Eternidade escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 2
1. Engolindo o orgulho




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Pov. Nicole:

– Não vou chamar duas vezes. - meu pai disse serio na porta do quarto assim que veio me chamar pela centésima vez para ir a escola.

–Prefiro morrer a ter que encarar a escola inteira depois do chifre que levei. – solucei e cobri minha cabeça com o edredom.

–Nikki, filha decepções fazem parte da vida. – papai disse amoroso enquanto se sentava na minha cama.

–Pelo que sei sua vida sentimental vai e sempre foi bem.- sussurrei tirado o edredom do rosto antes de me sentar na cama.

–Nem sempre filha. Sua mãe já me magoou muito uma vez, mas no final meu amor por ela falou mais alto. - ele explicou suave e sorri.

–Está querendo dizer que vou ficar odiando o Troy, mas no final vamos acabar ficando juntos?!- questionei maravilhada e meu pai me olhou confuso.

–Não disse isso. Disse que ás desilusões nos fazem crescer e olhar para aqueles que nos amam de verdade, agora está na hora de ir para a escola.

–Pai, todo mundo vai falar de mim pelas costas. Me deixa ficar me deixa ficar em casa, por favor.

–Desculpe bonequinha, mas nada disso.

–Que pai cruel você é. - resmunguei cruzando os braços.

–Vou ser cruel quando te deixar de castigo por causa das suas notas em inglês. - ele disse e me olhou severo. - Não vou mandar de novo.

–Tudo bem estou indo. - disse furiosa e antes dele sair do meu quarto.

Podia amar meus pais, mas ás vezes eles eram tão severos e linha dura com a escola que chegava a sufocar.

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–E então Nikki, preparada para encontrar a escola e ver todo mundo. - Nicolas me aterrorizou assim que desci as escadas para tomar café.

–Cuida da sua vida seu chato. - disse furiosa me sentando a mesa.

–Crianças comportem-se. - mamãe pediu colocando uma travessa de bolo na mesa.

–Mamãe, não me deixa ir. Vou ser humilhada. - pedi desesperada a ela que sorriu maternal.

–Nicole não exagera. - ela disse suave enquanto arrumava suas coisas na bolsa.

–Você esqueceu lá em cima amor. - papai disse descendo com o jaleco de mamãe nas mãos.

– Obrigada. - ela disse e passou a mão de leve pelo cabelo do meu pai enquanto o olhava. - Adoro você de terno.

–Eu sei. - ele sussurrou presunçoso antes de beijá-la.

–Ow, estamos discutindo meu caso. Lembram? - questionei pedindo a atenção dos meus pais.

–Escola agora. - os dois disseram sérios assim que viraram para me ver.

–Odeio essa família. Odeio os meus pais - gritei furiosa antes de pegar minha bolsa e sair.

– Sempre pensei que fosse o louco dessa família. - Nicolas disse andando atrás de mim.

–Estou feliz em lhe informa-lo que não.- disse de mau humor.

–Bom dia meninos. - Robert disse assim que estacionou o carro na porta de casa.

Meus pais contrataram Robert para ser nosso motorista, pois os dois iam cedo para o trabalho.

Enquanto Nicolas cantarolava com Robert eu afundava no banco de trás com minha vergonha.

Não podia enfrentar a escola inteira sabendo que meu namorado estava de amassos com a minha pior inimiga.

Stacia Fox me odiava desde que ganhei o papel de branca de neve na 3º serie, mas eu não tinha culpa se parecia com ela.

E desde então, ela me declarará guerra.

– Estão entregues. - Robert disse parando na porta da escola. - Boa aula.

–Tau Robert até a saída. - Nicolas disse saindo do carro. - Vem Nikki.

–Nem morta. - disse e ele me puxou do carro.

–Deixa de drama, ninguém se lembra do que houve. - ele disse enquanto andávamos pelos corredores. - Afinal, a traída é você e não ele.

–Oi Nikko. - as meninas falaram assim que entramos no corredor da escola.

Assim que elas me olharam riram em seguida, o que fez sentir vergonha e me encolher.

–Liga não, ela são mal amadas. – meu irmão disse me abraçou pelos ombros.

–Hora, hora se não é a queridinha. - Stacia disse no meio do corredor. - Acho que você não superou o fato do Troy me querer e não você.

–Não aceita a provocação dela. - Nicolas disse me puxando para longe de Stacia, mas me soltei dele.

–Nem morta. - disse e larguei a mochila no chão.

–Ideia ruim. Papai e mamãe vão matar você. - ele disse preocupado.

–Se eu morrer, você fica com minha herança. - disse e ele sorriu.

–Mais que justo, vou fazer um lindo discurso no seu enterro.

–Obrigada de antemão. - disse e comecei a andar em direção a Stacia.

–Você nunca suportou o fato de que ganhei o papel da branca de neve. Não foi Stacia?!- questionei e ela sorriu.

–Isso não me importa, só quero destruir você e todos que ama. Vou tirar todos de perto de você. E o primeiro vai ser o seu paizinho. Vou tirar ele da sua mãe, sua adotada.- ela disse com ódio e voei para cima dela enchendo-a de tapas.

Iria arrancar o couro cabeludo daquela cobra oxigenada a unha.

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–Esse comportamento não será tolerado Sr. Cullen. - a diretora disse enquanto me olhava com raiva.

–Acredite Sra. Lopes, não será. - papai disse me olhando e me encolhi.

–Não posso admitir que na Academia Marshall tenha uma aluna que se comporte como uma delinquente.- a diretora Lopes disse e meu pai a olhou sério.

–Eu é que não vou admitir que a diretora da escola da minha filha a chame de delinquente. Sabia que posso processar essa instituição por calunia? - meu pai questionou furioso.

