Luz e Fogo (Em Revisão) escrita por July Beckett Castle


Capítulo 20
Capítulo Bônus - Milagre existe?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda!! :3 Resolvi postar hoje o capítulo bônus, esse capítulo era para ser narrado pela Millie (no caso não seria o cap bônus), mas como eu sou muitoooo boazinha, então resolvi escrever esse "pequeno" cap para vocês! Ain gente, obrigado pelos comentários, vocês continuam sendo demais, obrigado pelo apoio de vocês, eu realmente não sei se encontraria inspiração se não fosse por vocês. Obrigado mesmo pelos comentários, a todas, e obrigado também por dizerem com sinceridade o que acham, é serio gente, se estiver ficando ruim me ajudem, eu espero que esteja no agrado de todos! Bom, eu queria fazer esse capítulo algum dia, então resolvi adianta-lo, eu sei que é pequeno por vista dos que estou acostumada a postar, mas esse foi feito com carinho (assim como todos os outros). Ah, sobre Stella contar logo para Mac que está grávida, sim, isso vai acontecer, só dependerá da minha inspiração (que não tá pouca), pois eu acabo extrapolando e fazendo um capítulo grande demais, dai não vejo espaço para colocar o que realmente quero no capítulo.
Sem mais delongas, podem começar a leitura ♥ povo do meu coreh =^,^=



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POV Clarisse Taylor

Depois que Stella... Digo minha mãe (tenho que acostumar com isso agora) saiu do quarto junto com minha avó, eu comecei uma conversa com o meu pai. Deus! Eu senti tanta falta disso, de conversar com ele, de poder dizer que eu o amo e ouvir uma resposta, de ver seus olhos abertos. Senti um aperto no peito. Meu pai só estava aqui por minha causa, tudo foi culpa minha. Deus, me ajude a não chorar!  Supliquei em minha mente.

— Ela é incrível, pai!-Falei para ele que sorriu de um jeito único para mim. Deus! Eu senti falta disso. Tanto, tanto, tanto! Ele não sabe, mas eu senti. Minha vontade era de abraça-lo e aperta-lo bem muito. Se eu estivesse sonhando, por favor, nunca me acorde porque eu não quero acordar desse sonho.

Meu pai, vivo! Deus, obrigado! Eu nunca vou esquecer o que o Senhor está fazendo, pelo estado do meu pai, eu sei que as chances dele acordar eram poucas, mas então, se milagres existem eu acredito agora.

— Nós passamos um bocado esses dias, eu nem me lembro quantos foram, mas só de te ver acordado e vê-la feliz, e minha vó feliz, eu me sinto mais aliviada, porque sei que é real.-Eu disse a ele que me ouvia atentamente esperando que continuasse. – Quando você estava em coma, eu não queria te ver porque se tornava real, e eu não queria te perder!-Chorei em seus braços e senti ele me abraçar.

Foi um toque tão bom. Meu pai, vivo, era só nisso que eu pensava!

— Oh, Clarisse, eu estou tão orgulhoso de você!-Disse ele me abraçando. – Desculpa por esse tempo que passamos longe um do outro, eu juro que nunca mais vou te deixar. Se eu estou vivo hoje, é porque eu lutei para te ver, filha.-Suas palavras me tocou muito, o que me fez derramar mais e mais lágrimas. – Eu lutei por você, eu queria isso.-Eu não estava entendendo agora. – Queria que você estivesse viva, porque se algo acontecesse a você, eu não sei se conseguiria suportar, minha pequena!-Ele chorava e eu mais ainda. Será que a vovó contou-lhe sobre eu estar me sentindo culpada?

Mas eu era a quem foi a culpada. Droga! Será que ninguém entende que, se não fosse por mim papai não estaria em risco, que ele estaria agora em casa ou no trabalho sem nenhuma cicatriz idiota tudo por minha estupidez. Me afastei dele pronta para protestar e dizer-lhe que tudo foi minha culpa, que ele só estava aqui porque foi um maldito de um herói. Tudo por minha culpa, droga!

— Clarisse, olhe para mim!-Ele segurava meu rosto, eu já estava soluçando.

— Pai...-Não consegui proferir uma palavra. Senti-me com falta de ar, o medo voltando novamente. Foi aquele medo avassalador de quase perda do meu pai, e, minha cabeça latejava muito. Lembrei o que a psicóloga disse na minha última consulta, uma coisa que eu deveria dizer a Stella, mas achei desnecessário já que ela fazia muito bem o trabalho de me acalmar. A doutora Dawson pedira para praticar uma respiração de bebê, lentamente e calmamente, uma de cada vez. Foi o que eu fiz enquanto o meu pai segurava o meu rosto para que eu olhasse diretamente em seus olhos.

