Luz e Fogo (Em Revisão) escrita por July Beckett Castle


Capítulo 18
Confia no amor


Notas iniciais do capítulo

Olha EUUUU!! Ontem nem deu para mim postar, eu já estava com o capítulo pronto mas faltava revisar e eu tava tão cansada que não consegui. Mas hoje estou aqui, serei breve em minha nota, e começando: OBRIGADO pelos comentários de vocês, tenham certeza que me motivam muito a continuar! Queria agradecer a Kathe Booth Castle Taylor pela recomendação da fic ♥ 3° já, obrigado girl ♥ espero que esteja gostando mesmo da fic! Aos demais, espero realmente que estejam gostando da fic, quero que saibam que seus comentários são importante e, eu sei que em alguns capítulos eu não respondi alguns e eu sinto muito mesmo, eu amei todos os comentário do prólogo até aqui ♥ Vou fazer questão de responde-los com carinhos e aos que eu não respondi eu irei pelo menos colocar um coraçãozinho!
Até aqui os deixo, tenham uma boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/625116/chapter/18

Foi bom Clarisse ter tirado Stella daquele quarto, ela precisava de ar e tomar líquido. Como Millie dissera, ela estava pálida mesmo, quase sem cor, o que deixou a mulher preocupada. Mas se distrair com Clarisse foi bom para Stella, as duas conversavam sobre coisas da menina, e Stella contava mais sobre seus amigos em Nova Orleans; foi o suficiente para esquecerem um pouco do ocorrido a alguns minutos atrás e a frieza com que Mac tratou Stella. Mas a grega resolveu ir para o assunto do pai de Clarisse, ela precisava saber como foi que Mac acordara antes de tudo e, claro, encorajar a menina a conversar com pai sem se sentir culpada. Como tinham conversado do consultório da psicóloga com quem Clarisse estava indo, foi duro para ela, mas se não tentasse ela nunca conseguiria. Além de tudo, a menina não foi a culpada, e Stella só precisava mostrar isso, se ela não conseguisse se sentiria culpada também.

POV Clarisse Taylor:

Olhei para Stella que parecia querer alguma coisa de mim, e claro, eu sabia o que era; bom, eu acho que sei. Ela tinha aquele mesmo olhar quando estava pronta para começar um assunto sério que podia incomodar alguém; coisa que ela não fazia. Eu a encarei olhando no fundo dos seus olhos indecifráveis, seus olhos estavam avermelhados e eu sabia bem o porquê. Tudo o que a BITCH da alien loira dissera para ela a mexeu com muita profundidade, eu vi isso quando me olhou nos olhos depois que a galinha bateu as asas saindo com o seu odor de perto de nós (Oh galinha fedorenta).

Me tocou também o que a alien loira falou. Poxa, eu sempre quis um irmãozinho, e quando conheci Stella desejei que viesse dela, não da v(PI)a da alien loira intrometida. Urgh! Se ela tiver esse filho, que fique bem longe de mim, porque eu, certamente não vou querer qualquer afinidade com qualquer coisa que vier de Christine. Não culpo a criança que ela diz estar esperando, por que cá entre nós, eu não acredito nessa história. Uma mulher pode fazer de tudo para segurar um homem, nunca pensei que um alien feito ela, lesma morta, gentinha insignificante, lula podre, galinha choca; enfim, nunca pensei que uma coisa dessa que diz ser gente conseguisse chegar ao um nível tão baixo, tipo bem baixo mesmo, sabe o fundo do poço, então, no fundo do fundo do poço mesmo. Uma mentira como essa é de dá vontade de dar uma voadora na pessoa que contou. Ah, se eu tivesse uma arma nessa hora!

Sou tirada do meu devaneio com a voz de Stella começando o discurso como sempre fazia antes de chegar ao ponto real. Mesmo com isso, não tem como não amar ela. Já falei que a quero como mãe? Please, seja minha mãe?