–Isso não é uma calunia Sr. Cullen, é apenas a verdade. Seus filhos são rebeldes e não aceitamos isso. Acho melhor acabarmos com esse mau de uma vez.

–Também acho, se a senhora não sabe sou amigo pessoal do dono dessa escola e uma ligação minha irá coloca-la para fora dessa sala.- meu pai disse furioso e a diretora piscou confusa.

–Isso é uma ameaça Sr. Cullen?

–Entenda como quiser Sra. Lopes.

A Sra. Lopes ficou um tempo calada pensando se valeria a pena desafiar meu pai, e pode notar em seus olhos que papai havia ganhado a guerra.

–Por hora, a Srta. Cullen está suspensa por duas semanas. Preciso que assine esses papeis. - a diretora disse empurrando-os para o meu pai encerrando a discussão.

Assim que meu pai assinou os papeis saímos da salada diretora.

–Pai, posso explicar. Foi a Stacia que começou.- disse enquanto andávamos em direção ao seu carro.

–Em casa a gente conversa. - ele disse frio antes de entrar no carro.

–Não se preocupa mana, eu te protejo.- meu irmão disse assim que entrei no carro do nosso pai

–Acho melhor você não se meter Nicolas ou compartilhará da punição ao lado da sua irmã.- papai disse severo antes de ligar o carro.

E naquele momento percebi o quanto estava frita.

–Sente-se no sofá. - papai disse assim que entramos em casa.

–Pai, posso ficar com ela? - meu irmão pediu e meu pai olhou para ele serio antes de apontar para cima.

–Eu tentei mana, me desculpe.- ele sussurrou antes de ir para o jardim.

– O que está havendo com você? Por que essa atitude é do Nicolas e não sua. Agora explique-se.

– A culpa foi da Stacia, ela disse que iria acabar com tudo que amo. Que iria separar você da mamãe e ela ainda me chamou de adotada, pai.- sussurrei entre lagrimas e meu pai suspirou antes de se sentar ao meu lado.

–Amor, ninguém vai me separar da sua mãe.- ele disse acariciando meu cabelo de leve e levantei meu rosto para olhar em seus olhos.

–Promete pai?

–Prometo filha. Eu amo a sua mãe mais do que tudo no mundo, afinal se não fosse por ela não teria meus dois tesouros. E o fato dela dizer que você é adotada, apenas não ligue. Tenha em mente que sua mãe e eu tivemos que inventar essa mentira para protege-los, e jamais tenha dúvida das suas origens Nicole. Por que eu sou seu pai e Lanna é a sua mãe.

–Sei disso pai, mas é que…- sussurrei abaixando a cabeça e ele levantou meu queixo para vê-lo.

–Nunca duvide filha. E quando duvidar é só olhar para mim e para a sua mãe e perceber o quanto você é parecida conosco. Promete que não duvidará de suas origens novamente? - papai pediu e sorri.

–Sim.

–E você está desculpada pelo que fez.

–Serio?!- questionei com os olhos brilhando.

–Serio, mas isso não vai livrá-la do castigo. Quero seu celular, Netbook, Ipod, Tablet e toda a parafernália tecnológica que tiver agora. - ele disse apontando para a mesa e pisquei confusa com a mudança do meu pai.

Como papai conseguia ser doce em uma hora e severo em outra?

–Mas, e se eu precisar falar com alguém? - questionei tentando me livrar do castigo.

–Escreve uma carta filha. - ele sugeriu dando de ombros.

–Isso é abuso de poder Dr. Cullen.- protestei sem saber o que fazer enquanto ele recolhia a minha tecnologia necessária de cima da mesa.

–Pensasse nisso antes. Agora pare de reclamar por que estou sendo bonzinho, se fosse a Lanna seria pior. - Papai disse e piscou para mim.

–Agora suba e vá estudar, por que no próximo bimestre quero ver seu boletim cheio de “A”, talvez assim eu devolva suas coisas.

–Tudo bem. - suspirei resignada antes de ir em direção as escadas.

Enquanto subia os primeiros degraus ouvi algo cair e alguém gemer de dor.

–Audric. - papai gritou e soltou minhas coisas enquanto voava para o quintal.

–Minhas coisas. - choraminguei olhando minha tecnologia destruída. - Audric ou tecnologia? Tecnologia ou Audric?

–Audric. - gemi e voei para o quintal.

Quando cheguei vi uma cena horrorosa.

A perna do meu irmão estava meio torta e cheia de sangue, e essa visão me deixou enjoada.

–Nicole, ligue para sua mãe agora. - papai disse e me jogou seu celular para mim.

–Mas você disse que eu não podia... - comecei a dizer e ele me interrompeu nervoso.

–Mandei ligar.

–Tudo bem. – disse enquanto procurava tremula pelo contato da minha mãe.

– O que eu tenho papai? - Nicolas questionou nervoso e pálido enquanto eu falava com mamãe.

–Você está bem. - papai disse e acariciou a testa suada do meu irmão tentando acalmá-lo.

–O que é isso branco? - questionei depois que desliguei o celular.

–Osso. - meu pai disse e meu mundo girou assim como o meu estomago.

–Legal, quebrei a perna. - Nicolas comemorou antes de eu desmaiar.


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Notas finais do capítulo

Imagens do capitulo:

Quarto de Nicole:
http://www.ionline.com.br/wp-content/uploads/2012/08/Decora%C3%A7%C3%A3o-de-Quartos-femininos-2013.jpg

Nicole e Nicolas:
http://www.polyvore.com/eternidade_escola/set?id=165805812

Lanna e Lukas:
http://www.polyvore.com/eternidade/set?id=165865295



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