Pestinhas a Bordo escrita por Fujisaki D Nina


Capítulo 5
Os Pestinhas de Dressrosa


Notas iniciais do capítulo

VOLTEEEEI, CAMBADA!!
Quem aí sentiu saudade? Quem aí tá querendo me matar por demorar na postagem?? Bom, seja qual for a opção, eu fico contente por ter leitores que se importam com a fic.
E isso porque foi graças a vocês nós alcançamos a marcação de 20 comentários!! UHUUU!
Quero agradecer também à Lakita, ao DarthCrafter (Pedro! *-*) e à Crazy4ever por favoritarem a fic. Obrigada mesmo, gente ^-^


Boa leitura ^^



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O Thousand Sunny estava surpreendente calmo naquela manhã. Talvez fosse por ainda ser cedo e a maioria dos tripulantes se encontrarem dormindo. Mas os poucos acordados estavam já na cozinha, à espera do café da manhã. E era justamente de lá que vinha uma irritante cantoria.

— Quer calar essa boca, Ero-cook?! – Zoro gritou com o cozinheiro, não aguentando mais aquela felicidade toda.

Sanji nem se dignou a virar a cara. Ainda cantarolando, apenas respondeu: - Nem vou retrucar, Marimo de merda.

— Me chamou do que, seu maldito?! – O espadachim tentou continuar a discussão, mas o cozinheiro o ignorou, voltando a cozinhar e cantarolar.

— Eh? O tio Sanji não quer discutir com o tou-san? – Ohana tirou os olhos do livrinho que lia ao ouvir a conversa. Como já era de seu visual, ela estava com os cabelos medianos e soltos, e usava um vestido vermelho com folhas brancas de coqueiro desenhadas. Logo a expressão da menina ficou preocupada e ela voltou-se para Robin ao seu lado. – Kaa-san, o mundo vai acabar?

— Não se preocupe, Ohana. – Robin também interrompeu sua leitura, sorrindo tranquila para a filha. – O seu tio só está feliz porque chegaremos a Dressrosa hoje.

— Dressrosa? – A pequena repetiu, inclinando a cabeça para o lado em dúvida.

— Finalmente, depois de cinco anos, vou poder ver minha querida Viola-chwaaan! – Sanji comentou para o nada em específico, só queria lembrar que logo veria sua amada.

— Ah, tá, é uma mulher. – Com aquela informação Ohana pareceu entender, e como se nunca tivesse parado, voltou ao seu livro.

Uns segundos se passaram com Sanji ainda cantarolando, Robin e Ohana ainda lendo e Zoro olhando para as duas e se perguntando como elas podiam ser tão parecidas. Até que certa pessoinha apareceu na porta da cozinha.

— Tio Sanzi! – Luna chamou pelo cozinheiro.

Desde seu aniversário de um ano, os cabelos alaranjados ficavam presos em marias-chiquinhas, além de sempre (sempre mesmo!) estarem enfeitados pelo chapéu de palha; e hoje ela usava seu conjunto de roupas favorito: uma blusa amarela com desenho de uma ilha e um shorts roxo.

— Sim, Luna-chan? O que minha lagartinha deseja? – Sanji voltou o olhar para baixo, para ver a menina de três anos.

Embora Ohana e Luna o deixassem puto bagunçando sua cozinha (várias vezes já tinha pegado as meninas fazendo as panelas de bateria ou usando utensílios nas brincadeiras), o cozinheiro não conseguia deixar de adorar as pestinhas. Sem falar que ele tinha o costume de considerar as pequenas da tripulação como duas lagartas, que lentamente iriam fazer a metamorfose e se transformar diante de seus olhos. Ou pensava isso, ou encarava a realidade de ter perdido suas duas Melorimes.

— Você faiz um suco de malacujá pra mama?

— Claro! – Os olhos do cozinheiro se transformaram em dois corações. – Tudo pela Nami-san!! – E foi até a dispensa, pegar os maracujás.

— Ela tá de mau humô, então põe batante açúca.— Luna acrescentou, ouvindo um “Hai!” do tio.

— Sua mãe, de mau humor? E qual a novidade? – Zoro entrou na conversa.

Luna sentou-se ao lado de Ohana na mesa antes de responder: - Hoje tá pió. Eu acodei e ela tava cholando. - Aquilo atraiu a curiosidade da família Roronoa. Ver Nami mal humorada era uma coisa normal, mas chorando era novidade. – E quando o papa tentou acalmar ela, a mama bateu nele. – Ah, agora já estava mais normal.