— Querida, você já sabe o que vou falar, certo?-Perguntou ela, mas brevemente do que eu pensava, e como resposta eu assenti com a cabeça e então ela continuou. – Então sabe que eu não vou fazer um discurso todo para começar.-Você já está fazendo, caramba Stell, você é pior do que a tia Linds quando vai repreender Lucy de alguma coisa ou explicar alguma coisa. Novamente, eu assenti com a cabeça e ela continuou. – Quando você estiver pronta para relembrar aquele dia horroroso para o seu pai, eu estarei ao seu lado.-Pegou em minhas mãos e segurou firmemente ficando de frente para mim. Seu olhar era de compreensão, talvez se eu não tivesse tanto conhecimento sobre ela (me gabando é claro) pensaria que estivesse com pena de mim, ou me tratando (em seu lado profissional) como uma vítima, que no caso eu era, mas Stella deixava a entender que não. Eu relembrei desse dia quando estava na sala da psicóloga, eu a contei tudo sobre aquele dia, desde o momento em que contatei o tio Adam (primeira coisa que fiz ao acordar) até o momento em que estava no hospital. Nunca entendi porque o meu pai ficou tanto tempo em coma, mas estou feliz agora que ele está acordado e bem, por isso tento esconder essa curiosidade, pois ele levou um tiro e ficou em coma, com isso veio infecção hospitalar e ainda estava em um dos melhores hospitais de Manhattan. – Lembra que você teve que contar para o tio Flack?-Ela perguntou tirando-me de meu devaneio. Não sei porque não estava respondendo-a com palavras, eu só não estava conseguindo pronunciar nada, foi como eu tentei contar para Stella que o papai tinha acordado. Tenho certeza que esse não é outro piripaque...ér, ataque de pânico. – Você só precisa dizer exatamente o que disse ao Don, e se quiser, para o assunto não ficar como uma lembrança dolorosa demais, você pode começar com o que fizeram naquela manhã.-Gentileza e compaixão(?) presente em sua voz.

Sorri fraco acenando com a cabeça positivamente. Vi um vislumbre de um sorriso em seu rosto, deixando mais iluminado o que me fazia querer ver mais disso nela. Não queria que ela perdesse isso, eu queria vê-la sorrir e estar com o papai assim que ficou quando o viu acordado horas atrás. Horas ou minutos, pra mim tanto faz.

De fato eu queria estar do lado do meu pai, mas por conta da morfina e de outros medicamentos que aqueles enfermeiros estava injetando no meu pai (eu queria ir com tudo para cima deles, mas é para o bem do meu pai) ele estaria grogue e até desacordado. Mas estar com Stella, faz-me perceber quão era bom ter uma figura materna por perto, ela sempre tão amorosa comigo e com a vovó, me fez a querer mais por perto, talvez porque eu sinta falta disso, falta de uma mãe. Eu tive uma, mas nem sequer lembro-me de seu rosto, ou qualquer vislumbre dela.

— Agora...-Ela suspirou. Eu disse, ela iria começar um discurso antes de ir para o ponto real. Foi isso que ela fez. Essa é a Stella (bem lerdinha, mas não em uma forma ruim [como a vocês já sabem quem], mas em uma forma amorosa, gentil e sarcástica(?).) que sempre faz as mesmas coisas. Ela é a melhor mãe do mundo; se fosse, mas pra mim ela é e ponto final nessa história. – Lembra quantas vezes eu e sua avó dissemos que o que aconteceu não foi sua culpa?-Não! Pediu ela olhando nos meus olhos, seu cabelo estava voando para trás dando perfeita visão sobre o seu rosto cansado, seus olhos verde mais claros ao tom da luz solar que estava distante, mas presente, enquanto o meu cabelo voava para frente indo para minha cara. Como sempre, a gentil e doce Stella (elogiaria ela de voz alta, mas irei fazer com mais frequência quando estivermos de volta ao hospital, na frente do papai para ele ver que eu amo ela e quero que eles se casem,  e também quando a bitch Whitney estiver por perto) escovou meus cabelos para trás colocando-os atrás da minha orelha. Serviu de alguma coisa? Não! Maldito vento, vento maldito! – Clarisse, me responde!-Repreendeu-me em um tom engraçado como se estivesse carente.

Eu sorri para ela. – Eu estou te ouvindo.-Disse para ela.

