Luz e Fogo (Em Revisão) escrita por July Beckett Castle


Capítulo 13
Mais uma hora


Notas iniciais do capítulo

Demorou, mas chegou!
É isso aí pessoal, mais um capítulo de Luz e Fogo, e eu estava tão inspirada que fiz grandi.
Mas está aí, tudinho para vocês, porque vocês são os melhores ♥ Amei cada comentário de vocês, obrigado por estarem acompanhando a fic ♥,♥
Era para eu ter postado ontem, mas me deu uma preguiça ~~~ E como vocês são incríveis, eu me esforcei muito para completar esse capítulo, eu estava inspirada, e ainda estou, já estou escrevendo o capítulo 13, e só postarei nessa quinta, porquê estarei muito atarefada amanhã, e terça e quarta eu vou escrever (tentar).
Adoroooo vocês, e, senhorita IZ deixe o Sheldon pra mim por favor, obrigada!
Vou deixar vocês lerem agora, beijoos! =^,^=



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Assim que Stella e Clarisse chegaram em casa foram direto para o banheiro, depois de terem tomado um longo banho foram descansar, Stella dormiu no quarto de Mac, Clarisse ficou no seu quarto mesmo, mas não conseguia dormir, só conseguia pensar em seu pai, se ele acordasse e ela não estivesse junto á ele, ela não queria isso, queria ser a primeira a vê-lo, queria que ele a visse antes de todos quando abrisse os olhos, então fez uma nota mental, ficaria o tempo todo com o pai, esperando que ele acordasse para que ela pedisse desculpas. Foi com esses pensamentos que ela acabou adormecendo, estava exausta. Stella dormiu rápido, estava muito exausta, confusa, e não conseguia digerir tudo que rodava em sua cabeça, estava cansada de mais para isso, então adormeceu assim que deitou na cama.

Quando amanheceu, como sempre Stella foi a primeira a acordar, ela foi até no banheiro, fez sua higiene matinal e saiu para ver Clarisse, ao abrir a porta do quarto de Clarisse viu que a menina ainda dormia, Stella sorriu e saiu devagar para não acorda-la, foi até a cozinha e preparou algumas coisas para o café da manhã delas, quando terminou, voltou para o quarto de Mac separou uma roupa para sair, ela iria ficar com Mac essa manhã para que Millie pudesse descansar. Tudo pronto, ela entrou no banheiro, tomou banho e saiu do banheiro enrolada na toalha, rapidamente se vestiu, fez uma maquiagem rápida e bem básica, fez o cabelo em um coque desarrumado, se olhou no espelho, estava pronta. Ela só pegou sua bolsa depois de ter arrumado o quarto e saiu, quando passava pelo corredor deu uma olhadinha no quarto de Clarisse, ela ainda dormia, então Stella foi para sala colocou a bolsa no sofá e voltou no quarto da menina para acorda-la, sentou-se na borda da cama e sorriu docemente ao observar Clarisse dormir.

– Ursinha.-Chamou com a voz suave, Clarisse resmungou e ela riu. – Nós vamos ver seu pai, vem ursinha, acorda.-Chamou suavemente, a menina abriu os olhos e fez beicinho, Stella riu de novo e a levantou Clarisse fazendo-a sentar-se. – Você quer ver seu pai?-Perguntou Stella. Clarisse acena com a cabeça que sim e faz um beicinho. – Então acorde agora.-Respondeu Stella rindo.

Clarisse bufou, vendo que não tinha jeito e que teria que acordar de qualquer forma, ela levantou-se e foi direto para o banheiro, Stella sorriu vitoriosa, e Clarisse gritou “você roubou Stella!” do banheiro, a grega riu e saiu do quarto para dar privacidade a menina. Stella voltou a cozinha, sentou-se em uma cadeira, tomou um gole de seu suco que estava na mesa e o colocou de volta para ler o jornal que estava lá enquanto esperava por Clarisse. Demorou 20 minutos até a menina entrar na cozinha, estava com os cabelos molhados e despenteados, e não estava pronta. A menina queria fazer uma surpresa para Stella que lia o jornal de costas para ela.