— Clarisse, ouça, não é a sua culpa.-Ele dizia. E eu realmente queria acreditar nisso, queria mesmo. – Não é, sabe porquê?-Perguntou ele. Eu acenei com a cabeça negando. – Porque, filha, se eu tivesse que me jogar de um penhasco para te ver feliz, eu o faria. Se eu levei um tiro, foi porque eu o faria de qualquer maneira, por você!-Eu não pude falar nada, tentava respirar como um bebê (não sei exatamente como se faz isso, mas vou praticar), e os soluços só diminuíam. – Se eu tivesse que fazer de novo, eu o faria. E eu o faria por você, pela sua avó ou pela Stella, até mesmo pela equipe.-Olhei com um olhar de repreensão. – Eu faria, Clarisse.-Usou o meu nome, ele só falava assim quando estava me repreendendo ou quando o assunto era muito sério. – Eu te amo, Little Princess, eu te amo mais que tudo nessa vida, se eu tivesse que dividir esse amor com alguém eu não o faria.-Vi as lágrimas descerem de seus olhos. – Eu não o divido com ninguém, eu não faço.-Garantiu agora com um toque suave em meu olho, usou uma de suas mãos para limpar minha lágrima. – Eu amo você, assim como eu amo sua avó e amo a Stell. A mesma coisa que sinto por elas, sinto por você, eu não divido esse amor porque, não tem como amar assim, eu as amos do mesmo tanto. Esse sentimento é tão grande que só dá para vocês.-Ele sorrir. – Olha, quem sabe você tem um irmãozinho ou irmãzinha?-Perguntou ele e eu sorri. Mesmo que a va(PI) [A/I:moderado para Clarisse...SQÑ] da Christine estivesse grávida, coisa que eu não acredito, a criança não teria nada haver, então eu a amaria como um irmão, mas espero que a Stella dê logo uma irmãzinha para mim, assim eu não compito com a... Urgh! Um irmão parecido com a mãe, por Deus... Senhor, bote um bebê na barriga da minha mãe e não da de você sabe quem. — Lembra quando você me pedia uma irmãzinha quando era criança?-Perguntou ele eu sorri.

— Por isso você pediu Christine em casamento?-Perguntei quase em sussurro, a voz quase me faltando.

Ele ficou sério com essa pergunta, mas eu sabia que ele iria responder. Papai nunca deixava de me responder. – Eu achava que, você precisava de uma mãe e, eu passei tanto tempo sozinho que agi sem pensar, mas então -ele sorrir tocando suavemente o meu rosto-, eu resolvi ir atrás da minha verdadeira felicidade. Eu sabia que você não lembraria muito de Stella, então no dia do meu aniversário quis te fazer uma surpresa, e para a equipe também.-Ele sorriu, dessa vez mais contente. – Agora eu sei que foi a melhor coisa que fiz.-Eu não podia acreditar, meu pai deixou de ser feliz por minha causa? Me dava vontade de rir disso, porque, não foi só minha culpa aliais, eu passei toda parte da minha infância morando com minha tia longe de Manhattan, então, meu pai tinha uma baita de uma chance com Stella. Bem que a equipe dissera, eles são dois cabeças duras.

— É, você é um idiota!-Disse de repente, zombando dele.

Ri ao ver sua boca se abrir para um perfeito ‘O’. Foi engraçado o jeito que ele me olhou. E quem mandou eu dizer isso? Ele começou a fazer cócegas em mim, e eu me contorcia gargalhando, me esforcei para não machuca-lo.

— Para papai, para!-Supliquei para ele que continuava a fazer cócegas em mim.

— Ha, só se você retirar o que disse!-Falou ele.

Eu me contorcia e gritava, estava vendo minha queda no chão, ainda bem que meu pai segurou-me. – Tá bom, eu retiro o que eu disse!-Gritei ainda com ele fazendo cócegas. Ri quando ele parou e corri para fora da cama gritando. – Não retiro nada!-Gritei e ele riu. Eu fiquei longe dele, muito bem protegida.

— Tudo bem, Clarisse. Mas eu ainda te amo!- Falou gargalhando. 

Eu ri e sentei na cadeira perto dele, descansei meu cotovelo na cama e fiquei a admira-lo. Ele me encarava como se soubesse o que eu queria.

— Princesa, o que você quer?-Perguntou rindo. Eu sorri para o jeito como ele me conhecia perfeitamente. Lembrei-me também que não era só ele que me conhecia tão bem, isso me faz pensar: sou tão decifrável assim? Fiz uma careta. – Milagres existem?-Perguntei a ele que sorriu para mim.

— Você provavelmente está se perguntando isso.-Me olhou nos olhos. – Não para mim, mas para você. Diga-me, Clarisse Taylor, milagres existem?-Perguntou-me de volta e eu sorri pelo jeito que foi.

— Provavelmente.-Respondi fingindo estar séria para o assunto. – Mas se você acordou, então... Sim, milagres existem!-Falei sorrindo e ele riu também.