Tomando uma respiração profunda, ela continuou seriamente. Assunto delicado, eu odiava! Tá pra nascer alguém que seja mais teimoso do que eu (sou mais do que meu pai e a Stella juntos) e chata como eu sou, não existe pessoa assim ainda (chata não como pessoa ruim, assim como a Whitney Bitch). – Olha, se você precisar desabafar, eu estou aqui. Vou começar com o que sempre te digo antes de dormir: Não se julgue, o único culpado é aquele que machucou o seu pai, não você!-Sim, eu ouço isso toda noite antes de dormir. – Ursinha!-Me chamou pelo apelido que ela adotou. Só ela pode me chamar assim! Porque seria meio constrangedor outra pessoa me chamando de Ursinha. – Seu pai nunca, nunca vai te culpar pelo o que aconteceu a ele.-Eu a olhei atentamente, tão séria, podia sentir que minhas pernas iriam desequilibrar a qualquer momento, meu coração começou a bater em um ritmo mais forte, e minha cabeça parecia, serialmente, como se tivesse dormente. Por favor, não agora! — Sabe porquê? Porque você não é! Vamos encontrar quem fez isso, eu prometo!-Garantiu ela, agora puxando o meu braço e entrelaçando em sua cintura para um abraço, enquanto ela passava os braço em volta de mim.

Não sei quanto tempo ficamos ali, abraçadas, mas durou um bom tempo. Foi Stella que desvencilhou do abraço e olhou bem no fundo dos meus olhos. Senti algumas lágrimas caindo do meu olho e a mão de Stella foi até o meu rosto limpa-lhas. Senti uma vontade imensa de chorar, mas me controlei e nenhuma lágrima mais caiu dos meus olhos.

— Vai ficar tudo bem!-Garantiu Stella, me abraçando novamente, mas dessa vez foi para um rápido abraço. Nos distanciamos e ela me puxou para dentro da lanchonete onde estávamos. Assim que entramos olhei diretamente para o relógio de parede onde marcava 15h35m, foi quando me dei conta o quanto tempo gastamos lá fora e no hospital. Eu nem se quer comi alguma coisa, e agora que entrei na lanchonete meu estomago parece ter ganhando vida e protestou. Sorte que não foi alto, eu apenas senti. Imagina a vergonha que eu iria sentir se isso acontecesse? Thank you God!      

Stella pedira alguma coisa para comermos, e me levou para uma mesa onde sentamos em das cadeiras de frete uma para outra para esperar o pedido. Deus, estou com tanta fome que confiei o meu pedido a Stella, por mais que eu saiba o que ela pedira. Revirada de olhos imaginaria: com certeza foi suco e sanduiche natural. Se fosse para matar minha fome, podia ser até um saco de amendoim.
PS: A única coisa que sou alérgica: amendoim.  
Então me livraria disso que as pessoas pareciam tanto gostar. Inveja. Papai comprou uma vez, mas não me permitiu nem tocar em seus amendoins. Deus! Como eu estava com saudades do meu pai, estou louca para que ele volte para casa e nós poderemos ficar juntos como uma família de novo, com uma integrante a mais agora. Claro que estou falando da Stell, não tem outra mais.

— Em que você está pensando?-Perguntou a mim.

Eu sorri para Stella. Seja minha mãe? Minha mente gritava. A falta de uma mãe sempre foi constante em minha vida, porque, todas as minhas amigas tinham uma mãe só não eu, mesmo com minha tia (a tia da minha mãe) eu não tive isso que estou tendo com Stella agora.

— Em meu pai, você e na vovó.-Respondi com sinceridade. Obviamente não sendo clara.

— Como foi quando, ele acordou?-Me perguntou ela. Talvez com uma pontada de culpa em sua voz por não estar presente na hora. Mas se tivesse não iria fazer diferença, nós (eu e vovó) só tivemos contato com o papai por cinco minutos, depois veio enfermeiras e o doutor para examina-lo e tivemos que sair do quarto. Foi nessa hora que eu liguei para Stella e não tive retorno, apenas deixei uma mensagem.

