Millie’s POV

Assim que eu e Stella saímos do hospital, e ela ter terminado de me contar como descobriu que estava grávida, eu pedi para ver novamente a foto da ultrassom do meu neto. Nossa, eu estava aliviada agora em saber que o meu filho iria ser feliz, eu sei que ele vai. Dois filhos, três na verdade, mas apenas dois são fruto de um amor. Eu estou tão feliz pela Stell, ela parece mais aliviada depois que eu contara para ela que sabia sobre ela estar grávida, e eu estava feliz que ela tinha em mente em me contar em primeiro lugar, fiquei lisonjeada por isso. Stella é um doce de mulher, pode  se mostrar forte como realmente é, mas tem alma de uma garota, se quebra com fragilidade por dentro quando alguém que ama é ferido e tenta se mostrar forte para superar suas dores e estar para as pessoas que ama. Foi bom poder conhecer melhor a mulher que o meu filho escolheu para viver. Minha neta parecia realmente amar Stella como uma mãe, e, nossa, eu também a vejo como uma filha. Uma filha que não pude ter, mas Deus me mandou essa mulher maravilhosa para mim cuidar; sim, eu irei cuidar dela como uma filha assim como sempre tento fazer, assim como faço com minha neta. Distribuirei meu amor por todos eles, meus netos, meus filhos e a família que arranjei. Aquela equipe, Deus, mais que amigos eles são irmãos, uma família que eu queria que ficasse de pé. Não sei se voltarei para Chicago ou ficarei aqui por muito tempo, na verdade, ficarei o tempo que for preciso para o meu filho se recuperar...

Percebi o olhar perturbado de Stella para mim e sorri, expliquei a ela enquanto caminhávamos até o seu carro que, como sou uma curiosa quando estou preocupada acabei por abrindo a bolsa dela e visto o exame e logo atrás das folhas a foto da ultrassom. Ela riu para mim parecendo não se preocupar com isso. Não fiz mais do que meu dever, se Stella estava com algum tipo de doença e não quisesse nos dizer esse foi o melhor caminho. Fiquei aliviada por ela compreender. Na verdade, bateu uma pontada de felicidade ao saber que ela me considerava como sua mãe, confesso que algumas lágrimas quase escaparam dos meus olhos.

Cansei de chorar, mesmo que fosse de felicidade, eu cansei. Estou feliz, muito mesmo. Feliz pelo meu filho ter voltado a vida e feliz pelos meus netos, e pela Stella ter entrado nas nossas vidas, e por tudo que está acontecendo nesses últimos dias.

Entramos no carro e ela retirou da bolsa a foto de sua ultrassom, e olhando só para a foto que parecia só borrões, mas na verdade era o meu neto crescendo, eu não pude me conter. Eu sou mãe! E avó! Deixei as lágrimas rolarem pelo o meu rosto mesmo não querendo isso. Emocionei com a foto do meu pequeno, ou pequena, o que vier eu vou amar assim como eu amo seus pais e sua irmã. Nem imagino a felicidade que Clarisse terá ao saber que terar um irmãozinho ou irmãzinha para cuidar. Mesmo não termos falado sobre isso, eu sabia que Clarisse iria adorar a ideia, ao contrario de quando descobriu sobre Christine estar grávida, com Stella eu sei que vai ser diferente.

Stella deu a partida no carro e enquanto dirigia não pude deixar de lhe fazer recomendações, pedi que prometesse visitar um obstetra logo pela parte da manhã, e claro, eu iria com ela, não quero perder o momento maravilhoso que será em ouvir o coraçãozinho do meu neto bater.  

— Então beba muita água, nada de café, e só coma comida de verdade.-Ao dizer isso, ela riu.

Eu tinha que falar, na correria de hoje era difícil alguém ir para casa e comer comida de verdade, e optavam por fast food. Apesar de ser comidas deliciosas e irresistível, essas delicias maravilhosas não faziam bem para uma pessoa, e Stella grávida, então... Vamos mantê-la longe disso. Faço questão de cozinhar todos os dias para que ela e o bebê fiquem saudável, e isso não seria nenhum trabalho para mim.

