Pov. Nicolas:

–Você precisa se acalmar.- minha tia Alice disse enquanto eu andava de um lado para o outro em frente a porta onde Leah e meu filho estavam, a qual meu avô e meu tio vigiavam, me impedindo de entrar.

–Não vou ficar calmo até saber o que aconteceu com a minha mulher e com o meu bebê.- disse furioso enquanto olhava para a minha tia.- Carlisle não tinha o direito de me tirar de lá.

–Ele só fez isso por que você iria atrapalhar Nicolas.- meu avô explicou e olhei com raiva para ele.

–Quem disse isso? - questionei furioso.

–Você controla as emoções meu neto, tecnicamente senti as mesmas muito mais que todos nós.

–Essa foi a pior desculpa que já ouvi na vida vovô.- disse furioso e logo a porta foi aberta.

E dela saiu meu pai com um pequeno embrulho no colo que o fazia sorrir feito um bobo, e me fez parar de respirar.

–Pensei que você quisesse conhecer seu filho, meu amor.- meu pai disse suave assim que desviou os olhos do embrulho em seu colo para me ver.

–É um menino.- sussurrei emocionado e sorrindo feito um bobo enquanto me aproximava do meu pai.

–É um menino, filho. Um menino lindo, forte e saudável, que deu um grande susto nos avós dele.- meu pai disse emocionado antes de beijar a testa do meu filho e colocá-lo em meu colo.

–Oi meu amor.- sussurrei chorando assim que peguei meu filho no colo.

Meu pai tinha razão.

Meu filho era um menino lindo, que havia herdado da mãe a cor dos cabelos e dos olhos, e de mim a pele pálida, o nariz e até o queixo. Uma mistura perfeita nossa.

–Eu sou seu pai, filho.- sussurrei encantado enquanto ele me olhava e sorriu exibindo uma fileira de dentes de leite assim que entendeu o que disse.

Mas de repente meu bebê começou a chorar como se sentisse alguma dor.

–O que foi mon amour? - questionei desesperado tentando acalma-lo e meu pai sorriu suave.

–Você ainda tem muito o que aprender filho. Não se preocupe, ele deve apenas com sono.- ele assegurou e levantei os olhos para vê-lo.

–Tem certeza, pai?

–Tenho, e não se preocupe por que sei que você será um pai maravilhoso.- ele disse suave e respirei fundo antes de acalentar meu filho que parou de chorar.

–Espero pai. E a Leah? – questionei preocupado e ele respirou fundo antes de passar a mão nos cabelos de leve.

O que me deixou apavorado.

–Foi um parto muito difícil filho. A placenta se deslocou e quase perdemos meu neto sufocado...- ele começou a dizer e olhei para meu filho que havia dormido em meu colo.

–Pai, pelo amor de Deus, o que aconteceu com a mãe do meu filho? - questionei entre lagrimas e ele me olhou com carinho.

–A Leah perdeu muito sangue durante o parto e também teve uma parada cardiorrespiratória... Mas apesar de tudo isso, ela conseguiu sobreviver.

–Graças a Deus.- disse aliviado e ele me olhou sério.

–Nicolas, meu filho ela está muito debilitada. Não quero dizer para você perder as esperanças, longe de mim, mas preciso que você esteja preparado.

–A Leah não vai nos deixar pai, sinto isso.- disse seguro e ele concordou.

–Será que eu poderia vê-la?

–Claro, eu fico com meu neto.- ele disse e concordei antes de beijar a testa e as mãos do meu bebê e entrega-lo ao meu pai.- Não se preocupe, vou cuidar bem dele.

–Sei disso pai.- sussurrei antes de entrar na sala em que Leah estava.

Assim que entrei na sala vi Leah deitada na maca e me preocupei com ela, afinal ela estava tão pálida e frágil ali que meu coração se apertou.

Devagar me aproximei dela e segurei sua mão antes de acariciar seu rosto de leve.

–Você precisa lutar meu amor, precisa ficar comigo e com nosso filho.- disse entre lagrimas e sorri triste ao lembrar do nosso bebê.- Leah, ele é o bebê mais lindo que já vi na vida amor. Tem os seus olhos e os seus cabelos, uma mistura perfeita nossa que precisa da mãe.

–Não se preocupe, sei que ela vai se recuperar, Leah sempre foi um a guerreira.- minha avó disse carinhosa e agradeci.

