Luz e Fogo (Em Revisão) escrita por July Beckett Castle


Capítulo 31
Ainda que eu esteja morto, eu vou te amar


Notas iniciais do capítulo

Oiii!
Peço-lhes MIL desculpas pela minha falta de atualização, eu viajei ontem (tive que acordar muito cedo), e hoje passei a tarde toda no dentista :( Tô machucadaaaa, dentista ruim, ruim dentista.... Enfim, quase não posto hoje também porque minha fonte está bugando, o pc se desligou e eu perdi a metade dos meus arquivos :( :(
Se houver algum erro, me culpem, eu sou a culpada, não fui capaz de fazer uma releitura JU>>>CULPADA!
Tenham uma boa leitura!!! =^,^=



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Mac Taylor – No capítulo anterior:

— Stella. Você se casaria comigo?- Perguntou ele para ela.

Ela engoliu em seco, sem saber o que responder.

— Ah...- Não saiu mais nada de sua boca a não ser um “ah”.

Agora:

Ele olhava para ela ansiosamente esperando pela resposta. A parte dela ficar apenas abrindo a boca e nada sair de lá estava o torturando, seu coração batia em uma frequência mais rápida, mal podia respirar, foi como, ela demorar a responder, o mundo tivesse parado por alguns minutos, o barulho que vinha de baixo, nas ruas agitadas de Manhattan, parecia apenas ter sumido, os pássaros voando pelo céu não estava os chamando atenção mais. Na verdade, nada mais os chamava atenção desde do momento em que Mac fez a perguntinha que mexeu, não só com Stella, mas com o homem também.

Ela o encarou mais uma vez, mordia o lábio inferior e o olhava como se o fosse machucar, ou como se não quisesse fazer isso. Fechou os olhos por alguns segundos pensando no que iria dizer. Seu sonho sempre foi casar com o homem que ela ama, com ele, mas, agora que ele pedira sua mão, assim, ela não sabia mesmo o que fazer ou o que dizer, estava ‘assustada’ e confusa, não queria machuca-lo, nem se machucar.

— Mac...- Ela segurou ambas as mãos dele e o fez encara-la. Ela olhou para baixo balançando a cabeça ainda mordendo o lábio inferior, suas mãos estavam frias e suava, assim como as dele. Ambos nervosos, foi uma coisa que poderia mudar suas vidas. – Eu te amo.- Proferiu ela, verdadeiramente. Em nenhuma das vezes que ela disse isso fora uma mentira, ela sempre o amou como ninguém. – Mas isso é grande, eu não estou preparada.- Admitiu ela. – Ainda.- Concluiu.

— Então isso é um não?- Perguntou ele com uma de suas sobrancelhas levantadas.

— Não.- Respondeu ela.

— “Não”, não? Ou não de não tem a resposta?- Questiona ele um pouco confuso.

Ela também ficou confusa. Juntou suas sobrancelhas e olhou para o chão. E então voltou o seu olhar para ele, agora mais séria.

— Stella, você quer se casar comigo, sim ou não?- Perguntou ele novamente um pouco impaciente para saber da resposta que a grega daria a ele.

Uma lágrima escapou de um dos olhos de Stella, e ela deixou que essa e mais outras escorressem pelo seu rosto sem se importar.

— Não.- Respondeu ela, com um nó na garganta, uma dor no peito. Ela sabia que estava magoando-o, mas não podia aceitar, ela só... Não podia dizer sim.

— Oh!- Mac não disse mais nada, apenas soltou suas mãos da dela e se afastou deixando-a chorar.

Stella estava desolada, curvou seu corpo para frente e cruzou um braço em seu corpo como se estivesse se abraçando. Ela não sabia o que fazer, tinha certeza de que ele ficara chateado com ela, ou ainda pior, mas era uma tortura para ela não ter ouvido nada sair de sua boca depois de sua resposta, a resposta que lhe mais magoou. Seus soluços eram altos, mas Mac não podia escutar, ainda estava com a resposta dela na cabeça, mas a viu tentando respirar, tentando parar de soluçar. Pois era o que ela estava tentando fazer, não sabia se era os hormônios, ela só sabia que chorava feito um bebezinho e odiava isso, e queria parar. Queria mais que tudo parar de chorar.

