The Mission escrita por Missy Lin


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora.

A história está acabando, tem só mais 3 capítulos.

Beijooos, boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/625735/chapter/7

The Mission

Missy Lin

.

.

.

Adentraram a residência de Akame sobre olhares descontraídos, Sakura estava insegura se apoiando no braço de Sasuke, sentia no fundo de seu peito que aquilo não terminaria muito bem, ela ainda o amava, o amava tanto que seria impossível esconder, ela não era mais uma menina tola, uma apaixonada irracional, por tanto ela deveria agir como a adulta responsável a serviço da folha. Mas como era difícil. Queria beija-lo, queria entregar-se a aquele homem, e, nossa, como ela queria tudo isso. Ter uma vida com ele.

A casa da governadora era de alto padrão, ela vivia nas instalações destinadas aos altos cargos, porém tudo no aposento transmitia humildade, o salão de festa, a espaçosa sala de jantar, era simples se comparada a ademais que Sakura já frequentará quando acompanhava Naruto e Kakashi nas confraternizações e encontros pós-guerra. Apesar da simplicidade, tudo era delicadamente organizado.

Ambos foram recebidos por Akame, que sorria abertamente, e então, um a um, as pessoas da sala eram apresentadas ao casal. Primeiro os três anciões do antigo conselho, o primeiro, um senhor de idade avançada, alto, magro e encurvado, ele se apoiava em uma bengala e transmitia um olhar de terna compaixão. O segundo um senhor baixo e rijo, com feições mais hostis, cumprimentou-os de forma respeitosa, o terceiro um homem de olhos brilhantes e olheiras profundas, se absteve a um aceno de respeito.

Em um certo momento daquela noite, não muito tarde, Sakura já estava esgotada, a viagem era uma das responsáveis mas não o motivo principal, estava preocupada com as pessoas daquela vila, em especial as crianças, sentia que não deveria estar naquele jantar, deveria estar no hospital. Sasuke não estava mais a seu lado, ele distanciou-se a fim de conversar com alguns senhores feudais da região e outros homens da elite econômica, provavelmente tentando entender de onde provinha aquela lama. Sakura absteve-se a conversas do grupo de mulheres que a cercou

O jantar foi servido pouco antes das nove horas da noite, a comida era simples, nada tão requintado, Sakura imaginou ser devido as drásticas condições precárias que a vila estava enfrentando, mesmo assim, todos estavam sendo hospitaleiros e gentis, isso deixava Sakura cada vez mais motivada em finalizar sua missão.

Akame puxou o discurso antes do jantar, agradeceu os viajantes da folha de forma com que Sakura ficou tímica, devido a quantidade de adjetivos positivos usados, Sasuke, em seu estilo permanecia indiferente aos elogios.

— ... Gostaríamos de presentear os viajantes da Folha. — encerrou seu discurso Akame.

Então uma mulher adentrou o salão com um delicado embrulho branco, e entregou nas mãos de Sakura.

Ao abrir, Sakura precisou segurar-se para não cair em lágrimas, mas quem a olhava logo percebeu que ela poderia vir as lágrimas a qualquer instante, sua emoção era perceptível tão claramente quanto as aguas límpidas.

De dentro do embrulho Sakura retirou uma delicada roupa branca de bebê, delicadamente feito em minuciosos detalhes, a pequena roupa atingiu em cheio Sakura. A dor em seu coração poderia ter dois motivos que ela não soube diferenciar e identificar, ou era o peso da mentira que havia deixado com que aquela gente acreditasse, ou era por ser uma mentira. Seu coração apertou, temeu buscar conforto nos olhos de Sasuke.

Então, ela apenas guardou a roupinha e agradeceu de forma singela a governadora e os demais da sala, em nome dela e de Sasuke.

Em alguns momentos, as mulheres que a cercaram queriam saber como foi o casamento com aquele homem, como ele a pediu em casamento... Sakura não poderia mentir aquilo. Ela simplesmente sorriu e disse que futuramente contaria.

O jantar foi breve, a garota não sentia fome depois daquela descarga de emoção, como ela poderia agir de forma tão inescrupulosa com aquela gente? Ela vibrou em sua cadeira, pensou sinceramente em desmentir a situação.

