Who are you? escrita por Diego Wayne, Ponciano


Capítulo 30
That's me


Notas iniciais do capítulo

Olá.
Acredito não ter demorado tanto quanto das outras vezes, mas estive um pouco ocupado nas últimas semanas para poder atualizar a história, mas aqui está um novo capítulo que eu espero que vocês gostem.
Obrigado por continuarem acompanhando e comentando a fanfic.



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Pov Oliver Queens

Os heróis que estavam no meu esconderijo se revezavam para contar o que estava acontecendo, como Waller queria reativar o projeto CADMUS e que para isso ela precisava de Megan Thompson, ou melhor da minha Felicity, e qual era o papel da Liga dos Assassinos nisso, e como antigamente os dois tinham uma parceria que foi renovada já que eles tinham um objetivo em comum, capturar Felicity.

— A questão da Liga das Sombras é um pouco mais complicada, eles querem restaurar a ordem que os últimos confrontos abalaram e para isso eles precisam lidar com todos que contribuíram para isso. _ O Batman mostra algumas fotos do conselho da Liga reunido.

— Você, eu, Thea, Malcolm, Tommy, Bruce, Felicity e Damian. É uma lista até grande. _ Sara disse dando de ombros. – Mas claro alguns são mais importantes que outros. _ Ela tira o garoto de cabelos pretos que eu assumo ser Damian de perto do meu arsenal de flechas.

— Já tínhamos feitos algumas dessas conexões enquanto procurávamos por Felicity. _ Laurel apontou para um quadro em que mantínhamos as informações que conseguimos sobre o seu desaparecimento.

— Sobre isso, por que estavam me procurando? Eu não sumi, vocês sabiam para onde eu tinha ido. _Ela parecia intrigada. - Eu achei que tinha feito a saída perfeita, com todos com raiva de mim pela minha traição ninguém iria tentar me localizar tão cedo.

— A questão sempre foi o porquê você saiu. Eu nem por um segundo comprei aquela história que você tinha traído Oliver. _ É claro que Diggle não ia acreditar, ele estava lá desde o início da nossa história, sabia como nós no amávamos.

— Foi apenas uma armação, eu fingi namorar Bruce para ter um motivo para ir embora. _ Felicity é rápida em explicar quando recebe um par de olhares estranhos das crianças.

— Nojento. _ As crianças comentam baixinho enquanto fazem uma careta.

— Para nossa sorte, Curtis também não acreditou na sua história e como maior fã de Olicity, ele conseguiu provas que as fotos eram uma armação e que você nunca saiu de Star City quando sumiu. _ Roy deu um meio sorriso para a irmã ao contar sobre como foi seu amigo que nos deu as primeiras pistas para o mistério.

— Olicity? _ Barry compartilhou um sorriso travesso com Hal. – Eu preciso conhecer esse cara, talvez eu entre para seu fã clube. _ Eu lancei um olhar assassino para ele e Felicity balançava a cabeça não acreditando nas piadas que Barry e Hal estavam fazendo sobre o assunto.

— O plano era trazer Felicity para casa e mantê-la segura, mas houve alguns contratempos e Amanda descobriu aonde Orion estava com Hayle antes de Diana poder chegar até ela. Orion é um homem muito inteligente, deixou Hayle em segurança enquanto levava Waller para longe do seu rastro. _ Com as informações que Bruce dá eu entendo o que levou Felicity a Burbank e o temor de Sarah em relação a Amanda.

— Tinha muito coisa acontecendo na época e eu não queria chamar a atenção de ninguém, então eu mesma fui buscar Hayle em Burbank.  Achávamos que tinha dado tudo certo quando fomos encurralados na estrada. A Liga tinha nos cercado, eram muitos e eu e Dick tentamos lidar com eles, mas falhamos, por sorte conseguimos reforço. _ Felicity aponta para Hal e Kara que agora está com Caitlin e a garotinha.

— Mas nós os subestimamos e você e Hayle se feriram. _ A voz de Hal era baixa e grossa agora, a primeira vez que ele estava sério desde o início de tudo isso, era possível perceber a culpa que ele sentia em suas palavras.

