Eternidade escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 3
2. Fugindo




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Pov. Lukas:

–Por que você pulou o muro? Nossa casa tem portas sabia?!- lhe informei e meu filho sorriu.

–Estava fugindo do pai da Luna, ele queria “lavar a honra” da filha, que já é desonrada. - Nicolas disse e fiquei confuso.

–Você e essa Luna, não... - sugeri e ele me olhou ofendido.

–Eu não. Foram apenas beijos ‘inocentes” e fim de papo.- ele me garantiu e respirei mais aliviado antes de sentar na beirada da sua cama.

Estávamos no hospital San Abbot que pertencia a minha esposa.

Meu avô já havia cuidado de Nicolas e diagnosticado apenas algumas escoriações além da perna quebrada.

–Vou confiar em você. Sou novo demais para ser avô. - disse e ele sorriu.

–Qual é?! Quem vê jura pai. E a Nikki? Vai pegar leve com ela não vai? Eu estava lá e a culpa foi da Stacia. – Nicolas disse defendendo a irmã.

–Já peguei leve, mas ela tem que se controlar ou pode machucar alguém.

–Pai, deixa de ser dramático.

–Se você não lembra, sua irmã e você são meio vampiros, tem a força de um e podem machucar alguém. Ou morder alguém. - disse sério e ele gemeu derrotado.

–Odeio quando você tem razão. - ele disse emburrado e sorri enquanto acariciava seu cabelo de leve.

–Que bom que você está bem. Não sei o que faria se acontecesse o pior. - confessei e ele sorriu sem jeito.

–Você gosta de mim tanto assim é?!- Nicolas questionou sem graça e sorri.

–Você é meu filho e te amo mais do que tudo nesse mundo. - disse e beijei sua testa.

–Mais do que ama a mamãe? - ele questionou brincando e revirei os olhos.

–Não exagera. - disse e ele sorriu.

–Depois de tanto tempo você ainda fica nervoso quando se lembra dela?! Isso é que é amor, pai. - ele brincou e rimos.

–A sua mãe foi a única garota que amei na vida Nicolas, jamais vou deixar de amá-la.

–Filho. - Lanna disse entrando no quarto nervosa antes de ir até nosso filho. - Você está bem amor?

–Estou mamãe, não se preocupe. - Nicolas disse suave enquanto Lanna verificava com os olhos e as mãos se faltava algum pedaço do nosso filho.

–Não me preocupar?! Sei. - ela disse e revirou os olhos o que fez Nicolas rir.

– Lukas, por que você deixou isso acontecer ao meu filho?! Pensei que você estava em casa. - Lanna me acusou furiosa assim que virou para me ver.

–Eu estava dando um sermão na Nicole. E também não tenho culpa se seu filho pensava que era o homem aranha. - me defendi e as crianças riram do meu comentário.

–Engraçadinho. Você é o pai dele tem que tomar conta dele. - ela disse obvia e suspirei.

–Eu sei disso Lanna, só que ele tem 15 anos é bem difícil “rastreá-lo” como um bebê.

–Pai, mãe, não é hora de vocês brigarem, o importante é que Nicolas está bem. - Nicole disse tentando nos acalmar.

–Você tem razão. - Lanna disse suave antes de se aproximar de mim. - Me desculpe amor. Você não teve culpa do que houve.

–Tudo bem. - disse e Lanna se inclinou para beijar minha bochecha.

–E você mocinha, vamos conversar assim que chegarmos em casa. - Lanna disse severa assim que olhou para a nossa filha.

–Mas mãe, o papai...- ela começou a dizer e Lanna a interrompeu.

–Seu pai pode ter te colocado de castigo, mas sei muito bem que ele se derrete todo quando você começa a chorar e acaba sendo legal com você.

–Hei, eu não faço isso.- me defendi e todos sorriram.

–Faz sim, sempre usava essa tática com você quando era humana. E você sempre caia Lukas, e isso ela puxou de mim. Vou buscar minha bolsa para irmos.- Lanna disse antes de sair enquanto olhava para ela sem saber que dizer.

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Enquanto ás crianças dormiam, fui para o meu escritório saborear um bom vinho enquanto ouvia músicas italianas.

Sabia que não poderia “saborear” de verdade, mas esse ritual sempre me acalmava.

–Você não vem para a cama? - Lanna questionou assim que abriu a porta do meu escritório.

–Ainda não, preciso me acalmar um pouco, o dia foi tenso. - disse e tomei um gole de vinho.

–Foi. - ela disse vindo se sentar ao meu lado.

–Mas, já passamos por coisas piores.- a lembrei e ela sorriu suave.

–Isso é verdade. – ela disse enquanto eu enchia minha taça de vinho novamente.

– Você quer? - perguntei oferecendo a taça a ela que sorriu.

–Não desse jeito. - Lanna disse antes de tirar a taça de minhas mãos e me beijar.

Um beijo cheio de segundas intenções.

–Gosto desse jeito. - ela sussurrou suave enquanto deslizava seu dedo indicador delicadamente em meu lábio inferior após nos separarmos.

Sorri malicioso antes de beijá-la e empurra-la de encontro ao sofá que havia no meu escritório.

Apesar de estarmos casados por cinco anos, ainda desejava Lanna da mesma forma louca e apaixonada do começo do nosso casamento ela também.

Pov. Nicole:

–O que você está fazendo aqui?!- sussurrei sonolenta assim que vi meu irmão dentro do meu quarto.

–Arrastando você para a night. Vamos, te dou dois minutos.

–Não mesmo, já tô encrencada demais.

–Nicole, te matar eles não vão. Somos os únicos filhos deles e eles jamais nos matariam, vai ser algo que você irá contar aos seus netos. - Nicolas me incentivou animado.