— Você já experimentou  minha salada?-Perguntei sorrindo. Ela olhou para mim rapidamente com um sorriso e voltou o seu olhar atento ao trânsito.

— Não.-Ela me respondeu.

— Você vai amar, e a propósito você se sentirá menos enjoada.-Garanti a ela. Nesse estágio da gravidez seria normal para Stella estar enjoada, e como Clarisse me disse o que aconteceu com ela no restaurante só confirmou minhas dúvidas. A salada seria uma ótima opção para ela, mas eu não tenho certeza se isso vai fazer com que o enjoo diminuí, só irei tentar e encher Stella e Clarisse com coisas saudáveis seria uma bela opção. Só espero que ela não se enjoe com isso.

Deus, como eu sei como é isso! Todo sofrimento para gerar um bebê dentro de si, era recompensado quando dava para senti-lo já dentro de você. E Stella sentiria isso, quando meu neto crescer mais dentro dela e ela sentir o primeiro chute, toda dor nas costas, o inchaço no pé, enjoos, tudo isso será recompensado quando ela sentisse o primeiro sinal de vida dentro dela. Só espero que ela conte logo para o meu filho e para Clarisse, toda essa insegurança podia não ajudar ela, só Deus sabe o que pode acontecer com ela... Nada de pensamentos pessimistas, nada vai acontecer a não ser a felicidade que sentiremos daqui para frente.

Dois netos! Minha família está realmente crescendo agora, só espero que nada estrague isso. Se eu pudesse, me mudaria hoje para Nova York, mas não deixarei nada em Chicago, apesar de querer continuar com minha família. Isso me lembra da situação de Stella, apesar de estar aqui já a bastante tempo, ela ainda tinha suas coisas em NO, seu trabalho estava lá, sua casa, tudo que construíra durante esses anos que morou lá. Sua família estava aqui, o seu futuro, mas ela não podia deixar de lado a família que arrumou em Nova Orleans, e agora com um filho e o pai da criança aqui em NY, eu não acho que ela vá voltar a morar lá, principalmente por causa de Clarisse.

— Sinceramente, Millie, obrigado por tudo que estás fazendo pra mim.-Disse ela. – Você tem sido incrível e uma mãe para mim, e eu sou grata por isso.-Olhou para mim e eu pude ver sinceridade em seus olhos.

Sorri para ela e pus minha mão em seu braço esfregando, depois retirei para deixa-la dirigir com segurança. Não quero um acidente agora! – Não precisa agradecer, Stell, eu faria isso de qualquer jeito.-Disse a ela. Vi um sorriso em seu rosto e percebi que era realmente bom vê-la sorrir, eu só quero a felicidade dela gora, junto com o meu filho e os meus netos. Depois de tudo que nós passamos, nossa, eu só quero ser feliz também.

Agora sim, eu sei o significado de respirar; o meu único filho, minha neta e Stella. Sem eles, eu acho que não suportaria.

Chegamos em casa e Stella fez questão de arrumar o quarto para mim enquanto eu tomava um banho, e foi o que ela fez. Quando sai do banheiro já em meu pijama, o quarto estava pronto para mim dormir, sorri para isso. Sinto um cheiro de comida vindo da cozinha, acho que Stella está fazendo macarrão com queijo; Não porque ela só faz isso, bem, Clarisse adora macarrão com queijo desde que era pequenininha, lembro-me bem, só não sabia que Stella também gostasse disso. Antes de ir para cama, resolvi ir até Stella ver o que aprontava. Essa hora já era para estar de volta ao hospital.

Entrei na cozinha e esperei que ela notasse minha presença já que estava de costas para mim. Ao virar-se, sorriu para mim que correspondi. – O que você está fazendo?-Perguntei encarando-a.