— Não foi culpa de vocês Hal, achamos que tínhamos os derrotado, não tinha como prever o que aconteceu a seguir. _ Felicity tenta aplacar a culpa do Lanterna.

— Elas foram baleadas e foi assim que eu e Caitlin fomos incluídos nessa história. _ Assim que assimilo as palavras de Barry, meus olhos correm o corpo de Felicity a procura de algum vestígio de que ela ainda estava machucada.

— Não nos levem a mal, mas tentamos restringir ao máximo o número de pessoas envolvidas, para a segurança de todos. Se Felicity e Hayle não estivessem correndo risco de vida, Dick nunca teria pedido a ajuda do Kid Flash, ou da senhorita Snow. _ Superman é sempre calmo e diplomático, tentando manter a situação sobre controle.

— Wally teve trabalho para levar todos nós para longe de Central City , a situação já estava muito estranha quando Caitlin me ligou e me pediu para voltar para o Star Labs. _ Barry falava enquanto se alternava entre olhar para nós e para as crianças com que ele estava conversando.

— Eu acho que me lembro de Cisco comentar algo comigo, sobre uma pegadinha que o Lanterna Verde pregou em vocês e como ele iria manda-lo para uma dimensão estranha, onde tinha um pato como super herói? _ Roy terminou parecendo meio em dúvida sobre algo.

— Era um super coelho e por isso eu pretendo manter distância de Central City por tempo indeterminado. _ Hal tinha uma carranca e os braços cruzados.

— O que você fez ajudou a salvar a vida delas, não a nada para se envergonhar por isso. Vocês fizeram bem confiando neles, quem sabe quais seriam os resultados se tivessem agido diferente ou se fossem outras pessoas a terem que decidir o que fazer. _ As palavras de Bruce parecem ser uma surpresa para todos, menos para Felicity que dá um pequeno sorriso.

— Quando tudo foi resolvido, elas voltaram para Gotham acompanhadas da doutora Snow e Kara como reforço. E nós fomos para lá o mais rápido que pudemos. _Diana termina de narrar a história.

— Você esteve em Central City, apenas algumas horas daqui. Você podia ter ligado, nós estaríamos lá o mais rápido possível. _ Roy parecia chateado agora.

— Eu sei disso, é por isso que eu liguei. Eu não queria vocês lá. _ Roy agora parecia um cachorro que acabará de ser chutado. – Eu queria vocês longe, em segurança. Já haviam pessoas demais envolvidas, e todas elas agora são um alvo. Eu fui embora porque eu não podia pedir vocês que colocassem suas vidas em risco por mim. Tudo bem que tudo o que fiz foi inútil porque eles vieram atrás de vocês da mesma forma, e todo meu plano perfeito foi por água a baixo, mas vocês ainda estão vivos, por isso eu acho que tomei a decisão certa ao ir embora. _ Felicity fala com uma certeza que eu poucas vezes vi.

— Nós descobrimos qual é o plano deles, ou melhor o plano de Lex Luthor. Ele quer criar seus próprios metahumanos. _Bruce é quem quebra o silêncio e retoma a conversa.

— Como? Ele tem um acelerador de partículas como o da Star Labs? _ Laurel arque-a as sobrancelhas em dúvida.

— Uma explosão de matéria negra não é a única forma de dar poderes a alguém senhorita Lance. _ Superman diz do seu lugar ao lado de Diana.

— Eles conseguiram replicar o mirakuru? _ Roy parece assustado com essa possibilidade devido aos seus traumas passados.

— Não exatamente. O mirakuru é muito instável. _ Ela para um pouco para pensar. - O que o CADMUS pretende é forçar a evolução humana, criando uma espécie de supersoldados. _ Caitlin tenta nos explicar, se atrapalhando um pouco com as palavras.

— Controlados pelo Luthor. _ Diggle diz entre os dentes fechando as mãos em formato de punho.

— Exatamente. _ Hal afirma imitando a reação de Diggle. – E é por isso que não podemos permitir que aconteça.

