Eternidade escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 29
28. Harry


Notas iniciais do capítulo

E com vocês algumas travessuras do Harry gente, espero que gostem.



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Pov. Nicolas:

Ter um filho te faz mudar de vida radicalmente.

Você não tem mais tempo para nada, suas horas de sono praticamente não existem e você vira expert em todos os desenhos animados que passam na televisão. Para muitos podia ser difícil a adaptação, mas comigo não. Estava adorando cada momento que passava com meu pequeno mesmo que ele acordasse as três da manhã querendo brincar ao em vez de dormir.

–Já tentamos de tudo Nicolas e o Harry não dorme. Eu amo o meu filho, mas estou exausta.- Leah disse sonolenta enquanto víamos Harry brincar em nossa cama sem se importava que estava de madrugada.

–Sei como se sente, é nessas horas que tenho inveja dos meus pais por não precisarem dormir.- sussurrei sonolento e ela me olhou confusa.

–Você se arrepende de ter ficado comigo? De ter tido nosso filho? - ela sussurrou decepcionada e pisquei confuso.

–Claro que não Leah. Sempre quis ficar com você e ter o Harry foi o maior presente que poderia ter ganhado nessa vida. Apesar do meu filho adorar uma vida noturna.- brinquei e sorrimos.

–Acho que devíamos ligar para os seus pais, talvez eles saibam de algo que possa “apagar” nosso filho.- ela disse e concordei antes de ligar enquanto Harry abria e fechava as mãozinhas para Leah.

Enquanto Leah brincava com Harry que parecia nunca está esgotado fui falar com meu pai que não me deu nenhuma notícia animadora.

–E o que ele disse? - Leah questionou enquanto Harry sorria sem parar olhando um desenho na televisão que ficava em nosso quarto.

–Que ele sabe de um remédio que apagará nosso filho em menos de vinte minutos, mas papai acha melhor não darmos a ele pois não sabemos como o organismo dele irá reagir. Talvez ele passe o dia todo dormindo ou com dor de barriga…- expliquei com o celular na mão.

–Nem pensar. Prefiro passar outra noite acordada do que dá algo para o meu filho que lhe faça mau.

–Concordo plenamente com você.- disse antes de voltarmos a atenção para Harry que imitava o desenho animado.

Passamos a madrugada toda acordada com nosso filho, ele só desmaiou de cansaço por volta das seis da manhã.

Mal havia fechado os olhos para descansar por algumas horas e escuto ao longe o som da companhia tocando. Sonolento e de mau humor me levanto da cama com todo cuidado para não acordar Leah ou nosso filho que estão dormindo.

–Puxa filho, você está péssimo.- meu pai disse assim que abri a porta para ele.

–Obrigado pelo elogio.- disse sarcástico antes dele entrar em minha casa com várias sacolas nas mãos.

–Harry deixou vocês sem dormir de novo Nicolas? - meu pai questionou indo em direção a cozinha e o acompanhei.

–Pai, eu não aguento mais.- choraminguei me sentando em um dos bancos que havia na cozinha e meu pai sorriu.

–Que isso Nicolas, seu filho é só um bebê. Imagina quando ele estiver adolescente, ai é que você vai perder o sono de vez.- ele disse enquanto começava a preparar o café da manhã.

–Pai, o Harry vai me deixar louco. Eu não consigo me concentrar no trabalho por que vivo cansado, outro dia eu dormi no meio de uma reunião com os diretos das filias da empresa. E minha vida sexual então, foi para o espaço.- desabafei e meu pai sorriu.

–Audric, ser pai não é só glamour meu filho. Há momentos ruins que são compensados por outros maravilhosos. E além do mais Harry só tem um mês, ele ainda está se adaptando a vocês e vocês a ele. Agora tome, isso irá te fazer bem.- ele disse me dando uma xicara de café fresco e tomei um gole.

–Sou um péssimo pai. Como posso ficar reclamando do meu bebê desse jeito? Eu deveria estar agradecido por tê-lo.- disse envergonhando por minhas palavras.

–Isso é normal filho, e além do mais andei fazendo umas pesquisas por que não é normal um bebê ficar quatro dias seguidos trocando o dia pela noite.

–E o que você descobriu pai?- questionei esperançoso e ele sorriu.

–Dizem que bebês são “influenciados” pela lua cheia. Alguns têm pesadelos, outros passam a noite acordados, mas isso só acontece em uma noite. Agora no caso do meu neto é diferente.

