Mi Corazón Es Tuyo escrita por Laryssa


Capítulo 14
"Ainda tenho minhas dúvidas!"


Notas iniciais do capítulo

Hey hey hey! Como estão?
Eu acreditava que tinha publicado o capítulo e quando fui procurar por ele no índice da fanfic não encontrei. Mil perdões por isso, tenho que organizar as gavetinhas do meu cérebro porque está tudo bagunçado. Agradeço a Júlia pelo comentário (marcado como favorito) que me emocionou, e claro a Sweet Cah e a Iara Gonçalves. Cada vez que recebo um e-mail avisando de comentário, vocês nem imaginam como meu coração festeja.
Hoje faz um ano que eu comecei essa fanfic e ainda não acabei. Vocês querem que acabe logo? Se esperam por um momento romântico...

Boa leitura ♥



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Os dias passaram-se voando. Agora falta apenas uma semana para a apresentação do trabalho do Pablo. É definitivo. León e Francesca cantarão juntos e, possivelmente, se beijarão. Insisti em um beijo técnico, mas não quiseram. Mesmo que eu queira o meu melhor amigo sempre ao meu lado, não seria eu que mataria a Fran.

Eu e León estávamos mais próximos do que nunca e ele sabia bem como racionar o seu tempo entre mim e sua namorada. Ainda assim, a companhia de Ludmila a ele me incomodava.

O que aconteceu nesses últimos dias foi o bastante para me inspirar e terminar a letra de uma música que tentara compor desde que estava em Madri. Só estava concluindo alguns detalhes pendentes. Logo a minha primeira canção estaria pronta.

Comecei a tocá-la e em seguida a cantá-la. Busquei sintonia com a música e a encontrei junto com as lembranças da semana que retornei a Buenos Aires. Minha mãe me “obrigando” a ir ao Studio. O meu reencontro com Maxi e Francesca. O ensaio da banda. O café da manhã com León. Tudo. A maneira como a Ludmila quer controlar o meu amigo, como se ele fosse uma marionete. O jeito que ela acha que sabe tudo sobre ele, mas não sabe nem um terço.

León sabia que ninguém entendia seu humor ou conhecia a sua história como eu, mas não vê que eu sempre estive ao seu lado. Era isso o que eu queria: que León acordasse e percebesse que o que ele procura esteve aqui o tempo todo.

Quando soou a última nota da música, escutei alguns aplausos. Estava tão concentrada que nem percebi que a escola inteira veio parar aqui. Meus amigos também estavam. Era impossível não encontrar os olhos verdes de Francesca realçados pela sua pele clara e cabelo escuro, o boné e o moletom do Maxi e a camisa quadriculada azul do León. Sorri.

— Ele vai passar o dia todo com nós três – informou Maxi assim que o aglomerado saiu.

Bati palmas e logo a Francesca me acompanhou. Desde que a semana começou ele tem reservado o tempo para a sua majestosa e maravilhosa namorada. Era um verdadeiro milagre ele estar conosco, literalmente. Mas, eu sabia que era culpa minha, pois passei uma semana toda o perturbando.

— Por motivos bem especiais – continuou.

Então vi León sorrir e vir até mim, dar-me um abraço. Senti-me segura, amada. Quando nossos olhos se encontraram e, por um momento, vi o quanto os seus brilhavam. Eles pareciam um espelho, pois conseguia ver o meu reflexo. Ouço Maxi comentar alguma coisa, mas ignorei apesar de ele ter continuado. Logo, ele parou e por algum motivo isso me incomodou. Ludmila estava parada na porta, assistindo a tudo.

— Suponho que um tal de León Vargas esteja por aqui, podem avisá-lo que temos que ir já para o cinema?

Voltei meu olhar para ele. Seus olhos não brilhavam como antes, mostravam um pedido de desculpa. Talvez ele não lembrasse que tinha de sair com ela, mas ainda assim eu estava decepcionada.

Ele engoliu em seco e me soltou indo ao encontro dela. Baixei a cabeça e coloquei minhas mãos sobre o piano. Não estava a fim de vê-lo sendo controlado por uma garota egocêntrica como ela. Assim que eles saíram, respirei fundo. Era a decisão dele e eu tenho que respeitar, porque não quero ser exatamente como minha mãe.

— Relaxa Vilu – falou Francesca como se fosse possível.

— León tomou essa decisão e eu prometi entender, vou apoiá-lo ainda assim, mesmo não sendo o que eu quero.

— Antes de vir, ele disse que ia terminar com a Ludmila...

