Eternidade escrita por KayallaCullen, Miss Clarke
Pov. Lukas:
–Por que você pulou o muro? Nossa casa tem portas sabia?!- lhe informei e meu filho sorriu.
–Estava fugindo do pai da Luna, ele queria “lavar a honra” da filha, que já é desonrada. - Nicolas disse e fiquei confuso.
–Você e essa Luna, não... - sugeri e ele me olhou ofendido.
–Eu não. Foram apenas beijos ‘inocentes” e fim de papo.- ele me garantiu e respirei mais aliviado antes de sentar na beirada da sua cama.
Estávamos no hospital San Abbot que pertencia a minha esposa.
Meu avô já havia cuidado de Nicolas e diagnosticado apenas algumas escoriações além da perna quebrada.
–Vou confiar em você. Sou novo demais para ser avô. - disse e ele sorriu.
–Qual é?! Quem vê jura pai. E a Nikki? Vai pegar leve com ela não vai? Eu estava lá e a culpa foi da Stacia. – Nicolas disse defendendo a irmã.
–Já peguei leve, mas ela tem que se controlar ou pode machucar alguém.
–Pai, deixa de ser dramático.
–Se você não lembra, sua irmã e você são meio vampiros, tem a força de um e podem machucar alguém. Ou morder alguém. - disse sério e ele gemeu derrotado.
–Odeio quando você tem razão. - ele disse emburrado e sorri enquanto acariciava seu cabelo de leve.
–Que bom que você está bem. Não sei o que faria se acontecesse o pior. - confessei e ele sorriu sem jeito.
–Você gosta de mim tanto assim é?!- Nicolas questionou sem graça e sorri.
–Você é meu filho e te amo mais do que tudo nesse mundo. - disse e beijei sua testa.
–Mais do que ama a mamãe? - ele questionou brincando e revirei os olhos.
–Não exagera. - disse e ele sorriu.
–Depois de tanto tempo você ainda fica nervoso quando se lembra dela?! Isso é que é amor, pai. - ele brincou e rimos.
–A sua mãe foi a única garota que amei na vida Nicolas, jamais vou deixar de amá-la.
–Filho. - Lanna disse entrando no quarto nervosa antes de ir até nosso filho. - Você está bem amor?
–Estou mamãe, não se preocupe. - Nicolas disse suave enquanto Lanna verificava com os olhos e as mãos se faltava algum pedaço do nosso filho.
–Não me preocupar?! Sei. - ela disse e revirou os olhos o que fez Nicolas rir.
– Lukas, por que você deixou isso acontecer ao meu filho?! Pensei que você estava em casa. - Lanna me acusou furiosa assim que virou para me ver.
–Eu estava dando um sermão na Nicole. E também não tenho culpa se seu filho pensava que era o homem aranha. - me defendi e as crianças riram do meu comentário.
–Engraçadinho. Você é o pai dele tem que tomar conta dele. - ela disse obvia e suspirei.
–Eu sei disso Lanna, só que ele tem 15 anos é bem difícil “rastreá-lo” como um bebê.
–Pai, mãe, não é hora de vocês brigarem, o importante é que Nicolas está bem. - Nicole disse tentando nos acalmar.
–Você tem razão. - Lanna disse suave antes de se aproximar de mim. - Me desculpe amor. Você não teve culpa do que houve.
–Tudo bem. - disse e Lanna se inclinou para beijar minha bochecha.
–E você mocinha, vamos conversar assim que chegarmos em casa. - Lanna disse severa assim que olhou para a nossa filha.
–Mas mãe, o papai...- ela começou a dizer e Lanna a interrompeu.
–Seu pai pode ter te colocado de castigo, mas sei muito bem que ele se derrete todo quando você começa a chorar e acaba sendo legal com você.
–Hei, eu não faço isso.- me defendi e todos sorriram.
–Faz sim, sempre usava essa tática com você quando era humana. E você sempre caia Lukas, e isso ela puxou de mim. Vou buscar minha bolsa para irmos.- Lanna disse antes de sair enquanto olhava para ela sem saber que dizer.
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Enquanto ás crianças dormiam, fui para o meu escritório saborear um bom vinho enquanto ouvia músicas italianas.
Sabia que não poderia “saborear” de verdade, mas esse ritual sempre me acalmava.
–Você não vem para a cama? - Lanna questionou assim que abriu a porta do meu escritório.
–Ainda não, preciso me acalmar um pouco, o dia foi tenso. - disse e tomei um gole de vinho.
–Foi. - ela disse vindo se sentar ao meu lado.
–Mas, já passamos por coisas piores.- a lembrei e ela sorriu suave.
–Isso é verdade. – ela disse enquanto eu enchia minha taça de vinho novamente.
– Você quer? - perguntei oferecendo a taça a ela que sorriu.
–Não desse jeito. - Lanna disse antes de tirar a taça de minhas mãos e me beijar.
Um beijo cheio de segundas intenções.
–Gosto desse jeito. - ela sussurrou suave enquanto deslizava seu dedo indicador delicadamente em meu lábio inferior após nos separarmos.
Sorri malicioso antes de beijá-la e empurra-la de encontro ao sofá que havia no meu escritório.
Apesar de estarmos casados por cinco anos, ainda desejava Lanna da mesma forma louca e apaixonada do começo do nosso casamento ela também.
Pov. Nicole:
–O que você está fazendo aqui?!- sussurrei sonolenta assim que vi meu irmão dentro do meu quarto.
–Arrastando você para a night. Vamos, te dou dois minutos.
–Não mesmo, já tô encrencada demais.
–Nicole, te matar eles não vão. Somos os únicos filhos deles e eles jamais nos matariam, vai ser algo que você irá contar aos seus netos. - Nicolas me incentivou animado.