— Oe, Nami, mas o que eu fiz? – A voz de Luffy foi ouvida se aproximando, juntamente com passos pesados.

— Nada, Luffy! – Uma Nami assustadoramente estressada entrou no local, sendo seguida pelo marido. – Eu já disse que você não fez nada.

— Mas então por que você está tão brava? E por que acordou chorando? Me conta! Eu estou preocupado com você. – O moreno continuava questionando.

Mas não deveria tê-lo feito, pois Nami voltou-se para ele com um olhar tão fulminante que até o próprio Luffy notou que tinha falado demais.

— Justamente por ISSO!! – A navegadora explodiu de vez. – Eu não tenho um segundo de paz! Você pensa que é fácil te aguentar vinte e quatro horas por dia?! E sim, de noite também porque seus roncos contam!! – Acrescentou, quando viu que o moreno ameaçou abrir boca.

— O Papa lonca bastante mesmo. – O inocente comentário de Luna foi o que cessou a discussão.

Ao ver a filha ali, Nami pareceu lembrar-se de que não estava dando aquele chilique só na frente de Luffy, e que, se não se controlasse, poderia começar a usar um palavreado nada apropriado para as pequenas presentes. Então, para não acontecer um acidente, ela deu um longo suspirou e sentou-se à mesa, no canto mais longe possível de Zoro e Luffy.

— Nami-swaaan~!! – Sanji voltou bailando para a cozinha, trazendo alguns maracujás consigo. – Eu já preparo o seu suco!

— Heim? Suco? – A ruiva ficou confusa.

— Eu pedi pro tio Sanzi fazer pra vochê. – Luna sorriu para a mãe. E Nami só pôde corresponder o gesto. Tinha como ficar brava com uma coisinha fofa dessas por perto?

— Você fez bem, Luna. – Luffy comentou.

— Sim, sim! Crianças são maravilhosas! Não importa se são verdadeiras pestes piores que pulgas e carrapatos – Sanji comentou, recebendo um olhar irritadiço de Ohana por cima do livro. – não tem como não amá-las.

— Isso tudo são saudades do Naruto-kun? – Robin interrompeu novamente a sua leitura, fechando o livro dessa vez. Estava mais interessada na conversa. – Ele já está com quantos anos?

— Completou seis tem três meses. – O sorriso do cozinheiro só aumentou ao lembrar-se do garoto. – E falando em tempo... Nami-san, - Virou rapidamente para mirar a navegadora. - quando devemos chegar em Dressrosa?

— Ainda preciso ver direito, mas como não temos sinal de tempestade, talvez ao meio-dia.

Nauto? – Luna repetiu o nome baixinho para Ohana, querendo saber de quem os adultos falavam, mas a Roronoa apenas deu de ombros. Também não tinha a menor ideia.

Realmente não demorou nada para eles chegarem ao destino estimado. E atracaram no porto exatamente ao meio dia! Nami ficou tão feliz por sua precisão que encheu Luffy de beijos (algo bem merecido depois de ser acordado por sua mulher chorando e receber um soco dela ao perguntar o que ela tinha, mas nem o capitão era louco de dizer isso em voz alta).

O reino não havia mudado muito desde a última vez. Mesmo na época dos brinquedos falantes, Dressrosa sempre teve aquele espírito de felicidade. Rapidamente eles chegaram ao palácio, onde certa pessoa os esperava, olhando ansiosa pela janela.

— Eles chegaram! – Exclamou animado o garotinho. – Okaa-sama, eles chegaram! Chegaram!!

— Não grite, Naruto. – Viola repreendeu-o gentilmente, mas ela própria não podia conter o sorriso.

— Mas eles chegaram! O otou-san chegou! – Naruto continuava animado. – Tia Rebecca!! – Ele saiu correndo da sala, chamando pela prima que considerava como uma tia.

Viola apenas riu e negou com a cabeça, esse seu filho não tinha jeito. Bom, ela que não ficaria para trás. Levantou-se também e pôs-se a caminho do andar de baixo. Mas ela mal chegou ao fim da escadaria principal quando:

— VIOLA-CHWWAAAAAN!!! - Ouviu alguém, que só poderia ser Sanji, gritar por si antes de sentir o loiro ergue-la e girá-la nos braços. – Estava morrendo de saudades!!

— Eu também estava. – Viola respondeu, sorrindo para seu amado.

Os olhos de ambos se encontraram, parecendo criar uma conexão ali e privando-os numa bolha separada do mundo. Nem um dos dois falava nada, apenas iam aproximando os rostos. Mais e mais. Só faltavam centímetros para se beijarem...