— Eu conversava com ele, e então senti um aperto leve em minha mão.-Resolvi contar. Minhas mão estavam sobre a mesa, e a vontade de chorar começou a apertar. Senti a mão de Stella cobrindo as minhas em apoio. – Ele abriu os olhos lentamente e, eu, fiquei tão feliz, e então falei onde ele estava, contei o que aconteceu...-Nem tudo. – Em parte. Só contei que ele levou um tiro em uma luta com um suspeito rendendo um mercado e que eu estava junto com ele. Vi uma lágrima derramar em seus olhos e a limpei, disse que iria ficar tudo bem e que o amava muito. Eventualmente ele não conseguiu responder, a vovó estava chorando atrás de mim e eu a vi sorrindo, foi quando ela colocou a mão em cima da perna dele inclinando-se para que ele tivesse uma visão melhor sobre ela. A vovó disse “eu estou aqui, Junior”.-Sorri enquanto falava. – E disse que o amava também, depois chamou os médicos que nos tirou do quarto, mas pude ouvir ele perguntar se meu pai sabia onde estava e começar a explicar o que iria fazer. Quando eu e a vovó estava fora do quarto ela disse que era para mim chamar todo mundo para contar-lhes da noticia, enquanto ela foi pegar um chá para se acalmar e processar tudo aquilo.-Olhei para nossa mãos entrelaçadas, sabia que isso iria doer nela. – Você foi a primeira a quem eu chamei, e como não houve resposta enviei uma mensagem, e liguei para a equipe. Tia Lindsay estava com a tia Jo e com o tio e Adam e o tio Shel, então contei para os quatro ali, em seguida liguei para o tio Don que estava com o tio Danny saindo da delegacia, depois para o vô Sid e...-Arquiei meus lábios tentando lembrar se esqueci de alguém. – Acho que foi todo mundo.-Eu disse a ela que tinha um olhar triste no rosto. Esfreguei a mão dela que estava em cima da minha e sorri agradável. – Não fica triste não.-Pedi. – Olha, o importante de tudo é que você esteve presente.-Disse a ela. – Papai nos ama, e nós a ele. Sobre a briga com a alien loira...-Recebi um olhar de repreensão de Stella, que foi mais divertido. – Meu pai não queria te tratar daquela forma, você se exaltou, mas não falou sozinha ali. Não se preocupe, você vai ver, quando o papai estiver melhor irá dar um pé na bunda nela e vai viver com você, e nós seremos uma família.-Disse fazendo-a sorrir. Era bom fazer alguém sorrir.

Nossos pedidos chegaram e voltamos com as nossas mãos para si para poder comer. Saboreei daquele delicioso sanduíche natural e do suco de morango que Stella pedira, o mesmo pedido foi para ela. Só na hora da sobremesa que, assim que nossas tortas de chocolate foi posta na mesa Stella não comeu fazendo uma careta de enjoada, ela quase nem olhou para mim enquanto comia e eu ri disso. Ela não estava com estomago para comer dessa delicia de torta, e teve que pedir para dar a alguém a dela. Gentil de sua parte. Mas não era do jeito dela fazer isso. Não a parte de pedir para dar a alguém sua enorme fatia de torta, e sim a parte de ter rejeitado essa maravilha torta que tanto ela amava (sei que ela ama, porque ela devorou comigo uma torta de chocolate que a vovó fizera tempos atrás). Olhei interrogativamente para ela que não pegou esse olhar já que desvia para longe, parece que só de ver as pessoas comendo ela se sentia mal. Vi pelas caretas engraçadas que ela fez enquanto procurava um lugar para olhar.

Eu ri.

Foi engraçado Stella tentando desviar o olhar sobre as comidas. Não diria que ela é esfomeada, aliais, ela se mantém saudável para seus treinos na academia e correr atrás de bandidos, mas também ela é de comer, e nunca, desde que a conheci agiu dessa maneira. Há uma explicação para isso? Ou ela ainda estava doente ou grávida.

Grávida! Acho menos provável já que ficou doente no outro dia e seria normal sentir-se assim. Mas bem que ela poderia estar grávida, assim ela e o papai ficariam juntos de vez (tipo casando) e eu teria um Little brother ou uma Little Sis. Pena que ela não estava, se tivesse seria igual aqueles filmes bem loucos que a mulher fica grávida depois de ter “brincado” com o “amante” (claro que esse tipo de filme eu nunca assisti “cof*cof”).

— O que você tem, Stella?-Perguntei preocupada.

Ela mal foi capaz de olhar para, pois eu ainda terminava minha deliciosa torta de chocolate.