Ela se encostou na parede tomando algumas respirações lenta, apenas começando a se acalmar agora. Mas não houve nenhuma tentativa para falar de nenhuma parte, ele não falara então ela também não falaria nada, nem sabia se devia falar alguma coisa.

E para sua surpresa, ele foi até ela e a tomou em seus braços abraçando-a fortemente, com esse ato ela correspondeu e chorou ainda mais com o rosto escondido em seu pescoço. Levando sua mão até os cachos dela, ele acariciou tentando acalma-la sabendo que seria uma tarefa difícil. Ele não a entendia, mas ainda assim não estava com raiva dela ou algo assim... Talvez ele até a entendia um pouco, ele demorou muito para fazer esse pedido, a relação deles ainda estava um pouco ‘fria’, e ele pensava que ela estava pensando que ele só pedira sua mão por causa dos bebês. Mas ele não estava. Ele realmente queria isso há muito tempo, mas daria um tempo para ela, um tempo que ele sabia que seria necessário para que ela pensasse em tudo, aliás, foi ela que passou por muita coisa dura nos últimos meses. 

— Me desculpa!- Ela pediu ainda soluçando, um pouco difícil de conseguir falar já que estava em prantos.

— Não, não. Você não precisa pedir desculpas.- Ele acalmou, passando suas mãos pelos cachos dela enquanto a segurava firmemente contra o seu corpo. – Eu te amo! Ok.- Beijou o topo da cabeça dela querendo garantir de que ele não estava com raiva dela, de que nada mudara entre eles.

— Eu te amo tanto...- Sussurrou ela parando os soluços.

E então aos poucos os soluços não eram mais escutados, e a respiração dela foi ficando regular. Ele agradeceu por isso, parecia que ela estava entrando em um ataque de pânico, ou alguma coisa assim, mas no final ficou tudo bem e ela só estava nervosa. Um pouco ‘assustada’. Mas estava bem. Mac a fez olhar para ele se afastando um pouco, com ambas suas mãos ele segurou seu rosto para que ela não desviasse o olhar, mantendo-a assim até enquanto falava com ela.

— Hey, olhe para mim Stell.- Pediu quando ela fechou os olhos.

Ela foi lentamente abrindo ambos os olhos e o encarou quando estava com os olhos completamente abertos, inclinou um pouco a cabeça para o lado com a mão dele em seu rosto e sentiu ele fazer um carinho em sua cabeça.

— Eu te amo... Hey, eu te amo mais que tudo!- Falou ele verdadeiramente. Ela o encarou ainda com a cabeça deitada em sua mão. – Não me importo que você tenha dito não, porque eu tenho a certeza de que você não irá me deixar.- Disse isso sorrindo. Ela sorriu pelo modo de como ele dissera isso, e ele riu. – Eu sei que não.- Concluiu ele inclinando-se para deixar um selinho na ponta do nariz dela. – Você me ama!- Disse ele convencido e ela riu, uma risada um pouco ‘dengosa’. – E, tem dois bebês aí dentro da sua barriga, que também me amam, então...- Deu de ombros convencido e ela deu a mesma risada ‘dengosa’.

— Elas estão no meu útero.- Respondeu ela.

Ele riu com a resposta dela.

— O pedido de casamento ainda está de pé.- Avisou ele sorrindo. Ela ficou séria por alguns segundos, mas logo voltou a sorrir. – Mas da próxima vez eu só vou aceitar se for você quem for fazer o pedido.- Disse ele em um tom de brincadeira.

Ela riu passando os braços no pescoço dele. Agora ele tinha os dois braços em volta do corpo dela, eles estavam bem próximos agora, e ela continuava a rir.