— OTOU-SAN!! – Pronto, a bolha estourou.

Se fosse qualquer outro, Sanji teria ficado fulo com o ser que ousou interromper seu momento de reencontro com sua Viola-chan, mas ele reconhecia aquela voz muito bem. Ouvia-a sempre que dava pelo den den mushi.

O cozinheiro olhou com um sorriso para o topo das escadarias, onde um garotinho de seis anos descia-as apressado. Naruto era real, inegável e surpreendentemente parecido com Sanji. Sério, nem Luna parecia tanto com Nami quanto aquele menino se parecia com ele! Uma versão menor, claro, sem o cavanhaque e com um pirulito no lugar do cigarro, mas mesmo assim eram iguaizinhos.

— E aí, moleque? – Sim, é assim que um pai cumprimenta um filho depois de cinco anos sem vê-lo.

— Tudo bem, velhote? – Mas o filho responde à altura.

Uma veia salta na testa do cozinheiro. De tantos aspectos que o garoto tinha para irritá-lo, ele tinha que falar logo de sua idade?

— Oe, Naruto! – Luffy chamou pelo sobrinho de consideração. Assim como todos os outros, ainda estava na entrada. – Você cresceu, heim?

— Tio Luffy! – Naruto exclamou com os olhos brilhando, adorava seus tios. Mas, espere... Ele focou mais a visão. – Quem são aquelas, Otou-san? – Ele perguntou só para Sanji ouvir, mirando Ohana e Luna.

— Você já vai saber. Venha. – Foi tudo o que o loiro respondeu, antes de seguir Viola, que fora na frente.

— Luffy-san, Robin-san, minna. – A rainha de Dressrosa sorriu para o bando. – Há quanto tempo.

— Faz um bom tempo mesmo. – Foi Nami quem respondeu. – E parece que esse tempo fez bem ao Naruto. – Comentou, vendo como o garoto estava bem mais crescido. O tempo realmente passava mais rápido para as crianças.

— Sim, sim. – Viola concordou. – E falando nisso, onde está o seu bebê, Robin-san?

— Fufufu, bem aqui. – A arqueóloga riu, apoiando as mãos nos ombros de Ohana à sua frente para indica-la.

— Santo Deus. – Viola ficou espantada. Encarava a menina, sem conseguir acreditar que ela era aquele bebezinho recém-nascido que vira no colo de Robin cinco anos atrás. – Como a Ohana-chan cresceu. Ficou tão linda. – E com esse comentário, deixou a pequena Roronoa encabulada.

— Obrigada. – Ohana agradeceu ao elogio, sorrindo constrangida. Seus pais não tinham lhe dado educação pra nada.

— Ohana?! – Uma luz pareceu acender na mente de Naruto ao ouvir aquele nome. Sem acreditar que aquela era mesmo a bebezinha que conhecera ainda me seu primeiro ano de vida (e se lembrava, pois nunca esquecia de uma dama), aproximou-se da menina para analisa-la de cima a baixo.

Assim que percebeu a atenção e aproximação de Naruto para com sua filha, Zoro entortou a cara. Seu olhar era fuzilante ao garoto, como se dissesse “Chega um pouco mais perto dela e você ganha uma visita ao hospital”. Mas ou o pequeno loiro queria mesmo fazer uma visita à ala hospitalar, ou nem notou o olhar do homem sobre si, pois apenas continuou a encarar Ohana uns segundos, antes de sorrir.

— Puxa, quanto tempo! – O garotinho exclamou alegre, e Ohana apenas sorriu por educação. Pelo jeito já o conhecia, mas não se lembrava de onde. – Você não lembra de mim, né? – Naruto falou em voz alta o que estava na cara da garota. – Não tem problema, você era mesmo pequena da última vez. Você acha que daria pra eu te pegar no colo agora?

“Esse moleque tá pedindo pra apanhar!”— Zoro gritou em pensamentos ao ter a mente tomada pela imagem de sua filha, sua Ohana, nos braços daquele mini-ero-cook.

— Você que é o Nauto? – Luna se fez presente, na conversa e no local, perguntando ao loiro mais novo.

— É Naruto. – Ele corrigiu gentilmente, mirando a ruivinha. – E você, quem é?

— Luna. – Respondeu rápida e simplesmente, mas dando um sorriso tão fofo, típico de criança, que transformou os olhos de Naruto em corações. Ele já estava encantado pela pequena.