Pareceu que ela estava pensando em uma resposta. Suspirou cansada jogando uma toalha no balcão, descansou os braços no balcão e me encarou. – Só estou tirando um tempo, sabe? Além de tudo, me mantém calma saber que Clarisse estar com o pai e que ele está vivo, eu preciso deixa-los a sós, entende?-Eu a compreendia. Não pude lhe dar uma resposta já que continuou. – Eu não sei o que faço, Millie.-Vi lágrimas caindo de seus olhos. – Esse bebê... O meu bebê...-Limpou as lágrimas que caiam de seus olhos, vi que estava lutando para não deixar mais cair, mas foi impossível parar, e ela já estava entre soluços. – Millie, eu não sei se estou pronta... Tem muita coisa em jogo, Clarisse e Mac, Christine, eu estou aqui...-Forçou-se duramente para parar os soluços, mas foi incapaz de conseguir isso. – Quero dizer, eu tenho uma vida em outro lugar, eu devia estar lá, certo? Mas eu não quero estar lá, eu quero estar aqui! Eu preciso dele, Millie. Eu preciso dele para respirar!-Respirou como se não tivesse feito isso a muito tempo.

Eu apenas corri até ela e a abracei com força. Ela se aconchegou nos meus braços e chorou como precisasse disso.
Foi como eu pensei. Isso tudo era duro para Stella, ela estava confusa, o que era normal e por isso não vou culpa-la. Tentei conforta-la da melhor maneira possível, não precisarei dizer nada, porque ela não precisava escutar. Não agora. E quando fosse a melhor hora, eu irei dizê-la o que ela precisa ouvir, por enquanto seria apenas isso, eu a abraçando-a e esfregando suas costas para que se acalme.
Demorou, mas logo a ouvi parar de soluçar, e quando percebo, ela já está separada de mim com um rosto envergonhado. Queria dizer que não a fez mal quebrar, porque era bom as vezes e isso não a faria menos forte, pelo contrário disso. Mas as palavras me faltaram naquele momento. Ver Stella tão frágil quebrou-me, e de pensar que tudo isso era porque ela estava tomando as dores dos outros, e isso incluía a mim. Se ela parasse por um minuto só para focar em sua dor, talvez, todos esses problemas poderiam ser resolvidos em sua mente. Mas não, ela tem que ser teimosa, até consigo mesma.

— Eu me sinto tão fragilizada.-Disse ela. – Essa dor, como faz para parar?-Eu também queria saber. Quase perdi meu filho, e isso ainda doía, mas agora meu coração está mais aliviado com o fato de que poderei vê-lo de novo com vida. Por mim, passaria o dia todo encarando aqueles olhos azuis e seu lindo sorriso.

Mas nem tudo são flores...    

— Stella, você precisa lutar para si mesma. Eu entendo, você quer proteger Clarisse, eu vejo o jeito que você trata ela, como uma mãe mesmo, mas você tem que levar em conta que, és apenas uma humana. Não carregue o mundo todo pelas costas.-Coloquei minha mão em seu rosto limpando suas lágrimas com o polegar.

— É...-Suspirou como se estivesse sido derrotada.    – O mundo não é sempre um mar de rosas, nós caímos as vezes, e então levantamos para ser mais fortes.-Disse eu a ela. – Você é uma vencedora, Stella...-Sorri olhando em seus olhos marejados. – Não uma fruta apodrecida, você sobreviveu a isso e levantou Clarisse junto. Não se preocupe com o que vai acontecer amanhã, foque no hoje, no agora.-Parecia não entender o que eu estava dizendo. – Sua barriga vai crescer, Stella, e você não vai poder esconder. Conte-lhe logo.-Pedi, mesmo sabendo que seria uma decisão difícil para ela tomar já que envolveria a vida de seu filho também.

— Eu quero conta-los, mas não agora.-Disse ela. – Eu quero que os dois saibam e, quero saber se isso será uma surpresa boa ou má, entende?-Eu entendia. – Mas tem que ser ambos, não posso deixar Clarisse por último ou mesmo Mac.-Sorri para o que ela disse e ela também sorriu. Pelo menos agora eu estava certa que toda insegurança dela se foi.