Passei o tempo todo ao lado de Leah, as únicas vezes em que saia de perto dela era quando meu filho chorava e eu saia correndo para pega-lo no colo, e esse ciclo se repetiu por três dias.

Pov. Leah:

Parecia que eu havia sido atropelado por um trator, pois assim que acordei senti meu corpo todo dolorido e cansado, mas logo me lembrei do meu filho e toquei minha barriga que estava lisa.

Essa constatação me deixou apavorada, mas uma risada suave desviou minha atenção em direção a um sofá que estava perto da janela. O qual Nicolas estava sentado com um garotinho no colo que tentava pegar seu medalhão para colocá-lo na boca, mas quando era impedido de fazer isso começava a reclamar com sons incompreensíveis.

–Não fique chateado com o papai, filho, mas você não pode comer meu medalhão.- Nicolas explicou carinhoso antes de beijar a testa do bebe e acomodá-lo de frente para mim antes de lhe entregar um aviãozinho de brinquedo.

Enquanto observava a cena o bebe olhou para mim e sorriu exibindo uma fileira de dentes de leite antes de começar a se agitar no colo de Nicolas, aprecia que ele queria vir até mim.

–Que foi, amor? - Nicolas questionou preocupado enquanto tentava acalmar o bebe em seu colo antes de levantar os olhos para me ver.

–Leah.- ele disse apaixonado e sorridente assim que percebeu que eu estava acordada.

–A mamãe acordou amor.- ele disse sorrindo antes de beijar a cabeça do bebe e se levantar para vir até mim.

Não podia acreditar que aquele menino lindo era meu filho. O filho que sempre desejei ter durante minha vida toda.

–Diz oi pra mamãe, amor.- Nicolas disse sorrindo enquanto se sentava ao meu lado na cama e o bebê sorriu feliz antes de me chamar com as mãozinhas gordinhas.

–Ele é....- sussurrei entre lagrimas enquanto olhava para o bebê em minha frente.

–Ele é nosso filho Leah.- Nicolas disse emocionado antes de beijar a cabeça do nosso filho.

–Oi meu amor.- disse chorando antes de Nicolas colocá-lo em meu colo.

Assim que estava em meu colo meu filho tocou meu rosto de leve antes de sorrir como se me reconhecesse. Emocionada o abracei com cuidado antes de enchê-lo de beijos o que lhe fez rir.

–Ele sabe quem eu sou?!- sussurrei maravilhada e Nicolas sorriu concordando.

–Falei de você a todo estante para ele e ainda o trazia aqui. Ele sabe que você é a mãe dele.

–Ele está do mesmo tamanho que você estava quando sofre o imprinting. Por quanto tempo fiquei apagada? - questionei apavorada, afinal sabia que meu filho iria crescer rapidamente e não queria perder nenhum minuto com ele.

–Só por três dias, mas meu avô disse que você sofreu muito para dá à luz.- ele sussurrou envergonhado enquanto nosso bebê brincava com algumas mechas do meu cabelo.

–Aconteceu alguma coisa Nicolas? - questionei preocupada, afinal ele ficou desconfortável de repente.

–Por favor, me desculpe.- ele sussurrou sem jeito e pisquei confusa.

–Perdoar, pelo que?

–Leah, quando você passou mal e lhe deixei sozinha. Não podia ter feito isso, fui o pior namorado do mundo.

–Claro que não, você estava apavorado e nem todo mundo reage do mesmo jeito. E o importante foi que você foi atrás de mim.- disse e ele me olhou confuso.

–Como você sabe?

–Podia estar inconsciente, mas meu corpo sempre irá reconhecer o seu toque, apesar de está “apagado”.- brinquei e ele sorriu suave.

–Bom...Todos estão loucos para saberem o nome do nosso filho.- ele lembrou e sorri suave.

Nicolas tinha certeza que eu estava gravida de uma menina, já eu achava que era um menino. Então, decidimos que quem acertasse iria escolher o nome do bebê.

–Ele vai se chamar Harry Philippe. Harry como meu pai e Philippe por que o pai dele adora falar em francês.- brinquei e Nicolas sorriu.

–É um lindo nome amor. E você está se sentindo bem?

–Sim, me sinto como se eu fosse a Leah de antigamente.

–Isso é bom, fiquei preocupado com você.

–Estou bem, de agora em diante tudo o que eu quero e aproveitar o meu bebê.- disse antes de abraçar Harry e beijá-lo.