— Nami-san, ela parece tanto com você. – Viola comentou surpresa. Nem tinha reparado em Luna até aquele momento, e quando a notou, foi como se visse uma versão criança da navegadora.

— É o que eu vivo dizendo. – Riu Luffy, passando o braço pelos ombros da esposa, que revirou os olhos.

— Pode até ser parecida comigo, mas na personalidade ela é você todinha. – Nami rebateu.

Viola cobriu sua boca, que abriu-se em um grande “O”, com as mãos. Da última vez que eles estiveram em Dressrosa, ela percebeu que havia um clima entre o capitão e a navegadora, mas nunca esperou que eles gangrenassem em um relacionamento ao ponto de terem uma filha! Mas estava contente pelos dois, e Luna parecia ser uma menina bem feliz.

— Parece que a família dos Chapéus de Palha está crescendo. – Rebecca também surgiu no salão de entrada, sorrindo para os velhos amigos. Em seus braços, havia um serzinho de, mais ou menos, um ano e pouco.

— E parece que não é só a nossa. – Comentou Usopp.

— Mas o que é que esses homens estão fazendo de errado que só nascem meninas aqui? – Franky praguejou irritado, fitando os cabelos róseos e os olhos castanhos da criança. Iguais aos de Rebecca.

— Veja pelo lado bom, talvez ela me deixe ver as calcinhas dela quando tiver idade para usar. Yohohoho! – Brook ficou empolgado só pela ideia.

— IDIOTAS!! – Rebecca gritou furiosa e ameaçadora para os dois, que se espantaram. Onde estava a doce garota que lutava contra a sua vontade por não querer machucar ninguém? – Ele é um menino!!

— Mas tem cabelo rosa. – Usopp atreveu-se a se intrometer, logo se arrependendo ao ter a mirada irritadiça da ex-gladiadora sobre si.

— E daí? – A expressão dela deixava bem claro, ou eles escolhiam bem as próximas palavras, ou iriam acompanhar Naruto na visita à enfermaria. Mas antes que um dos dois homens ou o esqueleto respondessem, ela baixou o olhar para o filho em seus braços. Sua expressão transformou-se, seus olhos ganharam um brilho de vida; era como se ali estivesse a coisa mais preciosa no mundo para ela. - Meu Kenny é lindo do jeito que é, ele é perfeito bem assim. Não é, bebezinho da mamãe?

O pequeno chamado Kenny não respondeu com palavras, apenas abriu um sorriso de dentinhos mal nascidos para a mãe, que se derreteu mais ainda pelo filho.

— Ele é uma gracinha, Rebecca. – Nem Nami resistiu ao charme do bebê. Robin concordou com a cabeça, também encantada. – Mas quem é o pai?

Toda a luz dos olhos de Rebecca se apagou, assim como seu sorriso. Ela olhou para um ponto qualquer da sala, antes de responder com certa frieza:

— Isso não importa.

Um silêncio se instalou no local, todos conseguiram perceber que aquele era um assunto bem delicado e tocar nele não foi uma boa ideia. O clima já estava se tornando desagradável quando, repentinamente, ouviu-se o barulho de algo caindo.

— Luna!

— Ohana!

Nami e Robin correram até as filhas ao verem a cena. Luna estava caída de bunda no chão, choramingando e esfregando a testa vermelha pela pancada na mesinha de madeira, enquanto Ohana tentava erguer de novo o objeto. Próximo a elas, Naruto trazia um jornal para recolher os cacos do vaso quebrado.

— G-gomen, otou-san, okaa-sama! Tia Robin, tia Nami! – Naruto pediu em desespero, ao ver que todos olhavam em sua direção. – Eu devia ter dito para elas não correrem.

— Pois deveria mesmo! E se elas tivessem se machucado? – Sanji brigou com o filho.

— Naruto, termine de recolher os cacos, sim? – Pediu Viola, parecendo estranhamente calma naquela situação. – E depois pegue outro vaso no estoque.

— Hai. – O garotinho assentiu e foi pegar o que sua mãe pedira.

— Nós estaremos no salão de jantar! – A rainha de Dressrosa avisou de última hora.

— Vai ter comida? – Luffy ficou empolgado, sua barriga já estava mesmo começando a roncar.

—Hm? Mida?— Luna sessou seu choramingo, como se o choque da pancada passasse de repente assim que ouviu a palavra “comida”. Nami apenas suspirou, conformando-se com o jeito da filha.