— Mas isso é possível? _ Roy olha de um lado para outro esperando uma resposta.

— Infelizmente sim. _ Diana confirma e eu começo a entender as proporções da situação em que estamos.

— E como vocês sabem? _ Laurel é quem pergunta ainda um pouco incrédula, de todos nós ela é a que menos tem experiências com coisas fora do normal.

— Porque já foi feito antes. _ Os olhos dos nossos visitantes se viram para Felicity e eu tento entender o que isso significa.

— Lex ainda não tem a fórmula, mas isso não significa que ele nunca vai ter. Ele irá continuar tentando, a custa de vidas inocentes. _O tom de voz de Clark me surpreende, aparentemente é um assunto muito pessoal para ele.

— Nós iremos destruir os laboratórios aonde Luthor faz suas experiências. _Kara vai até os computadores e logo uma série de nomes e locais aparecem nos monitores, e em algumas fotos é possível ver os laboratórios.

— E eu irei até Nanda Parbat para conversar com a Liga, eles não querem que o mundo entre em colapso, conheço Ra’s Al Ghun, talvez eu possa convencê-lo que o combate não é a melhor solução. E é aí que vocês entram. Como foi dito anteriormente meus parceiros foram atacados, Gotham não é mais segura para eles. Nós precisamos saber que enquanto estávamos lá fora, eles estarão protegidos. Waller não irá desistir, CADMUS é sua vida e ela fará tudo para ter o controle. _ Bruce parece preocupado o que me deixa um pouco aflito, ele não era de deixar transparecer muitas emoções, Amanda era um perigo a ser reconhecido, ela tem o costume de eliminar qualquer um que se coloque em seu caminho.

— Star City é minha cidade e ninguém ameaça ela ou as pessoas que estão aqui sem antes ter que passar por nós. _É a primeira vez que eu falo durante toda a conversa e minha voz saí mais grossa e dura do que eu pretendia.

— Era isso que eu esperava de você. _Bruce vem até mim e me estende a mão e eu a aperto recebendo um agradecimento dele com um aceno de cabeça.

Eu me mantive no canto da sala enquanto todos conversam, vi Thea e Roy interagindo com a menina e o garoto loiro, Sara e Kara conversavam com o outro garoto, Tommy e Laurel já estavam fora de vista. Diggle e Felicity falavam com os outros.

— Eu acho que já está tarde. Todos tivemos um longo dia, acho melhor descansarmos e nos reunimos pela manhã. Meu apartamento tem espaço para todos se quiserem ficar. _ Eu digo depois de mais meia hora de conversa, eu precisava ficar sozinho para pensar.

— Oliver tem razão, já está tarde e já passou da hora das crianças dormirem. _ Sara concorda comigo e eu a agradeço com o olhar.

— Ei, não temos horário de dormir. _ O garoto loiro reclama.

— Eu não estava falando de vocês Connor._ Sara diz apontando para Hal e Barry que cochilavam em suas cadeiras arrancando risos dos outros.

— Aceitaremos sua oferta Oliver, será melhor se ninguém souber que estamos na cidade, será algo difícil de explicar. _ Clark diz e eu penso em como nós poderíamos explicar o que um bilionário, dois jornalistas, um força aérea, uma princesa, um csi, uma médica e duas pessoas que presumidamente deveriam estar mortos fazem juntos.

— Thea você pode leva-los até lá? _Eu digo lhe jogando a chave para o meu carro.

— Claro, mas e você? _ Ela me indaga sem entender.

— Eu irei depois. _ Ela entendeu o recado e liderou o caminho para a saída.