— Eu estou bem, apenas um pouco enjoada.-Falou ela. Parecia que estava enjoada mesmo, seu tom de pele tinha mudado e parecia que iria sumir de tão pálida que estava.

— Você não parece bem.-Disse deixando de lado a minha torta que eu nem me importava mais.

Ela colocou a mão sobre a boca e correu da mesa indo em direção ao banheiro, que por sorte, de tanto observar ela já sabia onde ficava. Eu fui correndo atrás dela aos olhares curiosos das pessoas ao redor. Cheguei lá dando de cara com a Stell ajoelhada no chão e vomitando no vaso do banheiro, corri para socorrer ela segurando os seus cabelos enquanto ela colocava o seu almoço para fora. Se fosse outra pessoa, eu juro por Deus que não aguentaria um segundo lá, mas era Stella e eu nem me importei com isso.

   

POV Stella Bonasera:

Urgh! Maldito enjoou. Eu estava com tanta vontade de comer aquela torta, mas assim que vi na minha frente senti que tudo que comi iria sair pela minha garganta, então fui obrigada a pedir que desse a alguém que estava com fome e eu acho que a garçonete fez. Vi Clarisse comendo sua torta e meu estomago começou a embrulhar, tentei não olhar para ela comer desviando meu olhar para o resto do restaurante, o que não deu muito certo já que o cheiro e até mesmo só de olhar aquelas comidas estava me deixando enjoada. Bem que Linds me avisou sobre esses enjoos e eu não quis ouvir já que nunca senti isso antes.

Um gosto horrível subiu pela minha boca, ainda bem que localizei o banheiro porque senão eu estaria perdida. Notei os olhares preocupados de Clarisse e tentava agir normalmente, mas esse enjoou não ajudava. Tentei me concentrar em alguma coisa que não fosse a comida. Também não deu certo. Eu podia estar começando a aceitar mais o fato de estar grávida, pelo menos não me sentiria sozinha, até estava gostando dá ideia. Mas bem que eu podia ter esse bebê logo, né? Por que, ô fasezinha essa viu! E eu sei que vai piorar. Dores nas costas, pés inchado, hormônios alterado, e um monte de coisa que eu nem quero pensar... Pensando bem, eu quero sim, se for para esquecer esse cheiro horrível que vinha da cozinha agora eu penso até na... Porquê toda vez que eu me distraio meus pensamentos voltam para Christine? Ela estava grávida, e Mac com certeza iria preferir ficar com ela. Isso doía muito em mim. Eu também estou grávida, e pelo menos é verdade. E tudo o que ela falara para mim foi...Doeu porque pareceu verdade.

— O que você tem, Stella?-Ouvi Clarisse perguntar.

— Eu estou bem, apenas um pouco enjoada.-Respondi-lha com sinceridade.

Mas nessa hora eu não me aguentei mais, eu precisava muito do banheiro agora, meu estômago estava revirando, eu podia sentir o meu almoço voltando.

— Você não parece bem.-Disse colocando sua torta de lado. Meus olhos foram diretamente para a torta, e meu estômago revirou, e eu não tive escolha a nãoser correr para o banheiro. Deixei Clarisse sentada e corri até o banheiro do restaurante, me ajoelhei no chão e com o vaso aberto liberei todo o meu almoço.

Senti leves mãos segurar o meu cabelo para trás e deduzi ser Clarisse. Terminei de colocar tudo para fora e sentei no chão me encostando na porta aberta, Clarisse abaixou-se perto de mim e pegou a minha mão, eu apertei a mão dela de leve mal podendo sorrir ou dizer qualquer coisa. Ela também não disse nada, apenas ficou do meu lado esperando alguma coisa. Me sentia tonta, então resolvi esperar um pouquinho até a tontura passar. Respirava fundo, minha garganta estava doendo e tinha um gosto horrível na minha boca.

 – Acho que você ainda está um pouco doente.-Comentou Clarisse olhando para mim e eu sorri um pouco. Ainda bem que eu tinha uma desculpa para isso.

Ela me ajudou a levantar e me levou até a pia para eu poder lavar o meu rosto. Assim o fiz. Joguei com as mãos água em meu rosto, olhei-me no espelho e vi que estava com uma aparência horrível. Pedi que Clarisse trouxesse minha bolsa assim eu poderia dar um trato no meu visual antes de voltar para o hospital. Já estávamos bastante tempo fora, Millie poderia estar preocupada. Falando nela, lembrei do que ela me disse depois da discussão com Christine, falou como se soubesse que eu estou grávida, e eu tenho certeza que ela sabe...