Enquanto se dirigiam para o salão, Sanji começou a conversar com a esposa sobre uma questão que o intrigou:

— Você tem um estoque de vasos?

— Aham. – Viola deu um sorriso. – E um estoque de pratos e outro de porta-retratos. – Declarou normalmente, espantando a todos.

— Pra que tudo isso? – Quem questionou foi Luffy.

— É porque há certo pestinha nesse palácio que faz o favor de ficar quebrando as coisas. – Ela olhou para Kenny nos braços de Rebecca, tentando parecer brava, porém seu tom não era acusador.

Rebecca se encolheu um pouco, sorrindo sem graça: - Por algum motivo ele gosta bastante de quebrar... ou melhor, explodir coisas.

— Boom! Boom! – O pequeno Kenny agitou os bracinhos, se animando apenas com a menção da palavra explosão.

— Irado! Meninos são SUUUPER demais! – Franky estava eufórico com aquele garotinho. – Ei, quando um de vocês vai botar um menino no Sunny? – Questionou para os casais do bando.

— Nunca! – Zoro se adiantou. Alguns ali já imaginavam que ele fosse receber uma bronca da esposa, mas:

— Eu concordo. – Robin surpreendeu-os com aquela declaração. Ela olhou para a filha que caminhava ao seu lado e sorriu. – Só a Ohana já é o suficiente.

— Hmm... Tá, mas e vocês? – O ciborg se virou para Luffy e Nami.

— Eu quero uns trinta filhos!! – Exclamou um Luffy empolgado, já com os olhos brilhando, mas sua animação foi logo cortada por um potente cascudo de Nami.

— Você está achando que eu tenho cara de cadela?! – Virou para Franky e respondeu: – Por mim nós pararíamos na Luna, mas se acontecer de vir outro, será só mais esse. Daí a minha fabrica fecha!

O carpinteiro do bando ficou calado depois disso, mas em pensamentos, estava torcendo pelo próximo bebê ser um menino. Não que não gostasse das baixinhas, mas seria legal ter um baixinho entre eles.

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— Wah!! Eu quero ir no carrinho bate-bate! Uh, não, no barco viking! Ah, melhor ainda, vamos na montanha-russa! – Luna mudava de ideia a cada brinquedo que via, com os olhinhos brilhando de empolgação. - Montanha-russa, Nauto—nii-chan! – Puxou o loirinho pela mão, tentando leva-lo na direção do brinquedo.

— Depois podemos andar no carrossel? – Perguntou Ohana, mirando encantada os cavalinhos girarem naquele círculo colorido.

— Dá pra andar em todos! – Naruto respondeu animado. Ele adorava ir ao parque de diversões de Dressrosa; construído com o dinheiro que restou da reconstrução do país há seis anos, após a queda de Doflamingo. – E depois quero levar vocês no meu preferido: O túnel do terror!

Um pouco mais atrás, Sanji, Luffy e Zoro observavam as três crianças.

Após o almoço, Usopp, Franky e Brook saíram do palácio dizendo que tinham coisas a fazer, enquanto que Viola e Rebecca comentaram com Nami e Robin sobre terem marcado uma tarde no melhor SPA de Dressrosa para elas quatro. Deixando assim Luna, Ohana, Naruto e o pequeno Kenny nas mãos dos pais o resto do dia. Nami estava tão anormalmente estressada que nem se importou com esse detalhe, e Robin também não pareceu ligar muito.

No início, o plano dos homens era somente deixar as crianças brincando no quarto de Naruto (embora Zoro não concordasse muito com o local da brincadeira), mas os pequenos haviam comido doces depois do almoço. Muitos doces. Se Naruto e Ohana ficaram agitados, imaginem Luna que já é uma pilha normalmente? O único jeito seria gastar aquela energia de algum modo, e qual melhor do que num parque de diversões?

Zoro estaria divagando como sempre, se não estivesse ocupado em vigiar a proximidade entre Naruto e Ohana; Sanji apenas olhava e ficava orgulhoso do modo como seu filho tratava as duas meninas; e Luffy estava tão empolgado para ir nas atrações quanto as próprias crianças.

— Otou-san! Otou-san, deixa a gente ir na frente! – Naruto suplicou para o pai. Os homens estavam andando muito devagar.

— Tá bem, eu deixo vocês se perderem por aí. – Sanji respondeu, parando um segundo para acender seu cigarro antes de continuar. – Mas primeiro, quais as normas?

