Mi Corazón Es Tuyo escrita por Laryssa


Capítulo 8
"Queria apagar as más lembranças do México e recomeçar tudo aqui..."


Notas iniciais do capítulo

HEEEY! Sumi outra vez '-'
Estou de volta, com esse capítulo narrado pelo crush da Vilu :3

Obrigado pelos comentários do capítulo anterior, vocês são muito fofas na hora de dar uma opinião *---*

Boa leitura!



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Era mesmo ela. Depois da manhã de hoje eu pude ter certeza. Mas porque ela me tratara diferente, como se não me conhecesse? Olhei rapidamente para a Castillo, inexpressivo. Ela sorria, mas logo seu sorriso se foi e o seu olhar veio em minha direção. Não consegui encará-la porque não era assim que eu imaginava que fosse quando a encontrasse, mas ainda não entendo o porquê de ela estar fazendo isso. Então, finalmente olhei para ela atrás de uma resposta, mas logo ela percebeu e a nova professora também. Depois de pulos e gritos por causa de um besouro que nunca existiu, a professora Maria olhou decepcionada para a Violetta que, no caso, nem percebeu.

Francesca me convidou para almoçar e eu aceitei porque provavelmente a Violetta estaria lá, mas eu me enganei, porque ela nem sequer apareceu. Queria muito que ela estivesse aqui, apesar de me surpreender muito com isso tudo que está acontecendo, eu sinto falta dela e então? Vou ficar esperando tudo isso passar? Ver até onde ela quer chegar com isso? Os meninos conversavam animadamente e eu não sabia o porquê, eu estava perdido demais nos meus pensamentos e com fome, muita fome. Escolheram um restaurante italiano e eu não duvido que a Fran tenha subornado os meninos no momento da escolha. O cheiro das lasanhas e macarronadas invadia até o lado de fora do local, me deixando com mais fome do que já estava.

Durante o almoço, enquanto todos estavam em silêncio, peguei um pingente que estava em meu bolso. Era idêntico ao que dei a Violetta há alguns anos e também o que me fazia – e faz – ficar mais próximo dela. Passei a minha mão em casa quadrado daquele nó, provavelmente feito com as sobras do ouro porque de fato era muito simples, havia as nossas iniciais em dois quadradinhos dele. Ela nem parece mais àquela menina que chorou quando estávamos no aeroporto, agora ela é outra pessoa, alguém que eu não conheço mais.

– León? – chamou Francesca se aproximando de onde eu estava sentado. Os meninos não estavam mais ali.

– Oi – falei tão baixo que soou como um sussurro.

– Está tudo bem? – preocupou-se, e viu o pequeno objeto de ouro em minha mão. – A Vilu tinha um desse.

– Não tem mais? – a encarei pela primeira vez.

– Não sei, já faz um tempo que não a vejo com isso. – riu.

– Ela está em Madri, é quase impossível vê-la, imagine com isso?! – verbalizei.

– Ela não está em Madri!

– Como não? – indaguei – Onde ela está?

– Você é um tonto mesmo! Não reconheceu sua melhor amiga? – sorriu – A Vilu já voltou para Buenos Aires.

Agora eu tinha certeza, mais do que antes. Mas ainda tem algo que me deixa com uma pulga atrás da orelha: ela negava ser quem eu sempre pensei, apesar de ser. Ela não podia fazer isso, não devia.

– Violetta... Violetta Castillo... – minha voz saiu sem expressão – Até onde ela quer chegar com isso?

– O que quer dizer com isso?

– Sua amiga fala comigo como se eu fosse um estranho sabendo que eu não sou. – aumentei um pouco o tom da minha voz.

– Ela está fazendo isso porque pensou que você não havia a reconhecido. – rebateu.

Suspirei.

– Fran, eu nunca a reconheceria só em vê-la. Ela... Ela está diferente, o cabelo dela está mais escuro e longo, seus olhos estão mais claros e ela está um pouco mais alta! – expliquei.

Mas no fundo, a desculpa de ela ter mudado foi só um desabafo indireto. Eu havia apostado com a Fran que a Vilu não ia crescer mais que três centímetros, e olha só, ela está quase dez centímetros, mais alta. É eu falei quase porque ainda acho impossível a Violetta crescer mais que isso.

– Ah, León! Em oito meses as pessoas mudam não acha?

