Eternidade escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 22
21. Revelações


Notas iniciais do capítulo

Musica do capitulo:

https://www.youtube.com/watch?v=wJr-1BcTtf4


E para quem estava ansioso em saber a reação do Nicolas ao descobrir sobre o imprinting, hoje é o dia meu povo.
Espero que gostem.



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Pov. Nicolas:

–Onde você vai tão cedo? - Nicole questionou assim que apareci na sala de jantar para tomar café da manhã.

–Trabalhar.- disse pegando uma maça que estava na mesa e mordendo em seguida.

–Mais hoje é sábado Nikko, e você prometeu brincar comigo.- Allegra disse triste e me ajoelhei ao seu lado para que eu olhasse dentro dos seus olhos.

–Eu sei docinho, mas tenho que resolver umas coisas na empresa. E prometo que vamos brincar assim que eu chegar.

–Jura, juradinho? - ela questionou me oferecendo seu dedo medinho e sorri antes de entrelaçar meu dedo mindinho ao seu.

–Juro, juradinho princesa. Agora cadê meu abraço? - perguntei e ela sorriu antes de me abraçar forte.

–E eu Allegra? Não sirvo para brincar não? - Nicole questionou fingindo estar magoada e Allegra a olhou confusa assim que se soltou de mim.

–Claro que serve Nikki, você é a minha irmãzinha que eu amo e que me ajuda a pintar meus livros de colorir e ainda me dá uma porção de jujubas.- Allegra disse feliz e meus pais olharam feio para Nicole que sorriu sem graça.

–Acho melhor eu ir antes que sobre para mim.- disse me levantando antes de dá um beijo em todos.

–Filho, você nem tomou café.- mamãe disse preocupada assim que lhe dei um beijo.

–Vou tomar meu café na empresa, não se preocupe. Eu te amo.- sussurrei e ela sorriu antes de se inclinar na ponta dos pés para beijar a minha testa.

–Eu também te amo meu bem, e vá com Deus.- ela sussurrou antes de eu sair de casa.

Rapidamente entrei em meu carro e comecei a dirigir em direção a Port Angeles onde a filial da Sant Clair Entreprises ficava, mas no meio do caminho percebi que havia esquecido alguns contratos importantes em casa, antes de fazer o caminho de volta liguei para Abigail avisado que me atrasaria para a reunião.

Assim que entrei em casa e não escutei nenhum barulho estranhei, afinal minha família não era nada silenciosa.

–Vejo que você arrumou uma companhia para brincar não foi mana? - questionei sorrindo assim que vi Allegra brincando no jardim com Clara, filha adotiva da tia Alice que tinha a mesma idade da minha irmã.

–Sim, mamãe ligou para tia Alice deixar a Clara brincar comigo. Mas você já terminou de trabalhar?

– Não querida, tive que voltar por que esqueci alguns documentos, mas prometo que vou trazer um pote de sorvete para comermos assistindo ao Frozen, que tal? - questionei e elas sorriram animadas.

–Posso assistir também Nicolas? - Clara questionou e sorri suave.

–Claro que pode, agora tenho que pegar meus documentos antes que me atrase mais. E aonde estão o papai, a mamãe e a Nicole?

–Estão no escritório.- Clara disse e me despedi delas antes de subir para o meu quarto. Assim que estava com os documentos em mãos desci as escadas correndo, afinal já estava em cima da hora e odiava chegar atrasado nos meus compromissos, mas a voz furiosa da minha irmã me fez parar e seguir em direção ao escritório da minha mãe.

–Temos que contar a verdade para ele.- ouvi Nicole dizer furiosa.

–Não podemos filha.- minha mãe disse e Nicole bufou com raiva.

–Não aguento mais mentir para ele. Nicolas é meu irmão gêmeo, sinto toda angustia e confusão dele. - ela disse com pesar e me aproximei devagar da porta que estava entre aberta.

–Nós sabemos disso filha.- meu pai disse suave enquanto se sentava ao lado da minha irmã.

–Não sabem não. Nicolas dividiu comigo durante todos esses anos o que sentia assim como eu. Sei de cada desejo dele, de cada medo, de cada sonho…Mas nunca pode contar a ele sobre a Leah.- minha irmã soluçou e pisquei confuso.

–Não era seu dever contar.- minha mãe disse suave e Nicole sorriu triste.

–Era sim mãe. Nicolas e eu somos confidentes, juramos desde pequenos sempre contar tudo ao outro e eu trai a confiança do meu irmão. Trai quem sempre esteve comigo durante a minha vida inteira.