–Se eu chegar a ter netos.- disse pensando no que nossos pais fariam se descobrissem que saímos de casa sem a permissão deles.
–Vamos lá Angélique. - ele pediu com os olhinhos do Shrek.
–Odeio você.
Odiava quando meu irmão fazia isso.
Assim que terminei de me arrumar saímos do quarto e começamos a descer as escadas devagar, mas logo podemos ouvir nossos pais “namorando” no escritório do papai.
–Não sei se fico feliz ou enjoado por ouvir eles trasando.- Nicolas disse enjoado e revirei os olhos.
–Fica quieto ou o papai vai ouvir a gente. - sussurrei olhando para os lados.
–Duvido muito, a mamãe sabe “distrair” o papai como ninguém. - ele sussurrou e sorri.
–Cala a boca. E por que você acha estranho o papai e a mamãe terem uma vida sexual ativa?- questionei confusa para ele.
–Por que os dois são pais. E além do mais eles têm filhos com 15 anos, e normalmente pais com filhos dessa idade quase não transam. - ele sussurrou e revirei os olhos.
–Só que os nossos pais têm 17 e 18 anos querido irmão, o que os coloca fora de qualquer normalidade.- o lembrei e ele suspirou concordando antes de saímos de casa.
–Ok. Estamos na rua, cadê a sua galera? - questionei e Nicolas sorriu enquanto apontava um carro com suas muletas.
–Em ponto galera. - Nicolas disse assim que um carro parou na calçada da nossa casa.
Rapidamente entramos no carro antes do motorista voltar a dirigir.
–O que houve Nikko?- uma garota questionou preocupada enquanto acariciava o cabelo loiro do meu irmão.
–Eu cai e quebrei a perna Ju, você não quer ser minha enfermeira?!- meu irmão questionou dengosa para a garota que sorriu antes de beijá-lo.
– Mais que cara de pau. - sussurrei chocada por ela cai na lábia do meu irmão.
Às vezes me perguntava para quem Nicolas havia puxado esse jeito de “Don juan”, por que o papai não era desse jeito. E se ele algum dia foi, acho que só foi com a mamãe.
Pov. Lanna:
–Você não se cansa de mim? - questionei acariciando o rosto de Lukas e ele segurou minha mão que acariciava seu rosto antes de beijá-la.
–Jamais vou cansar de você, eu te amo. - ele sussurrou apaixonado antes de me beijar.
–Lukas.- chamei assim que ele parou de me beijar.- Será que somos péssimos pais?
– Claro que não amor, amamos nossos filhos mais que tudo no mundo. Educamos os dois com amor e carinho, podemos ser rígidos e chatos às vezes, mas só queremos o bem deles. E além do mais os dois são rebeldes por natureza, e acho que eles herdaram isso de você.- Lukas comentou e sorrimos.
–Eu sei, mas é que a Nicole está tão revoltada conosco. E isso me faz pensar se não fomos bons pais. - disse culpada.
–Isso é por causa do Troy, logo isso passa.
–Acho que devíamos contar tudo a eles. – disse e ele me olhou confuso enquanto se sentava no sofá.
–Não.- ele disse serio já sabendo do que eu falava.
–Mas Lukas, nossos filhos precisam saber a além do mais talvez quando Nicole souber ela fique feliz.
–Já disse que não. Nossos filhos são duas crianças e ainda não estão prontos para eles.- Lukas disse sério e suspirei.
–Lukas, pelo amor de Deus, um dia eles vão ter que saber. E acho que deve ser por nós dois. Imagina se eles descobrem por outras pessoas? Nossos filhos vão se sentir traídos por nós.
–Non è ancora tempo.- Lukas disse em italiano e olhei para ele confusa.
Toda vez que ele ficava nervosa começava a falar em sua língua materna e ninguém entendia nada, ou melhor, eu não entendia nada por que meus filhos falam italiano tão bem quanto o pai.
Lukas até tentou me ensinar, mas eu sempre acabava agarrando meu professor e as aulas não foram para frente.
–Eu disse que Ainda não chegou a hora. -ele disse e depois me olhou confuso antes de abrir a porta do escritório tremulo.
–Que foi?- questionei preocupada.
Afinal, nunca tinha visto meu marido tremer na vida.
– Não estou ouvindo a respiração das crianças.- Lukas sussurrou com a voz chorosa para mim e parei de respirar.
–Ah meu Deus. - gritei e antes de saímos voando do escritório.
Ainda bem que estava usando a camisa de Lukas, por que se tivesse sem roupa não seria uma visão adequada para nossos filhos.
–Não acredito nisso. - disse assim que vi o quarto dos dois vazios.
–Eles fugiram. O vigia do condomínio disse que um carro veio busca-los na porta. - Lukas disse com o celular na mão.
– E nós dois pensando que eles haviam.... Vou matar aqueles dois. - gritei furiosa antes de ir para meu quarto trocar de roupa.
Pov. Nicolas:
Enquanto estava num canto ficando com uma garota podia ver que Nicole não estava feliz, e como irmão mais velho era meu dever ajudá-la a ser feliz.
–Eu já volto Ju.- disse e fui até Nicole.- Por que essa cara?
–Ainda gosto do Troy. - ela choramingou e revirei os olhos.
–Desapega Nicole, ele nunca gostou de você. Eu, o papai e a mamãe dissemos isso a você. - disse enquanto ela enxugava suas lágrimas.
–Eu sei, mas gosto dele. O que posso fazer? - ela questionou e deu dê ombros.
–Você eu não sei, mas sei o que vou fazer.- mamãe disse furiosa na nossa frente.
–E eu também sei. – papai disse tão furioso quanto ela, assim que apareceu ao seu lado.
Nicolas e eu engolimos em seco.
Estamos em maus lençóis.
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