao lado da minha irmã enquanto o padre começava a cerimônia.

–Leah, diga seus votos por favor.- o padre pediu e ela respirou fundo antes de olhar para mim.

–Você foi o maior presente que podia ganhar nessa vida amor, e que ainda me ajudou a realizar um dos maiores sonhos da minha vida o de ser mãe.- ela sussurrou e sorrimos antes de olhar para Harry que estava no colo da minha mãe.- Você foi a luz que me tirou da escuridão em que eu vivia. Você me fez ser melhor para poder merecê-lo e jamais vou esquecer das duas primeiras vezes em que vi você, e pensei…Ali está o meu futuro, a minha promessa de ser feliz para o resto da minha vida. Prometo ser fiel, companheira e amiga e dedicarei toda a minha vida a fazê-lo feliz. Eu te amo.

Sorri em meio as lágrimas a cada palavra que Leah dizia enquanto deslizava minha aliança e beijava minha mão esquerda.

–Essa vai ser difícil de superar querida.- brinquei e todos riram.

Respirei fundo antes de começar a afalar.

–Sempre senti dentro de mim um vazio que nunca entendi o que era, tentei preenche-lo de outras formas, mas assim que percebi o quanto estava apaixonado por você eu soube. Soube que esse vazio dentro de mim só seria preenchido por você e pelo seu amor. Todos a vê como uma mulher forte e independente, e na realidade você é tudo isso, mas só eu sei o quanto você pode ser insegura ou frágil. E é isso que a faz tão extraordinária Leah, por que você é forte e frágil na medida certa, e ter tido o Harry com você foi a realização de um sonho amor. Prometo ser fiel, companheiro e amigo e dedicarei toda a minha vida a fazê-la feliz. Eu te amo.- prometi enquanto deslizava a aliança de Leah e beijava sua mão esquerda em seguida.

–Eu vos declaro marido e mulher. Nicolas pode beijar a sua noiva.- o padre disse e sorri antes de puxar Leah pela cintura para o beijo nada educado na frente de um padre.

Pov. Leah:

Ainda estava tentado me recuperar do beijo nada educado que Nicolas havia me dado no final da cerimonia enquanto recebíamos as felicitações de nossa família que estava sorrindo.

–Esse é o meu sobrinho, marcando território.- Emmett disse malicioso assim que veio nos cumprimentar.

E o comentário de Emmett me fez corar enquanto os dois riram.

Após os cumprimentos fomos para a festa que também seria na praia, e ali no meio de todos os meus amigos e familiares me perguntei se meu pai ficaria feliz por mim se pudesse ver tudo que fiz depois que ele morreu.

–Que foi, tá chateada por causa do comentário do meu tio? - Nicolas questionou preocupado assim que se sentou ao meu lado na areia, por que queria um momento a sós para agradecer por todas as coisas maravilhosas que estavam acontecendo comigo.

–Não, só estava pensando no meu pai. Pensando se ele ficaria feliz se pudesse me ver agora.- disse e ele me ofereceu uma taça de champanhe.

–Acho que ele não iria gostar de ter um genro que é filho de um vampiro.- Nicolas brincou e sorri.

–Meu pai ia gostar de você, por que além de me fazer feliz você me deu um filho maravilhoso.- assegurei e ele sorriu.

–Então, não se preocupe com isso amor. Sei que aonde ele estiver sempre vai estar olhando por você, e ele deve estar muito feliz por vê-la feliz.- Nicolas disse e concordei.

–Que tal se fizéssemos um brinde Sra. Cullen? - ele questionou levantando sua taça e sorri por ouvir meu novo sobrenome.

–Ao que brindaremos Sr. Cullen? - questionei levantando minha taça e Nicolas sorriu por eu ter entrado no espirito da brincadeira.

–Ao nosso futuro. E a todas as coisas maravilhosas que lhe nos reserva.- ele disse e concordei antes de brindarmos.

Mas assim que fui tomar um gole da minha bebida Nicolas me impediu tirando a taça das minhas mãos antes de me beijar.

–Eu te amo.- ele sussurrou com sua testa colada à minha, assim que paramos de nos beijar para respirarmos.

–Eu também te amo.- sussurrei apaixonada antes de voltar a beijá-lo.

E aquele era o começo da nossa jornada em direção a eternidade.