Do que é que minha irmã estava falando?

O que Nicole tinha escondido de mim durante todos esses anos que a deixava tão culpada?

–Filha, não é sua culpa. Tenho certeza que assim que seu irmão souber sobre o imprinting ele vai entender e te perdoar por esconder.- meu pai disse carinhoso e minha irmã balançou a cabeça negando.

–Não vai não, eu conheço meu irmão. Assim que ele souber que a Leah teve um imprinting com ele e que vocês não contaram e eu ajudei a esconder, Nicolas vai ficar furioso.- ela disse e deixei meus papeis caírem no chão fazendo com que os três virassem para me ver.

–Nicolas.- os três sussurram para mim.

–Furioso? - questionei e sorri enquanto olhava com raiva para os três.- Vocês realmente não me conhecem.

–Filho, acho melhor conversarmos com calma.- meu pai pediu e olhei para ele com ódio.

–Não me chama de filho. A partir do momento que você escondeu a verdade de mim deixou de ser meu pai. Como você pode me ver sofrendo e não me contar nada? - gritei furioso e meu pai me olhou sem saber o que dizer.

–Não fizemos por mau Nicolas, só queríamos que você fizesse suas próprias escolhas sem a influência de nada.- minha mãe tentou explicar enquanto se aproximava de mim.

–Não chega perto de mim.- gritei me afastando dela.

–Querido.- mamãe sussurrou chorando.

–Nicolas, por favor apenas tente entender.- Nicole pediu e olhei para ela com raiva.

–Eu podia entender e talvez até relevar o motivo deles terem mentido, mas você não. Você era a minha irmã, passou um mês comigo dividindo o mesmo espaço, contávamos tudo um para o outro e você me trai desse jeito.

–Juro por Deus que não queria fazer isso, eu te amo. -Nicole soluçou desesperada.

–E eu odeio você.- sibilei com ódio enquanto olhava para minha irmã que soluçou com dor.

–Nicolas, posso entender e respeitar que você esteja com raiva agora, mas não vou admitir que maltrate sua mãe ou sua irmã.- meu pai disse severo e olhei para ele com raiva.

–Você não entende nada, nenhum de vocês jamais vai entender o que estou sentindo agora.- disse indignado enquanto olhava para os três pela última vez antes de correr porta afora.

Pov. Leah:

Estava terminando de colocar meu salto quando a campainha começou a tocar alucinada.

–Seth, a porta.- gritei enquanto pegava minha bolsa, afinal estava atrasada para o coquetel que haveria em Port Angeles com alguns estudiosos da cultura indígena.

– Mas que droga Seth, você não está ouvindo a porta? - questionei furiosa enquanto descia as escadas e percebi que meu irmão não estava em casa.- Que ótimo, tomará que não seja visita por que estou atrasada.

Sem paciência alguma abri a porta já pronta para despachar quem estivesse tocando minha campainha feito louco, mas prendi a respiração assim que vi Nicolas parado na minha porta.

–Nicolas? - questionei surpresa e fascinada.

Afinal, ele estava bem ali na minha porta depois de termos brigado há uma semana atrás, tão lindo quanto na noite em que dançamos pela primeira vez.

–Precisamos conversar, agora.- ele disse serio enquanto me puxava para fora da minha casa.

–Espera, como assim? E para onde você está me levando? - questionei confusa assim que ele abriu a porta do carro para mim.

–Te explico no caminho, agora entra.- ele pediu sem paciência e cruzei os braços enquanto olhava para ele.

– Não vou a lugar algum até você me explicar o que está havendo, e além do mais já tenho um compromisso.

–Olha aqui Leah, não me faça perder a paciência com você. Só quero conversar com você sem que eles se metam.- ele disse transtornado enquanto me olhava de cima a baixo.- Onde é que você vai linda desse jeito?

–Não vou dizer até que você me explique o que está acontecendo.- exigi e ele se aproximou de mim pressionando meu corpo de encontro ao carro.

–Eu sei de tudo amor, e quero explicações.- Nicolas sussurrou com seu rosto perto do meu enquanto eu perdia o equilibrou ao ouvir o jeito que ele me chamou.

–Como você...- sussurrei atordoada enquanto ele me segurava pela cintura, evitando que eu caísse.

–Vou explicar tudo, só peço que venha comigo.- ele implorou e concordei antes dele me ajudar a entrar no carro.