A mão de Sasuke tocou a mão que tremia de Sakura, logo a seu lado. O garfo vibrava tanto que mal segurava a comida sobre.

— Sakura.

Ela ainda sim temia buscar os olhos de Sasuke. Sabia que ele a repreenderia por não saber controlar seus sentimentos. Suas emoções.

— Sakura. Você não está sozinha.

Ele finalizou, ele... a confortou.

Sakura soltou levemente o talher e, buscou a coragem suficiente para olha-lo, o negro olho descoberto de Sasuke a olho fixamente, não transmitia raiva ou desapontamento. E então, ela sentiu-se confortada.

— Não acho que isso é certo, Sasuke-kun.

— Conversamos sobre isso em particular, aqui não é hora.

Finalizou bruscamente esquivando o toque corporal e voltando a comer, Sakura não sabia, mas Sasuke já planejava a algum tempo conquista-la.

Antes das dez horas da noite, Sasuke e Sakura já se encontravam subindo as escadas da hospedagem em silêncio. Ela estava apreensiva. Havia apenas uma cama naquele apartamento, ela sentia um frio vívido em seu ventre,

Ou, as típicas borboletas no estômago.

.

.

.

Naruto embrenhou-se na floresta que rodeava a vila a fim de encontrar alguma pista da pessoa que abateu a águia de Konoha, chegou até o ponto informado onde o corpo da ave foi encontrado e se posicionou no local demarcado anteriormente por outros ninjas.

Daquele ponto específico ele olhou a sua volta, era noite, e isso dificultava a busca, porém também tornava o ambiente mais propicio a lhe trazer informações para rastrear.

A águia havia sido abatida por uma kunai, levando em consideração que esse tipo de pássaro costuma voar a uma altitude que pode chegar a 10 mil metros do nível do solo, e há uma velocidade de 175 até 300 km/h, o ninja que a abateu, e ainda por cima utilizando uma kunai era muito ágil e habilidoso.

Logo, pela dificuldade de acertar uma ave dessas, o ninja precisaria estar em um local aberto, e, no ângulo preciso a da águia no momento do abate. Naruto procurou por essa área e não tardou a encontrar a clareira com ervas rasteiras, e, naquele mesmo local encontrou as pegadas.

Agachado, analisando o tamanho dos pés, ele supôs serem masculinos e de tamanho 38. O ninja pisava com segurança na parte frontal de seu pé, e usava um sapato fechado, talvez sapatilhas. Olhando os passos, ele supôs que o ninja não estava com pressa, eram passos curtos e demarcavam toda a região da sola. Com toda certeza, ele sabia o que fazia.

Naruto se pôs de pé a fim de encontrar o local de onde aquele ninja viera, já que após roubar a mensagem de Konoha, o mesmo havia fugido pelas arvores, aquelas pegadas em clareira aberta era a sua única pista.

Tendo finalmente identificado a direção, Naruto se sentiu confiante em continuar.

— Espero que seja um ninja forte, quero lutar, sinto saudade das batalhas. — A voz gutural ecoou na mente de Naruto.

— Não diga isso Kurama. Sei que está com vontade de lutar, mas o dialogo tende a ser mais eficiente. E outra, nem sabemos se os encontraremos.

— Eu farejei encrenca.

— Eu também...

Naruto prosseguiu pelo caminho, se mantendo na direção que achou ser a certa. Até finalmente as pistas terminarem frente a uma grande rocha, e logo o loiro percebeu que se tratava de uma entrada secreta. Escondida dos olhos desatentos.

Passava das dez da noite quando Naruto com a ajuda de Kurama forçaram a entrada e invadiram a força. O túneis estavam iluminados por tochas, Naruto com toda certeza estava no lugar certo.

Uma silhueta dançou por entra a iluminação das tochas, até que finalmente Naruto tivesse a visão.

— Você! Então foi você que roubou a mensagem de Konoha. — Ele disse surpreso. — Eu deveria ter suspeitado.

.

.

.

Sakura adentrou no quarto do hotel primeiro, e ainda envergonhada parou encostada a parede esperando Sasuke se pronunciar. Mas o moreno só passou reto por ela, tirou as botas e se esparramou no sofá. Parte de seus pés ficaram para fora, e para o porte físico daquele homem, ele parecia apertado no sofazinho. Sasuke era um armário.