— Cuidar da Ohana e da Luna nem que para isso eu precise me atirar na frente de um canhão. – Naruto respondeu como se fosse um pequeno soldado falando com um general. – Não sair dos limites do parque. E sempre, sempre, estar com o den den mushi de emergências. – tirou um pequeno caracol cinza do bolço, mostrando-o para o pai.

— Muito bem. – Sanji conteve seu sorriso orgulhoso. – Nosso ponto de encontro será aqui mesmo, perto da casa de espelhos – Apontou para a casa distorcida e com uma boca de palhaço atrás deles. - às cinco da tarde. Podem ir.

E no segundo seguinte, as três crianças já haviam sumido de suas vistas.

— Só espero que seu filho não tente gracinhas com a minha filha. – Zoro ralhou, se controlando para não ir atrás dos pequenos agora mesmo.

— Gracinhas? Ele tem só seis anos! – O cozinheiro retrucou bravo. Podia não ser o pai mais amoroso do mundo, mas não admitia que falassem mal de sua cria.

— É seu filho, não me surpreenderia se já fosse um pervertido de primeira!

Os dois se encaravam, os olhos quase soltando faíscas. Só que diferente de suas briguinhas no navio, agora eles estavam mesmo zangados.

— Oe, Zoro, Sanji! – Luffy interrompeu a discussão iminente. – Eu vou dar uma volta nos brinquedos! Alguém quer ir comigo?

— Não, vou ficar por aqui mesmo – O espadachim respondeu simplesmente, recostando-se num banco perto deles.

— Esse marimo de merda. Então pelo menos fica com ele. – Sanji ainda praguejou mais uma vez, entregando o pequeno Kenny para Zoro. E antes que esse pudesse retrucar, virou para o capitão. – Acho que vou te acompanha.

— Eba! Então vamos, vamos. – Luffy saiu na frente com o loiro em seu encalço.

E enquanto isso, na montanha-russa (A: infantil, tá?):

— Isso vai ser demais! Vai ser demais! Vai ser SUUUPER demais!! – Luna estava empolgadíssima, entrando bem no primeiro carrinho juntamente com Ohana e Naruto.

— Que emoção! – A Roronoa sorria, apertando a barra de segurança do carrinho que já começava a se mover.

Naruto apenas riu para as duas. Com certeza ele nunca tinha feito amizade com garotas tão legais. Estava adorando elas e já até tinha pegado um carinho pelas meninas, como se elas fossem suas irmãzinhas.

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Assim se passou a tarde. Zoro dormia no banco do parque, com um Kenny também adormecido de barriga pra baixo sobre seu peito; Sanji e Luffy andavam por aí e iam em algumas atrações (nas quais o cozinheiro era arrastado pelo capitão); e as outras três crianças corriam por aí de brinquedo em brinquedo.

Mas como Sanji havia dito, eles tinham um horário para se reencontrarem.

E foi exatamente às cinco da tarde que o cozinheiro mais Luffy voltaram para a casa de espelhos. O loiro olhou em volta, pensando quanto tempo levariam para os pequenos voltarem, sem se preocupar com o espadachim adormecido no banco.

— O dia foi ótimo! – Exclamou Luffy, realmente contente, enquanto mastigava um hambúrguer. – Será que a Luna se divertiu? – Pegou pensando-se na filha pela primeira vez desde que a soltou naquele parque.

— Claro que sim, o Naruto sabe como tratar uma dama. – Sanji só faltava inflar o peito de orgulho pelo modo como seu filho tratava as garotas. – Ele também é bem pontual, então só temos que esperar um pouquinho.

— Hmm... tá. Esperar pelo Naruto, pela Luna e pela Ohana. – Luffy de repente virou os olhos para trás, onde Zoro estava dormindo. – E pelo Kenny também?

— Hm? – Sanji estranhou aquilo. – Claro que não, o Kenny ficou aqui com o marimo.

— Ahh, - Luffy continuava olhando para Zoro. - então ele comeu a fruta da invisibilidade?

— Heim? – Estranhando muito aquela história, Sanji se virou para trás também. E se deparou simplesmente com o espadachim dorminhoco. Apenas com o espadachim dorminhoco. Sem mais aquele bebê de cabelinhos róseos deitado de barriga pra baixo sobre ele.

O loiro começou a suar frio ao constatar uma coisa horrível: Kenny tinha desaparecido. E um arrepio gélido lhe subiu pela espinha ao constatar uma coisa mais horrível ainda: Rebecca iria mata-lo!

— SEU MARIMO PREGUIÇOSO DE MERDA!! – O pobre banco em que Zoro estava deitado voou longe com um chute certeiro de Sanji, fazendo com que o espadachim caísse de cara no chão.