— Seu bobo!- Exclamou aproximando seu rosto no dele colando seus narizes juntos. – Nós te amamos!- Saiu em sussurro, sua voz estava meio que ‘desaparecendo’, e ela continuava a sorrir.

Ele a respondeu com um sorriso. – E eu amo vocês!- Respondeu também em sussurro para ela. Lhe deu um selinho rápido e depois selou suas bocas começando um beijo calmo de língua, misturado com muita emoção e amor. Para ele não importava se ela tinha dito não, só o que importava era que ela estava com ele e que sempre seria assim (pelo menos assim esperava). Eles sessaram o beijo depois de muito tempo quando, eventualmente, o ar veio a ser necessário para os dois.

— Eu te amo, muito!- Disse ele beijando-a mais uma vez, mas dessa vez foi mais rápido que da primeira.

Ela sorriu para ele, lágrimas presentes novamente, mas dessa vez ela enxugo-as se sentindo uma boba.

— Eu te amo mais que tudo.- Respondeu ela dando um selinho demorado em sua boca, e ele claro correspondeu. – Eu sempre vou te amar, seu idiota pervertido!- Falou isso em brincadeira quando ele colocou uma mão de suas mãos em sua bunda e aperto-a.

Ele riu para ela. – Que insana, Bonasera!- Respondeu em tom divertido, fez uma cara fingindo estar incrédulo.

— Vamos descer antes que uma menininha muito curiosa venha nos procurar.- Chamou ela rindo.

Ele riu também e a seguiu. Os dois saíram de mãos dadas até as escadas, e desceram do mesmo jeito. Stella ainda estava um pouco sem jeito por ter negado o pedido de casamento, mas Mac parecia estar tranquilo e despreocupado... Mesmo assim ela estava enlouquecendo por dentro, ela queria mais que tudo casar-se com ele, mas ela não podia aceitar ainda, não queria que isso fosse por quê Mac estava se sentindo “impotente” ou algo assim. Queria algo verdadeiro, queria que, o momento fosse quando ela estivesse realmente pronta para entregar sua vida a ele, completamente. Mas por enquanto, ela iria conviver com a culpa de não ter aceitado e ter feito Mac fazer isso.

*****

 Os dois chegaram no andar do quarto de Mac e logo encontraram com Clarisse em frente a porta do quarto com o celular na mão. Ela olhou para os dois como se estivesse desaprovando alguma coisa e revirou os olhos entrando no quarto. O casal riram e, um pouco lentamente já que Mac ainda não estava em sua total condição física, eles andaram para chegar até a filha. Mac apoiava-se em Stella, seu braço passava por seus ombros e ela segurava em sua cintura, eles caminhavam com um sorriso enquanto conversavam entre si, quando chegaram no quarto se depararam com uma furiosa Clarisse e os dois tiveram que ouvir o discurso da garota sobre “os perigos de deixar uma adolescente sozinha”.

Millie não estava pois teve assuntos ‘pessoais’ para resolver, então era só os três... Os cinco... Enfim, Clarisse tirou de sua mochila seu notbook para mostrar aos pais fotos de decoração de quartos de gêmeos, e algumas pesquisas sobre como era importante ter um animal de estimação; Ela vinha tentando convencer ao pai a adotar um bixinho há tempos, mas como moravam em um apartamento, não podiam ter um. E como ela imaginou, seu pai poderia estar, a partir de agora, planejando comprar um casa, por causa dos bebês, então ela poderia ter seu animal de estimação. Mas para os desejos de Clarisse acontecer, Mac e ela teriam que entrar em um certo “acordo”, uma coisa que fez Stella rir.

— Então, senhor papai Taylor, eu trago os papéis amanhã e você assina, daí eu ganho meu cachorro e vivemos felizes para sempre!- Exclamou Clarisse parecendo empolgada. Ela fez aquela carinha que seu pai não resistia e sempre dizia ‘sim’ para ela.