– Demorou, Clarisse!-A morena quem foi a quem surpreendeu a menina que a olhou com a feição assustada. Stella inclinou para trás para ver a reação de Clarisse e sorriu, parecia que Clarisse tinha entrando em estado de choque, estava paralisada. – Não vai sentar?-Perguntou voltando a ler seu jornal, fingindo estar lendo já que não tinha nada melhor para fazer.

Demorou uns segundos para Clarisse se recompor do “susto”, sorrindo foi juntar-se com Stella, pegou seu copo com leite que Stella colocara para ela junto com algumas torradas, olhou para Stella com a sobrancelha levantada. – Como você sabia que eu estava atrás de você?-Perguntou curiosa. Stella sorriu para a menina colocando o jornal de lado para dar atenção a ela.

– Eu sou uma boa detetive. E você não está pronta.-Observou com um olhar de repreensão.

Clarisse fez uma carinha de “anjo”. – Era para eu estar.-Respondeu recebendo outro olhar de Stella. – É que, bem, eu...-Fez beicinho. – Stella, você estar com raiva?-Fez uma vozinha de choro, que fez Stella gargalhar um pouco.

A grega colocou a mão sobre a de Clarisse que estava descansando na mesa. – Linda, eu não estou brava com você.-Garantiu ela. – Mas era para estar pronta a muito tempo, ou você quer que eu escolha uma roupa para você e lhe vista, escove seu cabelo e calce seus sapatos, hã?-Advertiu com a cara engraçada e um sorrisinho no rosto.

Clarisse deu de ombros. – Eu vou me vestir.-Disse ela. – Mas só quando eu terminar o meu café da manhã.-Completou mordendo um pedaço de seu omelete. Stella riu revirando os olhos, apenas deixou a menina, iriam se atrasar mas ela não se importava, só estava um pouco preocupada com Millie. As duas tomaram seus cafés rapidamente para saírem logo, Clarisse vestiu uma roupa para sair, quando estava pronta, as duas puderam finalmente irem embora.

Entraram no carro, Stella dirigindo é claro, e seguiram para o hospital.

Quando chegaram no hospital foram direto para o andar onde Mac estava, agora, em um quarto. Stella não sabia descrever o que estava sentindo, ela iria ver Mac, inconsciente, mas ela iria vê-lo. Clarisse estava tão ansiosa para ver seu pai novamente que não escondeu o sorriso. As duas entraram no quarto e deram de cara com Christine [–PS: Sorriso de Clarisse off], Stella não se importou (ou fingiu que não), entrou no quarto e, muito educada cumprimentou a loira. Apenas Clarisse que não falou com a “noiva” de seu pai, fechou a cara e foi ficar ao lado de seu pai segurando sua mão.

Stella limpou a garganta com o silêncio que ficou no quarto quando Clarisse entrou. – Então, como você passou a noite Millie?-Perguntou Stella.

Millie sorriu, agradecendo a Deus por Stella ter puxado assunto, a situação ficou estranha com Clarisse ignorando a “noiva” ou “ex-noiva” de Mac. – Bem, obrigado!-Disse ela. Stella sorriu.

Novamente o silêncio reinou no quarto, apenas ouviu-se o barulho das máquinas que estavam ligadas á Mac. – Vó, como o papai ficou essa noite?-Clarisse perguntou para a avó.

– Do mesmo jeito querida.-Respondeu Millie docemente para a neta. – Bom!-Disse a menina.

– Acho que eu...-Começou Stella, apontado com o dedo para a porta. – Devo, ir...-Limpou a garganta. – Eu vou pegar um café.-Falou finalmente. – Millie?-Perguntou, o que pareceu mais “vamos sair daqui”.

A mulher entendeu, e também estava querendo um café, então concordou em sair com Stella. – Oh, vamos, eu estou mesmo precisando de um café.-Disse ela seguindo Stella. Antes de sair elas sorriram para Christine. Deixaram Christine e Clarisse a sós, o que não deixou a menina muito feliz. – Stella, acha mesmo uma boa ideia deixar Clarisse com Christine?-Perguntou Millie com um sorriso de diversão no rosto, Stella apenas sorriu sem responder.

Ao chegarem até o elevador, a grega resolveu falar. – Millie, ela precisa aceitar o fato que o pai dela escolheu alguém para viver. Ele pediu ela em casamento.-Falou Stella.