Continuamos a conversar sobre coisas aleatórias que me lembrava o quanto eu senti falta dele, depois de eu ter contado que eu estava todo esse tempo sem ir a escola e ter perdido uma prova muito importante, tive que ouvir um sermão gigantesco dele. Deus! Agora sim eu sei que meu pai está de volta! *Revirada de olhos imaginária* Ele podia ser mais gentil né?

— Vamos lá, Clarisse, eu não vou permitir que você continue a faltar assim.-Revirei os olhos e ele viu... Me repreendeu novamente.

Já era 11h da manhã, eu estava mexendo no meu celular enquanto papai dormia depois de reclamar de dor e as enfermeiras terem aplicado morfina nele. Ouvi uma batida na porta e quando ela se abriu vi Stella entrar no quarto, ela olhou para o meu pai depois para mim com um sorriso.

Eu sorri para ela. – Você demorou!-Falei fazendo um beicinho o que a fez sorrir.

— Estava fazendo o café da manhã de sua avó e arrumando os quartos.-Disse ela entrando totalmente no quarto, me deu um beijo na testa e sentou-se ao meu lado. – E então, como foi com o seu pai?-Ela me pediu e eu já sabia o que queria.

Suspirei decidida em contar. Eu confiava em Stella...De novo: Eu confiava na minha mãe, sabia que podia contar com ela para tudo que precisar, e eu gostava disso. Assim como minha avó eu me sentia tão confortável quanto com Stella. – Eu o contei. Não a parte do mercado, eu não conseguiria.-Falei verdadeiramente. Ela estendeu o braço e apertou minha mão. – Mas, ele me convenceu de que eu não sou culpada, e falou um monte de coisa fofa.-Sorri. – Mas também me deu uma maior bronca por não estar frequentando a escola.-Rimos com isso.

— Ele tem razão.-Adultos, são todos iguais, um apoia o outro e assim vai.— Mas, você só voltará semana que vem. Eu falei com a diretora e ela concordou.- Gente, Stella é um anjo que caiu do céu na minha vida. Por isso que eu amo ela.

Eu sorri a abracei agradecendo-a. – Obrigado, mãe. Você é a melhor!-Tenho quase certeza que ela começou a chorar. Stella é muito emotiva ou o que? Mas eu não a culpo, aliais, passar por tudo o que ela passou não era fácil, e eu sei que ela lutou. Lutou duramente, e lutou ainda mais com toda essa história de Christine, a gravidez que não sabíamos e o papai não lembrar-se do dia em que levou o tiro, tudo isso mexeu muito com Stella. Eu percebi.
Mas então teve o pé na bunda que o meu pai deu em Christine, foi o bastante para ela, acho que a deixou mais aliviada. Acho que ela estava doente por causa disso tudo, ela teve febre e ainda está um pouco pálida, quase sempre coloca tudo que come para fora e está se sentido mal. Eu estava preocupada, mas confiava nela, o que me faz lembrar do exame que ela fez ontem. Eu tenho quase certeza de que ela me contara e eu esqueci.

— Stell, o que aconteceu ontem no médico?-Perguntei, só percebi depois que a chamei pelo nome e me amaldiçoei por isso.

— Eu estou com uma leve infecção. Mas estou bem.-Garantiu ela. Eu sorri e continuamos a conversar, dessa vez sobre coisas aleatórias. Só paramos de conversar quando a fome bateu, foi quando nos demos conta que já era hora do almoço. Papai ainda dormia, mas eu estava mais tranquila com isso, ele não corria perigo de não acordar mais e isso era passado. Chamei minha mãe para almoçar, e ela disse que ligaria para minha avó para avisa-la que estava voltando para casa.

Papai iria ficar sozinho agora, mas garantimos de que ele estaria ocupado quando Stella trouxe seu computador e uns livros que ele gostava, deixou lá também seus óculos e ajeitou um jarro de flores ao lado dele. Um copo com água caso ele precisasse e um bilhete dizendo que iríamos almoçar e que voltaríamos em instantes. Quando estávamos saindo do hospital, minha mãe (urfs, é tão difícil se acostumar) disse que tinha deixado o almoço pronto, que era só esquentar e nós comeríamos. E advinha só o que ela fez? Yeah! Macarrão com queijo, o meu prato preferido! Nossa, tem como não ama-la! Eu já posso dizer que tenho a melhor mãe do mundo? Acho que sim. Pois bem, eu tenho a melhor mãe do mundo!

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Millie Taylor – “Acredite em si próprio e chegará um dia em que os outros não terão outra escolha senão acreditar com você”, Cynthia Kersey.


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Notas finais do capítulo

Espero que esse capítulo tenha sido do agrado de vocês...
Então gente, foi tudo isso aqui, o próximo capítulo eu só postarei na quinta como de costume (que na verdade sempre sai na madrugada de sexta), então, tenham um cheiroso domingo rsrsrs. Desejo a todas um ótimo mês ♥ Eu adoro maio, fica tão perto do inverno ♥ Beijuu prôcês =^,^= até quinta :( vai demorar um pouquinho, mas a espera será recompensada!!! Beijuu de novo =^,^=