Stella não pôde deixar de rir com eles. E em pensar que ela estava realmente entrando nessa família, ela estava tão feliz que acabou se desapontando consigo mesma por ter negado o pedido de casamento de Mac... Mas o problema foi ela. Ela não estava preparada, ela não sabia como iria lidar com tudo isso, era muita coisa para ela aguentar; Dois bebês, uma “filha” já adolescente, um namorado teimoso no hospital, um assassino querendo matar o amor de sua vida. Ela definitivamente não estava pronta para mais surpresas ou para esse grande passo. Era um casamento! Isso significava dividir a sua vida, literalmente, com outra pessoa, estar “preso” (apesar dela não ver dessa forma) em uma vida com outra pessoa... Sem sombra de dúvidas: Stella Bonasera não estava pronta para casar! Mesmo que fosse com o amor de sua vida, pai de seus Beans e da menina que já considerava como uma filha, o homem mais importante para ela... Ela disse não para ele com muito pesar, mas no final achou uma boa coisa, pois casamento foi uma coisa que ela não estava preparada ainda.

— Ok, senhorita-filha-Taylor-teimosa.- Brincou Mac em resposta da filha. Os dois riram um para o outro quando entraram em um acordo.

Eles sempre foram assim.

Quando Clarisse viveu por muito tempo com sua tia, ela aprendeu a se portar como ela: Uma advogada bem sucedida (tirando a parte de “bem sucedida” para Clarisse) que resolvia tudo na base da justiça. Clarisse aprendeu com a tia a assinar papéis, já que esse era o passa tempo preferido da sua tia (era assim que ela a via todos os dias). Apesar da menina ter esquecido a tia, por muito tempo, foi assim que viveu, e ela odiava, na medida que foi crescendo, cada minuto que passara com sua tia, e sempre esperava o final de semana para ter a “diversão” merecida que perdia sem fazer nada na casa de sua tia.

— O que você acha, mãe?- Perguntou Clarisse virando-se para ouvir a opinião de Stella.

A grega riu colocando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha com uma de suas mãos.

— O que eu acho sobre o quê?- Perguntou ela de volta e Clarisse revirou os olhos divertidamente.

— Sobre um cachorro?- Respondeu ela sorrindo. – Aliás, você está entrando para essa família, tem que ser incluída sobre tudo, e essas coisas nós temos que ouvir sua opinião.- Explicou ela, olhando para o pai para receber sua aprovação. Sorriu para Mac quando ele fez sinal de que ela estava indo bem e que estava orgulhoso. – A mulher da casa.- Concluiu como se estivesse repetido isso várias vezes e estava cansada disso, mas depois gargalhou engraçado junto com o seu pai.

— Eu gosto de cachorros.- Afirmou ela olhando para os dois Taylors.

Mac bufou como se estivesse perdido alguma “luta”, e Clarisse riu dele como se fosse aquela que venceu. Realmente, os dois pareciam dois bobalhões, ou pelo menos Mac ficava mais “criança” quando se tratava de sua filha. E Stella gostava disso.

Eu vou conseguir me acostumar. Pensava Stella observando-os começar um debate novamente, mas dessa vez de quem pegaria o quarto maior. E ela pôde entender, por muito tempo só foram eles dois, foram apenas os dois a dividir uma casa, a terem de descobrir as ‘mudanças’, por muito tempo fora assim, e as vezes ela até se sentia meio excluída do “Time Taylor”, mas entendia-os.

— Ei, os dois, será que eu posso dizer uma coisa?- Pediu Stella parando a discussão deles.

Quando os dois Taylors olhavam para elas, quietos, ela respirou fundo com um ar mais ‘contente’.

— Eu estou enjoada.- Avisou ela engolindo sua saliva. Ela não queria mais estar enojada, era só isso. – Me deem um momento!- Se afastou deles um pouco, ficando em frente ao banheiro mas um pouco distante.