Millie sorriu tristonha, colocou a mão no ombro de Stella. – Mas ele escolheu você, Stella.-Disse ela. Stella sorriu sem mostrar os dentes. – Eu tenho certeza que, assim que ele acordar vai nos dar uma explicação lógica para isso.-Afirmou com certeza, ela esperava por seu filho dizer que tinha acabado com Christine e, se não tivesse acontecido, desse logo um pé na bunda nessa mulher. Sem perceber que Stella observava, Millie fez uma careta, Stella riu um pouco.

– Pensando em que senhora Taylor?-Questionou entrando no elevador que acabara de abrir. Millie riu baixo mas não respondeu.

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POV Mac Taylor

Acordei em um lugar estranho, estava no chão, o lugar era rodeado por árvores, logo á frente tinha uma lagoa. Parecia que era só eu aqui. O que aconteceu?
Senti alguém tocar em meu ombro, olho para trás mas não reconheci quem era, apenas sei que é uma mulher, seu cheiro parece ser de rosas, eu reconheço.

– Mac.-Ela chamou pelo meu nome.

Eu a conheço, tenho certeza que a conheço. – Mac!-Ela chamou novamente, dessa vez ela parou na minha frente, eu pude ver seu rosto.

– Clarie...-Sussurrei seu nome. Como eu poderia estar vendo ela, eu morri? O que estou fazendo aqui?

– Mac, você tem que acordar, a nossa filha precisa de você.-Disse ela. Aos poucos estou me lembrando... Clarisse...

– Onde ela está. Onde ela está, Clarie?-Eu perguntei quase gritando. Estou confuso... Essa dor, parece que eu... Levei um tiro. Só me lembro de estar no mercado com Clarisse, depois estava no chão e, apaguei. – Clar...-Senti o ar indo embora, foi como estivessem sugando toda minha energia, meu abdome dói, parece que estão enfiando agulhas no local onde, eu acho que fui atingindo. – Vai ficar tudo bem, você está voltando.-Ouvi ela dizer. – Não é sua vez ainda, Mac.-Foram as ultimas coisas que eu ouvi antes de apagar novamente, tudo ficou escuro, eu não sentia meu corpo, mas estava ouvindo algumas pessoas falar. Não consigo mexer meu corpo, nem abrir meu olhos.

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Clarisse se aproximou do seu pai, e revirou os olhos. – Poupe-me Christine, você é maluca.-Reclamou a menina depois de ouvir a mulher dizê-la sobre seu pai, sobre os três serem uma família, sobre o casamento que ela e Mac teriam e ela ser a mãe de Clarisse. – Podemos encerrar aqui, por favor.-Pediu a menina.

A loira apenas concordou e resolveu sair do quarto, quando abriu a porta deu de cara com Jo, as duas trocaram olhares de desprezo, e seguiram em frente como se não tivessem se encontrado.

Quando Clarisse virou-se para a porta deu de cara com Jo, ela abriu um maior sorriso e foi abraçar Jo. As duas ficaram um tempo abraçadas, mas logo se distanciaram. – Como você está?-Perguntou Jo.

Clarisse sorriu. – Bem, e você?-Perguntou de volta.

– Bem.-Respondeu Jo. Elas sorriram e foram sentar-se no sofá para conversarem. Clarisse contou para Jo sobre o pai, e coisas aleatórias.

Elas conversaram por um tempo até Stella voltar ao quarto, as duas mulheres mais velhas se cumprimentaram e ficaram conversando, Clarisse ficou entediada com a conversa das mais velhas e começou a conversar com a amiga pelo celular, a melhor maneira que ela entrou do que ficar só ouvindo as mulheres falarem de coisas que ela não entendia.

– As coisas no laboratório estão tão agitadas, eu quero demissão.-Brincou Jo fazendo uma careta de choro. Stella riu.

– Você consegue.-Afirmou Stella, ela fez uma careta lembrando dos tempos quando trabalhava com sua antiga equipe. – Eu acho.-Completou brincando.

Jo riu, deu um tapinha no ombro de Stella e fez uma careta. – Eu me sinto como se fosse mãe de todos lá, eles são tão...-Ela não sabia o que falar. Stella concordou mesmo sem Jo precisar terminar.