Assim que todos estão fora de vista eu grito e derrubo tudo o que havia na mesa, ainda grunhindo de raiva eu viro as macas e procuro meu próximo alvo. Eu estou frustrado, como eu pude deixar tudo isso passar? Como eu não descobri antes o que estava acontecendo? Ela poderia ter morrido, quer dizer elas poderiam ter morrido e talvez eu nunca ficasse sabendo porque era teimoso demais para ver o que estava na minha frente. Felicity me amava, ela deu mais provas que o necessário, eu nunca deveria duvidar disso, e mais uma vez ela mostra que é uma pessoa melhor que eu, a ir embora apenas para nos manter seguro. Mas ela cometeu o mesmo erro que eu, achar que precisa lidar com o peso do mundo sozinha, ela poderia ter confiado em mim, eu a ajudaria, eu a protegeria, eu faria tudo por ela. Faria mesmo Oliver? Ou você iria surtar por ela ter mentido para você, ou a acusar por todas as coisas que ela já fez sendo que foi ela quem fez você encontrar outra maneira. As perguntas vão surgindo na minha cabeça e eu vou ficando ainda mais frustrado quando eu não consigo saber qual seria a resposta, eu começo a socar o saco de areia, cada vez mais forte.

Eu ouço um barulho e em segundos eu já estou com meu arco nas mãos e uma flecha apontando para o invasor.

— Oi, calma sou só eu. _ Felicity está parada com os braços levantados e eu suspiro aliviado abaixando meu arco.

— Eu poderia ter atirado em você. _A repreendo.

— E acho que eu poderia ter merecido. _Ela se aproxima lentamente de mim, brincando com as mãos e evitando meus olhos.

— Felicity. _ Minha voz sai quase como um sussurro, ela não poderia estar falando sério.

— Não Oliver, eu menti para você, depois de brigar inúmeras vezes por você não me contar as coisas.

— Eu entendo Felicity. A ilha também foi um tempo traumatizante para mim. _ Eu sorri tentando lhe passar segurança, queria que ela visse que eu entendia o porque dela ter ido embora.

— Eu acho que você não entende Oliver. Não é apenas sobre traumas do passado. _ Ela continua a evitar meus olhos, como se não pudesse me encarar.

— Então porque você não me conta?_ Eu seguro suas mãos e a encaro, eu quero que ela confie em mim para me deixar saber o que aconteceu com ela.

— Achei que tinha feito sua própria pesquisa sobre mim. _ Ela sorri tentando mudar de assunto andando para aonde estava o quadro de informações.

— Eu não me importo para o que achamos, eu quero saber por você o que aconteceu. Quem é Felicity Smoak. _ Eu a seguro pelos braços olhando diretamente para seus olhos.

— Você sabe quem Felicity Smoak é Oliver. Ela é a garota do IT, que não tem um filtro para o que fala, que sempre vê o lado bom da situação, tem uma tendência a tornar momentos sérios em constrangedores, e o mais importante, ela ama você. _ Ela acaricia meu rosto e eu fecho os meus olhos tentando gravar no meu cérebro a sensação de estar com ela.

— Não, não é só isso, ela também é Megan Thompson a lenda do mundo dos espiões, ou Cassandra Sandsmark a gênio da engenharia de computação de Harvard, e sei lá quem mais ela é. _ Eu me afasto ao abrir meu olhos e ver uma foto de um arquivo de missão de Megan que está no quadro.

— Não, nenhuma delas sou eu, nunca foram. _ A tristeza era nítida em sua voz.

— Então quem é você? _ Eu pergunto quase em uma suplica.

— Olha Oliver. _Ela parece pensar, começa a falar várias vezes, mas depois volta atrás.

— Você sabia? _ Eu agora estou de costas para ela, e de frente para o quadro.

— O que? _ Ela diz sem entender o que quero dizer.

— Você conhecia Sandra, a conhecia a anos. Você sabia? _ Eu aponto para uma foto de Sandra e Alan.

— Sim, eu sabia sobre Connor. _ Ela dá um longo suspiro e confirma algo que eu temia.

— Como você pode não me falar? Eu tenho um filho Felicity, um que eu poderia nunca ter conhecido se metade do mundo não estivesse tentando te matar. _ Eu grito com ela enquanto ando de um lado para o outro.

— Não é simples assim Oliver. _ Ela tenta me acalmar.