Nicolas dirigiu por horas até que ele parou perto da estrada e me pediu para sair do carro.

–Onde estamos indo? - questionei tentando me equilibrar no salto enquanto andávamos pela floresta.

–Estamos indo para um lugar seguro, não quero que Lukas ou Lanna nos achem.- ele disse enquanto andava do meu lado e sorriu suave enquanto me via andando.

– Não se atreva a rir. Você não sabe o quanto é difícil se equilibrar nesses saltos andando no meio dessa floresta.- reclamei e ele revirou os olhos antes de me pegar no colo.

–Se segura.- ele sussurrou e antes que eu pudesse reclamar ou perguntar o porquê Nicolas começou a voar pela floresta.

–Tá legal. O que está havendo aqui Nicolas Cullen? - questionei seria assim que Nicolas me colocou no chão quando chegamos a uma clareira que havia na floresta.

–Só quero saber a verdade Leah, ou vou enlouquecer.- ele disse angustiado enquanto me olhava.- Já sei sobre o imprinting Leah.

–Como você soube? - questionei atordoada.

–Ouvi meus pais e minha irmã conversando…E agora sei de tudo.- ele disse e comecei a tremer nervosa.

Sempre imaginei como seria se Nicolas soubesse a verdade, até ensaiei o que diria, mas jamais imaginei que ficarei tão nervosa e descontrolada perto dele. A ponto de colocá-lo em perigo.

–Leah.- ele sussurrou se aproximando de mim assim que me afastei.

–Não chega perto Nicolas, não quero te machucar.- implorei entre lagrimas enquanto me apoiava em uma arvore.

–Você jamais me machucaria.- Nicolas disse confiante e veio até mim.

–Não faz isso, se eu te machucar vou morrer. Você precisa ficar longe de mim.- solucei tremula enquanto me sentava no chão perto da arvore.

–Nunca mais vou ficar longe de você.- ele jurou se sentando ao meu lado enquanto eu tentava me acalmar.

–Você não devia ficar tão perto de mim quando estou nervosa.- disse e ele sorriu suave antes de segurar meu pulso e beijá-lo.

–Vai ficar tudo bem, apenas respire.- Nicolas pediu e encostei minha cabeça na arvore enquanto fechava os olhos tentando me controlar.

Logo senti um carinho leve em minha bochecha que descia para o meu ombro e refazia seu caminho, e por incrível que pareça o toque de Nicolas me acalmou.

–Como você fez isso? - questionei assim que abri os olhos e olhei para Nicolas.

–Fiz o que? - ele questionou me olhando nos olhos enquanto ainda me acariciava.

–Me aclamar. Eu estava perdendo o controle e agora estou calma.- disse confusa e ele sorriu suave.

–Minha culpa. Tenho o poder de controlar as emoções, quando fiquei maior e aprendi a controlar meus poderes Lanna os liberou.- ele explicou e pisquei confusa.

–Desde quando você chama sua mãe de Lanna? - questionei e ele suspirou.

–Não quero falar sobre isso agora. A única coisa sobre a qual quero falar hoje é sobre nós dois.- ele pediu e concordei hesitante.

–O que gostaria de saber? - questionei resignada e ele sorriu suave por eu haver concordado em responder suas perguntas.

–O que você sentiu quando aconteceu o imprinting? - ele questionou curioso e sorri suave enquanto me lembrava daquele dia.

– Senti como se não fosse eu mesma. Afinal, jamais gostei de vampiros.- brinquei e ele sorriu.

–Puxa, isso magoa sabia? - ele brincou e sorrimos.

–Você era o bebê mais lindo que já tinha visto, e assim que o vi mais atentamente senti como se meu mundo tivesse ruído diante dos meus pés. Era como se eu não pertencesse mais a esse mundo.- confessei enquanto olhava para a pulseira em meu braço.- E foi naquele momento de confusão total que enxerguei a luz, e você era essa luz. Assim que compreendi o que acontecia comigo, entendi que meu mundo a partir daquele momento era você.

– E isso doeu? - ele questionou preocupado e sorri suave.

–Não. Isso me transformou Nicolas, por você me tornei uma pessoa melhor.

–Meus pais me afastaram de você Leah? - Nicolas questionou sério de repente e levantei os olhos para vê-lo.

–Claro que não. Seus pais sempre me permitiram ficar perto de você.

–Então, por que você se afastou de mim? - ele questionou confuso e suspirei.