Clarisse começou a observar o seu pai, esqueceu que estava conversando com as amigas por mensagem, e não ouvia o que Stella e Jo falavam, ela apenas ficou observando seu pai adormecido na cama do hospital na esperança que ele faça qualquer movimento ou acorde, ela precisava ver, precisava que ele mostrasse que estava vivo, que iria voltar para ela, que tudo seria como antes, mas que ele acordasse. Por mais que seu subcociente dizia-lhe para que esperasse mais, ela estava nervosa e muito ansiosa para ver o seu pai com vida novamente, precisava disso para não se sentir-se mais culpada. Ela respirou fundo, fechou os olhos por um segundo e voltou a atenção em seu pai, vários pensamentos passavam pela sua cabeça. Seu pai estaria sonhando? Será que estava com medo? Ela estava com medo, mas não sabia sobre o seu pai porque ele estava praticamente morto. Uma lágrima caiu de seus olhos, ela deixou rolarem pela sua face, sem se importar, ela chorou em silêncio, não queria chamar atenção. Suspirou com vontade de soluçar, mas segurou novamente, sua respiração estava ficando forte, mas mesmo assim continuou em silêncio. Então ela viu. Ela tinha certeza que o que estava vendo era real. Seu pai havia mexido, ela viu, ela viu quando ele tentou levantar o dedo, ou algo assim. Sentiu uma pontada de esperança, poderia parecer loucura, mas ela sentia. Era real.

– Stella...-Inclinou-se para trás para ver Stella. Quando a grega viu os olhos da menina vermelhos e as lágrimas molhando seu rosto, ela se desesperou, pedindo a Deus que não fosse outro ataque de pânico, ocorreu muito desde quando ela viu seu pai levar um tiro bem na sua frente, ela não saberia como enfrentar se isso ocorresse de novo.

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POV Mac Taylor

Senti que estava flutuando, como se estivesse submerso e caindo, tentei abrir os olhos, mas sentia que estava cada vez mais afundando. Quando abri os olhos vi alguns rostos, mas estava embaçado, foi quando me dei conta que estava afogando, e precisava respirar. Se tudo isso é um sonho, porquê parece tão real?

Nadei até a superfície, quando cheguei lá pude respirar, estava engasgado com a quantidade de água que engoli, senti duas mãos no meu peito. Olhei para os meus dois lados, não consegui ver seus rostos, mas deu para ver o lugar onde eu estava, parecia que eu estava em uma banheira, olhei para porta e vi uma menininha correndo com um lindo sorriso no rosto, outra pessoa correu na direção em que a menina foi, era uma mulher, seus cabelos eram cacheados batendo no ombro.

– O que...-Eu tentei falar mais as palavras não saiam.

– Você tem que voltar, Mac.-Alguém falou. Eu tentei protestar, mas eu estava de volta dentro da água, agora a decida estava rápida, eu tentei voltar, mas não consegui. Tudo ficou preto de novo.

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Stella se aproximou para ver se Mac havia se mexido mesmo ou se era apenas uma impressão de Clarisse, ele não moveu nada, sem sinal de que ele estaria acordando. Segurando a mão dele, Stella olhou para Clarisse rapidamente e voltou seu olhar para Mac, seus olhos estavam vermelhos, ela queria que fosse verdade, queria que Mac estivesse mesmo acordando, que ele estivesse agora com os olhos abertos. Ela fez tudo isso por Clarisse, quando a menina falou para ela e Jo o que viu, só um pensamento lhe veio a cabeça, o que mais ela queria, não decepcionar Clarisse. Stella apertou a mão de Mac levemente, deixando algumas lágrimas caírem ela sussurrou algumas coisas para ele.

– Mac, amor, eu sinto tanto a sua falta.-Ela fungou. – Nós sentimos.-Completou olhando para Clarisse. Como se o que ela falasse seria de importância, que com suas palavras iria se resolver, mas só serviam para Clarisse, ela precisava mostrar para a menina que ainda existia esperança, que ela ainda tinha fé que Mac acordaria. Era estranho falar com uma pessoa que não poderia ouvi-la, era como se ela estivesse falando com o nada.

Clarisse olhou para Stella esperançosa, ela viu a mulher mais velha chorar, e ela não sabia se era por causa dela, ou por causa de seu pai. Mas queria acreditar que seu pai estava acordando, queria mesmo, porque não sabia como viver com a culpa corroendo por dentro, toda vez que olhava para o corpo adormecido do pai ela lembrava do dia em que o viu cair no chão ensanguentado, o som da arma disparando a assustava toda vez que fechava os olhos, ela ainda podia ouvir, era como se estivesse lá novamente.