— Como não? Você não poderia ter escondido meu filho de mim, MEU filho. Mas eu acho que você não entende o quanto isso significa para mim, você abriu mão da sua filha, ela esteve por anos passando de mão em mão. _ Tudo o que sinto é o impacto da sua mão em meu rosto e eu dou alguns passos para trás até recuperar o equilíbrio, então sinto o gosto de ferro na minha boca e percebo que seu tapa causou um corte na minha boca.

— Você é um idiota ou o que Queen? Ela abriu mão da vida dela para te manter seguro e você ainda acha que tem o direito de falar. _ O garoto de cabelos pretos está encostado no batente da porta olhando o chão enquanto fala, e quando ele me encara eu sinto um calafrio percorrer meu corpo. – Eu ainda estou tentando entender o que ela viu em você, porque sinceramente para mim você é só um estúpido, arrogante que acha que é o dono da verdade. _ Ele vem caminhando na minha direção. – E eles ainda acham que você é capaz de protege-las, que piada, garanto que não dura nem cinco minutos contra mim. _ Então ele está na minha frente, olhando para cima para poder me encarar.

— Damian, você deveria estar com os outros. _ Felicity tira o garoto de perto de mim e se abaixa até estar na sua altura para poder conversar com ele e posso ver como ela está cansada.

— E você não deveria deixar ele falar dessa forma com você Licity. _ Ele diz e desvia seu olhar para mim numa tentativa de parecer ameaçador, mas ele é apenas uma criança.

— E quem é você? _ Eu cruzei os braços olhando para ele em um desafio.

— Eu sou Damian Wayne, filho de Bruce Wayne e Talia Al Ghun, neto do grande Ra’s Al Ghun , herdeiro do demônio. _ Ele fala com imponência, como se aquilo devesse me assustar ou ter algum efeito sobre mim.

— É eu também já fui uma vez. _ Eu digo fazendo pouco caso das palavras do garoto.

— Damian é meu afilhado. _ Eu então passo a encarar Felicity.

— Como? _ Não fazia sentindo algum ela ser madrinha do neto de Ra’s Al Ghun.

— Alguém ainda te leva a sério como herói? _ O garoto não olha para mim, ele está analisando uma das minhas flechas. – Porque você fica tão centrado em você que não consegue enxergar as evidências. Meu pai deve ter ficado abalado com o que aconteceu com os Robin’s, ou alguém deve ter lhe acertado muito forte na cabeça, só assim para ele achar que você tem alguma habilidade ou que é bom o bastante para elas.

— Bruce é meu irmão mais velho, minha mãe teve um caso com Thomas Wayne. _ Essa era a conexão entre eles que não conseguimos encontrar, e eu nem tento disfarçar minha cara de surpresa.

— Era por isso que você estava no enterro dos Wayne. _ A garotinha no fundo da foto era mesmo ela.

— Em menos de dois anos eu perdi minha família duas vezes, e a culpa foi minha. _ Eu vejo uma lagrima cair e parte meu coração.

— Felicity eu sinto muito, você era apenas uma criança. _ Eu tento me aproximar dela, mas ela se afasta.

— Há muito que você não sabe Oliver, mas a Felicity que você conhece, ela é quem eu realmente sou, quer você acredite ou não. _ Ela se afasta de mim, indo em direção a saída. – E já que se deram bem, você pode levar Damian para o apartamento.

— Licity. _O garoto chama, mas ela não olha para trás e vai embora e ele me lança um olhar que se pudesse me matava.

— O que você fez? _ Estamos em lados opostos da sala em silêncio a vários minutos.

— O que quer dizer? _ Ele pergunta de onde está com o arco de Roy nas mãos.

— Você é uma criança e ela te deixou aqui comigo ao invés de te levar para casa aonde seu pai e todos estão. _ Felicity sabe que eu não tenho nenhuma habilidade com crianças.

— Ela sabe que se estou aqui quer dizer que eu enganei o Flash que deveria nos levar até o apartamento e talvez ele ainda esteja dando voltas pela cidade. _ Ele diz como se não fosse nada quando atira uma flecha e erra o centro do alvo.