–Agora sei como meu pai se sentiu quando nasci.- Nicolas disse fingindo estar com ciúme e sorri.

–Você vai ter que se acostumar em dividir a minha atenção amor.- disse e ele revirou os olhos antes de sorrir.

–Posso me acostumar se meu filho for o centro das atenções.

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Depois que fui examinada por Carlisle que atestou que eu estava devidamente recuperada do parto decidimos ir para casa, afinal queríamos mostrar para Harry o seu quarto que havíamos preparado com tanto amor e carinho.

–Você acha que ele vai gostar Nicolas? - questionei assim que paramos na porta do quarto de Harry que estava em meu colo.

–Tenho certeza que sim amor.- Nicolas disse e respirei fundo antes dele abrir a porta do quarto.

Assim que entramos no espaço Harry sorriu feliz antes de bater palminhas o que nos fez rir.

–Acho que ele gostou.- disse sorrindo e Nicolas concordou.

Passamos algum tempo mostrando tudo que havia no quarto para Harry, assim que ele começou a demonstrar os primeiros sinais de cansaço comecei a prepara-lo para tomar um banho.

–Posso fazer isso se você quiser.- Nicolas se ofereceu assim que terminou de encher a banheira de Harry.

–E você sabe dá banho em um bebê? - questionei desconfiada antes de colocar meu filho na agua que começou a chorar.

–Sempre ajudei meus pais quando Allegra era bebê. Sempre achei que um pai deveria ajudar a mãe em tudo.- ele explicou antes de passar o shampoo em Harry que parrou de chorar.

–Tive sorte do meu namorado pensar desse jeito.- brinquei e sorrimos antes de voltarmos a atenção para nosso filho.

Quando Harry já estava devidamente banhado fui alimentá-lo com sangue que estava na sua mamadeira. Segundo Carlisle, Harry se alimentaria tanto de sangue quanto de comida e se o gene de lobisomem não fosse ativado, ele se tornaria apenas um hibrido.

Claro que me preocupava com o futuro do meu bebê, pois não queria que ele sofresse mas se algum dia Harry virasse um lobo, eu estaria ao seu lado.

–Ele dormiu? - Nicolas questionou com um livro na mão enquanto eu acariciava o cabelo preto do nosso filho.

– Acho que ainda vai demorar muito.- disse vendo meu filho largar a mamadeira e olhar para onde o pai estava.

–Não vai não, vou fazê-lo dormir rapidinho.- ele prometeu e me mostrou um exemplar do pequeno príncipe.

–Esse é o seu livro? Aquele que Lukas lia toda noite para você e Nicole? - questionei curiosa e ele sorriu.

–Não, o meu está com uma dedicatória dos meus pais e também foi um presente do meu pai. Este é o Harry, escrevi até uma dedicatória a ele. E você tem que fazer uma a ele.- Nicolas lembrou e concordei.

–Pode ler sua dedicatória? Adoraria ouvir, e acho que nosso filho também.- disse olhando para meu bebê que prestava atenção em tudo.

–Claro. “Ao meu pequeno príncipe, que este livro possa lhe ensinar o valor de uma bela amizade. O valor de que cada ser vivo nesse mundo é único e especial, de que todos devem ser amados e respeitados igualmente. E se lembre de uma coisa filho, que todos os laços que construímos nesse mundo são fortes e duradores, mas os laços de uma família são eternos e perenes. São sentimentos que carregamos por eras. Do seu pai que te ama muito, desde que soube que teria a honrar de amar você pela eternidade inteira. ” – Nicolas disse e sorri em meio as lagrimas. -Você gostou?

–Foi lindo, e Harry tem sorte de ter um pai tão maravilhoso quanto você.

–Obrigado Leah, isso vindo de você é muito importante. Por que tenho medo de não ser um pai tão bom quanto o meu é.

–Isso é impossível Nicolas, você já tem o principal par ser um bom pai.

–Que seria?

–Amor. Você ama nosso filho mais do que tudo no mundo, e isso já lhe qualifica como um excelente pai.

–Juro que não vou desapontar você ou o Harry.

–Sei disso.- sussurrei antes de nos beijarmos.

–Agora está na hora desse bebezinho ir para o berço, afinal temos que aproveitar todo o sono que pudermos.- Nicolas brincou enquanto pegava Harry no colo e eu me levantava da cadeira em que estava sentada.

–Espero que goste da história filho.- Nicolas sussurrou e beijou a cabeça de Harry antes de começar a ler a história para ele.