Mi Corazón Es Tuyo escrita por Laryssa


Capítulo 15
"Você restaurou a alegria que essa família não tinha há anos"


Notas iniciais do capítulo

Boa noite! Como estão?
Não é pegadinha, eu continuei mesmo. Em três dias. Haha
Sabe o que foi? Os comentários de vocês que me incentivaram. Ficaram todos perfeitos... Cada "continua", cada opinião de vocês faz-me sentir melhor e me motiva a continuar. Era para ter a opção de "Marcar todos como favorito".
Obrigado Iara Gonçalves, Jortiniforever2016, Cah Blanco, Júlia e Alice Blanco (Bem vinda!) pelos comentários.

Hoje eu acordei "Preciso publicar um capítulo" e passei o dia todo digitando um. Desde que tenho essa fanfic em mente que sonho em publicar esse capítulo, então espero que gostem ^^

Boa leitura!



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Pedi a meu pai para dormir hoje na casa da Cecília e ele permitiu, ainda que eu me sentisse mal por não receber o seu beijo de boa noite poderia ser bom deixa-lo a sós com minha mãe – ou não. Torço para que eles fiquem juntos e depois que conversei com meu pai há algumas semanas sei que não sou a única.

Ajudei Ceci a preparar a janta e conversei um pouco com o Jonas enquanto esperava León chegar, mas ele estava demorando muito. Sua mãe recebeu uma ligação e atendeu logo me chamou e colocou mais um prato na mesa.

— Seis? – perguntei enquanto arrumava a mesa.

— Sim, León trará sua namorada para jantar aqui em casa. – ela respirou fundo e continuou: – Sabe Vilu, não aceito muito a Ludmila... Ela é elegante e educada, mas ainda assim quer ser o centro de tudo. Não acho que seja a pessoa certa para o meu filho.

— Ludmila sempre foi assim, o centro de tudo. Já fez show na escola quando era pequena para o pai pagar aqueles passeios do dia das crianças, acredita?

— Era ela? – perguntou de queixo caído.

Assenti com a cabeça.

— Escutei comentários sobre isso na reunião de Pais e Mestres, mas nunca passou pela minha cabeça que era ela.

— Ela é capaz de fazer tudo, passar por cima de todos, para conseguir o que quer. Eu avisei León sobre isso, mas ele não escutou.

— Tenho filhos um pouco teimosos. – ela riu.

— Mas apesar disso, eles têm um coração maravilhoso.

— Isso eu preciso admitir. Sei que o León está sentindo apenas uma paixão de adolescência, já passa. Se eles se amassem de verdade, ele não teria que se adequar a vida dela.

Parei um pouco para pensar. O que eu “acho” que sinto por ele é só uma paixão de adolescência? Um dia vai passar?

— Se a senhora não aprova a Ludmila como sua nora, porque eles estão namorando?

— Pelo Carlos. Ele mima muito os filhos, sem exceção. Temo que eles possam sofrer muito com isso depois...

— Não acho que o León seja mimado – rio –, mas como seria a sua nora “perfeita”?

— Bem, ela tem cabelos castanhos, – começou a descrever – olhos da mesma cor, pele clara, me disseram que ela canta e tem nome de flor/cor.

Corei, embora que ainda estivesse com um pouco de vergonha em fazê-lo. Não sabia se ela falava de mim. Quantas garotas nesse mundo possuem as características citadas? Acredito que muitas. Quantas delas o León conhece?

— Violetta. – chamou.

— Oi.

— Estou falando de você.

“Mas a ficha ainda não caiu” pensei.

— Eu não sei da onde tirou isso que eu seria a sua nora perfeita... Eu acho impossível.

— Sei que sente algo por ele. Não tenha medo de admitir isso.

— Ceci, nós somos amigos de muito tempo e eu não quero estragar isso.

— E quem disse que estraga?

— Se não der certo, com certeza estraga!

— Vai dar certo! – garantiu.

Depois disso, mudamos de assunto. Falamos do Jonas, da Luna, do Carlos e até estranhei quando a Cecília mencionou ter quatro filhos. Fui praticamente criada por ela e não me lembro de ter visto outra criança. León também nunca falara nesse irmão. Acho que ela se confundiu. Quando estava prestes a perguntar sobre isso, a campainha tocou.