Oh, droga! O exame tava na bolsa que estava no quarto, ela deve ter ficado preocupada quando viu e deve ter bisbilhotado. Bom, pelo menos fico aliviada que ela saiba, me sinto confortável por ela saber porque ela é como uma mãe para mim, e essas coisas a gente sempre conta primeiro para mãe (ou quase sempre). Eu já estava para contar a ela de qualquer forma. Suspiro diante do meu reflexo no espelho.

Eu serei mãe. Isso é muito para mim. Levei minha mão até minha barriga ainda sem sinal de que o meu feijãozinho crescia. Sorri de mim mesma. Como as coisas mudam, a pouco eu estava inconformada com a noticia, mas quando vi Clarisse eu, quero tanto poder abraçar os dois, ver o rostinho do meu bebê. Mas tenho que me conformar só com uma ursinha, pelo menos essa eu posso apertar, abraçar, cheirar, beijar e mimar bem muito. Espero que eu esteja com ela quando estiver com o seu irmãozinho em meus braços, para eu poder mima-los juntos. E espero que Mac fique comigo, não quero parecer egoísta, mas, esperamos tanto tempo para ficarmos juntos que eu não consigo me ver sem ele, sem a Clarisse ou sem a Millie. Eu amo tanto eles, e já estou começando a amar esse caroço de feijão dentro de mim. Meu Bean está dentro de mim, eu vou ser mãe, apesar de já sentir-se mãe com a Clarisse.

Sou tirada do meu devaneio com Clarisse voltando ao banheiro com a minha bolsa. – Você está melhor?-Ela pergunta com preocupação o que fez meu coração derreter. Essa menina é tão prestativa.

Sorri para ela e a puxei para um abraço apertado que me foi correspondido, senti aos poucos minha blusa molhar e deduzi que minha Ursinha estava chorando. – Eu estou melhor agora.-Eu sussurrei em seus cabelos. Ela continuou me segurando firmemente. Mesmo sem saber ainda, ela abraçava também seu irmãozinho. Bean podia não estar presente aqui fora, mas estava bem guardadinho e juntinho comigo e com a irmã. Logo eu queria que ele ficasse assim com papai dele, a mamãe, a irmãzinha a vovó, e a família todinha juntinha. Antes de falar com a irmãzinha do meu feijãozinho, eu irei conversar com Millie primeiro, só não quero que minha Ursinha saiba depois que Mac, quem sabe, quando as coisas esfriasse mais eu farei uma surpresa para os dois contado-os da noticia. Meu medo é só se o Mac não gostar, a opinião dele é muito importante, assim eu saberei o que faço das nossas vidas.

*****

Estava com um chá na mão que Millie me obrigou a pegar assim que nos encontramos nos hospital, ela brigou por termos demorado e eu e a Clarisse rimos, eu disse que iria ver o Mac, aliais estava morrendo de saudades e queria estar junto com ele até que acordasse, com os remédios eu tinha certeza de que ele estaria dormindo. Millie não me disse se ele estaria acordado ou não, ela teve que levar Clarisse ao banheiro porque minha Ursinha estava apertada e tinha banheiros perto, por isso nos afastamos. Eu ainda segurava o copo de papelão na mão com o chá, andei em passos firmes até o quarto de Mac, assim que abri a porta ouvi vozes de lá. Bom, pelo menos sei que Mac está acordado.

— Mas Mac, eu estou grávida.-Ouvi a voz de uma mulher dizer.

Era Christine.

— Eu sei, e eu disse, eu vou ajudar na criação desse bebê, mas Christine, não me leve a mal, eu não te amo, a mulher que eu amo está bem atrás dessa porta.-Ouvi a voz de Mac em seu tom de ironia.