Espero mesmo que tenha ido, já que ela não podia se estressar muito, ficar nervosa não era um jeito de resolver as coisas. As vezes penso o que seria deles se não fosse eu para impedi-los de terem emoções fortes? Pode parecer pouco maduro da minha parte admitir isso, mas eu sou muito mais madura que eles, por isso tenho mais experiências.  

— Acho que está na hora de você trazer Clarisse, daqui à pouco eles vão levar o Junior para fazer mais exames e não é bom ter ela ali.-Disse mudando de assunto e vejo que ela concordou.

Limpando as lágrimas ela sorriu e me abraçou antes de ir embora, nos despedimos e ela saiu pela porta da frente. Quando estava só, eu fui então para o quarto descansar. Uma noite em um sofá no hospital não era uma boa coisa. E como um ímã, a cama me puxou para si e eu fui de bom grado, deitei-me enrolando nas cobertas e fechei os olhos. Não demorou muito e eu já estava dormindo...

*****

Acordo-me com um barulho de vozes femininas que logo identifico de quem é. Stella e Clarisse obviamente. É melhor estar de pé logo, já descansei demais por hoje, e não estou mais cansada, além de tudo eu tenho que cuidar das minhas meninas para poder voltar para o hospital e cuidar do meu menino. Nossa, como eu sinto falta do meu Junior aqui, ainda bem que ele acordou e agora terei mais tempo para minha família. Eu não sei o que faria se o perdesse, eu realmente não sei...

Mas ele acordou e eu não quero ficar com esses pensamentos na cabeça, está tudo bem agora, com todos nós... Bom, falta só uma coisa para que fique tudo bem: Stella contar para minha neta e para o meu filho que está grávida. Sei que ela está insegura e tem Christine no meio disso tudo, mas meu filho ama ela e ela o ama isso já basta. A única coisa que eu quero que ela consiga fazer o meu filho e minha neta feliz, o resto vem com o tempo...

“Ela está dormindo, Clarisse!”

Ouço a voz de Stella gritar e uma risada da minha neta. Faz tempo que não ouço uma risada assim de Clarisse, ela ficou tão frágil com tudo que aconteceu e eu não pude ouvir ou ver uma risada verdadeira dela. Apesar da distancia que vivemos uma da outra, eu conheço muito bem minha neta, eu sei quando ela está ou não sendo verdadeira e agora eu vejo o brilho que tanto procurei nela. Nada de olhares tristes e escuros. Agora era diferente, apesar dela ainda está um pouco abalada, ela está mais feliz. Se minha neta está feliz, eu também ficarei. A família é muito importante para mim, o que me faz pensar sobre ficar longe deles... Não conseguirei, o jeito é me mudar para essa cidade, aposto que encontrarei uma casa do meu agrado aqui, apesar de amar Chicago eu acho que Nova York é o lugar. Não quero perder do meu neto ou neta o que eu perdi de Clarisse, eu quero estar junto com Stella em cada passo de sua gravidez e acompanhar a adolescência da minha neta mais velha.

Decido-me, finalmente, sair da cama. Me ponho de pé no chão e cambaleio um pouco até o banheiro, mas logo volto ao normal. Faço minha higiene e tomo um banho quente demorado, quando saio do banheiro vou até a minha mala e retiro uma roupa de lá. Visto-me com uma calça branca e uma blusa folgadinha cinza, ponho um blazer por cima por causa do frio e um scapin com um salto pequeno, pego minha bolsa e saio do quarto para encontrar as meninas na cozinha já almoçando, quando elas me veem sorriem.

— Bom dia, vovó!-Saudou Clarisse em seu tom de brincadeira. Revirou os meus olhos e vou até ela para lhe dar um beijo e um abraço. A abraço e beijo o topo de sua cabeça, faço o mesmo com Stella. – Como está o seu pai?-Pergunto para Clarisse enquanto sento na cadeira perto delas na mesa. Antes de responder ela parece estar engolindo o que comia e então ai me responde.

— Está bem, vó, mas ele quer sair do hospital.-Disse ela. Sorri lembrando-me da noite passada quando o Junior tentou levantar da cama para ir no banheiro (era para andar mesmo). Se de uma coisa o meu filho odeia mais, com certeza é hospitais.