–Porque?

–Porque a “influencia” da lua é mais forte nele, pois Harry é filho de uma loba.- meu pai explicou e gemi diante da minha burrice.

–Deus, como não pensei nisso antes?!

–Isso é normal, você é pai de primeira viagem. Tudo que você tem que fazer agora é acordar seu filho e leva-lo para passear, precisa cansa-lo muito e não deixa-lo dormir por nada desse mundo.

–Pai, ele acabou de pegar no sono.

–Nicolas, se ele passar o dia todo dormindo não vai ter sono a noite e ainda tem o fator lua cheia.- meu pai lembrou e suspirei resignado.

–Tudo bem, mas a Leah vai me matar por acordar o Harry.- disse antes de subir para o meu quarto.

Acordar meu filho foi a tarefa mais difícil que já fiz na vida, por que assim que ele abria os olhos começava a chorar sem parar e isso partia meu coração.

Leah ficou furiosa assim que percebeu o que eu estava fazendo, mas assim que expliquei sobre a pesquisa do meu pai ela também se sentiu idiota por não ter pensado nisso.

Assim que tomamos café e meu pai foi para casa, decidimos fazer uma visita surpresa para Sue, já que ela sempre ia nos ver e havíamos prometido retribuir.

Pov. Leah:

–Então a lua cheia está mexendo com meu netinho? - minha mãe questionou enquanto lhe ajudava a fazer o almoço.

–Está mãe, meu filhote passa a noite inteira acordado e não sei por quanto tempo Nicolas e eu vamos aguentar. Não dormimos a quatro dias.- disse cansada e ela me olhou preocupada.

–Eu percebi filha, você e Nicolas estão com a aparência de quem foi atropelado.- ela brincou e sorri.

– Fomos atropelados por um trator chamado Harry Philippe Clearwater Cullen.- comentei e mamãe sorriu.

–Filha, posso tomar conta do Harry depois do almoço enquanto vocês descansam um pouco.- minha mãe ofereceu e sorri suave.

–Eu adoraria mãe.- disse agradecida e ela sorriu amável.

Assim que terminamos de almoçar deixei meu filhote aos cuidados da minha mãe e de Seth enquanto arrastava Nicolas para meu antigo quarto.

–Espero que você não esteja com segundas intenções querida.- ele brincou cansado assim que deitamos na cama.

–Acredite em mim, tudo que quero agora é dormir agarrada com você.- sussurrei exausta e ele sorriu antes de me puxar para o seu peito, não demorou muito e logo pegamos no sono.

Após nosso cochilo revigorante fomos para casa e Harry dormiu como um anjo.

Pov. Nicolas:

–Por que sempre tenho que ficar com a parte mais difícil amor? - questionei assim que coloquei Harry na cadeirinha para lhe dá seu café da manhã que era salada de frutas.

–Por que você não tem o cabelo grande, e seu cabelo é claro assim fica mais fácil de ver onde caiu comida.- ela justificou lendo um livro antigo e suspirei.

–Tudo bem.- disse resignado antes de olhar para o meu filho que sorria para mim.

Harry odiava comida humana, ele preferia se alimentar de sangue e quando tínhamos que fazê-lo comer acontecia uma verdadeira guerra, pois ele jogava comida para todos os lados.

–Olha só filho, como a salda de frutas que a mamãe fez está ótima.- disse pegando o prato e colocando em sua cadeira.

Assim que olhou o que tinha no prato Harry fez cara feia e começou a chorar.

–Filho, já passei por isso também é sei o quanto é horrível mais você precisa comer.- disse e ele começou a fazer alguns barulhos enquanto balançava o dedo indicador dizendo não.

Algo que meu tio Emmett havia ensinado a ele.

–Se você comer tudo, o papai compra um sorvete para você. Que tal?

–Nicolas. Você não pode ficar negociando com nosso filho.- Leah me repreendeu e revirei os olhos enquanto pegava uma colher bem cheia e oferecia a Harry que bateu na colher respingando a salada em mim.

–Harry.- disse serio olhando para a minha camisa toda suja.- Essa camisa foi um presente da sua avó, e é a minha preferida.

–Então não devia ter usado.- Leah cantarolou e olhei sério para ela.

–Se não vai ajudar, então não atrapalha.- cantarolei enquanto pegava um pano de prato e ia em direção a pia para tentar amenizar o estrago da minha camisa.