— Eu abro talvez León tenha esquecido a chave. – ofereci e fui abrir a porta.

O sorriso de Ludmila se desmanchou assim que me viu e logo seus olhos viraram fogo. Sussurrou algo no ouvido de León, que me olhou e falou alguma coisa que não entendi, e sorriu falsa para mim.

Dei passagem para que entrassem e, quando o fizeram, fechei a porta.

Cecília e Carlos logo apareceram sorridentes na sala, cumprimentando a Ludmila. Jonas falou um “oi” no máximo e Luna pareceu não gostar dela. Ri fraco. Tão pequena, porém tão sábia.

Aprontamo-nos à mesa e começamos a comer. Escutei alguns elogios de a comida estar deliciosa. Eu apenas sorria enquanto Cecília agradecia.

— Então, o que a Violetta faz aqui? – Ludmila perguntou interessada.

— Ela é a nossa convidada. – respondeu Cecília com um sorriso de orelha a orelha.

— É a namorada do Jonas?

Todos riram inclusive ele. Era realmente uma piada isso. Prefiro quando a Fran brinca dizendo que sou a namorada do León, faz mais sentido.

— Não Ludmila. Nós a conhecemos desde quando ela era pequena, criamo-la como se fosse parte da nossa família. – explicou Carlos.

— Não se lembra dela? – perguntou León.

— Daquela menininha de cabelos claros que não dormia na aula de matemática e andava com você para todos os cantos? – falou me fitando – Lembro, mas ela era mais... – hesitou – bonitinha.

Fingi não escutar aquilo assim como todos. O silêncio reinou na sala de jantar depois do que ela disse. Era como uma ofensa para mim, mas não me defenderia. Ou não.

— Eu realmente mudei muito depois que morei em Madri com minha mãe, mas foi para melhor. – retruquei.

— Nunca fui a Madri. – falou baixinho.

— Pois é, minha mãe mora lá. Herdei a voz dela, sabia?

Ela riu educadamente.

— Nem quero imaginar como é.

Naquele instante todo mundo congelou olhando para a Ludmila. Decepcionados, atônitos. Eu não soube o que responder, nunca escutei alguém falando mal da voz da minha mãe.

— Por acaso você sabe de quem está falando? – Jonas protestou.

— Da mãe dela.

— E você sabe quem é a mãe dela? ­

Ela calou-se.

— Maria Saramego – respondeu León. – A mãe de Violetta é Maria Saramego, Ludmila.

— Impossível – ela murmurou fixando o seu olhar em mim

— Possível – rebati.

— Além de mãe da Vilu, Maria é uma amiga da família e por isso nós exigimos respeito para com ela. – estabeleceu Carlos por fim.

Depois disso, ninguém abriu a boca. Não queria que isso tivesse acontecido com Ludmila, mesmo não gostando dela. Mas posso ter certeza que era o que ela queria quando começou. Apesar de me sentir culpada, fiquei feliz por saber que as minhas duas famílias são unidas. Quando todos terminaram, Carlos chamou León para uma conversa em particular. Eu e Cecília nos entreolhamos enquanto Jonas parecia alegrar-se, afirmando que León havia aprontado. Ludmila permanecia calada. Tenho que admitir que, mesmo estando delicioso, o jantar foi um desastre. E se em algum momento tivessem mencionado meu nome por ter ajudado a prepará-lo, teria sido bem pior.

Estávamos na sala de estar, praticamente olhando o teto. Não sabíamos o que falar. León e Carlos estavam demorando muito e isso me deixava aflita.

— Acho melhor eu ir. – Ludmila falou levantando-se.

— Não Ludmila, meu pai te levará em casa. – disse León descendo as escadas ao lado de Carlos.

— Tudo bem – respirou fundo e saiu junto a León.

— Caramba, nem deu tempo de aprontar com ela – Jonas reclamou e nós três rimos.

— Eu já vou dormir. Foi um dia exaustivo. – bocejei.

— Tem razão... Boa noite, minha querida.