Stella voltou o seu olhar para Clarisse, a encarou por um curto tempo e suspirou, caminhou até a menina e pegou as mãos da garota segurando firmemente. Clarisse olhou nos olhos de Stella, sem expressão, ela queria decifrar o que a mulher á sua frente estava pensando. – Baby, você deve estar cansada, talvez seja melhor...-Começou Stella. Já sabendo o que a mulher iria dizer, Clarisse tratou-se logo de interrompe-la.

– Eu sei o que eu vi.-Afirmou convicta, sua voz quase em sussurro. – Acredite em mim, Stella, por favor.-Pediu com medo. Tinha medo de Stella achar que estava ficando louca, e também, não queria ficar longe do pai, queria ser a primeira que ele visse quando acordasse.

Stella não estava convencida, a menina estava cansada, precisava de um tempo, mas não via isso, Stella queria ser a quem ajudasse Clarisse, mas a menina era teimosa de mais. – Tudo bem. Só mais alguns minutos, ele não vai sair daqui.-Propôs Stella na tentativa de convencer a garota.

Clarisse ficou em silêncio. Será que Stella não a entendia. Pensou a garota. Jo se aproximou delas para tentar convencer Clarisse, ela viu o que a menina passou, não queria que tudo se repetisse. – Mel, eu tenho certeza que a primeira pessoa que seu pai vai querer falar é você.-Afirmou Jo, não sabia se convenceria a menina, mas ela tentou. Stella sorriu para Clarisse confirmando. A menina hesitou. – Ok.-Respondeu enfim, só respondeu porque sabia que o que elas queriam era o melhor para ela, mas ainda queria ficar com o pai.

Elas ficaram lá por mais vinte minutos, Jo foi a primeira a ir embora, em seguida foram Clarisse e Stella. Clarisse ainda ficou pedindo para ficar mais um pouco, mas Stella a convenceu de ir. As duas desceram de elevador e foram direto para o estacionamento, Stella tirou da bolsa as chaves do carro, destravou o veículo e entrou junto com Clarisse. Suspirou olhando por fora da janela do carro, Clarisse estava inquieta, não parava de roer as unhas, Stella notou. Era um hábito que a menina adquiriu quando ficou mais velha, toda vez que estava tensa ou nervosa, roia a unha. Stella queria falar alguma coisa, mas ao invés disso deu a partida no carro e dirigiu sem dizer uma palavra para Clarisse.

Continuaram em silêncio todo o caminho, Stella parou em frente do prédio de Mac, olhou para Clarisse e suspirou. – Clarisse, eu preciso ir a um lugar.-Avisou ela. – Você está bem?-Perguntou.

Clarisse não respondeu nada, apenas balançou a cabeça dizendo que sim, e saiu do carro. Stella assistiu a menina entrar no prédio e sentiu um aperto no peito, uma lágrima caiu de seus olhos, ela limpou e deu a partida do carro antes que desse mais vontade de chorar. Stella dirigiu até a delegacia, parou em frente e permaneceu dentro do carro, batia os dedos freneticamente no volante. Uma pessoa bateu na janela do carro, Stella abriu a porta do passageiro ao seu lado, e um homem entrou, ele segurava uns papéis nas mãos, olhou para Stella como se esperasse uma aprovação, ou quisesse perguntar se ela tinha certeza, ela acenou com a cabeça positivamente, estava confiante sobre o que estava fazendo. Ela ligou o carro de novo e saiu de lá, dirigiu pelas ruas de Nova York como se nunca chegasse ao seu destino, em um silêncio perturbante, ela mal olhou para o homem sentado no banco ao seu lado, só podia ouvir o som perturbador fora do carro, as pessoas andando para lá e para cá, carros lotando as ruas, a poluição sonora a perturbava mais que antes, ela queria paz, queria pensar direito, mas estava distraída com o barulho chato das buzinas dos carros.