Os dois olhavam para ela um pouco preocupados. Já fazia um tempo desde da última vez que Stella esteve realmente enjoada, mas agora ela tinha ficado muito, muito mesmo, branca e foi de um jeito que ela nunca ficara antes.

— Eu acho que eu vou...- Nem deu tempo para ela completar a frase, e já estava no banheiro despejando fora todo o conteúdo de seu estômago. As vezes ela até pensara que era seus bebês querendo sair...

Clarisse foi a primeira a cair da cama, literalmente. A menina ficou tão apavorada que, ao tentar sair da cama caiu sentada no chão, mas isso não lhe afetou já que ela já estava dentro do banheiro ajudando sua mãe com o enjoo. Mac fez o que pôde para sair da cama, mas demorou para alcançar suas muletas, e quando chegara na porta do banheiro ficou a observar sua garotinha abraçando de lado a mulher que ele sempre amou, ambas sentadas no chão. Stella parecia cansada, parecia mais fraca agora, precisava de um tempo para respirar.

— Clarisse, vá buscar um copo com água para a Stell.- Pediu Mac depois de alguns minutos em pé. Ele ficara preocupado por Stella estar mal há tanto tempo.

A menina obedeceu ao pai e levantou-se correndo para buscar a água de sua mãe. Com a menina fora, o homem entrou no banheiro e ficou a observar novamente a mulher a quem ama. Não podia sentar-se ao lado dela no chão, mas ficaria ao seu lado mesmo que fosse só para vê-la de longe.

— Eu estou bem.- Disse ela com o olhar preocupado de Mac sobre ela.

— Eu sei, enjoos como sempre.- Respondeu ele sorrindo um pouco.

— Mas você não acredita.- Concluiu ela. – Eu me sinto doente, mas estou bem.- Disse isso encarando-o. – Não estou tão bem por...- Engoliu em seco. – Você sabe, hoje, no terraço. E eu vou entender se você me odiar.- Falou isso agora olhando para suas mãos. – Me xinga, grita comigo, fica com raiva. Você tem todo o direito.- Terminou olhando para ela.

— Stella Bonasera, eu te amo!- Exclamou ele. – E você sabe do que mais, já estamos juntos, e eu vou te esperar.- Disse ele.

— Um dia a gente cansa de esperar.

— Stella, você é o amor da minha vida, a razão do meu viver, o motivo para mim acordar. Eu penso em você cada vez que eu respiro.- Disse ele, com um tom um pouco de ironia.

Ela riu.

— Não para de respirar, tá?!- Pediu ela com uma vozinha infantil.

Ele riu.

— Ainda que eu esteja morto, eu vou continuar a te amar!- Respondeu ele com sinceridade.

Ela sorriu fraco, seus olhos marejavam, e ela estava chorando de novo. Ele apenas sorriu para ela. Eles tiveram um longo dia, e ele sabia que ela se sentia chateada sobre algumas coisas, mas precisava mostra-la que ela não precisava se chatear com nada.

*****

Era a segunda vez que Lindsay tinha saído do banheiro parecendo doente. A primeira, ela tinha acabado de chegar no trabalho, se sentiu enjoada com o cheiro do café e correu para o banheiro, a segunda vez foi com o sanduiche que Jo carregava, e então ela já soube o que significava, mas não quis admitir.

Quando ela andava pelos corredores do laboratório encontrou-se com Jo, a mulher estava ocupada encarregada de um caso muito difícil e estava com pressa, mas arrumou um tempo para provocar a amiga enquanto a entregava seu tablet com o resultado dos testes do lab que elas pediram.

— Quanto tempo você acha que está? - Questionou Jo com um sorriso provocativo no rosto olhando para Lindsay que andava ao seu lado.

Lindsay irritada abaixou a cabeça como se quisesse curvar-se dessa pergunta. Bufou enquanto fingia ler os resultados que pediram para o frasco com o líquido transparente que fora encontrado no hospital onde Mac estava internado.