Sakura baforou ar desanimada. Espera que ele propôs-se que dividissem a cama, que pensamento absurdo. Sentiu-se uma tola por imaginar que Sasuke diria algo como aquilo. Idiota.

Ela foi até o banheiro, fez sua higiene antes que finalmente dormisse. Ao sair se deparou com um homem que ainda estava deitado no sofá e, se dirigiu até próximo a ele.

— Sasuke... Obrigada pelo apoio na...

— Não fiz mais que minha obrigação — ele a cortou.

— É... tudo bem. — Ela o encarou um pouco triste.

— Escuta Sakura. Se estamos nessa juntos. Então é para valer. — Ele a olhou terno.

— Sim. — Ela sorria, dessa vez mais animada.

— Descobriu algo nesse jantar?

— Nada além de planos ou paparicos. Fui um fracasso. — Ela fez uma careta e jogou o cabelo para trás. — Mas e você?

— Descobri o porquê das bandeirolas nas janelas de algumas casas, e a origem daquela lama. — Ele se esticou melhor no sofá. — Há nove dias, de alguma forma a represa de lama dos dejetos da mineradora rompeu. A lama tóxica deslizou morro a baixo, felizmente não atingiu os vilarejos, porém destruiu consideravelmente as plantações de arroz. — Ele suspirou antes de prosseguir. — Alguns trabalhadores morreram, e outros ainda estão desaparecidos, e é isso que as bandeirolas representam, as vermelhas os mortos, as brancas os desaparecidos daquela casa.

— Acha que foi criminoso?

— Não posso afirmar nada ainda, amanhã irei averiguar o local onde estavam as barragens e procurar por alguma pista.

— Entendo. — Ela desviou o rosto para a grande cama.

— Melhor dormirmos Sakura. Amanhã será um longo dia para ambos.

Ela concordou, e foi finalmente até seu leito.

— Boa noite Sasuke-kun. Durma bem... E, obrigada novamente.

Ela não viu, devido a distância de ambos e as luzes já estarem apagadas, mas Sasuke sorriu ao ouvir o seu tão amado sufixo “kun”.

Sakura acordou abruptamente com Sasuke sobre si, lhe tapando a boca com a mão. E fez um sinal facial para que ela ficasse quieta, e assim que ela afirmou, ele saltou para a janela, saindo por ela. Sakura assustou-se e não tardou para ir na mesma direção, olhou para fora. As ruas estavam silenciosas, mortas.

Sasuke olhava para uma parte destelhada de um telhado próximo. E logo voltou.

— O que é isso Sasuke-kun?

— Tem algo muito errado com esse lugar — Ele adentrou pela janela após Sakura lhe dar espaço. — Meu rinne-sharingan me despertou, senti uma forte onde de chakra em teletransporte, olhei para a janela e vi uma coisa olhando por ela, o mais rápido que pude vim em direção já com o sharingan ativado, mas no exato momento que cheguei a coisa havia sumido.

— Como o Kamui de Obito?

— Pior, como a troca de dimensões de Kaguya!

— Mas ela está morta... não é?

Sasuke ficou em silêncio, com o maxilar condensado. Sasuke e Sakura estavam em uma curta distância, falando baixo e confusos com a situação. Sakura sentiu o calor de seu companheiro, e a impulsividade mandava beija-lo.

Ele a encarou em seguida para responde-la.

— Até onde sabemos sim.

O relógio do corredor badalou duas da manhã, tirando ambos daquela proximidade, Sasuke retornou para o sofá, enquanto que Sakura sentou-se na cama olhando para ele. O olhar de ambos novamente se encontraram na penumbra. O silêncio reinava.

— Sasuke-kun... eu... — Ela engoliu sua saliva e desistiu de prosseguir.

— O que?

Sorriu sem graça com o que pretendia dizer ao moreno. Melhor guardar para si.

— Vamos dormir... Certo? — Ela deitou rápido de costas ao moreno.

— Certo... — Ele disse baixo em um fio de voz. E sentou-se no sofá confuso e intrigado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostou?
Comentaa ai :D