Ela entrou em uma rua estreita, menos carro, menos barulho. O homem sentado ao lado dela a olhou nervoso, ela olhou para ele e acenou confiante, mesmo nervoso ele acenou com a cabeça, estava preparado, ela mais que ele. Quando o carro parou, eles se entreolharam novamente. – Tem certeza disso?-Perguntou o rapaz. Stella não respondeu com palavras, saiu do carro e parou ao lado da porta, o homem entendeu a resposta como um “sim” e também saiu do carro, ele caminhou até Stella e parou ao lado dela, eles ficaram esperando por alguns minutos. Stella checou os papeis que estavam nas mãos do homem ao seu lado, depois os jogou dentro do carro.

Cinco homens se aproximaram do carro preto parado no meio do beco largo, era um bairro perigoso, eles eram perigosos. Se perguntavam o quê uma mulher como Stella fazia ali? E o homem que estava com ela; parecia tão assustado. Definitivamente não vieram comprar drogas, e não pareciam tiras. Eles se espalharam, um ficou parado do lado esquerdo, outro do lado direito, os outros três continuaram a andar até Stella e o homem ao seu lado, um estava mais na frente, o que Stella deduziu ser o que mandava, os outros dois ficaram menos de quatro metros atrás dele.

– O que uma dama como você faz aqui?-Questionou o homem maior, que parou bem na frente dela.

Stella riu debochando.

– Querido, eu não sou uma donzela em perigo que precisa de seguranças.-Zombou olhando para trás para os quatro homens de preto, não pareciam seguranças, mas Stella deduziu que eram.

O homem alto sentiu seu sangue ferver, Stella zombou dele, o que o deixou com raiva. – O que você quer?-Questionou com ignorância.

Stella o encarou por alguns segundos, estendeu a mão para trás, o homem que veio com ela entrou-lhe os papeis. – Martinez, certo?-Perguntou com um pouco de ironia. Ele não respondeu. – Tudo bem. Eu estou aqui porque uns dos seus ‘parsas’ trabalha no hospital onde um policial está internado.-Disse ela. – Então, eu só vou perguntar uma vez. Onde está Tom Ross?-Questionou ela.

– Você é um deles.-Afirmou com uma cara não muito boa. Assim que ouviram seu chefe falar, os quatro homens puxaram suas armas da cintura.

Novamente, o som da risada debochada de Stella foi ouvida. – Faça-me rir!-Gritou ela. – Mas pode ter certeza, se eu fosse policial, eu já teria encontrado seu amigo, e eu mesma o mataria.-Ameaçou ela. – O detetive que está em uma cama de hospital é o homem que eu amo. Mas se você quer saber, é, eu sou uma policial. Mas aqui, eu sou só uma turista.-Disse ela. – Eu quero lhe propor um acordo.-Pediu.

– Que acordo?

Stella suspirou. – Me entregue o seu amigo, e eu finjo que essa conversa nunca aconteceu.-Falou ela.

Ele riu. – E se eu não quiser?-Falou com um sorriso no rosto.

Stella deu um sorrisinho de canto para ele. – Com uma ligação, você e seus amigos estão mortos.-Ameaçou ela. – E você tem alguns minutos para pensar até a policia chegar aqui.-Avisou. Ele arqueou a sobrancelha. Parecia nervoso agora com a menção que Stella fez da polícia. Ela cruzou os braços sobre a barriga esperando uma resposta. – Os tiras ficariam satisfeitos com a sua prisão, e eu,-ela riu com ironia-, vou poder vê-lo chorar feito uma menininha quando estiver na sala de interrogatório. Meu amigo não tem um histórico muito bom quando se trata de gentinha como você.-Stella cuspiu as palavras. Ela precisava jogar sujo, ameaçar, como tinha dito para Flack, ela iria fazer o que for preciso para ajudar no caso.

O homem era mais forte que ela, intimidador, mas estava sendo intimidado por uma mulher, mais magra do que ele, mais fraca, e ele realmente não gostava disso. – O quê você acha que é?-Seus olhos estavam vermelhos de raiva, seu sangue fervia. – Eu vou matar você!-Gritou com raiva, seus parceiros apontaram suas armas para Stella e o homem magro ao seu lado.

– Resposta errada.-Falou calmamente apesar da situação, ela poderia estar até acostumada com uma pessoa apontando uma arma para ela, mas tinha vários deles, mesmo assim, ficou calma. Já o seu amigo ao lado, estava tremendo feito uma criancinha com medo do escuro, ele não era policial, e não estava acostumado com ninguém apontando uma arma e ameaçando tira-lo a vida.