— Por que você ficou? _ Eu estava tentando entender tudo o que tinha acontecido e talvez ele pudesse me dar algumas respostas.

— Por que você? _ Ele devolveu a pergunta.

— Eu precisava pensar, muita coisa aconteceu em muito pouco tempo. _ Fui sincero, não havia porque mentir.

— Ela sabia que você ficaria, e você sabia que ela viria atrás de você, então eu fiquei porque eu queria ter certeza que ela estaria bem. _ Ele tenta atirar novamente, mas se atrapalha com o arco.

— Eu nunca a machucaria. _ Eu me levantei indignado com o que ele estava supondo.

— A mais de uma forma de machucar alguém Queen. _ Ele colocou o arco de Roy de volta no lugar e então me olhou como se pudesse ver através de mim.

— Quantos anos você tem 8, 9? _ Eu caminho até onde ele estava, na área de treino.

— 12 quase 13. _ Eu pego um bastão e lanço para ele. _ O que é isso? _ Ele me olha intrigado.

— Um bastão, você foi criado pela Liga, acho que sabe como usá-lo. _ Ele me pega de surpresa e me ataca me derrubando no chão.

— É, eu sei um pouco. _ Ele dá de ombros.

— Você é muito protetor com Felicity. _ Eu me levanto do chão me colocando em posição de combate assim como ele.

— Ela já fez muito por mim.

— Você sempre fala no plural, quem mais você protege? _ Eu tento lhe surpreender, mas pouco antes de o acertar ele se abaixa evitando meu bastão.

— Connor, ele é um bom garoto, tem potencial, mas ainda é um pouco ingênuo. Deve ter puxado a mãe, soube que o pai é um babaca. _ Damian sorri debochando de mim, enquanto se esquiva.

— Talvez se o pai dele tivesse tido a chance de ser o pai dele ele fosse diferente. _ Eu digo entre dentes, colidindo o meu bastão com o dele.

— Acho difícil. _ Ele desvia e após um giro consegue me acertar nas costelas.

— Mas não é de Connor que você estava falando. _ Eu digo tentando recuperar o folego após seu último ataque.

— Não? Sara talvez, ela é forte, mas tem essa tendência a correr na direção da morte. Eu gosto de discutir com ela. _ Ele sorri com descaso, como se aquilo não fosse nada, eu aproveito o momento para derruba-lo.

— Você disse que eu perco as evidências, talvez algumas delas, mas não todas, a garotinha, assim que ela chegou você se aproximou dela e não deixou seu lado até irem embora. Você teve que ter certeza que ela tinha chegado ao apartamento antes de voltar aqui, por isso demorou. _ Eu o prendo no chão usando meu bastão.

— Talvez você não seja tão ruim como eu havia pensado. _ Eu o solto e o ajudo a levantar.

— Quem é a menininha? _Ele me ataca, mas sou mais rápido e saiu dos eu caminho.

— Hayle, o nome dela é Hayle, ela não gostaria de ser chamada de garotinha ou menininha. _ Os seus ataques se intensificaram. – E eu acho que você sabe quem ela é. A questão é você é capaz de admitir para você mesmo quem ela é?  _ Ele para seu ataque e me entrega o seu bastão. – Hora de irmos embora. _ Então ele começa a caminhar em direção as escadas me deixando para lidar com peso das palavras dele.

“ A verdade está bem na minha frente, resta saber se eu irei aceitar ou fechar meus olhos.”


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Notas finais do capítulo

Então me digam as suas mais sinceras opiniões. Gostaram? Eu particularmente apreciei escrever esse momento entre Oliver e Damian porque eu vejo um pouco de similaridade entres eles e apesar de ser um grande peso no enredo eu não queria muito drama para essa conversa, então por isso eu decidi usar o Damian ou invés de outros personagens como Bruce ou até mesmo Tommy. Ei se quiserem que eu adicione alguns fatos ou curiosidades sobre a história nas notas é só dizerem, também podem fazer perguntas, se estão em dúvida sobre algum acontecimento, tentarei responder a todos.

That's all Folks



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