— Quê?! – o queixo da Fran caiu.

— E tem bons motivos para isso – continuou, me olhando.

Francesca olhou para mim também.

— Eu não tenho nada a ver com o que ele disse!

— Mas sabe os motivos para ele terminar com a Ludmila...

Bufei.

E sabia, quer dizer, ela é atraente, porém é insuportável como namorada. Todos sabem disso, mas tem uns que nem evitam e arriscam como o meu melhor amigo. O que diabos passava na cabeça dele?

— Com licença – uma voz doce soou na porta e eu a conhecia.

Segui o seu som e vi a Cecília. Seus cabelos castanhos estavam presos em um coque perfeito o que realçava os brincos perolados. Sorri.

— A sogra chegou – murmurou Francesca.

Ignorei-a e fui abraçá-la.

— Sério? Geralmente a relação entre nora e sogra não é nada amistosa – dessa vez foi Maxi.

Quando a Cecília ouviu isso, me soltou e arregalou os olhos.

— Não liga para o que eles dizem.

— Está bem, mas você e o León...

— Não! Somos só amigos, não se preocupe.

— Eles sempre falam isso, mas ainda tenho minhas dúvidas – grandes amigos eu tenho – né Maxi?

— Ah, parem com isso. León e Violetta são amigos desde que se entende por gente. – Cecília me ajudou.

Fran e Maxi sussurram algo entre eles e riram, mas talvez não houvesse nada engraçado nessa situação. Não para mim e nem para a Cecília.

— Então, o que veio fazer aqui? O León acabou de sair.

— Eu me encontrei com ele quando estava vindo. Eu vim aqui para falar com você, Violetta.

— León que começou! – defendi-me de repente.

Ela me olhou confusa e isso era bom por um lado, porque não era a razão de ela ter vindo, mas por outro ela elaboraria um questionário sobre isso. Droga! Os questionários da Cecília são de matar...

— O que vocês aprontaram?

— Já faz alguns anos e não foi nada de mais.

— Ruuum...

— O que queria falar comigo? – perguntei, ainda que preocupada. – Você não se deslocaria de casa até aqui se não fosse tão importante.

Com um olhar, pedi para Fran e Maxi se retirarem, mesmo que por um instante. Eles assentiram e saíram sem reclamar. Cecília esfregou as mãos antes de começar a falar:

— Vim a pedido de sua mãe, Violetta. Ela não sabia como falar para você e me chamou.

Era a respeito da Tradição, é claro. Eu sei que ela não tem culpa se isso foi declarado por nossos antepassados, mas o que custava vir aqui falar comigo? Acho que isso a sufoca tanto quanto a mim.

— Como você já sabe, sua avó mora longe e passa por algumas dificuldades. Por esse motivo a Maria terá que viajar para ficar com ela.

— Quando? Por quanto tempo? O que minha avó tem?

— Calma Violetta. Mesmo com uma situação difícil, sua avó está bem, no entanto ela pediu que uma de suas filhas fosse visitá-la e a Maria como foi a primeira a sair de casa se sentiu na obrigação de ir. Ela vai na semana que vem e vai passar cinco dias.

Mentalmente, fiz os cálculos de quando ela voltava. Dia 23. Agora entendo o porquê de tanto medo em vir conversar. Eu passarei mais um aniversário sem a presença da minha mãe que todos os anos me mandava o mesmo presente. Tenho uma coleção de livros de poetas e poetisas famosos. Será que esse ano ela me daria a mesma coisa?

— Então ela se dedicou tanto a uma festa para não ir? Ela insistiu muito e eu precisava ter a minha mãe comigo. – deixei escapar algumas lágrimas – Já estou acostumada, Ceci. Sempre aparece algo para ela não voltar ou não estar, mas nesse caso, minha avó deve estar precisando mais dela do eu preciso.

— Quem disse que não vai ter festa? Só não vai ser no dia, mas com certeza vai ter – ela sorriu limpando as minhas lágrimas – e vocês vão passar o dia juntas.

— E o meu pai?

— Vai à Itália a pedido de sua mãe e não devo contar o porquê disso.

— Ah Ceci, por quê? – fiz bico.

— Um dia saberá... – falou com ar de mistério.


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Notas finais do capítulo

Vocês ainda têm dúvidas quanto a León e Violetta? O que acham que Germán e Maria estão aprontando? O que a Cecília representa para a Vilu? Quero respostas e opiniões!
Comentem, marquem como favorito, recomendem... Não deixem que essa fanfic morra!

Até.

Laryssa.