Sorri como em resposta a ela e fui para o meu quarto. Ele estava diferente. O rosa agora era lilás, as flores desenhadas foram substituídas por adesivos na cor de violeta e no teto a luminária era um Sol. Carlos e Cecília haviam preparado isso para mim. Sorri.

Depois de um banho, preparei-me para dormir e então fui para a janela. Gosto de apreciar as estrelas antes de deitar. O brilho de Sirius é inconfundível na constelação do Cão Maior e ofusca Betelgeuse na constelação de Órion. São estrelas tão brilhantes e distantes. Mais para a minha direita estava o Cruzeiro do Sul e as duas estrelas abaixo dele apontavam para... Ludmila e León. Estavam conversando no jardim e, pelo que dava para ver, León aparentava estar determinado. Fui pega de surpresa quando Ludmila o beijou. Fechei a cortina de imediato. Hoje as estrelas não me mostraram coisa boa.

Alguém bateu na porta.

Rapidamente vesti o roupão e concedi a entrada. Era o Carlos.

— Tudo bem por aqui? – perguntou ao entrar no quarto.

Assenti com a cabeça e sentei na cama.

— Não gostou do quarto?

Olhei ao meu redor e sorri.

— Ficou incrível, Carlos. Nunca pensei em ter algo parecido. Gostei da ideia da luminária ser um Sol.

Ele riu.

— Foi ideia minha. Alguém me disse que você aprecia muitos os astros e nós só queremos que se sinta a vontade aqui. Mas não pense que esse é o seu presente de aniversário!

— E não é?

— Não.

— Não precisa gastar tanto assim comigo. – pedi.

— Você é como uma filha para mim e para a Ceci. Nós sempre quisemos uma e então o Germán e a Maria ficaram desesperados procurando alguém para ficar com você enquanto viajavam. Ah Vilu, você restaurou a alegria que essa família não tinha há anos.

— Mesmo não sendo de sangue, vocês também é minha família. Cresci e aprendi com vocês.

— Continua sendo a nossa menininha, mesmo com a Luna. – garantiu.

Eu apenas sorri.

— Tem certeza que está tudo bem? O León não te fez nada né?

— Ele ainda está com a Ludmila?

— Acredito que sim, mas por quê?

— Mal nos falamos esses dias por causa dela. Nossa amizade nunca mais foi a mesma. – lamentei.

— Vocês estão crescendo, amadurecendo. É claro que não são aquelas crianças que bagunçam a casa com brinquedos...

Ele tinha razão nisso. A nossa mentalidade estava mais madura para pensar em amizade como uma brincadeira. Nunca seremos mais crianças e esse era o principal motivo para estranhar a nossa amizade. Crescemos.

— Seja lá o que tenha acontecido entre vocês, logo vai passar. Eu garanto. E quem sabe possam ser mais que amigos?

Ri.

— Até o senhor?

— A Cecília me contou que tem suspeitas que vocês dois sentem algo um pelo outro, algo que não é amizade. E se ela estiver certa, vocês têm o meu apoio.

Logo, ele foi chamado para levar a Ludmila em casa. León não apareceu para falar comigo. Minha esperança está enfraquecendo mesmo com a Francesca, o Maxi e agora a Cecília e o Carlos me provando o contrário. León não conseguirá terminar esse namoro com a Ludmila, tenho certeza. Entretanto, prometi apoiá-lo. Desliguei as luzes, deitei na cama e acendi o abajur. A luminária na verdade era uma Lua e agora o teto brilhava.


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Notas finais do capítulo

Ninguém duvida mais deles, mas parece que agora a Vilu sim. E agora? Ela vai mesmo desistir? Qual foi a melhor parte do capítulo e o que vocês não gostaram nele?
Perdão por não ter tantos momentos Leonetta, mas acreditem que é por um bom motivo. Se tiverem paciência, descobrirão logo (eu também estou curiosa '-').
Próximo capítulo narrado por: Violetta ou León?

Quero um quarto igual o da Vilu, haha.

Comentem, opinem. Marquem como favorito, recomendem.

Beijão da Laryssa. Até a próxima!