— O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO, ERO-COOK?! – Zorro gritou fulo da vida.

— O que você tem nessa cabeça de alga?! Eu não mandei você ficar com o Kenny?!

— Você não manda em mim!!

— A questão não é essa!!

— Ah, é sim!

E outra discussão começou entre os dois, com Luffy só assistindo enquanto terminava seu hambúrguer. E acreditem, essa discussão durou, pois se passou meia hora até que o capitão se intrometesse.

— Oe, as crianças não deveriam ter voltado já? – Indagou, olhando para os lados.

Zoro e Sanji pararam sua troca de insultos e reclamações na mesma hora. Realmente, já fazia tempo que dera o horário para eles se encontrarem e até agora nem sinal dos pequenos.

— Eu sabia! – Zoro exclamou. – Eu sabia que seu filho não era confiável. Ele deve ter feito alguma coisa com a Ohana!

— Já disse que meu filho não é um indecente! – Sanji ficou bravo novamente, e estava na cara que outra discussão iria começar se não fosse por Luffy ficar entre eles. A expressão do capitão agora era seriedade pura.

— Chega disso, o que importa é encontra-los. – Declarou, realmente preocupado com o paradeiro de sua filha.

Na verdade, onde ela estava nem era o problema, e sim se alguém com más intenções chegasse perto dela. Tudo poderia acontecer enquanto Luna fosse tão pequena como é e ele não estivesse por perto para protegê-la.

— Isso nem vai ser um problema. – Sanji tentou acalmar o capitão. – O Naruto está com o den den mushi de emergência, é só ligar e chamá-los. – Ele pegou o pequeno caracol do bolso, Zoro e Luffy também olhando para o aparelho, e esperaram.

E esperaram.

E esperaram.

— Mas que droga, por que eles não atendem?! – Zoro questionou. Estava preocupado com Ohana, vai saber do que aquele moleque era capaz.

— Aquele pestinha... – Praguejou Sanji, acendendo um cigarro para se acalmar. – Vamos ter que procurar por eles. – Olhou para o grande relógio do parque e engoliu em seco. – E rápido. As garotas vão voltar daqui a pouco.

— Droga, se eu perder a Luna, a Nami vai me matar! – Luffy sentiu um arrepio ao lembrar-se do humor alterado da esposa, principalmente nesses últimos dias.

— Você tá reclamando porque nunca viu a Robin zangada. – Zoro ainda tinha pesadelos pela última vez que despertara a fúria de sua mulher.

— Querem parar de se fazer de coitados?! Sou eu que vou morrer pelas mãos de duas! – Sanji com certeza era o com mais motivos para se desesperar. Se Viola chegasse a deixa-lo vivo por perder seu filho, o serviço seria facilmente completado por Rebecca.

Não houve mais papo. Os três se separaram pelo parque, à procura de três crianças e um bebê (A: Isso parece título de filme). Eles olharam em todos os brinquedos, em todas as barraquinhas, mas nada. Não chegaram a perguntar para os seguranças, porque todos os pedidos de ajuda com crianças perdidas eram reportados à Viola alguma hora. E pra que correr o risco de ela acabar sabendo? Era mais seguro tentar achar os pequenos sozinhos.

Já faltavam dez para as seis. Eles deveriam estar voltando pro palácio imediatamente, para dar um banho nas crianças e elas ficarem apresentáveis para as mães, assim eles ganhariam os títulos de pais responsáveis e maridos que mereciam “recompensas”.

Mas parece que isso estava fora de cogitação, pois eles nem conseguiam achar os pequenos!

— Já olharam nas áreas das barracas? – Sanji foi o primeiro a perguntar, quando os três se encontraram em um ponto do parque.

— Já. E os brinquedos? – Zoro quis saber.

— Nada. – Luffy suspirou. – Mas não podemos desistir. Temos que achar as crianças!

— Ano... – Uma voz falou de repente. Eles se viraram e viram uma moça. Ela tinha simples cabelos e olhos castanhos, e eles tinham certeza que nunca a haviam visto. – Vocês disseram que estão procurando por crianças.

— Isso mesmo. – Foi Sanji quem respondeu.

— Por acaso seriam quatro ao todo? – Ela perguntou atraindo a atenção dos homens. – Um garotinho loiro, duas menininhas e um bebê de cabelo rosa?

— VOCÊ SABE ONDE ELES ESTÃO?! – Os três berraram desesperados, assustando a pobre da moça.