— Você descansou bastante, Millie?-Perguntou Stella para mim parecendo desconfiada de algo.

Eu sorri por sua preocupação. Mesmo com seus problemas, Stella parava para verificar se as pessoas ao seu redor precisam de algo. Isso é o que me admira nela. Meu filho e minha neta realmente têm sorte por tê-la.

— Sim.-Eu respondi com um sorriso.

Ela riu para mim. – Eu liguei para você!-Disse Stella rindo. Eu fiquei sem saber o que falar, eu não vi nenhuma ligação... Não ouvi meu celular tocar e agora estavam minha neta e Stella rindo da minha cara. Ok! Eu sei que agora eu deixei meu queixo cair, mas ele voltou para o lugar e realmente não teve graça. – Com quem você estava sonhando Millie?-Perguntou Stella em um tom de brincadeira.

Revirei meus olhos. Brincadeira sem graça! Lá vai Stella e Clarisse começar com aquela brincadeira chata de novo. Isso realmente não tem graça! Não tem mesmo!

— Oh, vamos ver se ela diz? Vó, você está muito antiga para namorar, não acha?-Começou Clarisse. E agora eu sei que essa brincadeira vai longe.

Essas duas quando estão juntas inventam cada coisa. Não, porque dizer que eu estava flertando com o Sid é demais, pois eu não estava. Conversei normalmente com ele, e gostei, é bom ter alguém com sua idade mental para conversar ao invés desses jovens que só pensam em “coisas” de jovens.

— Oh, para Clarisse, deixou sua avó vermelha!-Repreendeu Stella em um tom de brincadeira.

Eu fiquei vermelha? Devo ter ficado mesmo, de vergonha dessas duas. Imagina se alguém escuta isso? Eu só não as provoco com nada porque não sou como elas. Duas crianças. – Clarisse, de você eu não digo nada. Mas você Stella, já está bem grandinha para essas coisas, não?-Olhei para Stella e ela estava fazendo um beicinho infantil o que me fez rir.

— Para Clarisse!-Stella fingiu repreender Clarisse que estava rindo. Essa minha neta!— Mas, Millie, o Sid é legal, e é como um pai para mim.-Provoca Stella. Reviro os olhos tentando esquecer esse comentário. Ninguém precisa ficar ouvindo provocações agora.  – Hum, eu não consigo comer tudo, acho que vou tomar um banho e ir lá em cima.-Avisou ela.

Bom, então se ela não queria comer eu que não a obrigaria. Mas claro que eu vou ficar no pé dela para comer bastante para se manter forte. Agora eu só quero saber para onde ela vai, pois que eu saiba não há nem um amigo dela lá...

Levantou-se da cadeira e se afastou da mesa. – A mãe da Rachel, Katie, me chamou para conversar.-Disse ela, como se estivesse lido os meus pensamentos, pois eu iria pergunta-la isso justamente agora. – Me liguem quando estiverem prontas.-Pediu ela indo em direção ao corredor,  provavelmente iria tomar banho primeiro antes de ir.

Olhei para Clarisse que tinha voltado a comer a sua comida. – Coma tudo, se eu ver qualquer evidencia de comida no seu prato eu não faço mais macarrão com queijo para você.-Brinquei com ela que me olhou e riu.

— Mas foi a Stella que fez.-Disse ela em um tom desafiador. Eu ri.

— Proíbo a Stella de fazer também.-Brinquei e ela riu.

— Vovó!-Me repreendeu ela em um tom de brincadeira. Percebi que ela não se referiu a Stella como “mãe”, mas disse seu próprio nome ao invés disso. Acho que ainda está sendo difícil ela se acostumar com essa mudança, tenho certeza que daqui a um tempinho ela estará chamando Stella de “mãe” tão naturalmente que vai mesmo dar para entender que Stella é mãe dela de verdade. Se bem que ela já é a “mãe de verdade” de Clarisse. Minha neta ama a Stell e eu sei que esse sentimento e recíproco.

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Mac Taylor — A verdade é que nem tudo são flores.