Sorri né, pelo menos agora eu sei que ele não está com raiva de mim e, me sinto feliz que ele tenha dispensado ela. Entrei com a maior cara de pau no quarto, fingi que não ouvi nada e nem olhei na cara da mulher que estava sentada na cadeira ao lado de Mac e me olhava com expressão...VAGABUNDA. Desculpe pelos pensamentos da mamãe, bebê, mas é verdade. Olhei para o amor da minha vida que me olhava com um sorriso no rosto encantador. Para quem estava em coma, Mac estava muito bem! Foram dias aterrorizantes que passaram lentamente, mas que, finalmente acabaram, e agora nós dois poderíamos ficar juntos. Eu tinha certeza disso agora mais do que nunca. Nem vi como Christine saiu de lá, eu só tinha olhos para o meu detetive gatão de olhos azuis. Ele estava um pouco barbudo, mas continua lindo. Eu não conseguia parar de olhar para ele que também tinha seus olhos em mim. Nós sorrimos um para o outro e corri até ele o abraçando delicadamente para não machuca-lo.

— Desculpa, meu amor, desculpa!-Sussurrei em seu ouvido. Suas mãos estavam em volta da minha cintura e meus braços em volta do seu pescoço.

— Eu te amo, eu prometo que nunca vou te tratar mal. Nunca!-Disse ele em meu pescoço.

Era tão bom poder sentir ele respirar, ouvir ele falar e sentir os seus toques. Era tão bom senti-lo e agora, sentir ele duas vezes mais, dentro de mim. E é a luz da minha vida que conforta minha alma e acalma o meu coração, guia-me para o caminho do amor e me faz cometer loucuras. O amor deixa as pessoas irracionais, e eu sei que cometi várias coisas irracionais hoje. Mas em minha defesa, foi em nome do amor!

Ele puxou minha cabeça com as duas mãos deixando o nosso rosto colado, selou nos lábios começando um beijo terno e cheio de paixão; matamos a saudade por um tempinho até uma enfermeira chegar e dizer que o paciente tinha que descansar para fazer novos exames mais tarde. Clarisse e Millie chegaram logo atrás.

#####

Stella Bonasera –“Duvida da luz dos astros,
De que o sol tenha calor,
Duvida até da verdade,
Mas confia em meu amor”, William Shakespeare.   


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Estava com saudade de escrever o ponto de vista dos meus queridos personagens, e nesse capítulo resolvi brincar um pouco com a mente deles, claro, de uma forma legal assim como eu sou (hahaha). E também, eu queria um capítulo menor do que eu estou acostumada a escrever (eu nem consigo...Maldita inspiração, inspiração maldita)! S2.
Aviso: Gente, eu estou querendo dá um tempo para mim para um "crescimento pessoal", eu sei que demorei bastante para chegar até aqui, mas eu não sei se estou pronta para continuar, na verdade, eu quero e vou continuar a escrever Luz e Fogo que é uma das minhas histórias que eu mais amei escrever, e como eu disse eu quero um crescimento pessoal, eu tive o meu tempo como escritora, eu acho que cresci bastante, e aprecio todos os meus erros como os meus acertos. Eu não irei parar de postar em Luz e Fogo, pelo contrário, darei tudo de mim para que a atualização esteja em dia, mas como estou com outra história em andamento eu não sei como irei me dividir, as vezes eu tenho um bloqueio e isso é ruim, por isso em Fallen in love eu irei parar com 2 capítulos (mas não irei finalizar nem deixar a fic). Digamos que Fallen in love vai ficar um tempo em "hiatus". Fora isso, a questão pessoal é mais de mim mesmo, eu estou com dois capítulos já planejados e irei postar semana que vem, e então só Deus sabe quando irei postar novamente. Mesmo assim, não se preocupem, irei garantir de não deixar vocês na mão! A partir da semana que vem eu não sei o que farei para postar, eu preciso de inspiração e não estou achando a minha, novamente irei deixar aqui garantido que nunca, NUNCA irei deixa-las na mão, quando der para eu ficar em frente da tela do PC e a inspiração fluir eu vou escrever até os meus dedos caírem e postarei. Sei que existe várias histórias boas por ai que talvez seja até melhor que essa, não deixem de apreciar a escritas dos outros como a de vocês. Nós sempre temos no crescimento como escritora, e se você gosta do que faz, não desista! Repetindo: Não estou desistindo da fic, muito pelo contrário! Eu posso estar de volta mais rápido do que vocês esperam! Amo vocês ♥♥♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Luz e Fogo (Em Revisão)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.