— S-sim. Eles estavam dormindo atrás da casa de espelhos. – Ela indicou com o dedo o caminho para a atração.

Casa de espelhos...?

Quer dizer que aqueles quatro estavam nos fundos da atração enquanto eles estavam na frente? Simples assim?!

— Obrigado. – Luffy e Sanji agradeceram, e juntamente com Zoro, correram de volta para o local de onde nem deveriam ter saído.

Graças aos céus a informação que a moça dera estava certa. Nos fundos da casa de espelhos, estavam Luna, Ohana, Naruto e o pequeno Kenny; os quatro ressonando profundamente e completamente sujos. Eles pareciam uns anjinhos assim, ninguém desconfiaria que, acordados, eram as maiores pestes.

— Você quase me mata de susto, sua danadinha. – Luffy comentou divertido, pegando Luna com o maior cuidado que tinha para não acorda-la.

— Você cuidou bem delas, heim, pirralho? Conseguiram gastar toda aquela energia. – Sanji tinha um sorriso orgulhoso para o filho, enquanto pegava Kenny no colo para depois acordar Naruto. Ora, ele já tinha seis anos, não havia mais como o cozinheiro pegá-lo no colo

Zoro não disse nada, não expressou nenhuma reação, apenas pegou Ohana nos braços. Mas internamente, ele não poderia estar mais aliviado por vê-la bem.

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— Voltamos! – Viola, Nami, Robin e Rebecca declararam, chegando no palácio um pouco mais tarde que o planejado (para sorte dos maridos).

Como elas esperavam, logo ouviram quatro vozinhas as chamando.

— Kaa-san! – Ohana foi a primeira a surgir pelas escadarias, correndo na direção da mãe.

— Mama! – Mas Luna não ficou muito atrás.

— Bem-vindas de volta. Okaa-san, tia Rebecca. – Naruto cumprimentou educadamente, como havia sido ensinado, porém não menos feliz que as meninas.

— Mama! Mama. – Kenny agitou os bracinhos na direção de Rebecca, que prontamente o pegou do colo de Naruto.

— Oi, meu Kenny. – O sorriso da rosada era pura alegria.

As mulheres acompanharam as crianças até a sala de visitas, onde todo o bando dos Mugiwara estava. Eles conversaram um pouco, as mães perguntando aos homens o que as crianças haviam feito e eles contaram tudo (emitindo umas partes desnecessárias). Até que, repentinamente, Nami pediu um momento da atenção de todos.

— A Navegadora-san tem uma novidade para contar. – Ou melhor, Robin chamou a atenção de todos com aquela declaração, fazendo Nami encará-la de modo desesperado.

— O que foi, Nami? – Luffy perguntou.

— Bem... Hoje no SPA... – Ela mordeu o lábio, reunindo coragem pra falar. – Eu acabei descobrindo que... que... - A ruiva não conseguiu completar. Seu estômago começou a revirar de repente, e a única coisa que ela conseguiu dizer foi: - Banheiro. – Antes de correr para o próprio.

Ninguém ali entendeu, e Chopper, Luffy e Sanji ficaram preocupados com a navegadora, quase indo atrás dela se Viola não tivesse comentado:

— Outra vez? Ela é bem sensível a isso, não? – Falou com Robin.

— Como assim “outra vez”? Isso já aconteceu? O que a Nami tem?! – Luffy já estava se desesperando.

— Fufufu. – A Nico riu calmamente. – Tente se lembrar, Capitão-san. Qual foi a última vez que a Nami ficou vomitando?

— Hm? A última vez? – O moreno forçou seus neurônios para que se lembrasse, mas a única memória que teve foi: - A única vez que eu vi a Nami assim foi durante a gravidez da Luna.

Robin, Viola e Rebecca sorriram uma pra outra, esperando que a ficha caísse. Sanji rapidamente se tocou. Brook e Franky também. Chopper e Usopp demoraram mais um pouquinho, mas também entenderam. Até Zoro compreendeu.

E depois de vários minutos queimando seus neurônios, Luffy repentinamente encarou o nada, de olhos arregalados e cara de idiota (mais idiota que o normal).

— Ai, não.

Bom, fora ele quem disse naquela manhã que não se importaria de ter uns trinta filhos.


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Notas finais do capítulo

Momento propaganda:
https://fanfiction.com.br/historia/633057/Light_Up_the_Sky/ (one-shot LuNa)
https://fanfiction.com.br/historia/635286/Titio_Ace/ (Fic fofinha com o Ace)