–Harry.- Leah disse abismada e virei para ver o que meu filho estava fazendo agora.

Harry havia pegado a colher e estava comendo sozinho sua salada e parecia que ele estava gostando.

–É por isso que ele joga a comida em nós, ele quer comer sozinho.- disse abismado e sorri vendo meu filho todo lambuzado.

–Isso quer dizer que ele já deixou de ser um bebê.- Leah sussurrou chorosa e a abracei de lado.

–Ele sempre vai ser nosso bebê, Leah.- disse olhando para Harry que mastigava enquanto brincava com um morango que estava em cima da mesa da cadeirinha.

Esperei ele terminar de comer para poder limpá-lo antes de vermos seu desenho na televisão.

–Papai.- Harry disse feliz enquanto enxugava suas mãozinhas e parei de respirar.

–O que você disse? - questionei confuso enquanto olhava em seus olhos castanhos e ele sorriu suave antes de falar de novo.

–Papai.

–Harry, amor você está falando?!- sussurrei abismado e ele sorriu empolgado.

–Sim, papai.- ele disse me olhando nos olhos e pisquei confuso antes de pegá-lo no colo e sair da cozinha gritando Leah.

–O que houve? - ela questionou preocupada assim que entrei na sala.

–O Harry falou.- disse e ela me olhou confusa.

–Nicolas, Harry acabou de comer sozinho, e já estou tendo dificuldades para aceitar que ele está crescendo rapi...- ela começou a falar e Harry esticou os bracinhos em direção a Leah.

–Mamãe.- ele pediu suave enquanto tentava alcançar a mãe.

–Ele falou?!- ela sussurrou em choque antes de desmaiar.

–Leah.- sussurrei colocando Harry no tapete da sala antes de levantar Leah do chão.

–Mamãe morreu? - Harry questionou chorando e olhei para ele.

–Claro que não filho, ela só se assustou.- expliquei enquanto colocava minha mulher no sofá.

–Amor, acorda.- pedi acariciando seu rosto de leve e Leah gemeu de leve.

–Tive um sonho esquisito Nicolas. Sonhei que o Harry falou.- ela sussurrou nervosa enquanto segurava minha mão.

–Não foi sonho Leah, ele falou mesmo.- sussurrei e ela olhou para mim antes de olhar para nosso filho.

–Oi mamãe.- ele disse feliz com um carrinho na mão.

–Oi amor.- ela sussurrou feliz antes de se levantar do sofá.

–Tem certeza que você está bem? - questionei preocupado e ela me ignorou enquanto ia até Harry e o pegava no colo para enche-lo de beijos fazendo-o rir.

–Nem acredito que meu filhote falou pela primeira vez e disse mamãe.- ela disse empolgada e sorri.

–Mamãe não foi a primeira palavra dele querida.

–E qual foi querido? - ela questionou virando para me ver.

–Eu disse papai, mamãe.- Harry disse animado e ela sorriu suave antes de dá um beijo em nosso filho. -Você quer assistir desenho amor?

–Sim mamãe.- ele pediu e Leah foi colocá-lo no sofá antes de ligar a tevê.

–Você ficou chateada por que Harry falou papai primeiro? - questionei assim que Leah foi para a cozinha tomar agua.

–Claro que não Nicolas, é natural que ele falasse papai primeiro, afinal você cuidou dele por três.- ela disse desviando os olhos de mim.

–Aconteceu alguma coisa que você não quer me contar? - questionei preocupado e ela suspirou sem saber como começar.

–Assim que fiquei gravida comecei a investigar como isso aconteceu, afinal tecnicamente eu não poderia engravidar.

–E?

–E descobri que esse “milagre” é muito raro, pois sua finalidade é produzir uma descendência forte e talvez só aconteça uma vez. Isso quer dizer que talvez eu engravide ou não.- ela disse triste e a abracei.

–Não se preocupe Leah, eu amo você e estou realizado em ter o Harry. Mas se algum dia você quiser ter mais filhos minha proposta de adoção ainda está de pé.- sussurrei enquanto acariciava seu cabelo e ela sorriu antes de levantar os olhos para me ver.

–Sou uma mulher de sorte em ter você. E eu te amo, Nicolas.- ela disse e sorri amoroso.

–Eu é que sou um homem de sorte em ter você. E eu também te amo, Leah.- disse sorrindo antes de beijá-la.

–Pai, mãe? - Harry nos chamou da sala e nos separamos antes de ir até o nosso filho.


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