– Claro que mudam, mas ela podia ao menos... – “Você não pode falar, Vargas!”.

– Ao menos...? – me incentivou.

– É algo nosso, e pessoas fofoqueiras como você não podem saber! – brinquei.

Ela me olhou feio, mas logo esqueceu. Eu também preciso esquecer.

+++
– Vocês podem parar um pouco? Já é a quinta vez que eu peço e vocês não me escutam! – Vociferou minha mãe.

– Não escutei nenhum pedido, escutei ordens! – respondeu Jonas.

Minha mãe revirou os olhos. Eu e o Jonas estávamos jogando vídeo game há horas e ela se incomodou porque a Luna não estava conseguindo dormir. Eu já pensava em parar, mãos o Jonas bateu no meu controle, o fazendo ganhar o jogo. Bufei.

– Poxa Jonas! Você trapaceou. – gritei.

– Não importa se eu trapaceei, ganhei de todo jeito. – sorriu vitorioso.

– Ah como eu queria que o nosso irmão mais velho estivesse aqui... – murmurei. Todos escutaram.

– León! – repreendeu minha mãe.

Eu sei que é proibido falar dele aqui e ainda não entendo o porquê – afinal, eu não entendo nada -, sei também que mal o conheci e que nem sei como é a imagem de do rosto dele. Meu irmão literalmente fugiu depois que eu e o Jonas nascemos. Será que ainda está vivo? É um assunto muito delicado. Minha mãe ainda sofre muito e meu pai... Bem, meu pai não gosta de falar dele. Chego a me perguntar pelo quê minha mãe sofre mais, se é pelo seu primeiro filho ter sumido por livre e espontânea vontade – talvez – ou se é pelas confusões que existem entre ela e o meu pai quando o assunto o nome do meu irmão é tocado. Nossa vida virou de cabeça para baixo depois de tudo isso, e por isso viemos para cá. Minha mãe queria apagar as más lembranças do México e recomeçar tudo aqui, com a sua família – mesmo que incompleta – e no início tudo saiu como ela queria.

– Desculpa mãe! – abracei-a. – Eu não deveria ter dito isso.

– Você não é o único a querer isso, quase todos nós queremos. – sorriu fraco.

Quase todos nós. Quem não queria a presença dele? O Jonas? O meu pai? A Luna não, ela nem sabe da existência desse irmão e é melhor que nem saiba. Meu pai adentrou a sala fazendo com que minha mãe se soltasse de mim e fosse abraça-lo. Sempre achei fofa a forma como eles se tratavam, espero que seja assim quando eu for casado e que a única diferença seja apenas na profissão e na quantidade de filhos. Não quero ser doutor e nem ter quatro filhos. No máximo três, duas meninas e um menino, não necessariamente nessa ordem.

– León? O Germán ligou – falou para mim, ainda abraçado com a minha mãe.

– Ah – falei sem expressão alguma.

– Ele voltou de viagem há alguns dias com a Violetta e com a ex-mulher. Devia acompanhar sua mãe até lá.

– Mãe, porque não me disse isso antes? – me levantei em um pulo.

– Eu tentei dizer, mas você não largava o vídeo game.

– Vai agora, mãe querida?

Assentiu.

– Tudo isso só porque vai ver a Violetta outra vez. – murmurou Jonas, alto o suficiente para que todos pudessem escutar.

Ignorei e fui com a minha mãe até a casa dos Castillo. Eu sabia que Violetta não iria muito longe com essa loucura dela, até porque nossas famílias são muito próximas. O senhor Germán nos recebeu muito bem e sua ex-mulher veio cumprimentar minha mãe assim que a viu. Maria? A mãe da Violetta era a professora de canto? A Fran tem razão, sou um tonto mesmo.

Perguntei sobre a Violetta e o Germán disse que desde que chegou não saiu do quarto. Sei que é falta de educação ir para o quarto de uma pessoa sem permissão, mas era preciso. Bati na porta do quarto dela, educadamente. Demorou um tempo até ela conceder a minha entrada sem ao menos perguntar quem era, então, entrei no quarto dela.


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Notas finais do capítulo

Quem é León Vargas? Um menino que não entende nada! '-'
Chorei quando escrevi sobre o irmão dele, o que fez ele fugir de casa? :'(

Quem vocês querem narrando no próximo capítulo, León ou Violetta?

Goodbye! Hasta luego!



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