–Se eu chegar a ter netos.- disse pensando no que nossos pais fariam se descobrissem que saímos de casa sem a permissão deles.

–Vamos lá Angélique. - ele pediu com os olhinhos do Shrek.

–Odeio você.

Odiava quando meu irmão fazia isso.

Assim que terminei de me arrumar saímos do quarto e começamos a descer as escadas devagar, mas logo podemos ouvir nossos pais “namorando” no escritório do papai.

–Não sei se fico feliz ou enjoado por ouvir eles trasando.- Nicolas disse enjoado e revirei os olhos.

–Fica quieto ou o papai vai ouvir a gente. - sussurrei olhando para os lados.

–Duvido muito, a mamãe sabe “distrair” o papai como ninguém. - ele sussurrou e sorri.

–Cala a boca. E por que você acha estranho o papai e a mamãe terem uma vida sexual ativa?- questionei confusa para ele.

–Por que os dois são pais. E além do mais eles têm filhos com 15 anos, e normalmente pais com filhos dessa idade quase não transam. - ele sussurrou e revirei os olhos.

–Só que os nossos pais têm 17 e 18 anos querido irmão, o que os coloca fora de qualquer normalidade.- o lembrei e ele suspirou concordando antes de saímos de casa.

–Ok. Estamos na rua, cadê a sua galera? - questionei e Nicolas sorriu enquanto apontava um carro com suas muletas.

–Em ponto galera. - Nicolas disse assim que um carro parou na calçada da nossa casa.

Rapidamente entramos no carro antes do motorista voltar a dirigir.

–O que houve Nikko?- uma garota questionou preocupada enquanto acariciava o cabelo loiro do meu irmão.

–Eu cai e quebrei a perna Ju, você não quer ser minha enfermeira?!- meu irmão questionou dengosa para a garota que sorriu antes de beijá-lo.

– Mais que cara de pau. - sussurrei chocada por ela cai na lábia do meu irmão.

Às vezes me perguntava para quem Nicolas havia puxado esse jeito de “Don juan”, por que o papai não era desse jeito. E se ele algum dia foi, acho que só foi com a mamãe.

Pov. Lanna:

–Você não se cansa de mim? - questionei acariciando o rosto de Lukas e ele segurou minha mão que acariciava seu rosto antes de beijá-la.

–Jamais vou cansar de você, eu te amo. - ele sussurrou apaixonado antes de me beijar.

–Lukas.- chamei assim que ele parou de me beijar.- Será que somos péssimos pais?

– Claro que não amor, amamos nossos filhos mais que tudo no mundo. Educamos os dois com amor e carinho, podemos ser rígidos e chatos às vezes, mas só queremos o bem deles. E além do mais os dois são rebeldes por natureza, e acho que eles herdaram isso de você.- Lukas comentou e sorrimos.

–Eu sei, mas é que a Nicole está tão revoltada conosco. E isso me faz pensar se não fomos bons pais. - disse culpada.

–Isso é por causa do Troy, logo isso passa.

–Acho que devíamos contar tudo a eles. – disse e ele me olhou confuso enquanto se sentava no sofá.

–Não.- ele disse serio já sabendo do que eu falava.

–Mas Lukas, nossos filhos precisam saber a além do mais talvez quando Nicole souber ela fique feliz.

–Já disse que não. Nossos filhos são duas crianças e ainda não estão prontos para eles.- Lukas disse sério e suspirei.

–Lukas, pelo amor de Deus, um dia eles vão ter que saber. E acho que deve ser por nós dois. Imagina se eles descobrem por outras pessoas? Nossos filhos vão se sentir traídos por nós.

–Non è ancora tempo.- Lukas disse em italiano e olhei para ele confusa.

Toda vez que ele ficava nervosa começava a falar em sua língua materna e ninguém entendia nada, ou melhor, eu não entendia nada por que meus filhos falam italiano tão bem quanto o pai.

Lukas até tentou me ensinar, mas eu sempre acabava agarrando meu professor e as aulas não foram para frente.

–Eu disse que Ainda não chegou a hora. -ele disse e depois me olhou confuso antes de abrir a porta do escritório tremulo.

–Que foi?- questionei preocupada.

Afinal, nunca tinha visto meu marido tremer na vida.

– Não estou ouvindo a respiração das crianças.- Lukas sussurrou com a voz chorosa para mim e parei de respirar.

–Ah meu Deus. - gritei e antes de saímos voando do escritório.

Ainda bem que estava usando a camisa de Lukas, por que se tivesse sem roupa não seria uma visão adequada para nossos filhos.

–Não acredito nisso. - disse assim que vi o quarto dos dois vazios.

–Eles fugiram. O vigia do condomínio disse que um carro veio busca-los na porta. - Lukas disse com o celular na mão.

– E nós dois pensando que eles haviam.... Vou matar aqueles dois. - gritei furiosa antes de ir para meu quarto trocar de roupa.

Pov. Nicolas:

Enquanto estava num canto ficando com uma garota podia ver que Nicole não estava feliz, e como irmão mais velho era meu dever ajudá-la a ser feliz.

–Eu já volto Ju.- disse e fui até Nicole.- Por que essa cara?

–Ainda gosto do Troy. - ela choramingou e revirei os olhos.

–Desapega Nicole, ele nunca gostou de você. Eu, o papai e a mamãe dissemos isso a você. - disse enquanto ela enxugava suas lágrimas.

–Eu sei, mas gosto dele. O que posso fazer? - ela questionou e deu dê ombros.

–Você eu não sei, mas sei o que vou fazer.- mamãe disse furiosa na nossa frente.

–E eu também sei. – papai disse tão furioso quanto ela, assim que apareceu ao seu lado.

Nicolas e eu engolimos em seco.

Estamos em maus lençóis.


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