–Você era novo demais Nicolas, só aparentava ter 15 anos e além do mais nem sabia direito o que estava sentindo.

–Sempre soube o que sentia por você Leah, e apesar de ser novo na época e não entender direito por que estava sentindo o que sentia, sempre soube que a amava.- ele disse e sorri feliz por ouvir que ele me amava.- Você tem o sorriso mais lindo do mundo, devia sorrir mais vezes.

– Acho que só você é capaz de fazer isso.- disse e ele sorriu antes de se aproximar mais de mim como se fosse me contar um segredo.

–Vou me empenhar ao máximo para fazê-la sorrir sempre.- ele prometeu antes de se afastar de mim. – E então, soube que você virou historiadora. Você gosta do seu trabalho?

–Eu amo meu trabalho.- disse sorrindo antes de lhe contar sobre minha profissão.

Passamos horas conversando e contando tudo que havia acontecido em nossa vida durante esses seis anos.

E fiquei muito mais encantada por Nicolas.

Além de lindo, ele era inteligente, divertido, culto e extremamente educado igual ao pai.

Nicolas sabia falar mais de vinte línguas diferentes o que me deixou assombrada.

–Espero que me desculpe por tê-la sequestrado hoje.- ele se desculpou enquanto saímos da floresta por volta do entardecer.

–Tudo bem, foi divertido.- disse sorrindo assim que ele abriu a porta do carro para mim.

–Eu também achei divertido Leah.- ele segredou suave e sorri.

Parecia que hoje eu estava mais sorridente que o natural, o que chegava a ser assustador.

–Nicolas? - chamei assim que ele entrou no carro e colocou o cinto.

–Sim.- ele disse ligando o carro.

–Você não me contou por que chamou sua mãe pelo nome.

–Não quero estragar a tarde maravilhosa que tivemos falando disso.

–Você brigou com eles? - questionou confusa por entender o porquê da recusa dele em falar da sua família.

–Sim, e não quero falar sobre isso.- ele disse enquanto dirigia pela estrada.

–Você não pode ficar com raiva deles, eles são seus pais.- disse seria e ele apertou o volante com força.

–Eles nos afastaram Leah.- ele disse com raiva.

–Eles só fizeram o que acharam certo Nicolas, e além do mais quem se afastou de você foi eu e não eles.

–Isso aconteceu por culpa deles, por que eles foram egoístas demais.- ele apontou e revirei os olhos.

–Você não entende por que não é pai.

–Mesmo se eu fosse não faria o que eles fizeram.- ele disse e revirei os olhos tentando me acalmar.

Havia esquecido o quanto Nicolas era genioso e não queria brigar com ele.

–Bom, você está entregue.- ele sussurrou assim que estacionou na porta da minha casa.

–Obrigada.- disse tirando o cinto e depois seu casaco antes de lhe entregar.

–Você ficou brava comigo pelo que eu disse? Se ficou, me desculpe.- ele implorou angustiado e olhei em seus olhos.

Aqueles lindos olhos verdes claros que estavam cheios de promessas de uma vida de felicidade para nós.

–Eles são seus pais Nicolas, se sacrificaram por você, e se Lanna não tivesse se apaixonado por Lukas e passado tudo que passou quando estava gravida, não estaríamos tendo essa conversa agora. E vou ser eternamente grata aos dois por terem me dado você, só acho que você precisa pensar se o que fez foi certo.- sussurrei antes de descer do carro e andar em direção a minha casa.

Não queria ser dura com ele, mas sabia que seus pais estavam sofrendo e se dependesse de mim faria de tudo para que Nicolas os perdoasse.

–Leah, espera.- Nicolas disse saindo do carro e correndo até mim.

Confusa virei para vê-lo e fui surpreendida por um beijo que me tirou do chão.

Naquele momento nos braços de Nicolas e sendo beijada por ele, percebi que meus sentimentos haviam mudado, não enxergava mais o rapaz por quem eu tinha um carinho especial quase fraternal. Por que durante esse beijo Nicolas havia despertado o amor e o desejo carnal em mim, algo que jamais havia sentido antes em relação a ele.

E isso me deixou maravilhada.

–Nunca mais vou deixar você fugir de mim.- ele sussurrou arfante enquanto nossas testas estavam juntas.

–Eu jamais vou fugir de você novamente.- prometi e antes de beijá-lo com toda paixão e amor que havia sido despertada em mim.


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Notas finais do capítulo

Imagem do capitulo:
http://www.polyvore.com/eternidade_cap_21/set?id=169268019



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