— Cala a boca! - Retrucou ela depois de um tempo. Agora lia mesmo o relatório.

Jo olhava para ela com uma cara divertida. Gostava de provocar Lindsay, apesar de estar muito ocupada e cheia de coisas que tem que resolver, ainda arranjava um tempo para fazer brincadeiras com seus amigos. Foi um modo de distração, já que seu dia sempre fora tão sério e cheio de preocupações.

— Isso é mal? - Questionou Lindsay olhando para Jo, queria saber sobre os resultados dos testes.

Jo bufou, ela não queria jogar essa “bomba” para cima de Lindsay, mas era o trabalho delas, e elas tinham que fazer deixando a parte pessoal de lado. O que não foi fácil, o caso estava muito próximo a elas, de um jeito ou de outro era pessoal para eles.

— Sim, o....- Afirmou Jo, estava tentando explicar a Lindsay o que era, mas ela travou. Respirou fundo recuperando sua coragem e olhou para Lindsay parando na porta de seu escritório. – É uma droga, Linds, e é mal.- Disse a mulher. – Ela para o desenvolvimento do corpo, retardando assim, o processo de recuperação.- Explicou ela finalmente.

Lindsay abriu a boca para falar, mas nada saia. Ela não podia acreditar, seu chefe estava passando por tudo isso e eles não podiam fazer nada contra isso.

— A perda de memória...- Jo deu de ombros. – Ele teve sorte Linds, mas vai haver sequelas.- Falou com tristeza.

— Eu sei.- Afirmou Lindsay com tristeza, foi mais como se ela estivesse lamentando. E ela lamentava, lamentava por ter que ver sua amiga grávida ter que passar por um assustador processo de recuperação de Mac, lamentava pelo o seu chefe ter que ficar afastado do trabalho por mais tempo, lamentava por eles ter que passarem por isso.

Colocando a mão no ombro da amiga, Jo entrou em seu escritório deixando a amiga parada na porta. Lindsay abaixou a cabeça, pelo menos Mac estava vivo, ela pensou, ela não suportaria perder mais ninguém, talvez a proposta de deixar o emprego estava caindo bem para ela agora, aliás ela estava grávida agora, não podia arriscar a vida de seu bebê que estava a caminho. Pensou em Stella, ela estava grávida também, não imaginava pelo o que ela passava, pelo o que estava passando. Mac iria sobreviver. Ela sabia. Mas uma parte dele... Ela olhou para Jo sentando em sua cadeira e organizando seus relatórios, e então resolveu sair de onde estava e ir encontrar-se com Flack, para avisa-lo disso. Ela, Stella e Don estavam fazendo uma investigação independente, os policiais de Nova York não tinham tanto tempo para focar só em um caso, então os três estavam sozinhos. É claro, o caso não tinha sido arquivado, mas existia outros casos que eles tinham que se preocupar.

— Mac vai ficar bem...- Suspirou Lindsay murmurando para si mesma. – Ele vai.- Se convencia disso ela. Não existiria riscos algum para ele, mas haveria sequelas, algo irreparável, Mac não seria mais quem era antes. Pelo menos ele continuaria a fazer o que gosta, e tinha pessoas a quem ama a sua volta, ele iria superar, ela acreditava nisso.

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Lindsay Messer – “Todas as paixões nos levam a cometer erros, mas o amor faz-nos cometer os mais ridículos.” François La Rochefoucauld.           


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.... Espero não ser assassinada.. e eu mereço, sou uma pessoa má :D sou um pouco dramática, as vezes... rsrsrsrs
Desculpe-me se ela disse não e vocês esperavam um sim, quem sabe um dia?/
Beijuuuuu =^,^= Zamores ♥,♥ Até semana que vez com mais um capítulo S2 (hoje tem Life surprises? Não, apenas sábado :( sinto muito pessoa) =^,^=