Eles ouviram o barulho alto das sirenes se aproximando, eles não tinham para onde correr. Até tentaram pegar Stella, mas ela estava segurando uma arma. E rapidamente, uns policias já pegaram suas armas, tinham atiradores nos telhados. Um deles iriam atirar em Stella, mas ela foi mais rápida e atirou em sua perna. Os oficiais rendaram os cinco homens, e Stella foi até Jo.

– Ele não falou nada.-Disse Stella um pouco cabisbaixa. – Agora está com vocês.-Falou isso e saiu de lá. Jo tentou chama-la, mas ela não ouviu e continuou a se afastar. Ela estava cansada, e queria ir para casa, mas seu carro ainda estava naquele beco, ela teria que ficar por lá até a polícia liberar o local.

Stella caminhou até o outro da lado da rua, estava cansada, e precisava sentar-se. Logo a frente viu uma cafeteria, seria quente e confortável, ela poderia sentar e pensar um pouco. Então ela foi até lá, sentou-se uma mesa livre, e esperou que alguém viesse até ela, só não esperava que fosse Jo. A morena sentou em frente a Stella assim que a viu, ela começou a segui-la depois que Stella saiu de sua vista, e bem, Stella não tinha ido muito longe, então foi mais fácil para ela.

Stella deu-lhe um olhar interrogativo. – O que faz aqui?-Questionou.

Antes que Jo pudesse responder qualquer coisa, uma garçonete aproxima na mesa onde elas estavam. – Vão querer alguma coisa?-Perguntou a loira em seu uniforme de garçonete, ela tinha uma bloco de papel e uma caneta em mãos para anotar os pedidos dos clientes.

Olhando para cima, Stella não disse nada para a mulher esperando que ela pedisse alguma coisa, mas Stella voltou o seu olhar para Jo. – Um expresso, por favor!-Pediu Jo, mantendo seu olhar em Stella como se estivesse tentando ler a sua mente.

– Só uma água para mim.-Foi o que Stella pediu, ela não queria café ou qualquer coisa, ela só sentou ali para pensar, mas já que estava lá, pelo o menos pediria algo. – O que você faz aqui?-Pediu novamente quando a garçonete desapareceu da vista delas.

Jo limpou a garganta antes de começar. – Eu te segui.-Respondeu obviamente encolhendo os ombros. Stella deu um revirar nos olhos.

– Disso eu sei.-Falou Stella. – Eu quero saber o porquê?-Pediu novamente.

Respirando fundo, Jo resolveu falar. – Você está estranha. Será que foi uma má ideia eu te colocar nessa operação?-A pergunta foi mais para ela do que para Stella, Jo estava insegura sobre colocar Stella para fazer algo tão perigoso, e quando ela foi conversar com Stella mais cedo esperava um não, mas a grega convenceu que podia fazer isso, e ela conseguiu. Mesmo assim, foi uma operação arriscada, e Stella não poderia estar lá.

Mordendo o lábio inferior, Stella respondeu. – Jo, eu disse-lha que, não importa o perigo, se for para descobrir quem pôs Mac naquela cama de hospital eu faço.-Afirmou verdadeiramente. Qualquer coisa para ajudar na investigação ela iria fazer, ela devia isso, ao amor da sua vida. Não que ela via como dever obrigatório, mas era pessoal para ela, chegou um momento que ela quase perdeu o único homem que amava, e ela queria botar na cadeia quem fez isso com ele.

Jo não respondeu nada, ela não tinha nada para falar na verdade.

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Mac Taylor – “No fundo, morrer não seria nada. O que não suporto é poder não saber como terminará.”
(A.Amurri)


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, não ficou lá essas coisas né, mas...
Eu já estou escrevendo o capítulo 13, estou cheia de planos para a história, e, se der certo, eu postarei logo.
Stella é diva de mais *w*
Vamos esperar Mac acordar para ele dar um pé na bunda da vadi**Christine...
Tchau gente LINDA. =^,^=
Eita, esqueci. Feliz ano novo! Awn, nesse ano novo quero convidar á vocês para o meu casamento com.... :( Sheldon? Né? Por favor? lkkkk, eu tomei água de retardada hoje, não liguem. =^,^= Beijossss



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